Previsão do tempo: temperaturas devem atingir 35°C no Amapá durante final de semana

Mesmo com altas temperaturas, pancadas de chuvas isoladas devem ser registradas pelo interior do estado.
Neste fim de semana o Amapá deve enfrentar temperatura máxima de 35°C. O nível de calor segue a previsão do tempo para os próximos dias, que aponta céu com poucas nuvens e ensolarado em boa parte do estado. Pancadas de chuva isoladas pelo interior, não estão descartadas. Os dados são do Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Para o sábado, 25, e domingo, 26, a previsão indica possibilidade de chuvas rápidas, variando de intensidade fraca a moderada, nos municípios de Oiapoque, Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. As precipitações podem vir acompanhadas de ventos intensos e trovoadas, enquanto as temperaturas mínimas devem atingir os 25°C.

Tempo seco em novembro

Para o mês de novembro, o clima segue seco e com poucas chuvas, conforme as previsões do Iepa, indicando a continuidade da intensa estiagem que afeta o Amapá. O meteorologista, Jefferson Vilhena, doutor em Biodiversidade, afirmou que, para o mês de dezembro, poderá ocorrer a volta das chuvas por todo o estado.

“As previsões sobre estiagem prolongada se confirmaram este mês. Já em dezembro, espera-se o retorno do período das chuvas e que elas fiquem mais intensas. A maior preocupação são os focos de calor e incêndio, que bateram recordes”, afirmou o meteorologista do Iepa.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47°C, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Situação de emergência

A intensidade do clima quente e seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Consequências da estiagem levam Governo do Amapá a ampliar o decreto de situação de emergência para todo o estado

Medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas

A intensidade do clima seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas, como os cerca de 13 mil pescadores.

O decreto de nº 9.058 foi assinado pelo governador em exercício, Teles Júnior, na quarta-feira, 22. O pedido de reconhecimento da situação foi enviado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o que permite acolher mais pessoas afetadas pelos desastres (estiagem, queimadas, seca e salinização de rios).

“O governador viu a importância de ampliar o decreto de estiagem. Então, o Governo ampliando possibilita viabilizar recursos para as ações humanitárias e estudos permanentes para que a gente consiga vencer esses difíceis acontecimentos. Com a estiagem, só as grandes embarcações conseguem chegar ao alto-mar, mas os pescadores artesanais, de sobrevivência, não conseguem. O setor pesqueiro é muito importante no nosso estado. Aguardamos agora o apoio do governo federal ampliando os recursos que nos possibilita chegar a todos os municípios”, afirmou a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.

A medida vale para todo o estado, mas cada região tem uma especificidade, identificada e aprovada a cada parecer pela Defesa Civil que define o devido tratamento.

“Diante de um relatório da Defesa Civil, com dados da Federação de Pescadores que indicam 13 mil trabalhadores afetados diretamente com a estiagem e a impossibilidade da pesca, esses municípios foram incluídos no decreto, e, dessa forma, o Estado pode agilizar as ações de apoio principalmente às famílias atingidas por esse desastre”, pontuou o comandante da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, Alexandre Veríssimo.

Com o reconhecimento, o Governo do Estado, com auxílio do Governo Federal, consegue realizar ações de ajuda humanitária, com envio de técnicos, especialistas, água potável e mineral, alimentos, tudo em uma pronta resposta a essa situação de emergência.

“A inclusão de todos os municípios reconhece a amplitude da estiagem, que está sendo severa, e, com certeza, os trabalhadores e toda a área da pesca também têm sentido agravar a situação nas regiões de lagos e de rios, como o Bailique e o Sucuriju”, citou o secretário de Pesca, Paulo Nogueira.

Todas as ações nesse cenário são controladas diretamente da sala de reuniões do Palácio do Setentrião, que tem funcionado como sala de controle de situação, reunindo todas as secretarias e órgãos do governo, estadual, federal e prefeituras. Isso permite uma atuação mais estratégica nas ações para cada local afetado.

Governo do Amapá visita quilombo do Cunani para traçar estratégias de fomento das produções de cacau e açaí

Localizada a 413 quilômetros da capital amapaense, a comunidade se destaca pela qualidade dos frutos

O Governo do Amapá enviou uma comitiva ao quilombo do Cunani, no município de Calçoene, junto com órgãos federais e cooperativas para analisar como é feito, principalmente, o manejo de açaí e cacau na região. A visita da equipe técnica teve como objetivo iniciar um planejamento para encontrar formas de fomentar e potencializar as cadeias produtivas dos frutos na comunidade.

A ida de secretários e técnicos ao quilombo faz parte do pacote prioritário de ações do Governo do Estado, que visa interiorizar a administração estadual para que políticas públicas também alcancem populações distantes da região metropolitana de Macapá.Localizada a 413 quilômetros da capital amapaense, a comunidade do Cunani tem em seu DNA a tradição da agricultura familiar, que se destaca pela alta qualidade da produção de açaí e cacau. A fama faz com que o quilombo tenha uma alta procura pelos frutos todos os anos, mas os moradores entendem que esse potencial pode ser melhorado.

“Nós queremos que os nossos agricultores familiares possam ter acesso a capacitações e linhas de crédito para expandir a produção que temos hoje e poder atender mais e mais mercados. Com a vinda do Governo do Amapá e demais órgão até aqui, acreditamos que podemos tirar essa ideal do papel”, pontuou Rosany Ramos Macedo, moradora do Cunani.Para atender esta demanda da população local, a equipe técnica do Estado visitou toda vila quilombola, durante os dias 16 e 17 de novembro, e foi até as áreas de plantação, que se estendem ao longo das margens do rio Cunani.

Durante o trabalho de campo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amapá constatou que a alta qualidade dos frutos é resultado de um excelente manejo tanto do açaí quanto do cacau.

“Me impressionei, o sistema de cultivo de açaí e cacau que existe aqui é o melhor que já vi no Amapá e na Amazônia. Os produtores fizeram um arranjo impressionante dos dois frutos nas áreas de plantação, com uma densidade perfeita que proporciona um grande vigor das produções”, destacou Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá.Após a verificação do processo de cultivo realizado no Cunani, a comitiva se reuniu com os moradores para apresentar soluções que podem ser implementadas na região para fortalecer as cadeias produtivas do açaí e cacau. Uma das propostas sugeridas foi a inserção do programa Amapá Cacau, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR), na comunidade.

“Para ser comercializado no mercado nacional e internacional, o cacau precisa de uma série de intervenções técnicas nos processos de colheita, fermentação, secagem e armazenamento e, por meio, do programa Amapá Cacau podemos fornecer essa capacitação aos produtores aqui da região, que vão poder ter um melhor aproveitamento do fruto nativo que existe em grande quantidade”, explicou Luiz Cabral, coordenador do programa Amapá Cacau.De acordo com a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), que coordenou toda missão no Cunani, após a etapa de apresentação de propostas e diálogo com a comunidade, o trabalho deve continuar para promover o fortalecimento das atividades produtivas desenvolvidas no quilombo.

