Amapá recebe militares da Força Nacional para reforçar ações de combate à crise climática

Profissionais irão atuar, principalmente, em comunidades rurais que sofrem com incêndios

O Governo do Amapá recebe 37 militares da Força Nacional que irão reforçar as medidas para minimizar os impactos dos eventos climáticos que atingem o estado. O envio atende à solicitação do governador, Clécio Luís, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os militares irão dar suporte no combate aos incêndios em áreas florestais e rurais e no enfrentamento às pragas que atingem plantios de mandioca nas comunidades indígenas de Oiapoque. Os profissionais são dos estados da Bahia, São Paulo, Pará e do Distrito Federal e devem permanecer no estado durante um período mínimo de 15 dias.

Ainda como suporte da Força Nacional, está previsto que, na segunda-feira, 4, cheguem ao estado micro-ônibus e picapes de combate a incêndios, que permitem acesso a locais mais difíceis em meio à mata. Também serão entregues abafadores de fogo e bomba costal, uma ferramenta que funciona como um extintor à base de água nas operações de combate ao fogo, resfriamento, rescaldo e para construção de linhas frias.

“Esses militares estão aqui para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil no enfrentamento das diversas situações de emergências que o nosso estado está passando”, destacou o comandante geral do Corpo de Bombeiros e coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Veríssimo.

Em 24 de novembro, o Governo Federal reconheceu o estado de emergência em que se encontra o Amapá, por causa da forte estiagem. O reconhecimento foi fundamental para a liberação de recursos de mais de R$10 milhões da União para as ações humanitárias e envio do apoio da Força Nacional.

Além do Amapá, outros estados brasileiros que enfrentam consequências de eventos climáticos também recebem o suporte da Força Nacional.

“Estamos aqui para auxiliar nas ações comunitárias que irão ocorrer em diversos pontos do Amapá”, declarou o coordenador da equipe da Força Nacional no Amapá, Capitão Lúcio Figueiredo.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Força Nacional

A Força Nacional de Segurança Pública integra as Forças Armadas e é formada por policiais militares, bombeiros, policiais civis e outros agentes de segurança pública que passam por cursos de instrução e ficam à disposição do governo federal para atuar em situações de emergência e calamidade pública.

Governo do Amapá integra operação conjunta de combate a incêndio que atinge o Parque Nacional do Cabo Orange

O combate ao fogo inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias


Na noite desta quarta-feira, 15, uma equipe do Corpo de Bombeiros, composta por 12 militares empenhados na operação Amapá Verde, será deslocada para o município de Oiapoque para dar apoio aos brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias.

A ação conta ainda com o apoio de um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), que levará as equipes de Oiapoque até a área denominada “frente de fogo”, que fica dentro do parque. A aeronave possui capacidade para transportar de 12 a 16 pessoas e ajudará nas atividades das operações Cabo Orange e Amapá Verde.

“Nossos militares, partindo hoje, ficarão na sede em Oiapoque, e, amanhã, logo cedo, seguem para o combate, retornando no final do dia. O local é de difícil acesso e somente por via aérea há a possibilidade de chegarmos ao parque, por isso, esse apoio do helicóptero da FAB é fundamental, pois conseguimos transportar a tropa, o material e equipamentos de combate ao incêndio para a localidade”, informou Alexandre Veríssimo, comandante do Corpo de Bombeiros.

A Unidade de Conservação está localizada no litoral do Amapá, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque, extremo Norte do estado, região fronteiriça do Brasil com a Guiana Francesa. O parque foi criado há mais de 40 anos pelo Governo Federal, com o objetivo de proteger ambientes marinhos e costeiros. O ICMBio é o órgão responsável pela gestão da reserva.

Planejamento

Desde a segunda-feira, 13, reuniões com a FAB e ICMBio foram realizadas para a elaboração do planejamento de combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. Ainda na segunda, houve o primeiro voo de reconhecimento na região.

Na área, segundo o ICMBio, predominam cinco tipos de vegetação: floresta de terra firme, floresta de várzea, campo inundável, mangue e cerrado. Após a análise do local onde os focos de incêndio são iminentes, o Corpo de Bombeiros constatou que o incêndio tem características superficiais. A partir dessas informações, foram traçadas as estratégias para inserção de combatentes no terreno para conter o avanço das chamas.

“Enquanto no Piratuba é aquele incêndio subterrâneo, de turfa, mais difícil de combater, no Cabo Orange é um incêndio superficial, que vamos enfrentar com abafadores, e será verificado também se têm condições do helicóptero jogar água”, explicou Veríssimo.

Frentes de trabalho

O Corpo de Bombeiros integra ainda, as ações de combate ao incêndio que atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo leste do estado. O trabalho de enfrentamento é coordenado pelo ICMBio e pela Marinha do Brasil. As queimadas já cobrem, aproximadamente, 15 quilômetros da região, que é administrada pelo Governo Federal.

