Amapá recebe militares da Força Nacional para reforçar ações de combate à crise climática

Profissionais irão atuar, principalmente, em comunidades rurais que sofrem com incêndios

O Governo do Amapá recebe 37 militares da Força Nacional que irão reforçar as medidas para minimizar os impactos dos eventos climáticos que atingem o estado. O envio atende à solicitação do governador, Clécio Luís, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os militares irão dar suporte no combate aos incêndios em áreas florestais e rurais e no enfrentamento às pragas que atingem plantios de mandioca nas comunidades indígenas de Oiapoque. Os profissionais são dos estados da Bahia, São Paulo, Pará e do Distrito Federal e devem permanecer no estado durante um período mínimo de 15 dias.

Ainda como suporte da Força Nacional, está previsto que, na segunda-feira, 4, cheguem ao estado micro-ônibus e picapes de combate a incêndios, que permitem acesso a locais mais difíceis em meio à mata. Também serão entregues abafadores de fogo e bomba costal, uma ferramenta que funciona como um extintor à base de água nas operações de combate ao fogo, resfriamento, rescaldo e para construção de linhas frias.

“Esses militares estão aqui para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil no enfrentamento das diversas situações de emergências que o nosso estado está passando”, destacou o comandante geral do Corpo de Bombeiros e coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Veríssimo.

Em 24 de novembro, o Governo Federal reconheceu o estado de emergência em que se encontra o Amapá, por causa da forte estiagem. O reconhecimento foi fundamental para a liberação de recursos de mais de R$10 milhões da União para as ações humanitárias e envio do apoio da Força Nacional.

Além do Amapá, outros estados brasileiros que enfrentam consequências de eventos climáticos também recebem o suporte da Força Nacional.

“Estamos aqui para auxiliar nas ações comunitárias que irão ocorrer em diversos pontos do Amapá”, declarou o coordenador da equipe da Força Nacional no Amapá, Capitão Lúcio Figueiredo.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Força Nacional

A Força Nacional de Segurança Pública integra as Forças Armadas e é formada por policiais militares, bombeiros, policiais civis e outros agentes de segurança pública que passam por cursos de instrução e ficam à disposição do governo federal para atuar em situações de emergência e calamidade pública.

Governo do Amapá reúne Comitê de Respostas Rápidas para ampliar estratégias de combate as situações de emergências no estado

Comitê atua para garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde

Gestores de várias secretarias do Governo do Amapá, que formam a sala de situação do Comitê de Respostas Rápidas, se reuniram nesta segunda-feira, 27, para avaliar as ações já realizadas e alinhar novas estratégias de enfrentamento das situações de emergência que atingem o estado como as queimadas, estiagem, praga da mandioca e o aumento nos casos da malária.

No encontro também foram debatidas atividades prioritárias, com objetivo garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde.

“Essa é uma força tarefa do Governo do Estado, que tem a frente o governador Clécio Luís, que garantiu em Brasília, apoio federal, com recursos que estão chegando para ajudar os amapaenses. Precisamos dar respostas rápidas à nossa população que está ‘in loco’ vivenciando todas as dificuldades”, expressou a secretária Aline Gurgel, da Secretaria de Assistência Social (Seas).

Sala de situação

Todas as ações efetivadas pelas situações de emergência no estado são estabelecidas pelos integrantes que compõem a sala de situação, presidida pela Secretaria de Assistência Social (Seas) em conjunto com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que está instalada no Palácio do Setentrião.

A força-tarefa é formada pelos gestores do Gabinete do Governador, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiro Militar (CBM), secretarias de Mobilização e Participação Popular, de Planejamento, de Comunicação, de Governo de Gestão Estratégia, de Saúde, de Transporte, de Infraestrutura, de Segurança Pública, de Educação e a Superintendência de Vigilância e Saúde (SVS).

Reforço federal

Na última sexta-feira, 24, após pedido do governador, o Ministério da Justiça garantiu apoio da Força Nacional no combate a queimadas no Amapá. Estão previstos cerca de 50 profissionais, que chegam ao estado nos próximos dias.

Também foram garantidos diversos equipamentos de combate a incêndio. O reforço acontece principalmente para o enfrentamento de incêndios em áreas florestais e rurais, no combate direto ao fogo, resfriamento, rescaldo e na construção de linhas frias.

Situações de emergência

Os planos técnicos e práticos executados pela Sala de Situação tiveram embasamento nos decretos estabelecidos pelo Governo do Amapá para dar apoio imediato aos amapaenses.