“A partir da apresentação das propostas de fomento e fortalecimento das cadeias produtivas do açaí e cacau, o próximo passo é monitorar o que foi planejado para que tudo seja executado, beneficiando social e economicamente não só a comunidade quilombola, mas também toda sociedade amapaense”, disse Edivan Andrade, secretário da Setec.Para a Associação de Moradores do Cunani, a iniciativa do Governo do Estado e demais órgãos em levar todo um grupo de profissionais e gestores para dentro da comunidade foi muito positiva e importante para o desenvolvimento da agricultura familiar na região.

“Essa visita é um divisor de águas, pois vai nos ajudar muito a agregar valores ao nosso açaí, ao nosso cacau, e proporcionar melhor qualidade de vida aos quilombolas, ribeirinhos e pessoas que moram no entorno do quilombo”, ressaltou Meire Ramos, presidente da Associação de Moradores do Cunani.

Comitiva

Além da Setec, SDR e Embrapa, participaram da missão Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amap (Iepa), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Fundação Marabaixo, Prefeitura de Calçoene, Câmara de Vereadores de Calçoene, Universidade Federal do Amapá (Unifap), Cunani Cacau, Amazonly e Amazonbai.

“Estamos incansáveis na busca para melhorar a vida das pessoas”, destaca governador Clécio Luís sobre sistema de dessalinização em teste no Bailique

Projeto coordenado pela Caesa está em fase experimental na região do arquipélago, distrito de Macapá.

O Governo do Amapá, iniciou no sábado, 18, os testes do projeto experimental da máquina de dessalinização de água do rio, no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá. O sistema que poderá produzir diariamente cerca de 8 mil litros de água potável para a população, foi adquirido pensando em uma solução para diminuir os impactos do desabastecimento causados pelo fenômeno da salinização das águas dos rios na região.

Os testes, coordenados pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), estão sendo feitos em uma máquina montada na Vila Progresso. O equipamento filtra a água doce, separa os sedimentos do rio, realizando um pré-tratamento para garantir o consumo sem danos à saúde.

“Esse mecanismo é experimental e busca limpar a água, mas muito especialmente, tirar o sal. A ideia é que a população, durante esta fase de testes, receba fichas para encher os garrafões e fazer uso desta água potável, limpa, sem sal, gratuita, e própria para o consumo. Ressalto que estamos incansáveis na busca para melhorar a vida das pessoas”, enfatizou o governador Clécio Luís.

A máquina tem a capacidade de produzir 100 litros por hora de água limpa e potável. Os primeiros experimentos estão sendo realizados para que, futuramente, mais 25 máquinas de dessalinização sejam adquiridas e distribuídas na região do Bailique e, assim, a comunidade possa ter acesso rápido a uma água de qualidade.

“Nós planejamos, futuramente, colocar os equipamentos nas comunidades maiores do arquipélago do Bailique, e nas comunidades menores, em pontos estratégicos para atender a população, durante o período de dificuldade de acesso à água potável”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Jorge Amanajás.

Segundo o biólogo laboratorista, da Caesa, Claudinaldo Ferreira, os testes preliminares são muito positivos, mas novas fases também precisam ser desenvolvidas até a liberação total.

“Já foi feita análise bacteriológica da água, os resultados preliminares mostram ausência de qualquer coliformes e bactérias que possam causar algum tipo de infecção. Então, podemos afirmar que, neste momento, está água está apta para consumo”, ressaltou.

De acordo com o cronograma da Caesa, nesta etapa inicial, o equipamento precisará passar por algumas fases para certificar a pureza, qualidade e a quantidade de água potável que será destinada para a população do arquipélago do Bailique.

Ação humanitária

Desde o dia 12 de novembro, o Governo do Estado se voltou ao Bailique para garantir suprimentos, saúde, cidadania e dignidade neste momento difícil em que passam as 52 comunidades, devido ao fenômeno da salinização dos rios, o que acarreta diversas dificuldades para aquela região.

No total, foram entregues mais de 2 mil kits de alimentos e 18 mil litros de água mineral para famílias das 57 comunidades espalhadas por todo o arquipélago. Durante a ação, também foram realizados atendimentos de saúde, consultas médicas, entrega de medicamentos, vacinação, serviço de ultrassonografia para a comunidade do Bailique.

Água potável

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) fez a distribuição de 460 mil litros de água potável, vindos diretamente de Santana, para a região do Bailique. Equipes da instituição se dividiram em embarcações menores para realizar a distribuição nas comunidades do arquipélago.

Governo do Amapá integra operação conjunta de combate a incêndio que atinge o Parque Nacional do Cabo Orange

O combate ao fogo inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias


Na noite desta quarta-feira, 15, uma equipe do Corpo de Bombeiros, composta por 12 militares empenhados na operação Amapá Verde, será deslocada para o município de Oiapoque para dar apoio aos brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias.

A ação conta ainda com o apoio de um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), que levará as equipes de Oiapoque até a área denominada “frente de fogo”, que fica dentro do parque. A aeronave possui capacidade para transportar de 12 a 16 pessoas e ajudará nas atividades das operações Cabo Orange e Amapá Verde.

“Nossos militares, partindo hoje, ficarão na sede em Oiapoque, e, amanhã, logo cedo, seguem para o combate, retornando no final do dia. O local é de difícil acesso e somente por via aérea há a possibilidade de chegarmos ao parque, por isso, esse apoio do helicóptero da FAB é fundamental, pois conseguimos transportar a tropa, o material e equipamentos de combate ao incêndio para a localidade”, informou Alexandre Veríssimo, comandante do Corpo de Bombeiros.

A Unidade de Conservação está localizada no litoral do Amapá, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque, extremo Norte do estado, região fronteiriça do Brasil com a Guiana Francesa. O parque foi criado há mais de 40 anos pelo Governo Federal, com o objetivo de proteger ambientes marinhos e costeiros. O ICMBio é o órgão responsável pela gestão da reserva.

Planejamento

Desde a segunda-feira, 13, reuniões com a FAB e ICMBio foram realizadas para a elaboração do planejamento de combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. Ainda na segunda, houve o primeiro voo de reconhecimento na região.

Na área, segundo o ICMBio, predominam cinco tipos de vegetação: floresta de terra firme, floresta de várzea, campo inundável, mangue e cerrado. Após a análise do local onde os focos de incêndio são iminentes, o Corpo de Bombeiros constatou que o incêndio tem características superficiais. A partir dessas informações, foram traçadas as estratégias para inserção de combatentes no terreno para conter o avanço das chamas.

“Enquanto no Piratuba é aquele incêndio subterrâneo, de turfa, mais difícil de combater, no Cabo Orange é um incêndio superficial, que vamos enfrentar com abafadores, e será verificado também se têm condições do helicóptero jogar água”, explicou Veríssimo.

