Carbono Negativo: governador do Amapá defende na COP 28 compensações justas por florestas protegidas

Governador Clécio Luís defendeu compensações justas pelas florestas protegidas na Amazônia

Estado mais preservado do Brasil e considerado “Carbono Negativo”, pois captura mais CO2 do que emite para a atmosfera, o Amapá foi representado pelo governador Clécio Luís no debate do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ao discursar na COP 28, o gestor defendeu compensações mais expressivas pelas contribuições que a Amazônia Legal têm proporcionado por ser o maior reservatório de carbono florestal do mundo.

“Estados como o Amapá e outros, que desmatam pouco, também precisam de incentivos para continuar conservando suas florestas e promover o desenvolvimento e a harmonia com o ambiente natural. Manter as áreas florestais e cumprir os padrões de carbono florestal requer investimentos contínuos, capacidade técnica e uma articulação política alinhada com a visão do desenvolvimento sustentável. Vemos nos mercados de carbono de alta integridade social e ambiental uma possibilidade real de financiar nossas políticas de conservação”, destacou Clécio Luís.

O governador do Amapá, juntamente com o chefe de Estado do Pará, Helder Barbalho, representaram os governadores da Amazônia Legal no debate sobre o “Mercado de Carbono e os desafios da Amazônia brasileira para obter financiamentos no PNUD”, que contou com a presença de ministros e do administrador global do PNUD, Achim Steiner.

É consenso entre os cientistas que o mundo precisa reduzir e eliminar as fontes que emitem gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Nesse contexto, os créditos de carbono surgiram como uma forma de compensar as emissões, por meio da transferência de recursos que visam promover ações para enfrentar o aquecimento global e atingir as metas de redução de emissões.

Os projetos voltados especificamente para florestas são conhecidos pela sigla REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), sendo os mais comuns no Brasil. Mas, para o governador do Amapá, o mecanismo de REDD não tem beneficiado estados com alta cobertura florestal e baixa taxa de desmatamento, pois se concentra na redução das emissões de desmatamento.

“Temos sido penalizados por termos feito o dever de casa, que é preservar. E a pena é a mais dura para o povo que o preservou: a pobreza geracional. Apenas os estados que desmataram muito tem o potencial de receber esse financiamento, enquanto que estados que conseguiram manter as suas florestas em pé com esforços próprios não conseguem acessar o recurso do REDD, para implementar suas políticas e melhorar a qualidade de vida dos povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas ou da Amazônia Rural. A população do Amapá precisa de desenvolvimento, segurança alimentar, oportunidades econômicas e sociais”, pontuou o governador Clécio Luís.

Para manter a floresta em pé e protegê-la, a mensagem levada é a de que é necessário o apoio técnico e financeiro de todos aqueles que se beneficiam com a manutenção dela. Os mercados de carbono possuem alta integridade social e ambiental e são uma possibilidade real de financiar as políticas de conservação da Amazônia.

Confira a íntegra do discurso do governador Clécio Luís na COP 28:

Falarei aqui em nome do meu estado e, com a licença do presidente do Consórcio, em nome dos demais estados da Amazônia que desenvolvem e implementam seus planos estaduais para a ações de preservação e controle do desmatamento legal. As ações de fiscalização ambiental não são suficientes para garantir a conservação da região. Com cerca de 30 milhões de pessoas vivendo na Amazônia brasileira, é necessário promover atividades produtivas sustentáveis com a bioeconomia.

O mecanismo de REDD tradicionalmente não tem beneficiado estados com alta cobertura florestal e baixa taxa de desmatamento, já que esse mecanismo se concentra na redução das emissões de desmatamento. Temos sido penalizados por termos feito o dever de casa, que é preservar. E a pena é a mais dura para o povo que o preservou: a condenação tem sido a pobreza geracional.

Nas metodologias atuais, apenas os estados que desmataram muito tem o potencial de receber esse financiamento, enquanto que estados que conseguiram manter as suas florestas em pé com esforços próprios não conseguem acessar o recurso do REDD, para implementar suas políticas e melhorar a qualidade de vida da população, sejam os povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, quilombolas ou da Amazônia Rural. Importante dizer a vocês que a nossa alta cobertura florestal não nos exime dos riscos e pressões sobre a floresta e seus serviços ecossistêmicos. A população do Amapá precisa de desenvolvimento, segurança alimentar, oportunidades econômicas e sociais. Além disso, existem ilícitos ambientais e questões fundiárias que aumentam as pressões sobre a floresta.

Portanto, os estados como o Amapá e outros, que desmatam pouco, também precisam de incentivos para continuar conservando suas florestas e promover o desenvolvimento e a harmonia com o ambiente natural. O projeto financiado pelo Governo da Noruega e com o apoio do PNUD e outros participantes têm apoiado essa iniciativa, trazendo a possibilidade de participação do Amapá em mecanismos internacionais de financiamento climático. Manter as áreas florestais e cumprir os padrões de carbono florestal requer investimentos contínuos, capacidade técnica e uma articulação política alinhada com a visão do desenvolvimento sustentável. Mesmo com o apoio internacional e multilateral, é necessário priorizar recursos financeiros e humanos em atividades que tenham perspectiva de sustentabilidade às ações do Estado.

Manter as florestas em pé é a melhor maneira de evitar que o carbono florestal seja liberado na atmosfera. E é uma necessidade urgente para as comunidades florestais e os ecossistemas que dependem das florestas intactas. Portanto, assim eu me despeço e quero agradecer a oportunidade de representar o estado do Amapá, assim como falar pelos estados da Amazônia Brasileira. Vemos nos mercados de carbono de alta integridade social e ambiental uma possibilidade real de financiar nossas políticas de conservação e esperamos continuar contando com toda essa colaboração. Muito obrigado!

COP 28: Amapá apresenta manejo florestal sustentável como modelo de bioeconomia e geração de empregos na Amazônia

Governador Clécio Luís mostra na COP 28 modelo de exploração sustentável que mantém a floresta em pé

Nesta segunda-feira, 4, o Amapá apresentou durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) o modelo aplicado no estado de manejo florestal sustentável, que une iniciativa privada e comunidades como uma ferramenta de fomento da bioeconomia.

A palestra foi liderada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), e teve a participação da empresa TW Forest, que aplica o modelo no Amapá desde 2018. A iniciativa gera os chamados empregos verdes na Amazônia, que são aqueles postos de trabalhos que contribuem de forma considerável para preservar ou restaurar a qualidade do meio ambiente, minimizando os impactos.

“O que nós estamos propondo é uma alternativa sustentável para manter a floresta em pé, com dignidade para aqueles e aquelas que moram sob essas florestas, que têm o direito a sonhar e gerar sua renda. Além das compensações justas, mantendo o santuário preservado, nós queremos também promover atividades econômicas que gerem ascensão social. Nós temos segurança técnica de que esse é um modelo de manejo sustentável com base comunitária para o mundo, como um serviço para o planeta e para a humanidade”, afirmou o governador Clécio Luís.

A apresentação contou com as contribuições do senador Randolfe Rodrigues, e ainda de representantes da Nature Conservancy, do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e do ICLEI  Colômbia, que é uma associação mundial de governos locais e subnacionais dedicada ao desenvolvimento sustentável.

A experiência amapaense é uma demonstração clara de que é possível gerar a preservação da Amazônia, mantendo os indicadores ambientais, e, ao mesmo tempo, gerar desenvolvimento social e econômico para quem mora dentro da floresta.

