PF combate garimpo ilegal no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque


Nos dias 06 e 07 de abril, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ancestrais, em região de garimpo ilegal próximo ao município de Calçoene/AP, no estado do Amapá.

A ação teve o objetivo de combater a extração ilegal de ouro e demais crimes ambientais cometidos no Estado, bem como localizar e inutilizar os maquinários usados pelos garimpeiros.

Além das áreas diretamente desmatadas, os danos ambientais causados pelos garimpeiros impactam a cadeia ambiental em até 300 km do curso dos rios da região, com danos que podem ser considerados irreversíveis.

A ação com a atuação de mais de 30 Policiais Federais, incluindo operadores especializados em explosivismo, bem como da Polícia Civil do Amapá, Grupo Tático Aéreo – GTA, ICMBio e IBAMA, os quais, em ação integrada, destruíram 2 PCs, 10 motores, 1 trator e apreenderam 1 moto, com um prejuízo para os criminosos estimado em 2 milhões de reais.

Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bem da união, poluição, desmatamento. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 13 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

PF combate garimpo ilegal em área próxima à reserva Waiãpi, no interior do Amapá

Foi realizado uma ação de combate a garimpos ilegais no Amapá, resultando em prejuízo de mais de 3 milhões de reais para os criminosos.


Na manhã desta quinta-feira, 4/4, a Polícia Federal deflagrou a Operação Águas de Prata III, em região de garimpo ilegal próximo ao município de Pedra Branca, no estado do Amapá. 

A ação teve o objetivo de combater a extração ilegal de ouro e demais crimes ambientais cometidos no Estado, bem como localizar e inutilizar os maquinários usados pelos garimpeiros.
Frisa-se que os policiais identificaram que a atividade garimpeira desmatou, em poucos meses, uma área de cerca de 680 mil metros quadrados, equivalente a mais de 83 campos de futebol.
Além das áreas diretamente desmatadas, os danos ambientais causados pelos garimpeiros impactam a cadeia ambiental em até 300 km do curso dos rios da região, com danos que podem ser considerados irreversíveis.
Vale ressaltar que esta operação contou com a atuação de mais de 30 Policiais Federais, incluindo operadores especializados em explosivismo, bem como da Polícia Civil do Amapá, Grupo Tático Aéreo – GTA e IBAMA, os quais, em ação integrada, destruíram diversos maquinários na área que engloba os garimpos de São Domingos e Urucum.
Como resultado da ação, foram destruídas 4 escavadeiras hidráulicas e 5 motores-bomba, além de outros maquinários utilizados pelos garimpeiros, totalizando mais de 3 milhões de reais em prejuízo aos criminosos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bem da união, poluição, desmatamento. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 13 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Governo do Amapá leva estudantes de escolas estaduais para Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, em SP

Foram selecionados projetos das escolas estaduais Mário Quirino, Afonso Arinos e Risalva Freitas do Amaral, em Macapá.


Projetos de três escolas estaduais do Amapá foram selecionados para participar do maior evento científico escolar do país, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece em São Paulo (SP), de 18 a 22 de março. O Governo do Estado custeia a viagem dos estudantes, em um incentivo à pesquisa e à ciência na educação básica.

Cinco alunos das escolas estaduais Mário Quirino, Afonso Arinos e Risalva Freitas do Amaral, participarão da viagem, acompanhados de três orientadores. Todos os trabalhos foram apresentados pela primeira vez na Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap) 2023, promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed).

De acordo com a secretária adjunta de Gestão da Seed, Francisca Oliveira, a participação em feiras é uma das principais estratégias do Governo do Amapá para incentivar a iniciação científica na educação básica.

“Fazemos questão de auxiliar os estudantes nessa viagem, porque a produção de ciência nessa idade deve ser encorajada. Ficamos muito felizes que a nossa Feceap tenha sido, nos últimos anos, um trampolim para projetos tão bem-sucedidos como esses”, ressaltou a gestora.

Ciência nas escolas

Na Febrace, os jovens poderão apresentar trabalhos para pessoas de todos os estados do Brasil, em uma demonstração das oportunidades abertas pela educação.

O grupo da Escola Mário Quirino estuda como as plantas se comportam sob condições desfavoráveis de solo e clima. Para a pesquisa, foram plantados nove pés de maracujá dentro da escola, que são regados e analisados pelos três estudantes que compõem o projeto.

O jovem Wallace Cortez, de 19 anos, é um destes estudantes e conta como o objetivo do grupo é ajudar agricultores familiares a se prepararem em casos de variações climáticas, como secas ou fortes chuvas.

“O nosso objetivo inicial era apresentar só na Feceap, nunca imaginamos que o projeto chegaria tão longe. A ciência pode ajudar muito o nosso dia a dia, como o nosso trabalho que ajuda agricultores a administrar e expandir o seu trabalho”, ressaltou, animado.

 

Embrapa destaca bioeconomia inclusiva na 1ª Conferência Estadual de C&T do Amapá


O tema da bioeconomia inclusiva na Amazônia, baseada em produção sustentável, protagonismo das populações tradicionais valorização do conhecimento e modo de vida local, e repartição equitativa de benefícios, será destacado pelo pesquisador da Embrapa Amapá, Marcelino Guedes, durante apresentação na 1ª Conferência Estadual de C&T e Inovação do Amapá, na tarde da
próxima quinta-feira, 7/3.  

O evento é coordenado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Setec), nos dias 6 e 7 deste mês, com atividades no auditório da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), à avenida Presidente Vargas, 650, centro de Macapá. O objetivo é reunir agentes governamentais, cientistas, estudantes, professores, empreendedores e sociedade em geral para debater e formular estratégias voltadas ao fortalecimento do desenvolvimento científico no Amapá. A Conferência Estadual é vinculada à preparação da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, programada para os dias 4, 5 e 6 de junho de 2024, em Brasília (DF).

A sessão 3 do evento, na tarde da quinta-feira, terá como tema geral “Desafios do desenvolvimento sustentável integrado com a biodiversidade da Amazônia”, e contará com apresentação do pesquisador Marcelino Guedes na abordagem sobre “Geração de soluções inovadoras pautadas na bioeconomia”. Atuará como debatedora a pesquisadora Ana Cláudia Lira Guedes, e na função de mediadora a pesquisadora Vânia Beatriz de Oliveira. A contribuição da Embrapa inclui ainda o analista de transferência de tecnologias, Daniel Montagner, como integrante do comitê organizador da Conferência.    

“Vamos focar nos produtos da sociobiodiversidade, temas das nossas pesquisas no Amapá e na Amazônia como um todo, a exemplo da castanha-da-amazônia, do açaí e dos óleos de sementes do pracaxi, da andiroba e da copaíba, que são produtos com bastante resultados em inovações tecnológicas”, destacou Marcelino Guedes. Entre as tecnologias que agregam o conceito e práticas de bioeconomia inclusiva, ele ressalta o sistema Castanha na Roça, que consiste na expansão da produção e renovação de castanhais em áreas de agricultura itinerante; a nova prensa artesanal para extração de óleo de sementes de pracaxi e andiroba; e o manejo de mínimo impacto de açaizais nativos.

A abertura da na 1ª Conferência Estadual de C&T e Inovação do Amapá está agendada para a tarde desta quarta-feira, 6/3. É organizada por um comitê composto pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Ueap, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), Sesi/Senai, Universidade Federal do Amapá (Unifap), Instituto Federal do Amapá (Ifap), Embrapa e Associação Amapaense de Tecnologia (Amapatec).

Programação completa aqui: https://setec.portal.ap.gov.br/docs/conferencia.pdf

Núcleo de Comunicação Organizacional / Embrapa Amapá

Startup20 no Amapá: dança tradicional indígena e batuque do marabaixo encantam delegações das maiores potências do mundo

Vários países puderam conhecer a riqueza da cultura amapaense

A dança e a música histórica dos povos indígenas do Parque do Tumucumaque e do marabaixo dos remanescentes quilombolas mostraram a força das raízes do Amapá ao mundo, na abertura oficial do Startup20 no estado, o único da Amazônia a receber o encontro internacional. A mistura de passado e futuro encantou e entusiasmou as delegações das maiores potências econômicas mundiais nesta sexta-feira, 23, durante as apresentações culturais.