Em 21 de outubro, foi decretada situação de emergência em todo o estado por conta do aumento do número de queimadas registrado durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem.

A medida objetivou tornar mais ágil e desburocratizar a tomada de decisões administrativas para combater os focos de incêndio. A gravidade da situação fez com que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) homologasse prontamente o decreto.

No dia 13 de novembro, o governador do Amapá, Clécio Luís, assinou o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contemplou municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

No dia 22 de novembro, o Governo do Amapáampliou o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Nesta segunda-feira, 27, o Governo do Estado e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciaram os trabalham de enfrentamento às espécies de fungos e ácaros que atingem cerca de 20 hectares de plantações de mandioca na comunidade de Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos severos da seca e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo do Estado lançou a Operação Amapá Verde, que até o dia 21 de novembro registrou, 2315 focos de incêndios florestais, tendo 737 ações de combate. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

Consequências da estiagem levam Governo do Amapá a ampliar o decreto de situação de emergência para todo o estado

Medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas

A intensidade do clima seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas, como os cerca de 13 mil pescadores.

O decreto de nº 9.058 foi assinado pelo governador em exercício, Teles Júnior, na quarta-feira, 22. O pedido de reconhecimento da situação foi enviado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o que permite acolher mais pessoas afetadas pelos desastres (estiagem, queimadas, seca e salinização de rios).

“O governador viu a importância de ampliar o decreto de estiagem. Então, o Governo ampliando possibilita viabilizar recursos para as ações humanitárias e estudos permanentes para que a gente consiga vencer esses difíceis acontecimentos. Com a estiagem, só as grandes embarcações conseguem chegar ao alto-mar, mas os pescadores artesanais, de sobrevivência, não conseguem. O setor pesqueiro é muito importante no nosso estado. Aguardamos agora o apoio do governo federal ampliando os recursos que nos possibilita chegar a todos os municípios”, afirmou a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.

A medida vale para todo o estado, mas cada região tem uma especificidade, identificada e aprovada a cada parecer pela Defesa Civil que define o devido tratamento.

“Diante de um relatório da Defesa Civil, com dados da Federação de Pescadores que indicam 13 mil trabalhadores afetados diretamente com a estiagem e a impossibilidade da pesca, esses municípios foram incluídos no decreto, e, dessa forma, o Estado pode agilizar as ações de apoio principalmente às famílias atingidas por esse desastre”, pontuou o comandante da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, Alexandre Veríssimo.

Com o reconhecimento, o Governo do Estado, com auxílio do Governo Federal, consegue realizar ações de ajuda humanitária, com envio de técnicos, especialistas, água potável e mineral, alimentos, tudo em uma pronta resposta a essa situação de emergência.

“A inclusão de todos os municípios reconhece a amplitude da estiagem, que está sendo severa, e, com certeza, os trabalhadores e toda a área da pesca também têm sentido agravar a situação nas regiões de lagos e de rios, como o Bailique e o Sucuriju”, citou o secretário de Pesca, Paulo Nogueira.

Todas as ações nesse cenário são controladas diretamente da sala de reuniões do Palácio do Setentrião, que tem funcionado como sala de controle de situação, reunindo todas as secretarias e órgãos do governo, estadual, federal e prefeituras. Isso permite uma atuação mais estratégica nas ações para cada local afetado.

Governo do Amapá integra operação conjunta de combate a incêndio que atinge o Parque Nacional do Cabo Orange

O combate ao fogo inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias


Na noite desta quarta-feira, 15, uma equipe do Corpo de Bombeiros, composta por 12 militares empenhados na operação Amapá Verde, será deslocada para o município de Oiapoque para dar apoio aos brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias.

A ação conta ainda com o apoio de um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), que levará as equipes de Oiapoque até a área denominada “frente de fogo”, que fica dentro do parque. A aeronave possui capacidade para transportar de 12 a 16 pessoas e ajudará nas atividades das operações Cabo Orange e Amapá Verde.

“Nossos militares, partindo hoje, ficarão na sede em Oiapoque, e, amanhã, logo cedo, seguem para o combate, retornando no final do dia. O local é de difícil acesso e somente por via aérea há a possibilidade de chegarmos ao parque, por isso, esse apoio do helicóptero da FAB é fundamental, pois conseguimos transportar a tropa, o material e equipamentos de combate ao incêndio para a localidade”, informou Alexandre Veríssimo, comandante do Corpo de Bombeiros.