Frentes de trabalho

O Corpo de Bombeiros integra ainda, as ações de combate ao incêndio que atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo leste do estado. O trabalho de enfrentamento é coordenado pelo ICMBio e pela Marinha do Brasil. As queimadas já cobrem, aproximadamente, 15 quilômetros da região, que é administrada pelo Governo Federal.

A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos em situação de emergência devido à estiagem que atinge o estado. Por ser subterrâneo, o incêndio de turfa, que acontece na reserva, é um dos mais complexos tipos de incêndios florestais a serem combatidos.

Dentro desta ação, o helicóptero da Marinha atua no lançamento de água nos focos de incêndio. A aeronave possui rede para carga externa e cesto para lançamento de água, além da capacidade de transportar até 3 toneladas de carga.

Operação Amapá Verde

Lançada pelo Governo do Amapá no mês de agosto, a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana da capital que engloba Macapá, Santana e Mazagão.

O último levantamento divulgado na terça-feira, 14, aponta dados computados diariamente pela coordenação com 177 focos que foram prevenidos e 153 áreas monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

O CBM informa ainda que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

Com encerramento previsto para o mês de novembro, a operação será estendida pelo Governo até o início de dezembro, quando há previsão de chuvas. A medida foi necessária devido a intensidade do clima seco e da estiagem.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos da estiagem e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo lançou a Operação Amapá Verde, que registrou, em 33 dias, 150 focos de incêndios florestais. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

O governador do Amapá, Clécio Luís, também assinou na segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contempla municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

Operação Amapá Verde: em 90 dias, mais de 650 focos de incêndios são combatidos pelo Corpo de Bombeiros

Outros 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são atualmente monitoradas em vários municípios e na região metropolitana do estado.

Lançada pelo  Governo do Amapá no mês de agosto , a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana, foram combatidos pelos militares do Corpo de Bombeiros.

Além disso, até esta terça-feira, 14, segundo os dados computados diariamente pela coordenação, 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

Rithely Barbosa, capitão do Corpo de Bombeiros e coordenador da operação, afirma que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

“A elevação das queimadas é atribuída a fatores como mudanças climáticas, incluindo o fenômeno El Niño, práticas agrícolas inadequadas e atividades humanas. A exposição do solo ao calor intenso dos incêndios pode alterar suas propriedades físicas e químicas e prejudicar sua capacidade de sustentar a vegetação”, destaca o capitão.

Além da perda da biodiversidade, queimadas e incêndios florestais geram a poluição do ar, pois a fumaça contém partículas finas e poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre e monóxido de carbono que afetam diretamente a saúde.

A operação Amapá Verde segue até o dia 6 de dezembro, com efetivo total de 600 militares, divididos em bases avançadas nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal, Laranjal e Vitória do Jari. As estruturas são estrategicamente montadas para atender todo o estado.

A ação é um desdobramento da operação ‘Guardiões do Bioma’, do Governo Federal e busca combater incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/Inpe) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.

Força operacional

Para sua realização e sucesso, a operação Amapá Verde trabalha de forma integrada com vários órgãos da segurança pública do estado e também federais.

Também participam da ação a Polícia Civil, com a Delegacia Especializada em Crimes Ambientais, a Polícia Militar, com o Batalhão Ambiental, e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal.

Crime ambiental

Segundo a Lei dos Crimes Ambientais (nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), provocar incêndios florestais é crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. Denúncias de queimadas e focos de incêndio podem ser feitas através dos números de telefone: 193 do Corpo de Bombeiros; 190 do Centro Integrado de Operações de Defesa Social e Defesa Civil.

Governo do Estado e ANP debatem sobre potencial energético e parcerias para desenvolvimento de pesquisas no estado

ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil.

O governador Clécio Luís, reuniu nesta segunda-feira, 13, com os diretores da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Daniel Maia Vieira e Cláudio Jorge, no Palácio do Setentrião, em Macapá, para tratar sobre o potencial petrolífero do Amapá e a proposta de parcerias para o desenvolvimento de pesquisas e inovação no estado.

Vinculada ao Ministério das Minas e Energia, a ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, desde 1998.

“Nós estamos lutando para termos a possibilidade de pesquisar, para depois ter a sonhada produção de petróleo e gás no Amapá. Por meio do senador Davi Alcolumbre, a agência está aqui no estado também para conhecermos as possibilidades de desenvolvimento através de parcerias que podem ser geradas por financiamentos pela exploração do petróleo e gás no Brasil, recursos como da Petrobras para o esporte, a cultura e pesquisa em ciências, inovação e tecnologias. Nós temos a oportunidade de começar a nossa exploração de produção de petróleo e gás, fazendo diferente, se preparando para o futuro, com incentivo também nas pesquisas para um processo de transição energética, saindo da matriz do petróleo para outras formas como, hidrogênio verde, energia solar e energia eólica. Nós temos grande potencial nessas três áreas”, enfatiza o governador, Clécio Luís.Durante o encontro a ANP apresentou a estratégia de atuação no incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação. A agência dispõe de fomentos para investir em projetos de várias áreas da educação, recursos humanos, empreendedorismo, ciência e inovação. De acordo o diretor da agência, Daniel Maia Vieira, a intenção da visita institucional, também é conhecer um pouco mais da realidade do estado.

“O objetivo da Agência Nacional do Petróleo é mostrar um pouco da nossa estratégia no desenvolvimento da indústria, não apenas da exploração e produção do petróleo, como já tem sido bastante falado ao longo desse ano pelas potencialidades da margem equatorial e o benefício que isso pode trazer. Mas, principalmente no desenvolvimento de pesquisas, conforme estratégia da Agência Mundial de Transição Energética, para novos combustíveis; combustíveis sustentáveis e as potencialidades associadas a investimentos e recursos no setor de biológicas, nesse tema de proteção ambiental. É o que a gente quer apresentar aqui para o governo”, destacou o diretor da ANP.De acordo com os diretores da ANP, é necessária uma expansão e descentralização dos investimentos para todas as regiões do país. Hoje, boa parte dos recursos para pesquisa e desenvolvimento está alocada no Sul e no Sudeste.

“A ANP visitou alguns blocos aqui na bacia da Foz do Amazonas. Há 200 e mais 250 quilômetros da margem. Então, com a descoberta da Guiana e do Suriname, de petróleo, a gente entende que aqui é um potencial muito grande de se encontrar o combustível. A Petrobras está junto ao Ibama, em busca do licenciamento ambiental para fazer esses estudos. Ela já tem toda a infraestrutura, a plataforma e todos os estudos ambientais garantidos. Só está aguardando o momento do licenciamento para começar o primeiro posto e fazer os estudos necessários para as descobertas. Assim os recursos serão mais diretamente realocados para a região”, reforçou Daniel Vieira.

O vice-governador Teles Júnior ressaltou a importância do alinhamento para ratificar parcerias com a Agência Nacional de Petróleo visando o desenvolvimento estratégico das ações nas inúmeras áreas que serão beneficiadas no estado.