Autoridades e representantes de várias nações puderam conhecer a riqueza da cultura amapaense com o grupo de dança Wayana Aparai e os grupos de marabaixo Raimundo Ladislau e Raízes da Favela, acompanhados pela banda Negro de Nós.

Os indígenas do Wayana Aparai encantaram o público ao entrar entre os convidados, entoando o som e fazendo os passos típicos das danças tradicionais realizadas nas aldeias. O grupo fala a língua materna de tronco linguístico Karibe.

Eles vivem na margem do Rio Paru de Leste, localizados na terra indígena do Parque do Tumucumaque, e Rio Paru d’Este, no Sul do Amapá e extremo do Norte do Pará, já na fronteira do Brasil com o Suriname.

FOTOS: confira como foi a abertura do Startup20 no Amapá, único estado da Amazônia a receber a reunião do G20

O grupo indígena apresentou as expressões e danças tradicionais respeitando seus ancestrais, mantendo a cultura de seus povos viva e sendo repassada através de gerações.

O americano e especialista em Desenvolvimento de Negócios, Arthur Martirosian, ficou encantado com os grupos indígenas e de marabaixo e planeja voltar e viajar pela Amazônia para conhecer ainda mais o Amapá, e o desenvolvimento sustentável que vem mostrando ao mundo.

“É realmente incrível como podemos alinhar a tecnologia e inovação com a cultura de diferentes países. O Brasil possui todos os tipos de pessoas, e isso é fascinante! Espero conseguir voltar aqui, e poder viajar pelo Rio Amazonas e conhecer as lindas florestas”, contou animado, Martirosian.

Os grupos de marabaixo Raimundo Ladislau e Raízes da Favela, acompanhados pela banda Negro de Nós, não deixaram ninguém ficar parado. As saias floridas e rodopiantes tomaram conta da cerimônia de abertura do Startup20 e apresentaram a expressão cultural repleta de resistência e significado ao mundo.

Músicas como “Sacode a Saia Morena” e “Rosa Branca Açucena” fizeram os estrangeiros improvisarem passos ao som das caixas de marabaixo. Além disso, delegados e convidados também puderam se afeiçoar ao ritmo contagiante.

Para o analista de Inovação que veio do estado de Rondônia, Rangel Miranda, a cultura afro-amapaense é rica demais e precisa ser preservada por gerações.

“Essa conexão que o ritmo faz com as pessoas, independentemente de qual parte do mundo é, mostra como o Amapá é rico em expressões artísticas. Hoje, este estado é o berço da inovação, e este momento singular marca a história cultural e tecnológica”, afirmou Rangel.

Confira a programação cultural do Startup20 no Amapá:

Sábado, 24

  • 10h30 – Apresentação de Cley Lunna durante o coffee break
  • 12h30 – Apresentação de Brenda Melo durante almoço
  • 15h30 – Apresentação do grupo de dança Afro Baraká e João Amorim durante o coffee break

Domingo, 25

  • 10h30 – Apresentação de Deize Pinheiro e grupo de dança Afro Baraká no coffee break
  • 12h30 – Apresentação de Ariel Moura e grupo de dança Afro Baraká no almoço
  • 15h30 – Apresentação do grupo Poetas Azuis e grupo de dança Afro Baraká e Waiana Apalai no coffee break.

Startup20 

O Amapá é sede do maior evento de inovação e tecnologia do mundo. O encontro internacional, inédito no Brasil, reúne autoridades e representantes de vários países para debater alternativas inovadoras para o planeta e é uma pré-COP30 para o estado, candidato a receber eventos da Conferência do Clima, da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), que será no Pará em 2025.

A iniciativa global, que teve sua primeira edição na Índia, faz parte das ações do Grupo de Engajamento Startup 20, criado pelo G20, organização das maiores economias do mundo, que conta também com outras nações da União Europeia e Africana.

A cerimônia de abertura recebeu a presença de várias autoridades, entre elas, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; o senador Randolfe Rodrigues; o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), desembargador Mário Mazurek; procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Paulo Celso Ramos; a deputada estadual, Edna Auzier; a presidente da Abstartup, Ingrid Barthdo; o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-AP, Josiel Alcolumbre e a diretora-superintendente do Sebrae-AP, Alcilene Cavalcanti.

Startup20 no Amapá vai debater novas tecnologias para promoção da sustentabilidade mundial

Startup20 vai reunir representantes de vários países em debates sobre o futuro do planeta, com foco nas perspectivas, ambiental, social e governança

Com objetivo de impulsionar novas práticas de sustentabilidade e empreendedorismo bioeconômico, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) em parceria com o Governo do Amapá e o Sebrae, promove a partir desta sexta-feira, 23, o evento mundial de tecnologia e inovação, Startup20, que vai reunir representantes de vários países em debates sobre o futuro do planeta, com foco nas perspectivas, ambiental, social e governança.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO STARTUP20 NO AMAPÁ

Para o secretário de Ciência e Tecnologia do Amapá, Edivan Andrade, a primeira edição do Startup20 no Brasil, tendo como porta de entrada o Amapá, estado mais preservado do país, promete ser um marco histórico na geração de oportunidades e de divulgação das riquezas inigualáveis da Amazônia.

“O Startup20 é uma oportunidade para mostrar ao mundo os grandes potenciais que temos, que vai desde negócios inovadores até um setor turístico único. Mas, além disso, o evento fortalece a política do Governo do Amapá de  consolidar os grandes eventos como ação estratégica para desenvolvimento do Estado”, pontuou o secretário.

As delegações dos 5 continentes, além de tratar de assuntos sobre o desenvolvimento verde e sustentável, também irão debater sobre transições energéticas de acordo com a compreensão do potencial revolucionário da bioeconomia.

A presidente da Abstartup, Ingrid Barth, destaca que o Startup20 é uma oportunidade muito próspera para as startups do Brasil, especialmente do Amapá, que apresentam soluções inovadoras e sustentáveis.

“A gente está recebendo todas estas delegações e, a ideia é, aprender com todas elas, mas também mostrar o trabalho que a gente vem fazendo com relação à tecnologia, inovação e criação de startups. O Amapá é um estado muito promissor onde muita gente vem fazendo coisas com tecnologia. E neste grande evento é isso que a gente espera, frutos muito prósperos”, ressaltou Barth.

Os temas a serem tratados no encontro, também evidenciam um compromisso com a preservação do planeta. O evento mundial faz parte das ações do Grupo de Engajamento Startup, criado pelo G20, organização que reúne as maiores economias do planeta, mais outras nações da União Europeia e Africana.

O Startup20 terá plenárias com discussões temáticas que irão abordar ecossistemas de startups com palestras de especialistas, painéis de discussão e workshops interativos.

Startup20 no Amapá

O Amapá é sede do maior evento de inovação e tecnologia do mundo, o Startup20, promovido pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) em parceria com o Governo do Estado e o Sebrae. O evento internacional, inédito no Brasil, reúne autoridades e representantes de vários países para debater alternativas inovadoras para o planeta.

Em 2023, durante a 52ª Expofeira do Amapá, o Governo do Estado, que desenvolve políticas públicas de incentivo à inovação, empreendedorismo e a bioeconomia, assinou uma Carta de Intenção que formalizou a realização, em solo amapaense, do encontro que abre oficialmente uma série de eventos do Startup20, que ocorrerão no país, durante o ano.