Manejo florestal que dá certo

A primeira concessão florestal foi assinada em 2016, proporcionando a atividade à TW Forest, na região do município de Mazagão (Projeto Agroextrativista Maracá). A produção de madeira legal gera 300 empregos diretos, arrecadando mais de R$ 3 milhões por ano, numa área sob constante monitoramento remoto (satélite), fiscalizações e rigor na rastreabilidade.

A previsão é que, até 2025, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sejam lançados editais que ampliem a área de concessões florestais do Amapá dos atuais 67 mil hectares para 670 mil hectares. Esse salto prevê gerar aproximadamente 3 mil empregos diretos, produzir mais de 550 mil metros cúbicos de madeira legal, aumentando as áreas a serem negociadas dentro do mercado de carbono.

“Essas características demonstram que o Estado do Amapá possui as florestas mais produtivas do Brasil, onde há uma estratégia de desenvolvimento econômico pensando também na divisão de bens com que vive nas florestas. Os novos editais virão dentro de uma nova modelagem, com mais segurança jurídica e técnica, onde o Banco traz toda a sua expertise para o novo modelo de negócio no Estado. O manejo florestal sustentável no Amapá é um grande indutor de geração de empregos, de renovação para a própria floresta que já é muito antiga e que precisa ser manejada com responsabilidade social”, declarou Marcos Almeida, diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema.

O painel foi acompanhado por representantes de diferentes países, assim como da comitiva do Amapá, integrada por secretários de Estado, de representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, e do Sebrae, atentos às agendas de desenvolvimento sustentável e que buscam inserir os amazônidas nos debates.

“Viemos mostrar na COP que é possível preservar, rejuvenescendo a floresta, gerando riqueza e fazendo o social na Amazônia Brasileira. Esse projeto está fundado em um tripé, onde nós temos o cuidado com a sustentabilidade, o social e o econômico. Temos o apoio do Governo, da comunidade local em um modelo para tantos outros a serem copiados nas florestas da América do Sul”, ressaltou o empresário Wellington Rogério Conci, da TW Forest.

Os convidados do painel citaram a possibilidade de melhorar o modelo a partir da adesão de iniciativas que já existem na região, como no caso do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), ampliando o beneficiamento e gerando produtos para o mercado externo.

“Eu acho que o estado do Amapá traz pra nós um exemplo concreto de como associar soluções baseadas na natureza, com bioeconomia e manejo sustentável, contribui pra manter a floresta em pé e ao mesmo tempo gerar emprego e renda. Essa é a diferença que nós precisamos nos modelos de desenvolvimento na Amazônia, que nos permita justamente trazer esse diferencial”, opinou Karen Oliveira, da Nature Conservancy.

No debate, o senador Randolfe Rodrigues citou que o manejo já é realizado na Amazônia como uma atividade comum, no entanto, ressaltou que o modelo precisa ser considerado na construção das políticas públicas.

“O manejo precisa ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. As instituições públicas, com o apoio do Congresso Nacional, têm que se voltar para isso, porque viabiliza uma sociedade justa, geração de renda e de riquezas para comunidades como a do Maracá. É este o modelo que nós temos que apresentar como alternativa concreta de desenvolvimento”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues.

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado destaca a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

COP 28: governador Clécio Luís defende que a COP da Amazônia deixe legado ao Amapá

Primeira agenda do governador Clécio Luís destacou os caminhos para a COP da Amazônia

O governador do Amapá, Clécio Luís, iniciou neste domingo, 3, uma série de debates na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O primeiro compromisso foi apresentar o que o Amapá está construindo para a versão do evento que será realizada em 2025, na cidade de Belém (PA).

Clécio Luís integrou o painel “Caminhos para a COP30: desenvolvimento socioeconômico sustentável para a Amazônia integrada e competitiva”, realizado no HUB da Amazônia Legal, espaço do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal no encontro.

No discurso, o governador do Amapá pontuou os elevados níveis de conservação ambiental dos recursos naturais e os desafios socioeconômicos que indicam a necessidade permanente de abordagens inovadoras e inclusivas.

“Estamos juntando os estados da região para traçar o que nós queremos para a COP da Amazônia. A meu ver, a COP 30 deve deixar para o Amapá dois grandes legados: a simetria entre os bons indicadores ambientais e os indicadores sociais e econômicos; e também deve trazer os investimentos para a infraestrutura urbana e, assim, melhorar a vida de quem está lá”, declarou Clécio Luís.

Com a iminência da COP 30 no estado vizinho, o Amapá vai direcionar esforços para se preparar e contribuir de maneira significativa para o evento, com uma abordagem colaborativa entre os estados da Amazônia Legal brasileira.

A realização de eventos pré-COP 30 no Amapá deve dinamizar a economia local e discutir estratégias sustentáveis, posicionando o estado como um protagonista na busca por soluções para os desafios enfrentados pela região amazônica.

“Estamos aqui construindo esses caminhos para que, daqui a dois anos, a gente possa colher esses frutos e realmente fazer uma discussão, além de mostrar a exuberância da Amazônia e de toda a nossa natureza viva, mas também de falar dos nossos problemas. A gente está num nível de pobreza que é incompatível com os nossos indicadores ambientais. Para a COP da Amazônia, temos que juntar todos os esforços, todo mundo tem que participar desse grande encontro que não pode, de maneira nenhuma, se transformar num festival, mas deve ser um encontro com conteúdo, de forma compatível com o que a Amazônia já oferece para o mundo”, acrescentou Clécio Luís.

Também participaram da agenda representantes dos demais estados da Amazônia Legal: a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma; os governadores do Amazonas, Wilson Lima; de Roraima, Antônio Denarium; de Rondônia, Marcos Rocha; do Tocantins, Wanderlei Barbosa; e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Amapá na COP 28

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado vai destacar a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

Com mais de 90% das florestas preservadas e 72% do território dedicado a unidades de conservação e povos originários, o Amapá possui um modelo global e exemplar de preservação baseado na bioeconomia sustentável, que alia a floresta em pé e o desenvolvimento da economia e renda para a comunidade.

O governador vai debater o papel da bioeconomia no desenvolvimento econômico da região amazônica, o enfrentamento do aquecimento global, a redução no uso de combustíveis fósseis e sistemas agroalimentares.

Ao longo da conferência, o Estado apresentará, ainda, projetos de sucesso como o Selo Amapá e o manejo florestal sustentável, método eficaz na gestão de florestas. Com isso, um dos objetivos é obter apoio internacional para desenvolver programas sustentáveis e modelos de referência no desenvolvimento econômico.

A delegação amapaense é composta ainda por representantes do Tribunal de Justiça do Amapá, Assembleia Legislativa e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta. A 28ª edição da conferência ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, até o dia 12 de dezembro. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

O encontro acontece após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

Amapá recebe militares da Força Nacional para reforçar ações de combate à crise climática

Profissionais irão atuar, principalmente, em comunidades rurais que sofrem com incêndios

O Governo do Amapá recebe 37 militares da Força Nacional que irão reforçar as medidas para minimizar os impactos dos eventos climáticos que atingem o estado. O envio atende à solicitação do governador, Clécio Luís, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os militares irão dar suporte no combate aos incêndios em áreas florestais e rurais e no enfrentamento às pragas que atingem plantios de mandioca nas comunidades indígenas de Oiapoque. Os profissionais são dos estados da Bahia, São Paulo, Pará e do Distrito Federal e devem permanecer no estado durante um período mínimo de 15 dias.