“Nós estamos nos antecipando ao eventual processo de uma cadeia produtiva que vai surgir no estado, que é a cadeia de petróleo e gás. Isso é importante porque a gente pode começar de forma diferente, sem cometer os erros que aconteceram, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde houve uma crise fiscal, em função da dependência dos royalties do petróleo”, explicou o vice-governador Teles Júnior.

O encontro, também contou com a presença do deputado federal, Dorinaldo Malafaia, deputado estadual, Delegado Inácio, secretários de governo e representantes de instituições de ensino e pesquisa do estado.

Governo do Estado adere ao Plano Amas de segurança pública e combate contra crimes ambientais na Amazônia

Clécio Luís destacou que o Plano Amas vai fortalecer a estrutura de órgãos como Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar

Como resultado da cooperação entre as esferas públicas para a proteção do meio ambiente, o Governo do Estado aderiu ao Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), do Governo Federal. A assinatura ocorreu durante o 26º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Manaus, e contou com a participação do governador Clécio Luís.

“Com essa adesão feita junto ao Ministério de Justiça e Segurança, através do ministro Flávio Dino, o Estado vai conseguir adquirir equipamentos como helicópteros, viaturas e armamento. Além de deslocar pessoal para combater o crime na Amazônia. O enfoque maior são crimes ambientais como o desmatamento, mas o crime de uma maneira geral também será combatido com essa estrutura”, reforçou Clécio Luís.

O Plano Amas prioriza o combate a grupos criminosos, crimes ambientais e de outros tipos de delitos com ações de segurança pública, de acordo com as especificidades dos nove estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins).

Ainda na quarta-feira, 8, por meio da parceria, o estado do Amapá recebeu oito viaturas, sendo cinco para o Corpo de Bombeiros (CBM), incluindo um caminhão Autosocorro Plataforma, destinado aos serviços de reboque e guincho, e três para a Polícia Militar (PM).

“É um plano extremamente robusto. Vários outros investimentos serão realizados por meio da adesão e que nos ajudarão a fortalecer o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, e garantir uma segurança pública mais eficiente no nosso estado”, afirma o secretário de Segurança Pública, José Neto.

A política pública possui investimento de R$ 2 bilhões, com recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a implantação de estruturas e compra dos equipamentos para os estados.

26º Fórum dos Governadores da Amazônia

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que possui personalidade jurídica desde 2019, é uma iniciativa conjunta dos governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal para criar e impulsionar o desenvolvimento sustentável com base em políticas e estratégias comuns.

O evento conta ainda com 17 membros do Conselho de Administração do Consórcio da Amazônia Legal, 12 representantes de Institutos de Terra da Amazônia Legal e quatro membros da equipe do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Governo do Amapá debate políticas para o desenvolvimento sustentável no 26º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, em Manaus

Encontro reúne representes do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Rondônia e do Maranhão

Com foco no desenvolvimento sustentável, o Governo do Amapá participa do 26º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, evento que acontece até esta sexta-feira, 10, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus.

O encontro reúne governadores e secretários das áreas de Agricultura, Fazenda, Segurança Pública, Meio Ambiente e Mineração dos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Rondônia e do Maranhão.

Além de avaliar projetos que aliam desenvolvimento econômico e preservação ambiental, o grupo debate políticas de regularização fundiária, licenciamento ambiental e mudanças climáticas que afetam todos os estados da região amazônica.

Para a secretária do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, o fórum é um momento oportuno para discutir temas atuais e presentes, como as políticas de combate às queimadas, desmatamento e ações para o enfrentamento da estiagem que atinge parte da Amazônia, inclusive o Amapá.

“Estamos todos juntos aqui, trocando experiências e dialogando para encontrar alternativas para essas questões. Esse ambiente de integração e de políticas voltadas para a Amazônia tem sido a prioridade do Governo do Amapá. É buscando aquilo que deu certo em cada estado que também conseguimos avançar nas nossas pautas”, destaca Taisa. Amapá como modelo no Cadastro Ambiental Rural

O Amapá foi destaque no evento por ser primeiro estado amazônico a implementar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de forma dinamizada, documento necessário para a obtenção de licenciamento ambiental, garantia da preservação do meio ambiente e a exploração legal dos recursos naturais.

“Estados como Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso nos procuraram para trocarmos experiências na implementação do CAR. Estamos orgulhosos desse trabalho e estamos desenvolvendo muito mais. Queremos compartilhar experiencias e buscar alternativas comuns para os problemas que existem na Amazonia Legal”, complementa Taisa.

Sobre o Fórum

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que possui personalidade jurídica desde 2019, é uma iniciativa conjunta dos governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal para criar e impulsionar o desenvolvimento sustentável com base em políticas e estratégias comuns.

O evento conta ainda com 17 membros do Conselho de Administração do Consórcio da Amazônia Legal, 12 representantes de Institutos de Terra da Amazônia Legal e quatro membros da equipe do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Amapá registra mais de 2 mil focos de calor em 48 horas

Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado. Estiagem é o principal fator responsável pelos índices elevados.

De domingo, 29, a terça-feira, 31, o Amapá registrou mais de 2 mil focos de calor em todo o estado. A informação foi confirmada pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Neste período, os municípios de Calçoene, Mazagão, Amapá, Macapá e Tartarugalzinho concentraram a maior parte dos registros. Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47ºC, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Outubro já bateu recorde de registros de incêndios, com 1.046 focos, um acréscimo de 121,35% em relação ao mesmo período do ano anterior. O meteorologista do Iepa, Jefferson Villhena, doutor em Biodiversidade, detalha que, em novembro, ainda será necessário manter a cautela com o cenário de focos de calor e de incêndio.

“Estamos na situação de estiagem e, de acordo com as previsões climáticas, ela deve permanecer durante todo o mês de novembro”, finalizou Jefferson.

Ações

Ainda em 21 de outubro, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em todo o estado e também instaurou o Comitê de Crise de Eventos Hidrológicos e Mudanças Climáticas para ações de combate às consequências da estiagem e queimadas.

O grupo, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), conta com representantes de 19 instituições públicas e tem o objetivo de emitir respostas rápidas e definir ações imediatas para situações de emergência em todo estado.

A força-tarefa terá a duração de 90 dias, contando de 21 de outubro, quando foi instaurado através de decreto emergencial assinado pelo governador, Clécio Luís.

Entre as respostas, está a implantação da sala de situação na sede da Sema, para monitoramento em tempo real dos focos de calor e dados meteorológicos com a emissão de um boletim diário.

Entre os municípios mais impactados, Tartarugalzinho, recebeu uma ação humanitária emergencial do Governo do Estado, com entrega de cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, unidades de hipoclorito e carros-pipa para auxiliar as famílias que dependem das plantações afetadas pelas queimadas.

No âmbito nacional, até setembro deste ano a Amazônia já contabilizava mais de 25 mil focos de incêndio. Sem chuvas, oito estados do Norte e do Nordeste bateram recorde de seca dos últimos 40 anos. No Amapá, o número de incêndios já ultrapassou 10 mil registros em 2023, em comparação com cerca de 4 mil registrados no ano anterior.