Sebrae e Governo apresentam Pavilhão de Bioeconomia do Startup20

Expositores conhecem estrutura física e as oportunidades de negócios do Pavilhão da Bioeconomia do maior evento de inovação e tecnologia do mundo

A superintendente do Sebrae, Alcilene Cavalcante, a diretora técnica, Suelem Amoras, e equipe da Unidade de Soluções Inovadoras (Unic), acompanhados da equipe do Governo do Estado (GEA) e da Associação Brasileira de Startups (ABStartup) apresentaram, na sede do Sebrae, nesta terça-feira (20), às 16h, o Pavilhão da Bioeconomia, aos expositores de produtos, serviços e startups do Amapá que participarão do Startup20. O evento acontece no período de 23 a 26 de fevereiro, na sede do Sebrae, com a presença de delegações de 19 países dos cinco continentes.

“A partir de sexta-feira, o Amapá irá sediar o encontro de Startups do G20. Vamos receber aproximadamente 400 representantes de diversos cantos do mundo, empresas nacionais, internacionais, autoridades com influência global e nacional, que estarão participando de debates sobre startup, inteligência artificial, ecossistemas e tecnologia”, declarou a superintendente Alcilene Cavalcante.

Pavilhão

Os expositores receberam informações sobre o evento e tiveram acesso a orientações para uso dos espaços. No Pavilhão, haverá 93 estandes para startups, empresas certificadas pelo Selo Amapá, empreendedores do ramo de artesanatos, empresas de manejo florestal e batedeiras de açaí.

Na ocasião, os expositores realizaram visita técnica à estrutura do Pavilhão de Bioeconomia instalada na sede do Sebrae. Entre os expositores, está Mapige Gemaque, grupo que reúne 18 artesãos que vão apresentar produções indígenas e quilombolas dos municípios de Oiapoque, Macapá e Mazagão.

BactoLac

A empresa BactoLac será uma das expositoras no evento, o empreendimento surgiu com a proposta de isolar e desenvolver probióticos a partir de microrganismos autóctones que promovem a melhoria da imunidade, da resistência contra patógenos, melhor absorção de nutrientes e redução da taxa de conversão alimentar na produção de peixes nativos como o tambaqui. O CEO da BactoLac, Antônio Carlos Freitas, relata as expectativas sobre o evento.

“Esse evento traz uma grande visibilidade para o estado do Amapá, para a Amazônia e principalmente para as startups amapaenses. A BactoLac vai estar com um estande em parceria com o Sebrae e a ABStartup. Nosso objetivo é demonstrar o que estamos produzindo de tecnologia para novos investidores, e destacar a tecnologia de ponta desenvolvida na região norte do Brasil”, contou o CEO Antônio Carlos Freitas.

AmazTrace

A AmazTrace é uma AgTech que fornece todo o espectro de ferramentas e soluções para permitir que cadeias de suprimentos completas rastreiem produtos, com o objetivo de agregar valor nas produções da Amazônia, por meio da garantia de certificação de origem rastreável. O CEO da AmazTrace, Victor Monteiro, destaca o evento como uma grande oportunidade para a empresa e para o setor de inovação sustentável no Amapá.

“É um evento de grande importância pois oportuniza visibilidade a todas as empresas do norte e mostra que conseguimos fazer tecnologia de forma sustentável, com bioeconomia e com valor agregado. A nossa expectativa é alavancar a empresa, através das oportunidades de investimento internacional e tornar a AmazTrace uma startup referência tanto no estado do Amapá quanto no aspecto global”, contou o CEO Victor Monteiro.

Sebrae no Amapá
Unidade de Marketing e Comunicação:

Startup20: Amapá vai receber delegações dos 5 continentes para o maior evento de inovação, sustentabilidade e tecnologia do mundo

O encontro internacional inédito no país tem apoio do Governo do Estado e segue até segunda-feira, 26, no Sebrae

A partir de sexta-feira, 23, os representantes de países dos cinco continentes vão se reunir no Amapá, um dos estados mais preservados do Brasil, para o maior evento de inovação, sustentabilidade e tecnologia do mundo: o Startup20. O encontro internacional inédito no país tem apoio do Governo do Estado e segue até segunda-feira, 26, no Sebrae.

A iniciativa global teve sua primeira edição na Índia, em 2023, como parte das ações do Grupo de Engajamento Startup 20, que integra o G20, organização internacional das maiores economias do mundo.

Até o momento, 19 delegações já confirmaram presença no Amapá: Índia, Alemanha, Arábia Saudita, Bangladesh, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Indonésia, Omã, Portugal, Suíça, Rússia, Turquia, União Africana, Austrália, Itália, Japão e África do Sul. Entre os estrangeiros, estão empreendedores e agentes públicos.

Para o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Edivan Barros, o momento é de compartilhar informações e de mostrar para o mundo as potencialidades do Amapá, com incentivo de políticas sustentáveis e localização geográfica privilegiada, devido à fronteira entre Brasil e França.

“Temos certeza que tanto as delegações estrangeiras trarão experiências e conhecimento para compartilhar conosco, como os representantes da Amazônia, e muito especialmente do Amapá, poderão trocar experiências sobre ciência, tecnologia e inovação”, pontuou Barros.

O gestor também acrescentou que, hoje em dia, diante das mudanças climáticas, torna-se ainda mais necessária a cooperação entre as nações.

“Vamos ter debates sobre um mundo mais sustentável, sobre financiamentos para incentivar o surgimento de mais startups inovadoras e soluções para o serviço público”, avaliou Barros.

O Startup20 também vai possibilitar que as delegações estrangeiras conheçam negócios inovadores do Amapá, desde empresas dedicadas ao melhoramento do açaí e empreendimentos de criação de softwares educacionais.

Representação do Startup20 no Amapá

A Abstartups estará representada pela presidente, Ingrid Barth, pela CEO, Mariane Takahashi, pelo vice-presidente Felipe Matos, pelo CFO, Fabrício de Paula, pelas diretoras de Políticas Públicas, Barbara Furiati, de Programas Especiais, Cláudia Schulz, e pelo diretor de Marketing e Vendas, Paulo Buso.

Entre as autoridades governamentais e regionais, estão o governador do Amapá, Clécio Luís, o secretário de estado da Ciência e Tecnologia, Edivan Barros, o secretário executivo do Ministério do Empreendedorismo da Micro e Pequena Empresa (MEMP), Renato Ferreira, e o presidente do Sebrae Amapá, Josiel Alcolumbre. Após o Amapá, o Startup20 ainda terá agenda em Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Startup20 no Amapá

O Amapá é sede do maior evento de inovação e tecnologia do mundo, o Startup20, promovido pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) em parceria com o Governo do Estado e o Sebrae. O evento internacional, inédito no Brasil, reúne autoridades e representantes de vários países para debater alternativas inovadoras para o planeta.

Em 2023, durante a 52ª Expofeira do Amapá, o Governo do Estado, que desenvolve políticas públicas de incentivo à inovação, empreendedorismo e a bioeconomia, assinou uma Carta de Intenção que formalizou a realização, em solo amapaense,, do encontro que abre oficialmente uma série de eventos do Startup20, que ocorrerão no país, durante o ano.

A iniciativa global, que teve sua primeira edição na Índia, faz parte das ações do Grupo de Engajamento Startup 20, criado pelo G20, organização das maiores economias do mundo, que conta também com outras nações da União Europeia e Africana.

Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque sinaliza trilhas e instala novo mirante

Padrão adotado segue as determinações do Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio

A equipe do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, juntamente com comunitários do entorno da unidade de conservação, realizaram diversas ações em campo de sinalização e manutenção de trilhas. As trilhas têm níveis de acesso moderado e muito difícil.
Inicialmente foi sinalizada a Trilha da Copaíba, localizada na base Jupará. Nela o visitante poderá percorrer a distância de 2,250 quilômetros e poderá desfrutar da Corredeira do Jenipapo, localizada no Rio Felício.
Outra sinalização também foi realizada na Trilha Caminhos do Tumucumaque, que foi descoberta recentemente nas atividades de monitoramento da biodiversidade. A trilha está localizada no rio Amapari. O percurso, após uma viagem fluvial de cerca de 28km, tem aproximadamente 3 horas de duração, até chegar ao Mirante da Sumaúma, local implantando juntamente com a trilha. Lá o visitante poderá deleitar-se de um local exuberante e com grande beleza natural.
O turista poderá usufruir das corredeiras e da vegetação de várzea, mata ciliar, bosques, com possibilidade de avistamento de animais silvestres e de diversas espécies de árvores únicas da Amazônia (copaíba, andiroba, angelim, entre outros), proporcionando uma experiência única pra quem gosta de se aventurar, com direito a contemplação da natureza.
As trilhas têm poucas intervenções e um grau de rusticidade elevado e a sinalização está de acordo com o Sistema Nacional de Sinalização de Trilha em Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Estas ações visam otimizar o uso público do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, valorizando a conservação e abrindo espaço para geração de emprego e renda por meio do turismo ecológico.
Para chegar no parque, o visitante deverá contratar um condutor ou uma agência de turismo. O visitante poderá ficar acampado na base Jupará, uma estrutura rústica localizada na entrada do Parque, ou no meio da floresta. A visitação pública é somente permitida mediante prévia autorização da gestão.

Carbono Negativo: governador do Amapá defende na COP 28 compensações justas por florestas protegidas

Governador Clécio Luís defendeu compensações justas pelas florestas protegidas na Amazônia

Estado mais preservado do Brasil e considerado “Carbono Negativo”, pois captura mais CO2 do que emite para a atmosfera, o Amapá foi representado pelo governador Clécio Luís no debate do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ao discursar na COP 28, o gestor defendeu compensações mais expressivas pelas contribuições que a Amazônia Legal têm proporcionado por ser o maior reservatório de carbono florestal do mundo.

“Estados como o Amapá e outros, que desmatam pouco, também precisam de incentivos para continuar conservando suas florestas e promover o desenvolvimento e a harmonia com o ambiente natural. Manter as áreas florestais e cumprir os padrões de carbono florestal requer investimentos contínuos, capacidade técnica e uma articulação política alinhada com a visão do desenvolvimento sustentável. Vemos nos mercados de carbono de alta integridade social e ambiental uma possibilidade real de financiar nossas políticas de conservação”, destacou Clécio Luís.

O governador do Amapá, juntamente com o chefe de Estado do Pará, Helder Barbalho, representaram os governadores da Amazônia Legal no debate sobre o “Mercado de Carbono e os desafios da Amazônia brasileira para obter financiamentos no PNUD”, que contou com a presença de ministros e do administrador global do PNUD, Achim Steiner.

É consenso entre os cientistas que o mundo precisa reduzir e eliminar as fontes que emitem gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Nesse contexto, os créditos de carbono surgiram como uma forma de compensar as emissões, por meio da transferência de recursos que visam promover ações para enfrentar o aquecimento global e atingir as metas de redução de emissões.

Os projetos voltados especificamente para florestas são conhecidos pela sigla REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), sendo os mais comuns no Brasil. Mas, para o governador do Amapá, o mecanismo de REDD não tem beneficiado estados com alta cobertura florestal e baixa taxa de desmatamento, pois se concentra na redução das emissões de desmatamento.

“Temos sido penalizados por termos feito o dever de casa, que é preservar. E a pena é a mais dura para o povo que o preservou: a pobreza geracional. Apenas os estados que desmataram muito tem o potencial de receber esse financiamento, enquanto que estados que conseguiram manter as suas florestas em pé com esforços próprios não conseguem acessar o recurso do REDD, para implementar suas políticas e melhorar a qualidade de vida dos povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas ou da Amazônia Rural. A população do Amapá precisa de desenvolvimento, segurança alimentar, oportunidades econômicas e sociais”, pontuou o governador Clécio Luís.

Para manter a floresta em pé e protegê-la, a mensagem levada é a de que é necessário o apoio técnico e financeiro de todos aqueles que se beneficiam com a manutenção dela. Os mercados de carbono possuem alta integridade social e ambiental e são uma possibilidade real de financiar as políticas de conservação da Amazônia.

Confira a íntegra do discurso do governador Clécio Luís na COP 28:

Falarei aqui em nome do meu estado e, com a licença do presidente do Consórcio, em nome dos demais estados da Amazônia que desenvolvem e implementam seus planos estaduais para a ações de preservação e controle do desmatamento legal. As ações de fiscalização ambiental não são suficientes para garantir a conservação da região. Com cerca de 30 milhões de pessoas vivendo na Amazônia brasileira, é necessário promover atividades produtivas sustentáveis com a bioeconomia.

O mecanismo de REDD tradicionalmente não tem beneficiado estados com alta cobertura florestal e baixa taxa de desmatamento, já que esse mecanismo se concentra na redução das emissões de desmatamento. Temos sido penalizados por termos feito o dever de casa, que é preservar. E a pena é a mais dura para o povo que o preservou: a condenação tem sido a pobreza geracional.

Nas metodologias atuais, apenas os estados que desmataram muito tem o potencial de receber esse financiamento, enquanto que estados que conseguiram manter as suas florestas em pé com esforços próprios não conseguem acessar o recurso do REDD, para implementar suas políticas e melhorar a qualidade de vida da população, sejam os povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas ou da Amazônia Rural. Importante dizer a vocês que a nossa alta cobertura florestal não nos exime dos riscos e pressões sobre a floresta e seus serviços ecossistêmicos. A população do Amapá precisa de desenvolvimento, segurança alimentar, oportunidades econômicas e sociais. Além disso, existem ilícitos ambientais e questões fundiárias que aumentam as pressões sobre a floresta.

Portanto, os estados como o Amapá e outros, que desmatam pouco, também precisam de incentivos para continuar conservando suas florestas e promover o desenvolvimento e a harmonia com o ambiente natural. O projeto financiado pelo Governo da Noruega e com o apoio do PNUD e outros participantes têm apoiado essa iniciativa, trazendo a possibilidade de participação do Amapá em mecanismos internacionais de financiamento climático. Manter as áreas florestais e cumprir os padrões de carbono florestal requer investimentos contínuos, capacidade técnica e uma articulação política alinhada com a visão do desenvolvimento sustentável. Mesmo com o apoio internacional e multilateral, é necessário priorizar recursos financeiros e humanos em atividades que tenham perspectiva de sustentabilidade às ações do Estado.

Manter as florestas em pé é a melhor maneira de evitar que o carbono florestal seja liberado na atmosfera. E é uma necessidade urgente para as comunidades florestais e os ecossistemas que dependem das florestas intactas. Portanto, assim eu me despeço e quero agradecer a oportunidade de representar o estado do Amapá, assim como falar pelos estados da Amazônia Brasileira. Vemos nos mercados de carbono de alta integridade social e ambiental uma possibilidade real de financiar nossas políticas de conservação e esperamos continuar contando com toda essa colaboração. Muito obrigado!

COP 28: Amapá apresenta manejo florestal sustentável como modelo de bioeconomia e geração de empregos na Amazônia

Governador Clécio Luís mostra na COP 28 modelo de exploração sustentável que mantém a floresta em pé

Nesta segunda-feira, 4, o Amapá apresentou durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) o modelo aplicado no estado de manejo florestal sustentável, que une iniciativa privada e comunidades como uma ferramenta de fomento da bioeconomia.

A palestra foi liderada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), e teve a participação da empresa TW Forest, que aplica o modelo no Amapá desde 2018. A iniciativa gera os chamados empregos verdes na Amazônia, que são aqueles postos de trabalhos que contribuem de forma considerável para preservar ou restaurar a qualidade do meio ambiente, minimizando os impactos.

“O que nós estamos propondo é uma alternativa sustentável para manter a floresta em pé, com dignidade para aqueles e aquelas que moram sob essas florestas, que têm o direito a sonhar e gerar sua renda. Além das compensações justas, mantendo o santuário preservado, nós queremos também promover atividades econômicas que gerem ascensão social. Nós temos segurança técnica de que esse é um modelo de manejo sustentável com base comunitária para o mundo, como um serviço para o planeta e para a humanidade”, afirmou o governador Clécio Luís.