Ainda como suporte da Força Nacional, está previsto que, na segunda-feira, 4, cheguem ao estado micro-ônibus e picapes de combate a incêndios, que permitem acesso a locais mais difíceis em meio à mata. Também serão entregues abafadores de fogo e bomba costal, uma ferramenta que funciona como um extintor à base de água nas operações de combate ao fogo, resfriamento, rescaldo e para construção de linhas frias.

“Esses militares estão aqui para apoiar as ações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil no enfrentamento das diversas situações de emergências que o nosso estado está passando”, destacou o comandante geral do Corpo de Bombeiros e coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Veríssimo.

Em 24 de novembro, o Governo Federal reconheceu o estado de emergência em que se encontra o Amapá, por causa da forte estiagem. O reconhecimento foi fundamental para a liberação de recursos de mais de R$10 milhões da União para as ações humanitárias e envio do apoio da Força Nacional.

Além do Amapá, outros estados brasileiros que enfrentam consequências de eventos climáticos também recebem o suporte da Força Nacional.

“Estamos aqui para auxiliar nas ações comunitárias que irão ocorrer em diversos pontos do Amapá”, declarou o coordenador da equipe da Força Nacional no Amapá, Capitão Lúcio Figueiredo.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Força Nacional

A Força Nacional de Segurança Pública integra as Forças Armadas e é formada por policiais militares, bombeiros, policiais civis e outros agentes de segurança pública que passam por cursos de instrução e ficam à disposição do governo federal para atuar em situações de emergência e calamidade pública.

COP 28: Amapá apresenta método eficaz na gestão de florestas; entenda como funciona o manejo florestal sustentável

Com impactos mínimos ao meio ambiente, o modelo adotado pelo Governo do Estado fomenta a economia comunitária, fortalece a biodiversidade e regula o clima.


A 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, que iniciou na quinta-feira, 30 de novembro, em Dubai, é uma oportunidade para o Governo do Estado demonstrar ao mundo políticas eficazes voltadas ao meio ambiente. O Amapá, considerado uma referência em gestão de florestas, vai apresentar no encontro um painel sobre o manejo florestal sustentável, modelo que garante o mínimo impacto ao meio ambiente e fomenta a economia das regiões manejadas.
Para ser sustentável, o manejo precisa ter viabilidade econômica, ser ambientalmente correto, e principalmente, ter o envolvimento da sociedade, seja dentro das áreas manejadas ou em torno delas. Neste modelo, apenas as árvores previamente selecionadas e autorizadas são retiradas sem que ocorram impactos significativos ao meio ambiente.

Em um único hectare de floresta tropical, que equivale ao tamanho de um campo de futebol oficial, existem em média 400 árvores. Dessas, durante os ciclos do manejo – que podem ser de 10 a 35 anos – apenas 4 árvores são retiradas, no máximo. Em casos de espécies com mais volume, como o angelim vermelho, é retirada apenas uma árvore.

Respeito ao ciclo de recuperação da floresta

O manejo florestal sustentável obedece ao ciclo de recuperação da floresta. Não é permitido cortar um número de árvores maior do que foi permitido e nem obter mais volume daquilo que foi autorizado.

Quanto maior o ciclo, maior o tempo de recuperação da floresta. A intensidade de corte depende da quantidade de árvores que podem ser retiradas por m³. No manejo industrial, que utiliza maquinário, o ciclo ocorre da seguinte forma:

25 anos – intensidade de 21,5 m³ por hectare
30 anos – intensidade de 28,5 m³ por hectare
35 anos – intensidade de 30 m³ por hectare
A área de manejo florestal é dívida pelo ciclo. Se o ciclo for de 30 anos, então serão 30 unidades de produção anual, com técnicas e boas práticas para reduzir ainda mais os impactos na floresta.

“A floresta bem manejada consegue se manter produtiva para a eternidade. O produto madeira é infinito”, explica o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcos Almeida.

Incentivo florestal

Uma árvore, quando é manejada, gera clareiras, áreas expostas à luz solar. Nessa área existe um banco de sementes que são dispersadas pelas árvores adultas e férteis. Com a incidência solar, essas sementes germinam e dão início a novas árvores. Primeiro as pioneiras, depois as tardias, depois as clímax. Em 30 anos, ciclo mais longo, a cobertura vegetal já está totalmente completa.

“Quando você maneja a floresta, você induz a dinâmica florestal, tirando uma árvore adulta e mais velha, onde nascerá uma nova, estimulando a regeneração natural”, ressalta Almeida.

Regulação climática

As florestas do Amapá são datadas entre 300 e 500 anos. Uma floresta madura não consegue absorver tanto carbono da atmosfera como uma floresta jovem, que tem maior poder de absorção. A estrutura da madeira é composta quase que totalmente por carbono, por isso o manejo também ajuda na regulação climática.

“A floresta nova requer mais absorção de CO². Para uma árvore se formar, ela precisa de carbono, então ela tira esse gás poluente da atmosfera, além de outros gases do efeito estufa e do monóxido de carbono, incorporando na sua estrutura”, detalha o diretor da Sema.

As áreas manejadas ajudam a dissipar o gás carbônico na atmosfera e funcionam como reguladoras climáticas, do ciclo do carbono, do ciclo hídrico e do ciclo hidrológico. Realizam a evapotranspiração, onde emitem água para atmosfera, fortalecendo a biodiversidade.

Manejo florestal não é desmatamento

Desmatamento é a rotação total da área de floresta, onde todas as árvores são retiradas. No manejo, o corte é seletivo e a vegetação não é retirada por completo, sem nenhum dano à fauna.

“Quando você volta em uma área do manejo anos depois é visível os pássaros cantando, as onças andando. Agora se for desmatamento, você não terá animal nenhum mais lá, pois a floresta foi retirada, e ela é sinônimo de vida”, ressalta o diretor.

Manejo comunitário

Além do manejo industrial, ocorre também o comunitário. Nele, a governança quem faz é a comunidade, a qual deve ter participação em todas as etapas do manejo florestal como pré-exploratória, exploratória, pós-exploratória e na gestão administrativa. No Amapá, atualmente, não existe nenhum plano de manejo nesses moldes.

Para o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, esta é uma agenda muito forte no estado, onde várias cooperativas têm buscado o Governo para fazer com que aconteça a implementação deste modelo de gestão florestal.

“Nós acreditamos muito nesse modelo de gestão da floresta. A participação social é do início ao fim do processo. Não há obrigação das cooperativas pagarem para o estado. O Estado cria condições, capacitação, treinamento e a organização social desses entes, para que ao longo dos anos possam adquirir seu próprio maquinário e fornecer madeira legal para o estado e outros mercados”, explica Almeida.

No manejo comunitário, que é feito sem a presença de maquinário, a cada 10 anos, a intensidade é 10m³ por hectare.

Projeto Amaparque

Com foco na biodiversidade e preservação de áreas úmidas urbanas da Amazônia, o Amaparque é um importante projeto socioambiental e urbano desenvolvido pelo Governo do Estado ainda na gestão passada para a Região Metropolitana, abrangendo os municípios de Macapá, Santana e Mazagão.