’Determinação do presidente Lula é total apoio para o povo atingido pela estiagem no Amapá’, diz ministro Wellington Dias

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social confirmou neste domingo, 22, o apoio para amenizar a situação.

Após decretar situação de emergência no município de Tartarugalzinho, o Governo Federal se colocou à disposição para auxiliar o Governo do Amapá no combate às queimadas que atingem o estado, devido ao período de estiagem, quando as chuvas diminuem.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, confirmou neste domingo, 22, o apoio para amenizar a situação.

“A determinação do presidente Lula é total apoio para o povo atingido pela estiagem em Tartarugalzinho e onde mais precisar no Amapá!”, reforçou Dias.

O ministro destacou que, já na segunda-feira, 23, o Governo Federal vai adotar as providências junto à Caixa Econômica para liberar ao estado recursos que permitam o reforço ao combate às queimadas.

Ainda no sábado, 21, o governador Clécio Luís decretou situação de emergência em todo estado, permitindo maior agilidade na tomada de decisões administrativas para auxiliar as famílias amapaenses atingidas pela estiagem.

“Infelizmente, os números de queimadas estão aumentando. As consequências afetam diretamente a saúde, a economia e o meio ambiente. Juntos, enfrentaremos os desafios e trabalharemos para um Amapá mais forte”, destacou Clécio Luís.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1 a 19 de outubro de 2023, o Amapá teve mais de 10 mil focos de incêndio, enquanto no mesmo períoto de 2022 foram contabilizados 4,7 mil focos, uma variação de 113%.

Ação humanitária

Além de decretar situação de emergência, Governo do Amapá garantiu à Prefeitura de Tartarugalzinho cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, cinco mil unidades de hipoclorito, além de carros-pipa para abastecimento das famílias e irrigação das plantações.

Todo material recebido será distribuído, posteriormente, pelo município, após realização de triagem das famílias que estão sendo impactadas pelos focos de incêndio.

Governo do Amapá decreta situação de emergência em todo o estado devido ao aumento do registro de queimadas

Estiagem é o principal fator para elevação dos focos de incêndio. Tartarugalzinho, um dos municípios mais afetados, recebeu ação de ajuda humanitária.


Neste sábado, 21, o governador Clécio Luís decretou situação de emergência em todo o estado por conta do aumento do número de queimadas registrado durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem. A medida tem como objetivo tornar mais ágil e desburocratizar a tomada de decisões administrativas para combater os focos de incêndio.

Clécio Luís pontuou que a gravidade da situação fez com que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional homologasse prontamente o decreto. Agora, o ministro Waldez Góes busca articulação com outros ministérios para ampliar o auxílio do Governo Federal ao estado.

“Estamos num momento muito crítico. Só para se ter uma ideia, em 2022 o Amapá registrou cerca de 4 mil focos de incêndio, mas esse ano já são mais de 10 mil e ainda estamos no mês de outubro”, destacou o governador.Ajuda humanitária

A assinatura do decreto ocorreu em Tartarugalzinho, um dos municípios mais atingidos pelos focos de incêndio. O Governo do Estado garantiu ação humanitária para atender os moradores e repassou à Prefeitura Municipal cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, cinco mil unidades de hipoclorito, além de carros-pipa para abastecimento das famílias e irrigação das plantações.

Todo material recebido será distribuído, posteriormente, pelo município, após realização de triagem das famílias que estão sendo impactadas pelos focos de incêndio.

De acordo com a Prefeitura de Tartarugalzinho, a cidade vem sofrendo com as queimadas desde o mês de julho, mas a partir de outubro a situação ficou insustentável e o município precisou solicitar apoio do Governo do Estado para controlar os focos de incêndio.

“A Prefeitura fez tudo para amenizar os problemas causados pela estiagem, inclusive, estamos atendendo a população com carro-pipa há mais de 30 dias, mas, agora, o município chegou no limite e, analisando as consequências provocadas pelas queimadas, decidimos pedir ajuda do Governo do Amapá, que prontamente atendeu o nosso pedido e a ajuda já começou a chegar”, ressaltou prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro.O senador Randolfe Rodrigues também participou da cerimônia de assinatura do decreto de situação de emergência no Amapá e reafirmou o compromisso do Governo Federal em ajudar todos os estados atingidos pela seca.

“O Governo tem se preocupado com a estiagem na Amazônia desde quando a situação começou a se agravar nos estados do Amazonas e Rondônia. Com as queimadas também causando grandes prejuízos no Amapá e a assinatura do decreto de situação emergência, vamos reportar ao Governo Federal, que, com certeza, prestará toda ajuda que puder para a região dos lagos e para todo o estado”, pontuou o parlamentar.

‘52ª Expofeira do Amapá vai movimentar cerca de R$ 100 milhões na economia local’, diz governador, Clécio Luís

Realizado pela última vez em 2015, o evento volta acontecer como uma grande vitrine de produção e inovação do setor primário do Amapá


O governador, Clécio Luís, e o vice-governador, Teles Júnior, apresentaram nesta quinta-feira, 28, a estrutura montada para a 52ª Expofeira do Amapá. De acordo com as projeções, os dez dias de evento vão movimentar cerca de R$ 100 milhões na economia amapaense a partir desta sexta-feira, 29.

De volta após quase dez anos, a Expofeira do Amapá segue até 8 de outubro. Realizado pela última vez em 2015, o evento volta acontecer como uma grande vitrine de produção e inovação do setor primário do Amapá, com serviços voltados para o empreendedorismo, esporte e lazer.

“Nós estamos estimando que, para cada R$ 1 investido na Expofeira, vamos gerar mais de R$ 5, em forma de impostos que retornam para a sociedade em serviços públicos. E vamos chegar a algo em torno de R$ 100 milhões durante esses dez dias. Fora os negócios que serão fechados durante a Expofeira, mas que terão resultados após o evento”, destacou o governador.

Para a realização da feira, foram investidos R$ 34 milhões. Sendo R$ 15 milhões para realização do evento e R$ 17 milhões em investimentos em mobilidade urbana, dentro e no entorno do Parque de Exposições, além de obras na Rodovia Josmar Pinto (antiga JK). São esperados 1 milhão de visitantes ao longo de todo o evento.

Geração de emprego

Desde o anúncio do retorno da Expofeira, em junho de 2023, o Governo do Estado oportunizou a geração de mais de 600 empregos diretos, a partir da mão de obra necessária para a montagem da estrutura, no Parque de Exposições da Fazendinha, e por empresas participantes da feira. Foi priorizada a contratação de moradores do entorno para a limpeza do espaço. O serviço será mantido durante e após o evento.