A apresentação contou com as contribuições do senador Randolfe Rodrigues, e ainda de representantes da Nature Conservancy, do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e do ICLEI  Colômbia, que é uma associação mundial de governos locais e subnacionais dedicada ao desenvolvimento sustentável.

A experiência amapaense é uma demonstração clara de que é possível gerar a preservação da Amazônia, mantendo os indicadores ambientais, e, ao mesmo tempo, gerar desenvolvimento social e econômico para quem mora dentro da floresta.

Manejo florestal que dá certo

A primeira concessão florestal foi assinada em 2016, proporcionando a atividade à TW Forest, na região do município de Mazagão (Projeto Agroextrativista Maracá). A produção de madeira legal gera 300 empregos diretos, arrecadando mais de R$ 3 milhões por ano, numa área sob constante monitoramento remoto (satélite), fiscalizações e rigor na rastreabilidade.

A previsão é que, até 2025, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sejam lançados editais que ampliem a área de concessões florestais do Amapá dos atuais 67 mil hectares para 670 mil hectares. Esse salto prevê gerar aproximadamente 3 mil empregos diretos, produzir mais de 550 mil metros cúbicos de madeira legal, aumentando as áreas a serem negociadas dentro do mercado de carbono.

“Essas características demonstram que o Estado do Amapá possui as florestas mais produtivas do Brasil, onde há uma estratégia de desenvolvimento econômico pensando também na divisão de bens com que vive nas florestas. Os novos editais virão dentro de uma nova modelagem, com mais segurança jurídica e técnica, onde o Banco traz toda a sua expertise para o novo modelo de negócio no Estado. O manejo florestal sustentável no Amapá é um grande indutor de geração de empregos, de renovação para a própria floresta que já é muito antiga e que precisa ser manejada com responsabilidade social”, declarou Marcos Almeida, diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema.

O painel foi acompanhado por representantes de diferentes países, assim como da comitiva do Amapá, integrada por secretários de Estado, de representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, e do Sebrae, atentos às agendas de desenvolvimento sustentável e que buscam inserir os amazônidas nos debates.

“Viemos mostrar na COP que é possível preservar, rejuvenescendo a floresta, gerando riqueza e fazendo o social na Amazônia Brasileira. Esse projeto está fundado em um tripé, onde nós temos o cuidado com a sustentabilidade, o social e o econômico. Temos o apoio do Governo, da comunidade local em um modelo para tantos outros a serem copiados nas florestas da América do Sul”, ressaltou o empresário Wellington Rogério Conci, da TW Forest.

Os convidados do painel citaram a possibilidade de melhorar o modelo a partir da adesão de iniciativas que já existem na região, como no caso do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), ampliando o beneficiamento e gerando produtos para o mercado externo.

“Eu acho que o estado do Amapá traz pra nós um exemplo concreto de como associar soluções baseadas na natureza, com bioeconomia e manejo sustentável, contribui pra manter a floresta em pé e ao mesmo tempo gerar emprego e renda. Essa é a diferença que nós precisamos nos modelos de desenvolvimento na Amazônia, que nos permita justamente trazer esse diferencial”, opinou Karen Oliveira, da Nature Conservancy.

No debate, o senador Randolfe Rodrigues citou que o manejo já é realizado na Amazônia como uma atividade comum, no entanto, ressaltou que o modelo precisa ser considerado na construção das políticas públicas.

“O manejo precisa ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. As instituições públicas, com o apoio do Congresso Nacional, têm que se voltar para isso, porque viabiliza uma sociedade justa, geração de renda e de riquezas para comunidades como a do Maracá. É este o modelo que nós temos que apresentar como alternativa concreta de desenvolvimento”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues.

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado destaca a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

COP 28: governador Clécio Luís defende que a COP da Amazônia deixe legado ao Amapá

Primeira agenda do governador Clécio Luís destacou os caminhos para a COP da Amazônia

O governador do Amapá, Clécio Luís, iniciou neste domingo, 3, uma série de debates na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O primeiro compromisso foi apresentar o que o Amapá está construindo para a versão do evento que será realizada em 2025, na cidade de Belém (PA).

Clécio Luís integrou o painel “Caminhos para a COP30: desenvolvimento socioeconômico sustentável para a Amazônia integrada e competitiva”, realizado no HUB da Amazônia Legal, espaço do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal no encontro.

No discurso, o governador do Amapá pontuou os elevados níveis de conservação ambiental dos recursos naturais e os desafios socioeconômicos que indicam a necessidade permanente de abordagens inovadoras e inclusivas.

“Estamos juntando os estados da região para traçar o que nós queremos para a COP da Amazônia. A meu ver, a COP 30 deve deixar para o Amapá dois grandes legados: a simetria entre os bons indicadores ambientais e os indicadores sociais e econômicos; e também deve trazer os investimentos para a infraestrutura urbana e, assim, melhorar a vida de quem está lá”, declarou Clécio Luís.

Com a iminência da COP 30 no estado vizinho, o Amapá vai direcionar esforços para se preparar e contribuir de maneira significativa para o evento, com uma abordagem colaborativa entre os estados da Amazônia Legal brasileira.

A realização de eventos pré-COP 30 no Amapá deve dinamizar a economia local e discutir estratégias sustentáveis, posicionando o estado como um protagonista na busca por soluções para os desafios enfrentados pela região amazônica.

“Estamos aqui construindo esses caminhos para que, daqui a dois anos, a gente possa colher esses frutos e realmente fazer uma discussão, além de mostrar a exuberância da Amazônia e de toda a nossa natureza viva, mas também de falar dos nossos problemas. A gente está num nível de pobreza que é incompatível com os nossos indicadores ambientais. Para a COP da Amazônia, temos que juntar todos os esforços, todo mundo tem que participar desse grande encontro que não pode, de maneira nenhuma, se transformar num festival, mas deve ser um encontro com conteúdo, de forma compatível com o que a Amazônia já oferece para o mundo”, acrescentou Clécio Luís.

Também participaram da agenda representantes dos demais estados da Amazônia Legal: a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma; os governadores do Amazonas, Wilson Lima; de Roraima, Antônio Denarium; de Rondônia, Marcos Rocha; do Tocantins, Wanderlei Barbosa; e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Amapá na COP 28

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado vai destacar a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

Com mais de 90% das florestas preservadas e 72% do território dedicado a unidades de conservação e povos originários, o Amapá possui um modelo global e exemplar de preservação baseado na bioeconomia sustentável, que alia a floresta em pé e o desenvolvimento da economia e renda para a comunidade.

O governador vai debater o papel da bioeconomia no desenvolvimento econômico da região amazônica, o enfrentamento do aquecimento global, a redução no uso de combustíveis fósseis e sistemas agroalimentares.

Ao longo da conferência, o Estado apresentará, ainda, projetos de sucesso como o Selo Amapá e o manejo florestal sustentável, método eficaz na gestão de florestas. Com isso, um dos objetivos é obter apoio internacional para desenvolver programas sustentáveis e modelos de referência no desenvolvimento econômico.

A delegação amapaense é composta ainda por representantes do Tribunal de Justiça do Amapá, Assembleia Legislativa e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta. A 28ª edição da conferência ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, até o dia 12 de dezembro. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

O encontro acontece após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

Amapá recebe militares da Força Nacional para reforçar ações de combate à crise climática

Profissionais irão atuar, principalmente, em comunidades rurais que sofrem com incêndios

O Governo do Amapá recebe 37 militares da Força Nacional que irão reforçar as medidas para minimizar os impactos dos eventos climáticos que atingem o estado. O envio atende à solicitação do governador, Clécio Luís, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os militares irão dar suporte no combate aos incêndios em áreas florestais e rurais e no enfrentamento às pragas que atingem plantios de mandioca nas comunidades indígenas de Oiapoque. Os profissionais são dos estados da Bahia, São Paulo, Pará e do Distrito Federal e devem permanecer no estado durante um período mínimo de 15 dias.