Com a continuidade na atual gestão, o projeto vai trazer bem-estar às comunidades, gerar oportunidade de emprego, melhorar a saúde, segurança e renda da população, além de atrair turismo para a região de forma sustentável ao meio ambiente.

São 6,5 mil hectares para a criação de Unidade de Conservação e Sítio Ramsar, com intervenções urbanas para proteção das áreas úmidas. O objetivo é conciliar as necessidades da população local com o processo de reversão da degradação ambiental das áreas de Ressaca da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza.

COP 28

A COP (Conferência das Partes) é uma reunião entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados, outras autoridades governamentais e organizações da sociedade civil debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

Em 2023, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento vai tratar das ações de cada país acerca da preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera do planeta.

Governo do Amapá reúne Comitê de Respostas Rápidas para ampliar estratégias de combate as situações de emergências no estado

Comitê atua para garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde

Gestores de várias secretarias do Governo do Amapá, que formam a sala de situação do Comitê de Respostas Rápidas, se reuniram nesta segunda-feira, 27, para avaliar as ações já realizadas e alinhar novas estratégias de enfrentamento das situações de emergência que atingem o estado como as queimadas, estiagem, praga da mandioca e o aumento nos casos da malária.

No encontro também foram debatidas atividades prioritárias, com objetivo garantir respostas rápidas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde.

“Essa é uma força tarefa do Governo do Estado, que tem a frente o governador Clécio Luís, que garantiu em Brasília, apoio federal, com recursos que estão chegando para ajudar os amapaenses. Precisamos dar respostas rápidas à nossa população que está ‘in loco’ vivenciando todas as dificuldades”, expressou a secretária Aline Gurgel, da Secretaria de Assistência Social (Seas).

Sala de situação

Todas as ações efetivadas pelas situações de emergência no estado são estabelecidas pelos integrantes que compõem a sala de situação, presidida pela Secretaria de Assistência Social (Seas) em conjunto com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que está instalada no Palácio do Setentrião.

A força-tarefa é formada pelos gestores do Gabinete do Governador, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiro Militar (CBM), secretarias de Mobilização e Participação Popular, de Planejamento, de Comunicação, de Governo de Gestão Estratégia, de Saúde, de Transporte, de Infraestrutura, de Segurança Pública, de Educação e a Superintendência de Vigilância e Saúde (SVS).

Reforço federal

Na última sexta-feira, 24, após pedido do governador, o Ministério da Justiça garantiu apoio da Força Nacional no combate a queimadas no Amapá. Estão previstos cerca de 50 profissionais, que chegam ao estado nos próximos dias.

Também foram garantidos diversos equipamentos de combate a incêndio. O reforço acontece principalmente para o enfrentamento de incêndios em áreas florestais e rurais, no combate direto ao fogo, resfriamento, rescaldo e na construção de linhas frias.

Situações de emergência

Os planos técnicos e práticos executados pela Sala de Situação tiveram embasamento nos decretos estabelecidos pelo Governo do Amapá para dar apoio imediato aos amapaenses.

Em 21 de outubro, foi decretada situação de emergência em todo o estado por conta do aumento do número de queimadas registrado durante o período de estiagem, quando as chuvas diminuem.

A medida objetivou tornar mais ágil e desburocratizar a tomada de decisões administrativas para combater os focos de incêndio. A gravidade da situação fez com que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) homologasse prontamente o decreto.

No dia 13 de novembro, o governador do Amapá, Clécio Luís, assinou o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contemplou municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

No dia 22 de novembro, o Governo do Amapáampliou o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Nesta segunda-feira, 27, o Governo do Estado e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciaram os trabalham de enfrentamento às espécies de fungos e ácaros que atingem cerca de 20 hectares de plantações de mandioca na comunidade de Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos severos da seca e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo do Estado lançou a Operação Amapá Verde, que até o dia 21 de novembro registrou, 2315 focos de incêndios florestais, tendo 737 ações de combate. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

COP 28: Amapá vai apresentar a mais de 190 países os avanços na bioeconomia e o uso sustentável dos produtos da floresta

Programas como o Selo Amapá, do Governo do Estado, incentivam o uso de matérias-primas regionais na criação de produtos amapaenses.


O Governo do Amapá vai apresentar a mais de 190 países, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28) que inicia na quinta-feira, 30, o potencial bioeconômico do estado, com foco nas iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais e seu papel fundamental no cenário ambiental global.

Em um ano marcado pelas altas temperaturas em diferentes partes do mundo, a conferência vai tratar das ações de cada país sobre a preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera. Outros temas, como a segurança alimentar e a preservação dos ecossistemas, também fazem parte das discussões.

Nesse cenário, o Governo do Amapá vai mostrar como o estado amazônico vem se tornando uma referência na fabricação de produtos bioeconômicos. Programas já existentes, como o Selo Amapá, certificam a origem dos bens produzidos e comercializados no estado. O projeto agrega valor aos produtos genuinamente amapaenses, levando o nome do estado para o mercado nacional e internacional.

“A fabricação desses produtos é feita de maneira consciente e sustentável, gerando impactos positivos na nossa economia. Mais de 900 produtos são reconhecidos pelo Selo Amapá e estão sendo comercializados no mercado. Essa marca simboliza nosso estado, que representa a área florestal mais preservada do país. É a principal frente de apresentação dos produtos amapaenses para o Brasil e o mundo”, ressalta o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, Jurandil Juarez.

Bioeconomia no Amapá

Também conhecida como economia sustentável, a bioeconomia tem como foco o consumo consciente e equilíbrio com os recursos naturais. Ela está presente na produção de alimentos, artesanatos, cosméticos, vacinas, biocombustíveis, entre outros itens. O Amapá é um dos estados mais preservados do país, o que contribui para a fabricação de produtos e serviços inovadores, alinhando sustentabilidade e economia.

Esse tipo de mercado desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico, pois busca utilizar de forma sustentável os recursos naturais, unindo as atividades econômicas essenciais à conservação ambiental. Isso inclui a agricultura sustentável, desenvolvimento de produtos biodegradáveis e a valorização da cultura local.

Oportunidades

Durante a pandemia de coronavírus, o casal Kátia Sarmento e Max Góes fundaram um pequeno empreendimento: o Chocolates Cunani. A empresa nasceu dentro de casa, com vendas sob encomenda. Com toque regional, os doces possuem sabores que passam pela castanha, cumaru e o açaí, valorizando o cultivo amapaense.

A empresária conta que, há pouco mais de um ano, soube do Selo Amapá e ficou empolgada com a oportunidade de expandir seu negócio.

“Quando eu fiquei por dentro do que se tratava, eu fiquei animada. Foi uma oportunidade enorme de divulgar o nosso trabalho não só pelo estado, mas pelo Brasil e o mundo”, afirmou a empreendedora.

Com o selo de origem, Kátia pôde levar seu empreendimento para o festival Salon du Chocolat, em Paris, na França. A oportunidade lhe trouxe inúmeras propostas para exportar seu produto.

Selo Amapá

O Selo Amapá é uma das estratégias do Governo do Estado para promover o uso de matérias-primas da Amazônia na criação de produtos fabricados em terras tucujus, um fator que gera reconhecimento no mercado.

É um certificado que atesta a origem e unifica o valor econômico e ambiental aos produtos amapaenses de origem animal, vegetal e mineral, além de possibilitar a comercialização de bens produzidos por empreendedores locais, tornando-os mais competitivos no mercado.