“É uma Expofeira que vem com um diferencial muito grande porque contempla inúmeros setores da economia, desde o setor imobiliário, passando pela agricultura, energia renovável até a agropecuária. A Expofeira vai mostrar um estado que muitos não conhecem, um Amapá que empreende, um Amapá que gera renda”, reforçou Teles Júnior.Inovação

A 52ª Expofeira traz algumas novidades, entre elas está a área de acessibilidade para pessoas com deficiência na arena de shows e o Aquário da Inovação, que reúne produtos e serviços voltados para a ciência, educação e tecnologia.

O Parque de Exposições também vai apresentar ao público 30 startups, que são empresas recém-criadas, com propostas inovadores. Haverá, ainda, o Planetário Digital Móvel; empresa de gestão de resíduos sólidos gerados na Expofeira; projetos de pesquisa e desenvolvimento de ciência e tecnologia; e esportes eletrônicos.

Outra novidade é o ‘Açaiódromo’, um espaço onde o público vai encontrar açaí batido na hora, com acompanhamentos tradicionais na mesa do amapaense, como farinha d’água, farinha de tapioca, camarão no bafo, charque, peixe frito e outros.

Cultura

Cerca de 600 atrações amapaenses e 12 artistas nacionais passarão pelos palcos da 52ª Expofeira do Amapá. O público vai prestigiar as apresentações em 10 áreas, valorizando profissionais de diversos segmentos da cultura, como música, teatro e capoeira.

Este ano também haverá espaço para o Festival Esportivo Sedel, com competições em 12 modalidades, como basquete, MMA e breaking.

“É uma programação genuinamente amapaense, envolvendo segmentos como música, teatro, audiovisual e literatura. São várias linguagens artísticas ocupando esses espaços. Tem programação infantil, tem programação no Palco da Rainha e noites temáticas. É uma programação realmente diversificada para todos os públicos”, explicou a secretária de Cultura, Clicia Vieira Di Miceli.

O evento de apresentação da estrutura da feira, no Parque de Exposições da Fazendinha, reuniu veículos de comunicação e representantes de órgãos, como o Ministério Público.

“Acredito na Expofeira e no que ela pode gerar para a economia para o Amapá”, pontuou o subprocurador Geral de Justiça, Nicolau Crispino.

Operação Amapá Verde: Corpo de Bombeiros registra em 33 dias, 150 ocorrências de incêndios florestais no estado

Coordenação alerta para um aumento de mais de 200% na incidência, comparado ao mesmo período do ano passado.


A Operação Amapá Verde de combate a incêndios florestais e crimes ambientais, lançada pelo Governo do Estado, no dia 16 de agosto, está no 3º ciclo operacional do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Em 33 dias de atuação já foram registradas 150 ocorrências de incêndios florestais e em vegetação em todo o estado.

Segundo os dados computados diariamente pela coordenação, até esta terça-feira, 19, foram registradas 138 ocorrências no interior do Amapá e 22 em Macapá.

O coordenador da operação, capitão do Corpo de Bombeiros, Rithely Barbosa, frisou que este ano as ocorrências aumentaram em 238%, comparadas com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 58 incidências de incêndios florestais.

“O aumento das ocorrências é facilitado em decorrência do período de estiagem e a elevação das temperaturas. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet]”, explicou Rithely Barbosa.Pelos números registrados, o município de Tartarugalzinho continua liderando as estatísticas com 26,5%, seguido de Amapá com 12,1% e Macapá, com 11,4%, dos focos registrados.

A ação, que está na sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo do Amapá, em Brasília.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação. Até esta terça-feira, 19, foram realizadas 72 diligências de monitoramento em áreas com riscos de incêndios.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/INPE) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.Prevenção

A iniciativa tem objetivo também conscientizar a população sobre os danos e prejuízos causados pelos incêndios em vegetação promovendo orientações sobre a execução das queimadas controladas.

Trabalhos de orientações e palestras são realizados para as populações de comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas. Cerca de 60 encontros já foram feitos com o intuito de mostrar os perigos que o fogo pode trazer para as pessoas, animais e meio ambiente.

Outra ação importante dos serviços operacionais da Amapá Verde é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.O coordenador, Rithely Barbosa, lembra que os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá devido ao tipo da vegetação existente no estado, como cerrado. As ações humanas ainda são as principais causadoras dos incêndios florestais.

“As atividades podem ser tanto voluntárias, que são aqueles atos conscientes e provocados por vontade própria, como exemplo, a queima de vegetação para a limpeza de terrenos agrícolas ou para renovação de pasto, quanto àquelas que não demonstram grandes consequências, como queima de lixo e fogueiras, daí a importância do trabalho preventivo e de conscientização da população”, frisou o coordenador.

Força-tarefa

A Força-Tarefa da Operação Amapá Verde reúne cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais até o dia 6 de dezembro. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Itaubal, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.

O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, pode ser montada uma base também em Mazagão. A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Fique atento!

O Corpo de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.

Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão deve ser ligar para os telefones de emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes). Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios

Governo do Amapá apoia evento que vai reunir alternativas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira

Oficina da Iniciativa Amazônia+10 tem como objetivo discutir os principais desafios da região amazônica

O Governo do Amapá integra uma oficina de trabalho da parceria Amazônia +10, que incentiva projetos científicos voltados para o desenvolvimento dos estados amazônicos. O encontro começa nesta terça-feira, 19, com objetivo de, ao longo de dois dias, discutir como os estudos financiados pelo programa podem gerar alternativas para os desafios enfrentados na região, como energia limpa e mudanças climáticas.

A oficina de trabalho acontece no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Macapá, das 8h às 18h, e será mediada por técnicos do Governo do Amapá e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A iniciativa Amazônia +10 é uma parceria entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e os estados da Amazônia brasileira. No Amapá, esta edição conta com a colaboração estadual da Secretaria da Ciência e Tecnologia (Setec) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap).

O objetivo é apoiar a pesquisa e a inovação tecnológica, promovendo a interação entre natureza e sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo dos estados. No Amapá, a chamada pública do programa  Amazônia+10 de 2022 teve um investimento de, aproximadamente, R$ 230 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e uma contrapartida de R$ 740 mil, do Governo do Estado.

Amazônia+10

A primeira chamada de trabalhos do programa ocorreu em 2022. No total, mais de 500 pesquisadores de 20 estados brasileiros receberam financiamento.

Dando continuidade à série de oficinas, os demais estados que compõem a Amazônia Legal também terão suas prioridades temáticas definidas. A primeira oficina foi em Cuiabá (MT), nos dias 29 a 30 de agosto. Em seguida, serão anunciadas as próximas rodadas de chamadas para pesquisadores, empresas e outras iniciativas nos setores científico e de inovação.

Governo do Amapá apresenta possibilidades para uso sustentável da floresta

Entre as alternativas apontadas em dois dias de debates, estão a contribuição das comunidades extrativistas neste processo e o reflorestamento.
Durante dois dias, os debates promovidos pelo Governo do Amapá apresentaram possibilidades para o uso sustentável das florestas para o desenvolvimento socioeconômico do estado. Entre as alternativas apontadas pelos participantes, estão o reflorestamento e a contribuição das comunidades extrativistas.