A Unidade de Conservação está localizada no litoral do Amapá, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque, extremo Norte do estado, região fronteiriça do Brasil com a Guiana Francesa. O parque foi criado há mais de 40 anos pelo Governo Federal, com o objetivo de proteger ambientes marinhos e costeiros. O ICMBio é o órgão responsável pela gestão da reserva.

Planejamento

Desde a segunda-feira, 13, reuniões com a FAB e ICMBio foram realizadas para a elaboração do planejamento de combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. Ainda na segunda, houve o primeiro voo de reconhecimento na região.

Na área, segundo o ICMBio, predominam cinco tipos de vegetação: floresta de terra firme, floresta de várzea, campo inundável, mangue e cerrado. Após a análise do local onde os focos de incêndio são iminentes, o Corpo de Bombeiros constatou que o incêndio tem características superficiais. A partir dessas informações, foram traçadas as estratégias para inserção de combatentes no terreno para conter o avanço das chamas.

“Enquanto no Piratuba é aquele incêndio subterrâneo, de turfa, mais difícil de combater, no Cabo Orange é um incêndio superficial, que vamos enfrentar com abafadores, e será verificado também se têm condições do helicóptero jogar água”, explicou Veríssimo.

Frentes de trabalho

O Corpo de Bombeiros integra ainda, as ações de combate ao incêndio que atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo leste do estado. O trabalho de enfrentamento é coordenado pelo ICMBio e pela Marinha do Brasil. As queimadas já cobrem, aproximadamente, 15 quilômetros da região, que é administrada pelo Governo Federal.

A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos em situação de emergência devido à estiagem que atinge o estado. Por ser subterrâneo, o incêndio de turfa, que acontece na reserva, é um dos mais complexos tipos de incêndios florestais a serem combatidos.

Dentro desta ação, o helicóptero da Marinha atua no lançamento de água nos focos de incêndio. A aeronave possui rede para carga externa e cesto para lançamento de água, além da capacidade de transportar até 3 toneladas de carga.

Operação Amapá Verde

Lançada pelo Governo do Amapá no mês de agosto, a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana da capital que engloba Macapá, Santana e Mazagão.

O último levantamento divulgado na terça-feira, 14, aponta dados computados diariamente pela coordenação com 177 focos que foram prevenidos e 153 áreas monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

O CBM informa ainda que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

Com encerramento previsto para o mês de novembro, a operação será estendida pelo Governo até o início de dezembro, quando há previsão de chuvas. A medida foi necessária devido a intensidade do clima seco e da estiagem.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos da estiagem e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo lançou a Operação Amapá Verde, que registrou, em 33 dias, 150 focos de incêndios florestais. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

O governador do Amapá, Clécio Luís, também assinou na segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contempla municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

Operação Amapá Verde: em 90 dias, mais de 650 focos de incêndios são combatidos pelo Corpo de Bombeiros

Outros 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são atualmente monitoradas em vários municípios e na região metropolitana do estado.

Lançada pelo  Governo do Amapá no mês de agosto , a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana, foram combatidos pelos militares do Corpo de Bombeiros.

Além disso, até esta terça-feira, 14, segundo os dados computados diariamente pela coordenação, 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

Rithely Barbosa, capitão do Corpo de Bombeiros e coordenador da operação, afirma que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

“A elevação das queimadas é atribuída a fatores como mudanças climáticas, incluindo o fenômeno El Niño, práticas agrícolas inadequadas e atividades humanas. A exposição do solo ao calor intenso dos incêndios pode alterar suas propriedades físicas e químicas e prejudicar sua capacidade de sustentar a vegetação”, destaca o capitão.

Além da perda da biodiversidade, queimadas e incêndios florestais geram a poluição do ar, pois a fumaça contém partículas finas e poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre e monóxido de carbono que afetam diretamente a saúde.

A operação Amapá Verde segue até o dia 6 de dezembro, com efetivo total de 600 militares, divididos em bases avançadas nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal, Laranjal e Vitória do Jari. As estruturas são estrategicamente montadas para atender todo o estado.

A ação é um desdobramento da operação ‘Guardiões do Bioma’, do Governo Federal e busca combater incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/Inpe) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.

Força operacional

Para sua realização e sucesso, a operação Amapá Verde trabalha de forma integrada com vários órgãos da segurança pública do estado e também federais.

Também participam da ação a Polícia Civil, com a Delegacia Especializada em Crimes Ambientais, a Polícia Militar, com o Batalhão Ambiental, e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal.