A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos em situação de emergência devido à estiagem que atinge o estado. Por ser subterrâneo, o incêndio de turfa, que acontece na reserva, é um dos mais complexos tipos de incêndios florestais a serem combatidos.

Dentro desta ação, o helicóptero da Marinha atua no lançamento de água nos focos de incêndio. A aeronave possui rede para carga externa e cesto para lançamento de água, além da capacidade de transportar até 3 toneladas de carga.

Operação Amapá Verde

Lançada pelo Governo do Amapá no mês de agosto, a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana da capital que engloba Macapá, Santana e Mazagão.

O último levantamento divulgado na terça-feira, 14, aponta dados computados diariamente pela coordenação com 177 focos que foram prevenidos e 153 áreas monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

O CBM informa ainda que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

Com encerramento previsto para o mês de novembro, a operação será estendida pelo Governo até o início de dezembro, quando há previsão de chuvas. A medida foi necessária devido a intensidade do clima seco e da estiagem.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos da estiagem e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo lançou a Operação Amapá Verde, que registrou, em 33 dias, 150 focos de incêndios florestais. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

O governador do Amapá, Clécio Luís, também assinou na segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contempla municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

Operação Amapá Verde: Corpo de Bombeiros registra em 33 dias, 150 ocorrências de incêndios florestais no estado

Coordenação alerta para um aumento de mais de 200% na incidência, comparado ao mesmo período do ano passado.


A Operação Amapá Verde de combate a incêndios florestais e crimes ambientais, lançada pelo Governo do Estado, no dia 16 de agosto, está no 3º ciclo operacional do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Em 33 dias de atuação já foram registradas 150 ocorrências de incêndios florestais e em vegetação em todo o estado.

Segundo os dados computados diariamente pela coordenação, até esta terça-feira, 19, foram registradas 138 ocorrências no interior do Amapá e 22 em Macapá.

O coordenador da operação, capitão do Corpo de Bombeiros, Rithely Barbosa, frisou que este ano as ocorrências aumentaram em 238%, comparadas com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 58 incidências de incêndios florestais.

“O aumento das ocorrências é facilitado em decorrência do período de estiagem e a elevação das temperaturas. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet]”, explicou Rithely Barbosa.Pelos números registrados, o município de Tartarugalzinho continua liderando as estatísticas com 26,5%, seguido de Amapá com 12,1% e Macapá, com 11,4%, dos focos registrados.

A ação, que está na sexta edição, é integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo do Amapá, em Brasília.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação. Até esta terça-feira, 19, foram realizadas 72 diligências de monitoramento em áreas com riscos de incêndios.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/INPE) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.Prevenção

A iniciativa tem objetivo também conscientizar a população sobre os danos e prejuízos causados pelos incêndios em vegetação promovendo orientações sobre a execução das queimadas controladas.

Trabalhos de orientações e palestras são realizados para as populações de comunidades quilombolas, assentamentos rurais e escolas. Cerca de 60 encontros já foram feitos com o intuito de mostrar os perigos que o fogo pode trazer para as pessoas, animais e meio ambiente.

Outra ação importante dos serviços operacionais da Amapá Verde é o enfrentamento de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.O coordenador, Rithely Barbosa, lembra que os meses de agosto, setembro e outubro são os que mais registram focos de queimadas no Amapá devido ao tipo da vegetação existente no estado, como cerrado. As ações humanas ainda são as principais causadoras dos incêndios florestais.

“As atividades podem ser tanto voluntárias, que são aqueles atos conscientes e provocados por vontade própria, como exemplo, a queima de vegetação para a limpeza de terrenos agrícolas ou para renovação de pasto, quanto àquelas que não demonstram grandes consequências, como queima de lixo e fogueiras, daí a importância do trabalho preventivo e de conscientização da população”, frisou o coordenador.

Força-tarefa

A Força-Tarefa da Operação Amapá Verde reúne cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais até o dia 6 de dezembro. As cidades de Calçoene, Oiapoque, Amapá, Itaubal, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios.

O Corpo de Bombeiros informa ainda que, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, pode ser montada uma base também em Mazagão. A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Fique atento!

O Corpo de Bombeiros alerta que, provocar incêndio ambiental é crime, com pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para aqueles que causarem poluição que afete a fauna e a flora. A mesma lei estipula também uma pena de 2 a 4 anos de reclusão mais multa, para quem colocar fogo em lixo, entulho, e outros materiais em área urbana ou rural.