Desde a implantação do programa, em 2017, já são mais de 150 empresas amapaenses com itens certificados, que, no total, somam mais 900 produtos com o selo.

Amapá na COP 30

O governador do Amapá, Clécio Luís, se reuniu no dia 23 de novembro, com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, para tratar de pautas prioritárias, como a participação do estado nas discussões do clima durante a COP 30, que será realizada em 2025 no Brasil. O encontro foi articulado pelo senador Davi Alcolumbre.

Antes da cúpula, representantes dos países signatários reúnem-se em diversos eventos para discutir posicionamentos, e aproximam representantes da sociedade civil, empresas e os tomadores de decisão, dando uma ideia do que esperar do evento.

O governador pleiteia que esses pré-eventos também aconteçam no Amapá, que fica a apenas 40 minutos de Belém, tomando como exemplo o município paraense Santarém, que também vai sediar esses encontros, e fica a 2h da capital paraense.

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

O encontro ocorre após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

A partir de 30 de novembro, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

30ª Feira Agropesc vai garantir oportunidades de renda a mais de 50 empreendedores, no município de Amapá

A apartir de quinta-feira, 30, trabalhadores vão atuar com vendas de alimentos, bebidas e artesanato.

Com foco na geração de emprego e renda, a 30ª Feira Agropesc contará com mais de 50 empreendedores no Parque de Exposições João Pompilho, no município de Amapá, a partir de quinta-feira, 30. Os empreendedores foram selecionados pela Prefeitura de Amapá, que realiza o evento.

Os trabalhadores irão comercializar alimentos, bebidas e artesanato na feira, que se estende até domingo, 3, com ações de fortalecimento da economia, gastronomia, incentivo à agricultura familiar e programação cultural.

O Governo do Estado, principal parceiro da Agropesc 2023, acompanha as ações de empreendedorismo, com a aplicação da pesquisa de faturamento, organização dos espaços de venda, apoio logístico e cessão de barracas.

Os técnicos da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete) também farão o cadastro e a emissão da Carteira Nacional do Artesão aos trabalhadores que atuam no setor.

“A Agropesc é um evento grandioso, que gera oportunidades de emprego e movimenta a economia da região. A Sete recebeu o convite e estará presente com sua estrutura de pessoal e dando todo o suporte aos empreendedores”, pontuou o secretário do Trabalho e Empreendedorismo, Ezequias Costa.

Agropesc 2023

Em 2023, o tradicional evento busca fortalecer a economia da Região dos Lagos, onde vivem mais de 35 mil pessoas, nos municípios de Amapá, Calçoene, Tartarugalzinho e Pracuúba, cidades conhecidas pelo potencial agropecuário.

A feira contará com gastronomia, empreendedorismo, exposição e venda de animais, além de ações voltadas para a agricultura familiar. O evento prevê, ainda, oficinas e cursos do setor primário para aprimorar o conhecimento da comunidade acadêmica. Outro diferencial são as ações sociais voltadas às pessoas atingidas pela estiagem na Região dos Lagos.

A expectativa é que, assim como a Expofeira voltou, aquecendo a economia da região metropolitana, a Agropesc também retorne com fomento ao setor agro, incentivo aos produtores rurais e gerando possibilidade de renda extra aos empreendedores da região.

Após pedido do governador, Ministério da Justiça garante apoio da Força Nacional no combate a queimadas no Amapá

O combate aos focos de incêndio no Amapá vão ganhar um reforço nesta estiagem. Após solicitação feita pelo governador Clécio Luís, o Ministério da Justiça e Segurança Pública garantiu o envio de homens da Força Nacional de Segurança e equipamentos para auxiliar no trabalho em áreas atingidas.

Esta cooperação federativa foi oficializada em encontro entre Clécio Luís e o secretário executivo do Ministério, Ricardo Cappelli, na sede do órgão em Brasília, na sexta-feira, 24, após articulação do senador Randolfe Rodrigues.

“A determinação do ministro Flávio Dino é atender imediatamente a solicitação do governador nesse momento delicado de queimadas, para a preservação do bioma, da floresta amazônica e da qualidade do ar que é ameaçada com a fumaça que aflige a população. Já começamos a mobilização, com a Força Nacional, que é uma força integrada por homens cedidos pelos estados numa cooperação federativa”, afirmou o secretário executivo do Ministério de Justiça e Segurança Pública.

Neste sábado, 25, as equipes já iniciaram a organização dos materiais e do pessoal a ser enviado ao Amapá.

“O Governo Federal já tem nos ajudado bastante no enfrentamento às emergências que estamos vivendo no Amapá, e agora ganhamos mais esse reforço para essa reta final da estiagem que deve se estender por mais um mês. Teremos apoio de homens, de viaturas, de equipamento, de logística, para enfrentarmos os incêndios e a pior qualidade do ar já identificada no Amapá, que geram consequências na agricultura, na piscicultura, na pesca, mas principalmente na saúde das pessoas”, agradeceu o governador Clécio Luís.

Operação imediata

Chegarão ao estado na próxima semana 48 profissionais da segurança pública que integram a Força Nacional, a maioria será do Pará.

Também foram garantidos equipamentos como picapes de combate a incêndios, que permite acesso a locais mais difíceis em meio à mata; motobombas; sopradores que empregam contenção especialmente sobre a linha de fogo; e as mochilas que auxiliam a resfriar áreas que já tiveram o primeiro combate à incêndio, apagando pequenos focos. O material começa a sair de Brasília no domingo, 26, com destino ao Amapá.

O reforço acontece principalmente contra incêndios de áreas florestais e rurais, no combate direto ao fogo, resfriamento, rescaldo e na construção de linhas frias.

Não é a primeira vez que o Governo Federal reforça o trabalho de combate às queimadas no Amapá. Neste mês de novembro, a operação Cabo Orange, com brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Amapá, empenhou esforços para combater os focos no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho, que conta com auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB), segue na região até o início de dezembro.

Previsão do tempo: temperaturas devem atingir 35°C no Amapá durante final de semana

Mesmo com altas temperaturas, pancadas de chuvas isoladas devem ser registradas pelo interior do estado.
Neste fim de semana o Amapá deve enfrentar temperatura máxima de 35°C. O nível de calor segue a previsão do tempo para os próximos dias, que aponta céu com poucas nuvens e ensolarado em boa parte do estado. Pancadas de chuva isoladas pelo interior, não estão descartadas. Os dados são do Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Para o sábado, 25, e domingo, 26, a previsão indica possibilidade de chuvas rápidas, variando de intensidade fraca a moderada, nos municípios de Oiapoque, Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. As precipitações podem vir acompanhadas de ventos intensos e trovoadas, enquanto as temperaturas mínimas devem atingir os 25°C.

Tempo seco em novembro

Para o mês de novembro, o clima segue seco e com poucas chuvas, conforme as previsões do Iepa, indicando a continuidade da intensa estiagem que afeta o Amapá. O meteorologista, Jefferson Vilhena, doutor em Biodiversidade, afirmou que, para o mês de dezembro, poderá ocorrer a volta das chuvas por todo o estado.

“As previsões sobre estiagem prolongada se confirmaram este mês. Já em dezembro, espera-se o retorno do período das chuvas e que elas fiquem mais intensas. A maior preocupação são os focos de calor e incêndio, que bateram recordes”, afirmou o meteorologista do Iepa.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47°C, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Situação de emergência

A intensidade do clima quente e seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas.