Ainda como suporte da Força Nacional, está previsto que, na segunda-feira, 4, cheguem ao estado micro-ônibus e picapes de combate a incêndios, que permitem acesso a locais mais difíceis em meio à mata. Também serão entregues abafadores de fogo e bomba costal, uma ferramenta que funciona como um extintor à base de água nas operações de combate ao fogo, resfriamento, rescaldo e para construção de linhas frias.

“Esses militares estão aqui para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil no enfrentamento das diversas situações de emergências que o nosso estado está passando”, destacou o comandante geral do Corpo de Bombeiros e coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Veríssimo.

Em 24 de novembro, o Governo Federal reconheceu o estado de emergência em que se encontra o Amapá, por causa da forte estiagem. O reconhecimento foi fundamental para a liberação de recursos de mais de R$10 milhões da União para as ações humanitárias e envio do apoio da Força Nacional.

Além do Amapá, outros estados brasileiros que enfrentam consequências de eventos climáticos também recebem o suporte da Força Nacional.

“Estamos aqui para auxiliar nas ações comunitárias que irão ocorrer em diversos pontos do Amapá”, declarou o coordenador da equipe da Força Nacional no Amapá, Capitão Lúcio Figueiredo.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Força Nacional

A Força Nacional de Segurança Pública integra as Forças Armadas e é formada por policiais militares, bombeiros, policiais civis e outros agentes de segurança pública que passam por cursos de instrução e ficam à disposição do governo federal para atuar em situações de emergência e calamidade pública.

COP 28: Amapá apresenta método eficaz na gestão de florestas; entenda como funciona o manejo florestal sustentável

Com impactos mínimos ao meio ambiente, o modelo adotado pelo Governo do Estado fomenta a economia comunitária, fortalece a biodiversidade e regula o clima.


A 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, que iniciou na quinta-feira, 30 de novembro, em Dubai, é uma oportunidade para o Governo do Estado demonstrar ao mundo políticas eficazes voltadas ao meio ambiente. O Amapá, considerado uma referência em gestão de florestas, vai apresentar no encontro um painel sobre o manejo florestal sustentável, modelo que garante o mínimo impacto ao meio ambiente e fomenta a economia das regiões manejadas.
Para ser sustentável, o manejo precisa ter viabilidade econômica, ser ambientalmente correto, e principalmente, ter o envolvimento da sociedade, seja dentro das áreas manejadas ou em torno delas. Neste modelo, apenas as árvores previamente selecionadas e autorizadas são retiradas sem que ocorram impactos significativos ao meio ambiente.

Em um único hectare de floresta tropical, que equivale ao tamanho de um campo de futebol oficial, existem em média 400 árvores. Dessas, durante os ciclos do manejo – que podem ser de 10 a 35 anos – apenas 4 árvores são retiradas, no máximo. Em casos de espécies com mais volume, como o angelim vermelho, é retirada apenas uma árvore.

Respeito ao ciclo de recuperação da floresta

O manejo florestal sustentável obedece ao ciclo de recuperação da floresta. Não é permitido cortar um número de árvores maior do que foi permitido e nem obter mais volume daquilo que foi autorizado.

Quanto maior o ciclo, maior o tempo de recuperação da floresta. A intensidade de corte depende da quantidade de árvores que podem ser retiradas por m³. No manejo industrial, que utiliza maquinário, o ciclo ocorre da seguinte forma:

25 anos – intensidade de 21,5 m³ por hectare
30 anos – intensidade de 28,5 m³ por hectare
35 anos – intensidade de 30 m³ por hectare
A área de manejo florestal é dívida pelo ciclo. Se o ciclo for de 30 anos, então serão 30 unidades de produção anual, com técnicas e boas práticas para reduzir ainda mais os impactos na floresta.

“A floresta bem manejada consegue se manter produtiva para a eternidade. O produto madeira é infinito”, explica o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcos Almeida.

Incentivo florestal

Uma árvore, quando é manejada, gera clareiras, áreas expostas à luz solar. Nessa área existe um banco de sementes que são dispersadas pelas árvores adultas e férteis. Com a incidência solar, essas sementes germinam e dão início a novas árvores. Primeiro as pioneiras, depois as tardias, depois as clímax. Em 30 anos, ciclo mais longo, a cobertura vegetal já está totalmente completa.

“Quando você maneja a floresta, você induz a dinâmica florestal, tirando uma árvore adulta e mais velha, onde nascerá uma nova, estimulando a regeneração natural”, ressalta Almeida.

Regulação climática

As florestas do Amapá são datadas entre 300 e 500 anos. Uma floresta madura não consegue absorver tanto carbono da atmosfera como uma floresta jovem, que tem maior poder de absorção. A estrutura da madeira é composta quase que totalmente por carbono, por isso o manejo também ajuda na regulação climática.

“A floresta nova requer mais absorção de CO². Para uma árvore se formar, ela precisa de carbono, então ela tira esse gás poluente da atmosfera, além de outros gases do efeito estufa e do monóxido de carbono, incorporando na sua estrutura”, detalha o diretor da Sema.

As áreas manejadas ajudam a dissipar o gás carbônico na atmosfera e funcionam como reguladoras climáticas, do ciclo do carbono, do ciclo hídrico e do ciclo hidrológico. Realizam a evapotranspiração, onde emitem água para atmosfera, fortalecendo a biodiversidade.

Manejo florestal não é desmatamento

Desmatamento é a rotação total da área de floresta, onde todas as árvores são retiradas. No manejo, o corte é seletivo e a vegetação não é retirada por completo, sem nenhum dano à fauna.

“Quando você volta em uma área do manejo anos depois é visível os pássaros cantando, as onças andando. Agora se for desmatamento, você não terá animal nenhum mais lá, pois a floresta foi retirada, e ela é sinônimo de vida”, ressalta o diretor.

Manejo comunitário

Além do manejo industrial, ocorre também o comunitário. Nele, a governança quem faz é a comunidade, a qual deve ter participação em todas as etapas do manejo florestal como pré-exploratória, exploratória, pós-exploratória e na gestão administrativa. No Amapá, atualmente, não existe nenhum plano de manejo nesses moldes.

Para o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, esta é uma agenda muito forte no estado, onde várias cooperativas têm buscado o Governo para fazer com que aconteça a implementação deste modelo de gestão florestal.

“Nós acreditamos muito nesse modelo de gestão da floresta. A participação social é do início ao fim do processo. Não há obrigação das cooperativas pagarem para o estado. O Estado cria condições, capacitação, treinamento e a organização social desses entes, para que ao longo dos anos possam adquirir seu próprio maquinário e fornecer madeira legal para o estado e outros mercados”, explica Almeida.

No manejo comunitário, que é feito sem a presença de maquinário, a cada 10 anos, a intensidade é 10m³ por hectare.

Projeto Amaparque

Com foco na biodiversidade e preservação de áreas úmidas urbanas da Amazônia, o Amaparque é um importante projeto socioambiental e urbano desenvolvido pelo Governo do Estado ainda na gestão passada para a Região Metropolitana, abrangendo os municípios de Macapá, Santana e Mazagão.

Com a continuidade na atual gestão, o projeto vai trazer bem-estar às comunidades, gerar oportunidade de emprego, melhorar a saúde, segurança e renda da população, além de atrair turismo para a região de forma sustentável ao meio ambiente.

São 6,5 mil hectares para a criação de Unidade de Conservação e Sítio Ramsar, com intervenções urbanas para proteção das áreas úmidas. O objetivo é conciliar as necessidades da população local com o processo de reversão da degradação ambiental das áreas de Ressaca da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza.

COP 28

A COP (Conferência das Partes) é uma reunião entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados, outras autoridades governamentais e organizações da sociedade civil debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

Em 2023, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento vai tratar das ações de cada país acerca da preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera do planeta.