Ao avistar um foco de queimada, a primeira ação do cidadão deve ser ligar para os telefones de emergência: 193, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e 190, Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes). Por esses canais, a população também pode denunciar incêndios

Governo do Amapá lança operação `Amapá Verde´ para prevenir e combater incêndios florestais e crimes ambientais no estado

Ação que iniciou nesta quarta-feira, 16, reúne mais de 50 militares que foram deslocados para as bases avançadas em oito municípios.

Com a chegada do período de estiagem, que se estende até o mês de novembro, marcando o ápice do verão amazônico, o Governo do Estado, lançou nesta quarta-feira, 16, a sexta edição da Operação Amapá Verde, coordenada pelo Corpo de Bombeiros.

As primeiras equipes da operação foram deslocadas, com veículos, máquinas e equipamentos, do Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAPH), localizado no bairro Marabaixo, em Macapá, para os municípios onde serão montadas as bases avançadas de combate a incêndio florestais.

A ação está integrada à operação Guardiões dos Biomas, do Governo Federal, que garantiu recursos ao estado, após tratativas do Governo do Amapá, em Brasília. Os principais objetivos da Amapá Verde são a prevenção e combate aos incêndios florestais e crimes ambientais.

Força-tarefa
A força-tarefa reúne no total cerca de 600 bombeiros, que vão atuar em ciclos operacionais em todo o estado. Calçoene, Oiapoque, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, são as cidades com bases avançadas, estrategicamente montadas, para atender os 16 municípios do estado.

Segundo o comandante em exercício do Corpo de Bombeiros, Pelsondré Martins, dependendo da quantidade de ocorrências, do clima e onde elas aconteçam, poderão ser montadas bases também em Itaubal e Mazagão. “Nosso planejamento já foi todo definido, mas se for necessário iremos ampliar as áreas de respostas rápidas, se houver necessidade”, explicou.

De acordo com o comandante, nesta primeira fase da ação, mais de 50 bombeiros estão a postos para atuação. A operação é dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe ficará 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Ações de prevenção
As ações preventivas da operação Amapá Verde estão programadas para execução, principalmente, no 1º e 2° ciclos, que acontecem até o final de agosto. O comandante explica que neste período, chamado de pré-estiagem, o solo ainda está úmido e a vegetação rasteira e verde, típica do cerrado, o que dificulta as ocorrências e proliferação de queimadas.

“Serão realizadas algumas ações de prevenção, como palestras de conscientização nas comunidades rurais, com ênfase na preservação ambiental e no papel de toda a sociedade no monitoramento e combate aos incêndios florestais. Visitas a comunidades e assentamentos rurais para demonstrar a importância de preservação ambiental, entre outras iniciativas”, afirmou Pelsondré Martins.

Estatísticas
Durante as edições anteriores, Tartarugalzinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi o município que liderou as ocorrências. No ano passado, em todo o estado foram registrados cerca de 500 focos de incêndio neste período, desse total, mais de 350 foram atendidas pelas equipes da Amapá Verde.

O levantamento do CBM mostra que os focos de incêndio se concentram no período de agosto a dezembro em regiões de cerrado e em torno das Rodovias Federais, Estaduais e nos ramais de acesso das referidas vias.

Trabalho integrado
O Corpo de Bombeiros, durante o período da operação, atuará de forma integrada com vários órgãos da segurança pública do estado e também de órgãos federais, pois além das queimadas, que estão relacionadas a atuação dos bombeiros, o Amapá enfrenta outras situações de crimes ambientais, como o desmatamento, extração irregular de madeira e os garimpos ilegais.

Participam da operação a Polícia Civil, com a Delegacia Especializada em Crimes Ambientais, a Polícia Militar, com o Batalhão Ambiental, e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal.

“Nesse contexto, a operação Guardiões dos Bioma surge como uma importante ferramenta de coordenação dos esforços, direcionando os recursos, controlando as ações e otimizando os resultados”, frisou o comandante em exercício do CBM, Pelsondré Martins.

Secretaria de Meio Ambiente monitora mudanças na foz do Rio Araguari

Equipe da Sema e do Grupo Tático Aéreo em ação de monitoramento na foz do Rio Araguari


O Governo do Amapá monitora as condições ambientais da foz do Rio Araguari, entre os municípios de Tartarugalzinho, Cutias e Macapá. A região tem sofrido grandes transformações nos últimos anos devido ao acúmulo de sedimentos, como terra e areia, no leito do Araguari, em uma extensão de aproximadamente 40 quilômetros até a costa litorânea.

Como parte deste trabalho de monitoramento, uma equipe de analistas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) sobrevoou a região para fazer registros fotográficos aéreos de toda a extensão da foz do Araguari. As imagens são essenciais para a entender a dimensão dos impactos ambientais na área.

A ação, que atende solicitação do Ministério Público Federal (MPF), contou com o suporte do Grupo Tático Aéreo (GTA). Na avaliação do analista Armando Souza, da Coordenadoria Ambiental da Sema, o monitoramento permite a captação das informações atualizadas para o controle e a elaboração de políticas públicas que contribuam para a diminuição dos impactos ambientais.