Consequências da estiagem levam Governo do Amapá a ampliar o decreto de situação de emergência para todo o estado

Medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas

A intensidade do clima seco e da estiagem, impactada pelo fenômeno El Niño, e as consequências desse cenário levaram o Governo do Estado a ampliar o decreto de situação de emergência para todos os 16 municípios do Amapá. A medida foi adotada principalmente para garantir assistência à população das regiões mais afetadas, como os cerca de 13 mil pescadores.

O decreto de nº 9.058 foi assinado pelo governador em exercício, Teles Júnior, na quarta-feira, 22. O pedido de reconhecimento da situação foi enviado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o que permite acolher mais pessoas afetadas pelos desastres (estiagem, queimadas, seca e salinização de rios).

“O governador viu a importância de ampliar o decreto de estiagem. Então, o Governo ampliando possibilita viabilizar recursos para as ações humanitárias e estudos permanentes para que a gente consiga vencer esses difíceis acontecimentos. Com a estiagem, só as grandes embarcações conseguem chegar ao alto-mar, mas os pescadores artesanais, de sobrevivência, não conseguem. O setor pesqueiro é muito importante no nosso estado. Aguardamos agora o apoio do governo federal ampliando os recursos que nos possibilita chegar a todos os municípios”, afirmou a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.

A medida vale para todo o estado, mas cada região tem uma especificidade, identificada e aprovada a cada parecer pela Defesa Civil que define o devido tratamento.

“Diante de um relatório da Defesa Civil, com dados da Federação de Pescadores que indicam 13 mil trabalhadores afetados diretamente com a estiagem e a impossibilidade da pesca, esses municípios foram incluídos no decreto, e, dessa forma, o Estado pode agilizar as ações de apoio principalmente às famílias atingidas por esse desastre”, pontuou o comandante da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, Alexandre Veríssimo.

Com o reconhecimento, o Governo do Estado, com auxílio do Governo Federal, consegue realizar ações de ajuda humanitária, com envio de técnicos, especialistas, água potável e mineral, alimentos, tudo em uma pronta resposta a essa situação de emergência.

“A inclusão de todos os municípios reconhece a amplitude da estiagem, que está sendo severa, e, com certeza, os trabalhadores e toda a área da pesca também têm sentido agravar a situação nas regiões de lagos e de rios, como o Bailique e o Sucuriju”, citou o secretário de Pesca, Paulo Nogueira.

Todas as ações nesse cenário são controladas diretamente da sala de reuniões do Palácio do Setentrião, que tem funcionado como sala de controle de situação, reunindo todas as secretarias e órgãos do governo, estadual, federal e prefeituras. Isso permite uma atuação mais estratégica nas ações para cada local afetado.

Governo do Amapá visita quilombo do Cunani para traçar estratégias de fomento das produções de cacau e açaí

Localizada a 413 quilômetros da capital amapaense, a comunidade se destaca pela qualidade dos frutos

O Governo do Amapá enviou uma comitiva ao quilombo do Cunani, no município de Calçoene, junto com órgãos federais e cooperativas para analisar como é feito, principalmente, o manejo de açaí e cacau na região. A visita da equipe técnica teve como objetivo iniciar um planejamento para encontrar formas de fomentar e potencializar as cadeias produtivas dos frutos na comunidade.

A ida de secretários e técnicos ao quilombo faz parte do pacote prioritário de ações do Governo do Estado, que visa interiorizar a administração estadual para que políticas públicas também alcancem populações distantes da região metropolitana de Macapá.Localizada a 413 quilômetros da capital amapaense, a comunidade do Cunani tem em seu DNA a tradição da agricultura familiar, que se destaca pela alta qualidade da produção de açaí e cacau. A fama faz com que o quilombo tenha uma alta procura pelos frutos todos os anos, mas os moradores entendem que esse potencial pode ser melhorado.

“Nós queremos que os nossos agricultores familiares possam ter acesso a capacitações e linhas de crédito para expandir a produção que temos hoje e poder atender mais e mais mercados. Com a vinda do Governo do Amapá e demais órgão até aqui, acreditamos que podemos tirar essa ideal do papel”, pontuou Rosany Ramos Macedo, moradora do Cunani.Para atender esta demanda da população local, a equipe técnica do Estado visitou toda vila quilombola, durante os dias 16 e 17 de novembro, e foi até as áreas de plantação, que se estendem ao longo das margens do rio Cunani.

Durante o trabalho de campo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amapá constatou que a alta qualidade dos frutos é resultado de um excelente manejo tanto do açaí quanto do cacau.

“Me impressionei, o sistema de cultivo de açaí e cacau que existe aqui é o melhor que já vi no Amapá e na Amazônia. Os produtores fizeram um arranjo impressionante dos dois frutos nas áreas de plantação, com uma densidade perfeita que proporciona um grande vigor das produções”, destacou Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá.Após a verificação do processo de cultivo realizado no Cunani, a comitiva se reuniu com os moradores para apresentar soluções que podem ser implementadas na região para fortalecer as cadeias produtivas do açaí e cacau. Uma das propostas sugeridas foi a inserção do programa Amapá Cacau, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (SDR), na comunidade.

“Para ser comercializado no mercado nacional e internacional, o cacau precisa de uma série de intervenções técnicas nos processos de colheita, fermentação, secagem e armazenamento e, por meio, do programa Amapá Cacau podemos fornecer essa capacitação aos produtores aqui da região, que vão poder ter um melhor aproveitamento do fruto nativo que existe em grande quantidade”, explicou Luiz Cabral, coordenador do programa Amapá Cacau.De acordo com a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), que coordenou toda missão no Cunani, após a etapa de apresentação de propostas e diálogo com a comunidade, o trabalho deve continuar para promover o fortalecimento das atividades produtivas desenvolvidas no quilombo.

“A partir da apresentação das propostas de fomento e fortalecimento das cadeias produtivas do açaí e cacau, o próximo passo é monitorar o que foi planejado para que tudo seja executado, beneficiando social e economicamente não só a comunidade quilombola, mas também toda sociedade amapaense”, disse Edivan Andrade, secretário da Setec.Para a Associação de Moradores do Cunani, a iniciativa do Governo do Estado e demais órgãos em levar todo um grupo de profissionais e gestores para dentro da comunidade foi muito positiva e importante para o desenvolvimento da agricultura familiar na região.

“Essa visita é um divisor de águas, pois vai nos ajudar muito a agregar valores ao nosso açaí, ao nosso cacau, e proporcionar melhor qualidade de vida aos quilombolas, ribeirinhos e pessoas que moram no entorno do quilombo”, ressaltou Meire Ramos, presidente da Associação de Moradores do Cunani.

Comitiva

Além da Setec, SDR e Embrapa, participaram da missão Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amap (Iepa), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Fundação Marabaixo, Prefeitura de Calçoene, Câmara de Vereadores de Calçoene, Universidade Federal do Amapá (Unifap), Cunani Cacau, Amazonly e Amazonbai.

“Estamos incansáveis na busca para melhorar a vida das pessoas”, destaca governador Clécio Luís sobre sistema de dessalinização em teste no Bailique

Projeto coordenado pela Caesa está em fase experimental na região do arquipélago, distrito de Macapá.

O Governo do Amapá, iniciou no sábado, 18, os testes do projeto experimental da máquina de dessalinização de água do rio, no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá. O sistema que poderá produzir diariamente cerca de 8 mil litros de água potável para a população, foi adquirido pensando em uma solução para diminuir os impactos do desabastecimento causados pelo fenômeno da salinização das águas dos rios na região.