Crime ambiental

Segundo a Lei dos Crimes Ambientais (nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), provocar incêndios florestais é crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. Denúncias de queimadas e focos de incêndio podem ser feitas através dos números de telefone: 193 do Corpo de Bombeiros; 190 do Centro Integrado de Operações de Defesa Social e Defesa Civil.

Amapá registra mais de 2 mil focos de calor em 48 horas

Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado. Estiagem é o principal fator responsável pelos índices elevados.

De domingo, 29, a terça-feira, 31, o Amapá registrou mais de 2 mil focos de calor em todo o estado. A informação foi confirmada pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Neste período, os municípios de Calçoene, Mazagão, Amapá, Macapá e Tartarugalzinho concentraram a maior parte dos registros. Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47ºC, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Outubro já bateu recorde de registros de incêndios, com 1.046 focos, um acréscimo de 121,35% em relação ao mesmo período do ano anterior. O meteorologista do Iepa, Jefferson Villhena, doutor em Biodiversidade, detalha que, em novembro, ainda será necessário manter a cautela com o cenário de focos de calor e de incêndio.

“Estamos na situação de estiagem e, de acordo com as previsões climáticas, ela deve permanecer durante todo o mês de novembro”, finalizou Jefferson.

Ações

Ainda em 21 de outubro, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em todo o estado e também instaurou o Comitê de Crise de Eventos Hidrológicos e Mudanças Climáticas para ações de combate às consequências da estiagem e queimadas.

O grupo, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), conta com representantes de 19 instituições públicas e tem o objetivo de emitir respostas rápidas e definir ações imediatas para situações de emergência em todo estado.

A força-tarefa terá a duração de 90 dias, contando de 21 de outubro, quando foi instaurado através de decreto emergencial assinado pelo governador, Clécio Luís.

Entre as respostas, está a implantação da sala de situação na sede da Sema, para monitoramento em tempo real dos focos de calor e dados meteorológicos com a emissão de um boletim diário.

Entre os municípios mais impactados, Tartarugalzinho, recebeu uma ação humanitária emergencial do Governo do Estado, com entrega de cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, unidades de hipoclorito e carros-pipa para auxiliar as famílias que dependem das plantações afetadas pelas queimadas.

No âmbito nacional, até setembro deste ano a Amazônia já contabilizava mais de 25 mil focos de incêndio. Sem chuvas, oito estados do Norte e do Nordeste bateram recorde de seca dos últimos 40 anos. No Amapá, o número de incêndios já ultrapassou 10 mil registros em 2023, em comparação com cerca de 4 mil registrados no ano anterior.

Governo do Amapá decreta situação de emergência em todo o estado devido ao aumento do registro de queimadas

Estiagem é o principal fator para elevação dos focos de incêndio. Tartarugalzinho, um dos municípios mais afetados, recebeu ação de ajuda humanitária.


Neste sábado, 21, o governador Clécio Luís decretou situação de emergência em todo o estado por conta do aumento do número de queimadas registrado durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem. A medida tem como objetivo tornar mais ágil e desburocratizar a tomada de decisões administrativas para combater os focos de incêndio.

Clécio Luís pontuou que a gravidade da situação fez com que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional homologasse prontamente o decreto. Agora, o ministro Waldez Góes busca articulação com outros ministérios para ampliar o auxílio do Governo Federal ao estado.

“Estamos num momento muito crítico. Só para se ter uma ideia, em 2022 o Amapá registrou cerca de 4 mil focos de incêndio, mas esse ano já são mais de 10 mil e ainda estamos no mês de outubro”, destacou o governador.Ajuda humanitária

A assinatura do decreto ocorreu em Tartarugalzinho, um dos municípios mais atingidos pelos focos de incêndio. O Governo do Estado garantiu ação humanitária para atender os moradores e repassou à Prefeitura Municipal cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, cinco mil unidades de hipoclorito, além de carros-pipa para abastecimento das famílias e irrigação das plantações.

Todo material recebido será distribuído, posteriormente, pelo município, após realização de triagem das famílias que estão sendo impactadas pelos focos de incêndio.

De acordo com a Prefeitura de Tartarugalzinho, a cidade vem sofrendo com as queimadas desde o mês de julho, mas a partir de outubro a situação ficou insustentável e o município precisou solicitar apoio do Governo do Estado para controlar os focos de incêndio.