O evento, realizado no Palácio do Setentrião, encerrou na sexta-feira, 2, e contou com a participação de técnicos, gestores de instituições ambientais, representantes do setor florestal e da sociedade civil. Eles apresentaram pontos de vista sobre as concessões florestais e seu papel no desenvolvimento do Amapá.

O vice-governador, Teles Júnior, enfatizou a necessidade de promover o manejo  de forma responsável e segura, destacando que a preservação da Amazônia está diretamente ligada ao bem-estar das pessoas que habitam a região.

“A preservação mais importante da Amazônia, o ativo mais importante é o amazônida, é esse ativo que tem que ter dignidade, acesso à educação, a saneamento, é esse ativo que precisa sobreviver, todo e qualquer esforço de preservação da Amazônia só faz sentido se nós pudermos atender as pessoas que moram aqui”, disse o vice-governador.

Alternativas sustentáveis

A artesã Arlete Leal, da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari, trabalha há mais de dez anos com produtos artesanais da sociobiodiversidade, com destaque para a andiroba. Ela mostrou que é possível tirar o sustento da floresta, com respeito pelo meio ambiente.

“Produzimos óleo, sabonete e vela e unguento a partir do que a gente extrai da floresta e daí  temos uma fonte de renda que contribui muito para as nossas despesas. Participar desse debate nos possibilita dizer para as nossas autoridades que nós somos povos da floresta e conseguimos gerar recursos sem destruir”, contou Arlete.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, ressaltou a importância dessas ações conjuntas para a promoção de políticas ambientais eficazes e sustentáveis.

“Essa discussão possibilita uma tomada de decisão mais acertada e viabiliza a elaboração de políticas públicas viáveis e aplicáveis, que alinhem desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente, garantindo um futuro equilibrado para essa e para as próximas gerações”, finalizou a secretária.

O diretor de Desenvolvimento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcos Almeida,  coordenou o debate sobre as possibilidades que o estado tem de alcançar desenvolvimento econômico com as concessões ambientais.

“O Amapá tem potencial para ser a maior fronteira de madeira legal do Brasil”, disse Almeida.

O coordenador do programa de gestão de informação do Instituto Iepé, Décio Yokota, abordou o conceito de Manejo Florestal Sustentável, enfatizando a importância das técnicas aprimoradas para a conservação dos recursos naturais e a utilização racional e ambientalmente adequada.

“A contribuição das comunidades para esse debate é fundamental,.elas que permitiram que essas florestas estivessem no estado de conservação que elas estão hoje, que elas também possam pensar de que forma esses recursos vão ser utilizados”, disse

Alison Castilho, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB),  fez uma apresentação sobre o Manejo Florestal Comunitário pontuando que  essa proposta de colocar a questão em pauta é uma grande contribuição  para que haja o entendimento do que pode significar essa prática.

“Nós nunca vimos um governo como uma iniciativa como essa de trazer o manejo florestal comunitário para a discussão. O manejo é uma alternativa para o uso sustentável desses recursos naturais”, disse Castilho

O pesquisador da Embrapa Marcelino Guedes apontou as oportunidades do manejo comunitário.

“O manejo comunitário é a melhor forma para fazer os recursos e os benefícios das concessões realmente gerarem desenvolvimento e renda para quem mais precisa, os povos da floresta”, finalizou Guedes.

Governador Clécio Luís lança edital para mais de 360 empreendedores atuarem em espaços gratuitos na 52ª Expofeira do Amapá

As inscrições iniciaram nesta quarta-feira, 30, e seguem até sábado, 2 de setembro


O governador Clécio Luís lançou nesta quarta-feira, 30, o Edital de Chamamento Público para ocupação dos espaços gratuitos destinados aos empreendedores populares que vão participar, expor e comercializar produtos durante a 52ª Expofeira do Amapá, que acontece de 29 de setembro a 8 de outubro, em Macapá.

CONFIRA O EDITAL AQUI

São 369 vagas disponíveis, para os 10 dias de evento, que estarão distribuídas em toda a área do Parque de Exposições da Fazendinha, movimentando a economia através dos mais diversos tipos de negócios.

“Esse é um momento para acolhermos os nossos microempreendedores e dar a eles, a mesma importância que têm os grandes investidores, pois ambos são fundamentais para fazer acontecer a principal finalidade da Expofeira do Amapá, que é gerar negócios, emprego e renda”, enfatizou o governador Clécio Luís. A empreendedora Rosilda Sanches, de 74 anos, moradora da região, que vende roupas usadas em um carro ambulante, há mais de 20 anos, comemora a volta da Expofeira e a oportunidade de aumentar as vendas.

“Como moradora da Fazendinha, eu estou muito feliz com volta da Expofeira, pois meus três filhos conseguiram emprego temporário na estruturação, e agora, eu vim buscar as informações para conseguir colocar a minha venda no evento e sei que vou conseguir. Tenho certeza que a minha felicidade é a mesma de todos os moradores daqui das proximidades que estão acompanhando esse movimento que há muito tempo não se via. Só temos a agradecer”, comemorou Rosilda. Inscrições
A Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) é responsável pelas inscrições dos empreendedores interessados, que iniciaram nesta quarta-feira, 30, e seguem até sábado, 2 de setembro.

Para as áreas urbanas de Macapá e Santana, os cadastros devem ser realizados de forma presencial, das 9h às 17h, na Central da Expofeira. Já para as áreas rurais e ribeirinhas, e demais municípios, as inscrições poderão também ser feitas pela internet, via e-mail, pelo endereço: [email protected]

No caso dos artesãos, as inscrições ocorrem na Casa do Artesão durante o mesmo período, com horário de atendimento das 9h às 17h.

“É importante que os empreendedores acessem o edital, atentem às documentações necessárias e procurem o atendimento disponibilizado presencialmente, na Central da Expofeira, no Parque de Exposições da Fazendinha”, reforçou o secretário Ezequias Costa. Quem pode participar
Empreendedores dos ramos da alimentação, bebidas, bombons, de polpa de açaí com acompanhamentos, artesanato, trabalhos manuais, economia solidária, adornos, acessórios e vestuários, decorativos, utilitários, lembranças, souvenires, perfumaria, cosméticos, brinquedos e outros produtos populares.

Quem trabalha com venda de comidas típicas, chapas, lanches, hambúrguer, pizzas, algodão doce, maçã do amor, churros, pipoca, sorvete, coquetéis e drinques diversos.

Além da área de diversão como: acerta ao alvo, chute ao gol, cama elástica, pano de mesa, pescaria, roleta, tiro ao alvo, touro mecânico, brinquedos infláveis, dentre outros.

Divulgação dos selecionados
Uma Comissão Especial de Seleção (CES) foi instituída para tratar de todo o processo de análise documental e divulgação da lista provisória, no dia 6 de setembro, e definitiva dos empreendedores selecionados, no dia 11 de setembro, conforme determina o edital.