Os testes, coordenados pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), estão sendo feitos em uma máquina montada na Vila Progresso. O equipamento filtra a água doce, separa os sedimentos do rio, realizando um pré-tratamento para garantir o consumo sem danos à saúde.

“Esse mecanismo é experimental e busca limpar a água, mas muito especialmente, tirar o sal. A ideia é que a população, durante esta fase de testes, receba fichas para encher os garrafões e fazer uso desta água potável, limpa, sem sal, gratuita, e própria para o consumo. Ressalto que estamos incansáveis na busca para melhorar a vida das pessoas”, enfatizou o governador Clécio Luís.

A máquina tem a capacidade de produzir 100 litros por hora de água limpa e potável. Os primeiros experimentos estão sendo realizados para que, futuramente, mais 25 máquinas de dessalinização sejam adquiridas e distribuídas na região do Bailique e, assim, a comunidade possa ter acesso rápido a uma água de qualidade.

“Nós planejamos, futuramente, colocar os equipamentos nas comunidades maiores do arquipélago do Bailique, e nas comunidades menores, em pontos estratégicos para atender a população, durante o período de dificuldade de acesso à água potável”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Jorge Amanajás.

Segundo o biólogo laboratorista, da Caesa, Claudinaldo Ferreira, os testes preliminares são muito positivos, mas novas fases também precisam ser desenvolvidas até a liberação total.

“Já foi feita análise bacteriológica da água, os resultados preliminares mostram ausência de qualquer coliformes e bactérias que possam causar algum tipo de infecção. Então, podemos afirmar que, neste momento, está água está apta para consumo”, ressaltou.

De acordo com o cronograma da Caesa, nesta etapa inicial, o equipamento precisará passar por algumas fases para certificar a pureza, qualidade e a quantidade de água potável que será destinada para a população do arquipélago do Bailique.

Ação humanitária

Desde o dia 12 de novembro, o Governo do Estado se voltou ao Bailique para garantir suprimentos, saúde, cidadania e dignidade neste momento difícil em que passam as 52 comunidades, devido ao fenômeno da salinização dos rios, o que acarreta diversas dificuldades para aquela região.

No total, foram entregues mais de 2 mil kits de alimentos e 18 mil litros de água mineral para famílias das 57 comunidades espalhadas por todo o arquipélago. Durante a ação, também foram realizados atendimentos de saúde, consultas médicas, entrega de medicamentos, vacinação, serviço de ultrassonografia para a comunidade do Bailique.

Água potável

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) fez a distribuição de 460 mil litros de água potável, vindos diretamente de Santana, para a região do Bailique. Equipes da instituição se dividiram em embarcações menores para realizar a distribuição nas comunidades do arquipélago.

Governo do Amapá integra operação conjunta de combate a incêndio que atinge o Parque Nacional do Cabo Orange

O combate ao fogo inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias


Na noite desta quarta-feira, 15, uma equipe do Corpo de Bombeiros, composta por 12 militares empenhados na operação Amapá Verde, será deslocada para o município de Oiapoque para dar apoio aos brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. O trabalho inicia logo nas primeiras horas da quinta-feira, 16, e deve permanecer por 15 dias.

A ação conta ainda com o apoio de um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), que levará as equipes de Oiapoque até a área denominada “frente de fogo”, que fica dentro do parque. A aeronave possui capacidade para transportar de 12 a 16 pessoas e ajudará nas atividades das operações Cabo Orange e Amapá Verde.

“Nossos militares, partindo hoje, ficarão na sede em Oiapoque, e, amanhã, logo cedo, seguem para o combate, retornando no final do dia. O local é de difícil acesso e somente por via aérea há a possibilidade de chegarmos ao parque, por isso, esse apoio do helicóptero da FAB é fundamental, pois conseguimos transportar a tropa, o material e equipamentos de combate ao incêndio para a localidade”, informou Alexandre Veríssimo, comandante do Corpo de Bombeiros.

A Unidade de Conservação está localizada no litoral do Amapá, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque, extremo Norte do estado, região fronteiriça do Brasil com a Guiana Francesa. O parque foi criado há mais de 40 anos pelo Governo Federal, com o objetivo de proteger ambientes marinhos e costeiros. O ICMBio é o órgão responsável pela gestão da reserva.

Planejamento

Desde a segunda-feira, 13, reuniões com a FAB e ICMBio foram realizadas para a elaboração do planejamento de combate ao incêndio florestal no Parque Nacional do Cabo Orange. Ainda na segunda, houve o primeiro voo de reconhecimento na região.

Na área, segundo o ICMBio, predominam cinco tipos de vegetação: floresta de terra firme, floresta de várzea, campo inundável, mangue e cerrado. Após a análise do local onde os focos de incêndio são iminentes, o Corpo de Bombeiros constatou que o incêndio tem características superficiais. A partir dessas informações, foram traçadas as estratégias para inserção de combatentes no terreno para conter o avanço das chamas.

“Enquanto no Piratuba é aquele incêndio subterrâneo, de turfa, mais difícil de combater, no Cabo Orange é um incêndio superficial, que vamos enfrentar com abafadores, e será verificado também se têm condições do helicóptero jogar água”, explicou Veríssimo.

Frentes de trabalho

O Corpo de Bombeiros integra ainda, as ações de combate ao incêndio que atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo leste do estado. O trabalho de enfrentamento é coordenado pelo ICMBio e pela Marinha do Brasil. As queimadas já cobrem, aproximadamente, 15 quilômetros da região, que é administrada pelo Governo Federal.

A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos em situação de emergência devido à estiagem que atinge o estado. Por ser subterrâneo, o incêndio de turfa, que acontece na reserva, é um dos mais complexos tipos de incêndios florestais a serem combatidos.

Dentro desta ação, o helicóptero da Marinha atua no lançamento de água nos focos de incêndio. A aeronave possui rede para carga externa e cesto para lançamento de água, além da capacidade de transportar até 3 toneladas de carga.

Operação Amapá Verde

Lançada pelo Governo do Amapá no mês de agosto, a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana da capital que engloba Macapá, Santana e Mazagão.

O último levantamento divulgado na terça-feira, 14, aponta dados computados diariamente pela coordenação com 177 focos que foram prevenidos e 153 áreas monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

O CBM informa ainda que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

Com encerramento previsto para o mês de novembro, a operação será estendida pelo Governo até o início de dezembro, quando há previsão de chuvas. A medida foi necessária devido a intensidade do clima seco e da estiagem.

Combate às queimadas

Assim como outros estados da Amazônia, o Amapá sofre com os efeitos da estiagem e das queimadas. Para enfrentar o cenário, ainda no mês de agosto, o Governo lançou a Operação Amapá Verde, que registrou, em 33 dias, 150 focos de incêndios florestais. Outra ação foi a criação do Comitê de Mudanças Climáticas para monitorar os focos de incêndio e definir novas estratégias de enfrentamento.

O governador do Amapá, Clécio Luís, também assinou na segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no estado em função da falta de água potável para as comunidades da costa do Amapá, ocasionada pela estiagem, queimadas, seca e salinização de rios. A medida também contempla municípios afetados pela praga da mandioca e o aumento nos casos de malária.