“A Prefeitura fez tudo para amenizar os problemas causados pela estiagem, inclusive, estamos atendendo a população com carro-pipa há mais de 30 dias, mas, agora, o município chegou no limite e, analisando as consequências provocadas pelas queimadas, decidimos pedir ajuda do Governo do Amapá, que prontamente atendeu o nosso pedido e a ajuda já começou a chegar”, ressaltou prefeito de Tartarugalzinho, Bruno Mineiro.O senador Randolfe Rodrigues também participou da cerimônia de assinatura do decreto de situação de emergência no Amapá e reafirmou o compromisso do Governo Federal em ajudar todos os estados atingidos pela seca.

“O Governo tem se preocupado com a estiagem na Amazônia desde quando a situação começou a se agravar nos estados do Amazonas e Rondônia. Com as queimadas também causando grandes prejuízos no Amapá e a assinatura do decreto de situação emergência, vamos reportar ao Governo Federal, que, com certeza, prestará toda ajuda que puder para a região dos lagos e para todo o estado”, pontuou o parlamentar.

Operação Amapá Verde: Corpo de Bombeiros registra em 33 dias, 150 ocorrências de incêndios florestais no estado

Coordenação alerta para um aumento de mais de 200% na incidência, comparado ao mesmo período do ano passado.


A Operação Amapá Verde de combate a incêndios florestais e crimes ambientais, lançada pelo Governo do Estado, no dia 16 de agosto, está no 3º ciclo operacional do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Em 33 dias de atuação já foram registradas 150 ocorrências de incêndios florestais e em vegetação em todo o estado.

Segundo os dados computados diariamente pela coordenação, até esta terça-feira, 19, foram registradas 138 ocorrências no interior do Amapá e 22 em Macapá.

O coordenador da operação, capitão do Corpo de Bombeiros, Rithely Barbosa, frisou que este ano as ocorrências aumentaram em 238%, comparadas com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 58 incidências de incêndios florestais.

“O aumento das ocorrências é facilitado em decorrência do período de estiagem e a elevação das temperaturas. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet]”, explicou Rithely Barbosa.Pelos números registrados, o município de Tartarugalzinho continua liderando as estatísticas com 26,5%, seguido de Amapá com 12,1% e Macapá, com 11,4%, dos focos registrados.

A ação, que está na sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo do Amapá, em Brasília.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação. Até esta terça-feira, 19, foram realizadas 72 diligências de monitoramento em áreas com riscos de incêndios.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/INPE) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.Prevenção

A iniciativa tem objetivo também conscientizar a população sobre os danos e prejuízos causados pelos incêndios em vegetação promovendo orientações sobre a execução das queimadas controladas.

Trabalhos de orientações e palestras são realizados para as populações de comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas. Cerca de 60 encontros já foram feitos com o intuito de mostrar os perigos que o fogo pode trazer para as pessoas, animais e meio ambiente.

Outra ação importante dos serviços operacionais da Amapá Verde é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.O coordenador, Rithely Barbosa, lembra que os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá devido ao tipo da vegetação existente no estado, como cerrado. As ações humanas ainda são as principais causadoras dos incêndios florestais.

“As atividades podem ser tanto voluntárias, que são aqueles atos conscientes e provocados por vontade própria, como exemplo, a queima de vegetação para a limpeza de terrenos agrícolas ou para renovação de pasto, quanto àquelas que não demonstram grandes consequências, como queima de lixo e fogueiras, daí a importância do trabalho preventivo e de conscientização da população”, frisou o coordenador.

Força-tarefa

A Força-Tarefa da Operação Amapá Verde reúne cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais até o dia 6 de dezembro. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Itaubal, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.

O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, pode ser montada uma base também em Mazagão. A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Fique atento!

O Corpo de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.

Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão deve ser ligar para os telefones de emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes). Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios

Corpo de Bombeiros registra mais de 40 ocorrências de incêndios florestais em duas semanas da Operação Amapá Verde

Maioria dos registros aconteceu nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene.

Desde o dia 16 de agosto,  quando foi lançada pelo Governo do Estado , militares do Corpo de Bombeiros estão atuando em vários municípios na Operação Amapá Verde, de prevenção e combate aos incêndios florestais e crimes ambientais, que já registra 42 ocorrências, a maioria nos municípios de Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. 

A ação, que está na sua sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo, em Brasília. Nesta quarta-feira, 30, a operação entra no segundo ciclo de ações, com mais de 40 bombeiros em campo.