Corpo de Bombeiros registra mais de 40 ocorrências de incêndios florestais em duas semanas da Operação Amapá Verde

Maioria dos registros aconteceu nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene.

Desde o dia 16 de agosto,  quando foi lançada pelo Governo do Estado , militares do Corpo de Bombeiros estão atuando em vários municípios na Operação Amapá Verde, de prevenção e combate aos incêndios florestais e crimes ambientais, que já registra 42 ocorrências, a maioria nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. 

A ação, que está na sua sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo, em Brasília. Nesta quarta-feira, 30, a operação entra no segundo ciclo de ações, com mais de 40 bombeiros em campo.

Os trabalhos envolvem palestras para comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas, reuniões com autoridades locais, para tratar sobre serviços em parceria, voltados a conscientização da população para evitar incêndios em áreas de mata, além do combate de possíveis focos e sinistros.

“Apesar de estarmos com 15 dias de operação, já observamos um elevado número de combate a incêndios nestes primeiros ciclos, o que não foi observado em outros anos”, alertou o capitão Rithely Barbosa, coordenador da Amapá Verde.

Dados da operação
Em duas semanas de ação, além das mais de 40 ocorrências, também já foram contabilizados 22 locais fiscalizados, 14 áreas monitoradas e 13 ações de prevenção realizadas pelos militares.

Nas edições anteriores, Tartarugalzinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi o município que liderou as ocorrências. No ano passado, em todo o estado foram registrados cerca de 500 focos de incêndio neste período, desse total, mais de 350 foram atendidas pelas equipes da Amapá Verde.

Outro dado importante é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.

Fique atento!
Os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá. A principal causa é devido ao período de estiagem (sem chuva) e o tipo da vegetação existente no estado (cerrado).

O Corpo de de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.

Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão é ligar para os telefones de Emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes).

Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios criminosos nas vegetações e matas.

Dicas

Para as propriedades rurais:

  • Jamais atear fogo em área de vegetação ou roçado/desmatada sem a devida autorização e supervisão do órgão ambiental;
  • Não usar o fogo como agente de limpeza para renovar áreas de pastagem;

Na zona urbana

  • Todo proprietário de terreno deve manter sua propriedade limpa, com pouca ou nenhuma vegetação;
  • Não queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, principalmente se for próximo de áreas de vegetação;

Nas estradas e viagens

  • Não lançar “bituca” de cigarro pela janela do veículo quando trafegar por rodovias ou estradas; o clima quente e ventilado facilita a combustão da vegetação seca, característica do período;
  • Caso vá em acampamentos ou eventos similares, ter o máximo de cuidado na hora de acender fogueiras, velas, lamparinas e lampiões.
  • Importante também é que ao deixar o acampamento, verificar se as brasas foram todas apagadas e resfriadas e, preferencialmente enterrar os restos da fogueira;

Força-tarefa
A força-tarefa da Operação Amapá Verde reúne no total cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais em todo o estado. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.

O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, poderão ser montadas bases também em Itaubal e Mazagão.

A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe ficará 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Governo do Estado promove debate sobre as perspectivas da concessão florestal no Amapá

Será apresentado um panorama das concessões florestais e as oportunidades para a prática do manejo comunitário.

A partir de quinta-feira, 31, o Governo do Amapá promove dois dias de debate sobre o papel da concessão florestal no desenvolvimento econômico e sustentável. O encontro acontece no Palácio do Setentrião, na capital, e também vai abordar a geração de recursos para o Estado e municípios a partir das concessões, resultando em mais políticas públicas para a população.

INSCREVA-SE AQUI 

O debate também vai apresentar um panorama das concessões e as oportunidades para fomentar o manejo comunitário. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) é responsável pela organização do evento, com o apoio do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), da Embrapa, do Serviço Florestal Brasileiro e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A secretária de Meio Ambiente, Taisa Mendonça, destacou que essa é uma oportunidade para fortalecer as medidas que buscam impulsionar o crescimento econômico, com respeito ao meio ambiente.

“O manejo florestal sustentável é uma das ferramentas mais importantes para promover desenvolvimento econômico regional, então, essa é uma iniciativa que busca proteger e criar mecanismos para que a gente possa avançar nessa questão, com responsabilidade social e ambiental”, disse a secretária.

Na quinta-feira, 31, o evento acontece das 14h às 18h. Na sexta-feira, a programação será das 9h às 18h. O seminário é voltado para técnicos e gestores das instituições envolvidas, representantes de empresas do setor florestal e da sociedade civil e organizada.

O objetivo é estimular e fomentar a discussão em torno das concessões florestais, promover a integração das instituições envolvidas e informar a sociedade civil sobre o desenvolvimento das práticas de manejo.

Governo do Amapá e voluntários ambientais recolhem 8 toneladas de lixo do rio Amazonas

Mutirão aconteceu próximo ao novo Trapiche do Santa Inês, na orla de Macapá. A próxima ação está prevista para o deck do Curiaú.

Uma das grandes preocupações ambientais de uma cidade litorânea é a poluição. Em Macapá, a incidência de lixo no rio Amazonas, que banha toda a orla da capital, é constante. Esta semana, o Governo do Amapá e o Instituto de Preservação e Proteção Ambiental (Inpa) se uniram para um mutirão de limpeza e recolheram 8 toneladas de lixo, na maioria, sacolas plásticas, garrafas de vidro e pet, pneus.

O número chama a atenção e coloca em risco os caminhos para um futuro sustentável. A intervenção de limpeza aconteceu na área próxima ao novo Trapiche do Santa Inês, entregue à população na última terça-feira, 22, pelo governador Clécio Luís. O espaço, totalmente reformado, se tornou um importante ponto turístico e cartão postal de Macapá.

Para a secretária de Estado do Turismo (Setur), Anne Monte, a preservação do local é um dever de todos e a própria comunidade deve ter esse sentimento de pertencimento, para preservar o rio, o trapiche e todo o meio ambiente em que vive.

“A ideia desse projeto é chamar a atenção da população amapaense quanto ao cuidado com o nosso maior patrimônio natural, o rio Amazonas, com o meio ambiente e o lugar onde vivemos. Isso é uma obrigação de cada um de nós e precisamos envolver a sociedade neste compromisso”, reforçou a gestora.

O mutirão contou com a participação de aproximadamente 60 voluntários. Segundo o presidente do Inpa, Edson Vilhena, a parceria com o Estado deve se estender para outros espaços públicos turísticos.

“Essa é uma parceria que deu certo, estamos muito felizes em poder participar desse trabalho de cunho social e ambiental e de sensibilização em relação ao cuidado que devemos ter com o nosso meio ambiente”, frisou o presidente.

A próxima ação dos voluntários deve acontecer no rio Curiaú, na comunidade quilombola de mesmo nome. A região turística conta com um deck que foi reformado e reestruturado pelo Governo do Estado como um importante espaço de lazer, cultura e geração de renda.