“A ação foi bem-sucedida, pois conseguimos captar imagens atualizadas das transformações ocorridas e marcar as coordenadas georreferenciadas dos pontos que sofreram maior impacto e mudanças ambientais”, enfatizou Armando.

Mudanças na fluxo do Araguari
Com aproximadamente 618 quilômetros de extensão, o Araguari é o maior rio a correr exclusivamente no Amapá. Ele nasce no Parque Nacional do Tumucumaque e, até 2013, desaguava no Oceano Atlântico, ao norte do arquipélago do Bailique.

Desde 2011, porém, formou-se um canal de conexão com o Rio Amazonas, fazendo com que o Araguari direcionasse parte do seu fluxo para o majestoso rio-mar. Com isso, o Araguari passou a desaguar inteiramente na Foz do Rio Amazonas, e não mais na costa litorânea.

COP-27: Governadores da Amazônia Legal pedem a Lula nova cooperação com o governo brasileiro

Bloco regional apresentou a Carta dos Governadores pela Amazônia ao presidente eleito, em busca de fortalecer as políticas de desenvolvimento sustentável.

Em busca de uma nova cooperação com o governo brasileiro, o Consórcio da Amazônia Legal apresentou ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a Carta dos Governadores Pela Amazônia, nesta quarta-feira, 16.

Por delegação do presidente do consórcio, Waldez Góes, a cerimônia foi presidida pelo governador do Pará, Helder Barbalho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-27), que acontece no Egito.

No documento, o bloco regional propõe fortalecer as políticas de desenvolvimento socioeconômico e de preservação do meio ambiente nos nove estados que compõem o Consórcio.

Os nove governadores afirmam que o modelo de desenvolvimento vigente trouxe o custo de ser ambientalmente devastador e socialmente excludente. Mudar isso, diz a Carta, requer uma nova cooperação entre a Amazônia legal e o Governo Federal, orientada pela ciência, pela estabilidade e reforço institucional e impulsionada pela determinação e pela vontade política de ambas as partes.

Barbalho detalhou que, diante do novo quadro político resultante das eleições de 2022, o Consórcio expressa disposição para construir uma relação eficaz com o Governo Federal e ampliar o diálogo com a comunidade internacional.

“A urgência colocada pela emergência climática exige, igualmente, urgência na busca de soluções. Esse imperativo requer um diálogo com a comunidade internacional, com vistas a estruturar parcerias mais eficazes, bem como a observância dos princípios e o cumprimento dos compromissos assumidos na COP e no Acordo de Paris”, apresentou Barbalho.

Em nome do Consórcio, o governador do Pará também solicitou que a COP de 2025 aconteça na Amazônia.

“O mundo precisa vivenciar as nossas riquezas e nossos saberes para que juntos possamos trabalhar para manter a floresta em pé!”, apresentou Barbalho.

LEIA A CARTA AQUI

Na sua fala, Lula disse que assinaria a carta sem reparos e se comprometeu a estabelecer o diálogo entre o governo federal, os Estados e os municípios.

“É preciso dar aos Estados e aos municípios as condições de cumprir as obrigações constitucionais”, pontuou.

Protagonismo da Amazônia

Nos últimos quatro anos, período que coincide com a formalização do Consórcio, os estados da Amazônia Legal alcançaram um nível de capacidade de relacionamento com organismos internacionais, com a sociedade civil, com instituições financeiras e até mesmo entre si. Na Carta, os governadores pedem o incentivo do governo federal a essa integração para que não haja retrocesso.

Além de Lula e Helder, participaram da solenidade os governadores Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Wanderlei Barbosa (TO). Integrante da comitiva de Lula, a governadora Fátima Bezerra (RN) também esteve presente, além da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, senadores, deputados federais e estaduais e secretários de estado.

Amapá na COP-27

O Governo do Amapá, durante a COP-27 já firmou acordo com a Emergent no valor de R$800 milhões em compensações ambientais, tornando o Amapá o 1º estado brasileiro a adotar esta iniciativa para recompensar financeiramente os esforços na redução de emissão de gases e desmatamento.

O Amapá também apresentou os resultados do projeto Amazônia +10, que fomenta a produção de pesquisas científicas, com a realização de uma chamada pública com 152 propostas e a criação do Amaparque, uma área de cerca de 6,5 mil hectares, de conservação para lazer, práticas esportivas e contemplação da natureza, tornando-se o maior parque metropolitano do mundo.

https://www.amapa.gov.br/noticia/1611/cop-27-governadores-da-amazonia-legal-pedem-a-lula-nova-cooperacao-com-o-governo-brasileiro