Os trabalhos envolvem palestras para comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas, reuniões com autoridades locais, para tratar sobre serviços em parceria, voltados a conscientização da população para evitar incêndios em áreas de mata, além do combate de possíveis focos e sinistros.

“Apesar de estarmos com 15 dias de operação, já observamos um elevado número de combate a incêndios nestes primeiros ciclos, o que não foi observado em outros anos”, alertou o capitão Rithely Barbosa, coordenador da Amapá Verde.

Dados da operação
Em duas semanas de ação, além das mais de 40 ocorrências, também já foram contabilizados 22 locais fiscalizados, 14 áreas monitoradas e 13 ações de prevenção realizadas pelos militares.

Nas edições anteriores, Tartarugalzinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi o município que liderou as ocorrências. No ano passado, em todo o estado foram registrados cerca de 500 focos de incêndio neste período, desse total, mais de 350 foram atendidas pelas equipes da Amapá Verde.

Outro dado importante é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.

Fique atento!
Os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá. A principal causa é devido ao período de estiagem (sem chuva) e o tipo da vegetação existente no estado (cerrado).

O Corpo de de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.

Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão é ligar para os telefones de Emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes).

Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios criminosos nas vegetações e matas.

Dicas

Para as propriedades rurais:

  • Jamais atear fogo em área de vegetação ou roçado/desmatada sem a devida autorização e supervisão do órgão ambiental;
  • Não usar o fogo como agente de limpeza para renovar áreas de pastagem;

Na zona urbana

  • Todo proprietário de terreno deve manter sua propriedade limpa, com pouca ou nenhuma vegetação;
  • Não queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, principalmente se for próximo de áreas de vegetação;

Nas estradas e viagens

  • Não lançar “bituca” de cigarro pela janela do veículo quando trafegar por rodovias ou estradas; o clima quente e ventilado facilita a combustão da vegetação seca, característica do período;
  • Caso vá em acampamentos ou eventos similares, ter o máximo de cuidado na hora de acender fogueiras, velas, lamparinas e lampiões.
  • Importante também é que ao deixar o acampamento, verificar se as brasas foram todas apagadas e resfriadas e, preferencialmente enterrar os restos da fogueira;

Força-tarefa
A força-tarefa da Operação Amapá Verde reúne no total cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais em todo o estado. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.

O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, poderão ser montadas bases também em Itaubal e Mazagão.

A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe ficará 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Governo do Amapá institui novo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, Queimadas e Incêndios Florestais

Entre os objetivos, estão incentivar as atividades produtivas sustentáveis no Amapá, como técnicas de agricultura de baixo carbono, além de manejo e concessão florestal.

O governador, Clécio Luís, assinou, nesta segunda-feira, 24, o decreto que instituiu o novo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, Queimadas e Incêndios Florestais do Estado do Amapá (PPCDAP), apresentado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O Plano de Prevenção é considerado inovador e busca aperfeiçoar o monitoramento e controle ambiental; apoiar as atividades de regularização fundiária; e incentivar as atividades produtivas sustentáveis no Amapá, como técnicas de agricultura de baixo carbono e manejo e concessão florestal.

“É preciso que as ações considerem e atendam os pequenos produtores locais, explorando o potencial que nós temos para o desenvolvimento econômico com responsabilidade social e ambiental”, enfatizou o governador, Clécio Luís.

O instrumento traz um conjunto de estratégias articuladas com o Governo Federal para alcançar a meta de reduzir o desmatamento ilegal no estado em 36% até 2025.

Comitê Técnico

O governador também assinou o decreto que institui o Comitê Técnico do Plano de Prevenção, que é composto por representantes de 14 instituições. Eles se reunirão mensalmente para debater ações futuras em busca da melhor efetividade na prevenção e de combate ao desmatamento ilegal e queimadas no Estado.

Todo ano, o grupo irá construir um Plano Operativo com detalhamento das estratégias de execução das atividades previstas no plano para alcançar as metas do plano.

Contribuição amapaense

O Amapá vai apresentar o plano ao Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, nesta terça-feira, 25, no último dia da Consulta Pública do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), com o acolhimento das contribuições de todos os estados e presença da ministra Marina Silva.

Mariane Nardi e o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, Marcos Almeida, estarão presentes. Para a servidora, o momento oportuniza apresentar a experiência amapaenses para o Brasil, contribuindo com o combate ao desmatamento.

“Essa é uma ação que possibilita a integração e troca de experiências para atingirmos o objetivo dessa agenda”, enfatizou Nardi.