Governo do Amapá reúne Comitê de Respostas Rápidas para ampliar estratégias de combate as situações de emergências no estado

Comitê atua para garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde

Gestores de várias secretarias do Governo do Amapá, que formam a sala de situação do Comitê de Respostas Rápidas, se reuniram nesta segunda-feira, 27, para avaliar as ações já realizadas e alinhar novas estratégias de enfrentamento das situações de emergência que atingem o estado como as queimadas, estiagem, praga da mandioca e o aumento nos casos da malária.

No encontro também foram debatidas atividades prioritárias, com objetivo garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde.

“Essa é uma força tarefa do Governo do Estado, que tem a frente o governador Clécio Luís, que garantiu em Brasília, apoio federal, com recursos que estão chegando para ajudar os amapaenses. Precisamos dar respostas rápidas à nossa população que está ‘in loco’ vivenciando todas as dificuldades”, expressou a secretária Aline Gurgel, da Secretaria de Assistência Social (Seas).

Sala de situação

Todas as ações efetivadas pelas situações de emergência no estado são estabelecidas pelos integrantes que compõem a sala de situação, presidida pela Secretaria de Assistência Social (Seas) em conjunto com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que está instalada no Palácio do Setentrião.

A força-tarefa é formada pelos gestores do Gabinete do Governador, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiro Militar (CBM), secretarias de Mobilização e Participação Popular, de Planejamento, de Comunicação, de Governo de Gestão Estratégia, de Saúde, de Transporte, de Infraestrutura, de Segurança Pública, de Educação e a Superintendência de Vigilância e Saúde (SVS).

Reforço federal

Na última sexta-feira, 24, após pedido do governador, o Ministério da Justiça garantiu apoio da Força Nacional no combate a queimadas no Amapá. Estão previstos cerca de 50 profissionais, que chegam ao estado nos próximos dias.

Também foram garantidos diversos equipamentos de combate a incêndio. O reforço acontece principalmente para o enfrentamento de incêndios em áreas florestais e rurais, no combate direto ao fogo, resfriamento, rescaldo e na construção de linhas frias.

Situações de emergência

Os planos técnicos e práticos executados pela Sala de Situação tiveram embasamento nos decretos estabelecidos pelo Governo do Amapá para dar apoio imediato aos amapaenses.

Em 21 de outubro, foi decretada situação de emergência em todo o estado por conta do aumento do número de queimadas registrado durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem.

A medida objetivou tornar mais ágil e desburocratizar a tomada de decisões administrativas para combater os focos de incêndio. A gravidade da situação fez com que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) homologasse prontamente o decreto.

No dia 13 de novembro, o governador do Amapá, Clécio Luís, assinou o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contemplou municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

No dia 22 de novembro, o Governo do Amapáampliou o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Nesta segunda-feira, 27, o Governo do Estado e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciaram os trabalham de enfrentamento às espécies de fungos e ácaros que atingem cerca de 20 hectares de plantações de mandioca na comunidade de Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos severos da seca e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo do Estado lançou a Operação Amapá Verde, que até o dia 21 de novembro registrou, 2315 focos de incêndios florestais, tendo 737 ações de combate. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

COP 28: Amapá vai apresentar a mais de 190 países os avanços na bioeconomia e o uso sustentável dos produtos da floresta

Programas como o Selo Amapá, do Governo do Estado, incentivam o uso de matérias-primas regionais na criação de produtos amapaenses.


O Governo do Amapá vai apresentar a mais de 190 países, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28) que inicia na quinta-feira, 30, o potencial bioeconômico do estado, com foco nas iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais e seu papel fundamental no cenário ambiental global.

Em um ano marcado pelas altas temperaturas em diferentes partes do mundo, a conferência vai tratar das ações de cada país sobre a preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera. Outros temas, como a segurança alimentar e a preservação dos ecossistemas, também fazem parte das discussões.

Nesse cenário, o Governo do Amapá vai mostrar como o estado amazônico vem se tornando uma referência na fabricação de produtos bioeconômicos. Programas já existentes, como o Selo Amapá, certificam a origem dos bens produzidos e comercializados no estado. O projeto agrega valor aos produtos genuinamente amapaenses, levando o nome do estado para o mercado nacional e internacional.

“A fabricação desses produtos é feita de maneira consciente e sustentável, gerando impactos positivos na nossa economia. Mais de 900 produtos são reconhecidos pelo Selo Amapá e estão sendo comercializados no mercado. Essa marca simboliza nosso estado, que representa a área florestal mais preservada do país. É a principal frente de apresentação dos produtos amapaenses para o Brasil e o mundo”, ressalta o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, Jurandil Juarez.

Bioeconomia no Amapá

Também conhecida como economia sustentável, a bioeconomia tem como foco o consumo consciente e equilíbrio com os recursos naturais. Ela está presente na produção de alimentos, artesanatos, cosméticos, vacinas, biocombustíveis, entre outros itens. O Amapá é um dos estados mais preservados do país, o que contribui para a fabricação de produtos e serviços inovadores, alinhando sustentabilidade e economia.

Esse tipo de mercado desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico, pois busca utilizar de forma sustentável os recursos naturais, unindo as atividades econômicas essenciais à conservação ambiental. Isso inclui a agricultura sustentável, desenvolvimento de produtos biodegradáveis e a valorização da cultura local.

Oportunidades

Durante a pandemia de coronavírus, o casal Kátia Sarmento e Max Góes fundaram um pequeno empreendimento: o Chocolates Cunani. A empresa nasceu dentro de casa, com vendas sob encomenda. Com toque regional, os doces possuem sabores que passam pela castanha, cumaru e o açaí, valorizando o cultivo amapaense.

A empresária conta que, há pouco mais de um ano, soube do Selo Amapá e ficou empolgada com a oportunidade de expandir seu negócio.

“Quando eu fiquei por dentro do que se tratava, eu fiquei animada. Foi uma oportunidade enorme de divulgar o nosso trabalho não só pelo estado, mas pelo Brasil e o mundo”, afirmou a empreendedora.

Com o selo de origem, Kátia pôde levar seu empreendimento para o festival Salon du Chocolat, em Paris, na França. A oportunidade lhe trouxe inúmeras propostas para exportar seu produto.

Selo Amapá

O Selo Amapá é uma das estratégias do Governo do Estado para promover o uso de matérias-primas da Amazônia na criação de produtos fabricados em terras tucujus, um fator que gera reconhecimento no mercado.

É um certificado que atesta a origem e unifica o valor econômico e ambiental aos produtos amapaenses de origem animal, vegetal e mineral, além de possibilitar a comercialização de bens produzidos por empreendedores locais, tornando-os mais competitivos no mercado.

Desde a implantação do programa, em 2017, já são mais de 150 empresas amapaenses com itens certificados, que, no total, somam mais 900 produtos com o selo.

Amapá na COP 30

O governador do Amapá, Clécio Luís, se reuniu no dia 23 de novembro, com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, para tratar de pautas prioritárias, como a participação do estado nas discussões do clima durante a COP 30, que será realizada em 2025 no Brasil. O encontro foi articulado pelo senador Davi Alcolumbre.

Antes da cúpula, representantes dos países signatários reúnem-se em diversos eventos para discutir posicionamentos, e aproximam representantes da sociedade civil, empresas e os tomadores de decisão, dando uma ideia do que esperar do evento.

O governador pleiteia que esses pré-eventos também aconteçam no Amapá, que fica a apenas 40 minutos de Belém, tomando como exemplo o município paraense Santarém, que também vai sediar esses encontros, e fica a 2h da capital paraense.

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

O encontro ocorre após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

A partir de 30 de novembro, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

30ª Feira Agropesc vai garantir oportunidades de renda a mais de 50 empreendedores, no município de Amapá

A apartir de quinta-feira, 30, trabalhadores vão atuar com vendas de alimentos, bebidas e artesanato.

Com foco na geração de emprego e renda, a 30ª Feira Agropesc contará com mais de 50 empreendedores no Parque de Exposições João Pompilho, no município de Amapá, a partir de quinta-feira, 30. Os empreendedores foram selecionados pela Prefeitura de Amapá, que realiza o evento.

Os trabalhadores irão comercializar alimentos, bebidas e artesanato na feira, que se estende até domingo, 3, com ações de fortalecimento da economia, gastronomia, incentivo à agricultura familiar e programação cultural.

O Governo do Estado, principal parceiro da Agropesc 2023, acompanha as ações de empreendedorismo, com a aplicação da pesquisa de faturamento, organização dos espaços de venda, apoio logístico e cessão de barracas.

Os técnicos da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) também farão o cadastro e a emissão da Carteira Nacional do Artesão aos trabalhadores que atuam no setor.

“A Agropesc é um evento grandioso, que gera oportunidades de emprego e movimenta a economia da região. A Sete recebeu o convite e estará presente com sua estrutura de pessoal e dando todo o suporte aos empreendedores”, pontuou o secretário do Trabalho e Empreendedorismo, Ezequias Costa.

Agropesc 2023

Em 2023, o tradicional evento busca fortalecer a economia da Região dos Lagos, onde vivem mais de 35 mil pessoas, nos municípios de Amapá, Calçoene, Tartarugalzinho e Pracuúba, cidades conhecidas pelo potencial agropecuário.

A feira contará com gastronomia, empreendedorismo, exposição e venda de animais, além de ações voltadas para a agricultura familiar. O evento prevê, ainda, oficinas e cursos do setor primário para aprimorar o conhecimento da comunidade acadêmica. Outro diferencial são as ações sociais voltadas às pessoas atingidas pela estiagem na Região dos Lagos.

A expectativa é que, assim como a Expofeira voltou, aquecendo a economia da região metropolitana, a Agropesc também retorne com fomento ao setor agro, incentivo aos produtores rurais e gerando possibilidade de renda extra aos empreendedores da região.

Após pedido do governador, Ministério da Justiça garante apoio da Força Nacional no combate a queimadas no Amapá

O combate aos focos de incêndio no Amapá vão ganhar um reforço nesta estiagem. Após solicitação feita pelo governador Clécio Luís, o Ministério da Justiça e Segurança Pública garantiu o envio de homens da Força Nacional de Segurança e equipamentos para auxiliar no trabalho em áreas atingidas.

Esta cooperação federativa foi oficializada em encontro entre Clécio Luís e o secretário executivo do Ministério, Ricardo Cappelli, na sede do órgão em Brasília, na sexta-feira, 24, após articulação do senador Randolfe Rodrigues.

“A determinação do ministro Flávio Dino é atender imediatamente a solicitação do governador nesse momento delicado de queimadas, para a preservação do bioma, da floresta amazônica e da qualidade do ar que é ameaçada com a fumaça que aflige a população. Já começamos a mobilização, com a Força Nacional, que é uma força integrada por homens cedidos pelos estados numa cooperação federativa”, afirmou o secretário executivo do Ministério de Justiça e Segurança Pública.

Neste sábado, 25, as equipes já iniciaram a organização dos materiais e do pessoal a ser enviado ao Amapá.

“O Governo Federal já tem nos ajudado bastante no enfrentamento às emergências que estamos vivendo no Amapá, e agora ganhamos mais esse reforço para essa reta final da estiagem que deve se estender por mais um mês. Teremos apoio de homens, de viaturas, de equipamento, de logística, para enfrentarmos os incêndios e a pior qualidade do ar já identificada no Amapá, que geram consequências na agricultura, na piscicultura, na pesca, mas principalmente na saúde das pessoas”, agradeceu o governador Clécio Luís.

Operação imediata

Chegarão ao estado na próxima semana 48 profissionais da segurança pública que integram a Força Nacional, a maioria será do Pará.

Também foram garantidos equipamentos como picapes de combate a incêndios, que permite acesso a locais mais difíceis em meio à mata; motobombas; sopradores que empregam contenção especialmente sobre a linha de fogo; e as mochilas que auxiliam a resfriar áreas que já tiveram o primeiro combate à incêndio, apagando pequenos focos. O material começa a sair de Brasília no domingo, 26, com destino ao Amapá.

O reforço acontece principalmente contra incêndios de áreas florestais e rurais, no combate direto ao fogo, resfriamento, rescaldo e na construção de linhas frias.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Previsão do tempo: temperaturas devem atingir 35°C no Amapá durante final de semana

Mesmo com altas temperaturas, pancadas de chuvas isoladas devem ser registradas pelo interior do estado.
Neste fim de semana o Amapá deve enfrentar temperatura máxima de 35°C. O nível de calor segue a previsão do tempo para os próximos dias, que aponta céu com poucas nuvens e ensolarado em boa parte do estado. Pancadas de chuva isoladas pelo interior, não estão descartadas. Os dados são do Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Para o sábado, 25, e domingo, 26, a previsão indica possibilidade de chuvas rápidas, variando de intensidade fraca a moderada, nos municípios de Oiapoque, Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. As precipitações podem vir acompanhadas de ventos intensos e trovoadas, enquanto as temperaturas mínimas devem atingir os 25°C.

Tempo seco em novembro

Para o mês de novembro, o clima segue seco e com poucas chuvas, conforme as previsões do Iepa, indicando a continuidade da intensa estiagem que afeta o Amapá. O meteorologista, Jefferson Vilhena, doutor em Biodiversidade, afirmou que, para o mês de dezembro, poderá ocorrer a volta das chuvas por todo o estado.

“As previsões sobre estiagem prolongada se confirmaram este mês. Já em dezembro, espera-se o retorno do período das chuvas e que elas fiquem mais intensas. A maior preocupação são os focos de calor e incêndio, que bateram recordes”, afirmou o meteorologista do Iepa.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47°C, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Situação de emergência

A intensidade do clima quente e seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Consequências da estiagem levam Governo do Amapá a ampliar o decreto de situação de emergência para todo o estado

Medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas

A intensidade do clima seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas, como os cerca de 13 mil pescadores.

O decreto de nº 9.058 foi assinado pelo governador em exercício, Teles Júnior, na quarta-feira, 22. O pedido de reconhecimento da situação foi enviado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o que permite acolher mais pessoas afetadas pelos desastres (estiagem, queimadas, seca e salinização de rios).

“O governador viu a importância de ampliar o decreto de estiagem. Então, o Governo ampliando possibilita viabilizar recursos para as ações humanitárias e estudos permanentes para que a gente consiga vencer esses difíceis acontecimentos. Com a estiagem, só as grandes embarcações conseguem chegar ao alto-mar, mas os pescadores artesanais, de sobrevivência, não conseguem. O setor pesqueiro é muito importante no nosso estado. Aguardamos agora o apoio do governo federal ampliando os recursos que nos possibilita chegar a todos os municípios”, afirmou a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.

A medida vale para todo o estado, mas cada região tem uma especificidade, identificada e aprovada a cada parecer pela Defesa Civil que define o devido tratamento.

“Diante de um relatório da Defesa Civil, com dados da Federação de Pescadores que indicam 13 mil trabalhadores afetados diretamente com a estiagem e a impossibilidade da pesca, esses municípios foram incluídos no decreto, e, dessa forma, o Estado pode agilizar as ações de apoio principalmente às famílias atingidas por esse desastre”, pontuou o comandante da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, Alexandre Veríssimo.

Com o reconhecimento, o Governo do Estado, com auxílio do Governo Federal, consegue realizar ações de ajuda humanitária, com envio de técnicos, especialistas, água potável e mineral, alimentos, tudo em uma pronta resposta a essa situação de emergência.

“A inclusão de todos os municípios reconhece a amplitude da estiagem, que está sendo severa, e, com certeza, os trabalhadores e toda a área da pesca também têm sentido agravar a situação nas regiões de lagos e de rios, como o Bailique e o Sucuriju”, citou o secretário de Pesca, Paulo Nogueira.

Todas as ações nesse cenário são controladas diretamente da sala de reuniões do Palácio do Setentrião, que tem funcionado como sala de controle de situação, reunindo todas as secretarias e órgãos do governo, estadual, federal e prefeituras. Isso permite uma atuação mais estratégica nas ações para cada local afetado.