Operação Amapá Verde: em 90 dias, mais de 650 focos de incêndios são combatidos pelo Corpo de Bombeiros

Outros 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são atualmente monitoradas em vários municípios e na região metropolitana do estado.

Lançada pelo  Governo do Amapá no mês de agosto , a operação “Amapá Verde” segue combatendo incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Em 90 dias de operação, 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana, foram combatidos pelos militares do Corpo de Bombeiros.

Além disso, até esta terça-feira, 14, segundo os dados computados diariamente pela coordenação, 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.

Rithely Barbosa, capitão do Corpo de Bombeiros e coordenador da operação, afirma que, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há um crescimento de cerca de 120% dos registros de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

“A elevação das queimadas é atribuída a fatores como mudanças climáticas, incluindo o fenômeno El Niño, práticas agrícolas inadequadas e atividades humanas. A exposição do solo ao calor intenso dos incêndios pode alterar suas propriedades físicas e químicas e prejudicar sua capacidade de sustentar a vegetação”, destaca o capitão.

Além da perda da biodiversidade, queimadas e incêndios florestais geram a poluição do ar, pois a fumaça contém partículas finas e poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre e monóxido de carbono que afetam diretamente a saúde.

A operação Amapá Verde segue até o dia 6 de dezembro, com efetivo total de 600 militares, divididos em bases avançadas nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal, Laranjal e Vitória do Jari. As estruturas são estrategicamente montadas para atender todo o estado.

A ação é um desdobramento da operação ‘Guardiões do Bioma’, do Governo Federal e busca combater incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.

Monitoramento

Para ajudar na identificação dos focos, as equipes da Amapá Verde fazem rondas a pé diariamente nos pontos mais críticos mapeados pela operação.

Além do trabalho em campo, há também o monitoramento remoto, que consiste na detecção de focos de calor através de ferramentas tecnológicas captadas por sensores via satélites das plataformas: Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), pelo Banco de Dados de Queimadas, do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (BDQueimadas/Inpe) e pela ferramenta, Fire Information for Resource Management System, da agência americana, Nasa.

Força operacional

Para sua realização e sucesso, a operação Amapá Verde trabalha de forma integrada com vários órgãos da segurança pública do estado e também federais.

Também participam da ação a Polícia Civil, com a Delegacia Especializada em Crimes Ambientais, a Polícia Militar, com o Batalhão Ambiental, e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), Instituto Chico Mendes de Conservação à Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal.

Crime ambiental

Segundo a Lei dos Crimes Ambientais (nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), provocar incêndios florestais é crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. Denúncias de queimadas e focos de incêndio podem ser feitas através dos números de telefone: 193 do Corpo de Bombeiros; 190 do Centro Integrado de Operações de Defesa Social e Defesa Civil.

Governo do Estado e ANP debatem sobre potencial energético e parcerias para desenvolvimento de pesquisas no estado

ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil.

O governador Clécio Luís, reuniu nesta segunda-feira, 13, com os diretores da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Daniel Maia Vieira e Cláudio Jorge, no Palácio do Setentrião, em Macapá, para tratar sobre o potencial petrolífero do Amapá e a proposta de parcerias para o desenvolvimento de pesquisas e inovação no estado.

Vinculada ao Ministério das Minas e Energia, a ANP é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, desde 1998.

“Nós estamos lutando para termos a possibilidade de pesquisar, para depois ter a sonhada produção de petróleo e gás no Amapá. Por meio do senador Davi Alcolumbre, a agência está aqui no estado também para conhecermos as possibilidades de desenvolvimento através de parcerias que podem ser geradas por financiamentos pela exploração do petróleo e gás no Brasil, recursos como da Petrobras para o esporte, a cultura e pesquisa em ciências, inovação e tecnologias. Nós temos a oportunidade de começar a nossa exploração de produção de petróleo e gás, fazendo diferente, se preparando para o futuro, com incentivo também nas pesquisas para um processo de transição energética, saindo da matriz do petróleo para outras formas como, hidrogênio verde, energia solar e energia eólica. Nós temos grande potencial nessas três áreas”, enfatiza o governador, Clécio Luís.Durante o encontro a ANP apresentou a estratégia de atuação no incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação. A agência dispõe de fomentos para investir em projetos de várias áreas da educação, recursos humanos, empreendedorismo, ciência e inovação. De acordo o diretor da agência, Daniel Maia Vieira, a intenção da visita institucional, também é conhecer um pouco mais da realidade do estado.

“O objetivo da Agência Nacional do Petróleo é mostrar um pouco da nossa estratégia no desenvolvimento da indústria, não apenas da exploração e produção do petróleo, como já tem sido bastante falado ao longo desse ano pelas potencialidades da margem equatorial e o benefício que isso pode trazer. Mas, principalmente no desenvolvimento de pesquisas, conforme estratégia da Agência Mundial de Transição Energética, para novos combustíveis; combustíveis sustentáveis e as potencialidades associadas a investimentos e recursos no setor de biológicas, nesse tema de proteção ambiental. É o que a gente quer apresentar aqui para o governo”, destacou o diretor da ANP.De acordo com os diretores da ANP, é necessária uma expansão e descentralização dos investimentos para todas as regiões do país. Hoje, boa parte dos recursos para pesquisa e desenvolvimento está alocada no Sul e no Sudeste.

“A ANP visitou alguns blocos aqui na bacia da Foz do Amazonas. Há 200 e mais 250 quilômetros da margem. Então, com a descoberta da Guiana e do Suriname, de petróleo, a gente entende que aqui é um potencial muito grande de se encontrar o combustível. A Petrobras está junto ao Ibama, em busca do licenciamento ambiental para fazer esses estudos. Ela já tem toda a infraestrutura, a plataforma e todos os estudos ambientais garantidos. Só está aguardando o momento do licenciamento para começar o primeiro posto e fazer os estudos necessários para as descobertas. Assim os recursos serão mais diretamente realocados para a região”, reforçou Daniel Vieira.

O vice-governador Teles Júnior ressaltou a importância do alinhamento para ratificar parcerias com a Agência Nacional de Petróleo visando o desenvolvimento estratégico das ações nas inúmeras áreas que serão beneficiadas no estado.

“Nós estamos nos antecipando ao eventual processo de uma cadeia produtiva que vai surgir no estado, que é a cadeia de petróleo e gás. Isso é importante porque a gente pode começar de forma diferente, sem cometer os erros que aconteceram, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde houve uma crise fiscal, em função da dependência dos royalties do petróleo”, explicou o vice-governador Teles Júnior.

O encontro, também contou com a presença do deputado federal, Dorinaldo Malafaia, deputado estadual, Delegado Inácio, secretários de governo e representantes de instituições de ensino e pesquisa do estado.

Governo do Estado adere ao Plano Amas de segurança pública e combate contra crimes ambientais na Amazônia

Clécio Luís destacou que o Plano Amas vai fortalecer a estrutura de órgãos como Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar

Como resultado da cooperação entre as esferas públicas para a proteção do meio ambiente, o Governo do Estado aderiu ao Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), do Governo Federal. A assinatura ocorreu durante o 26º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Manaus, e contou com a participação do governador Clécio Luís.

“Com essa adesão feita junto ao Ministério de Justiça e Segurança, através do ministro Flávio Dino, o Estado vai conseguir adquirir equipamentos como helicópteros, viaturas e armamento. Além de deslocar pessoal para combater o crime na Amazônia. O enfoque maior são crimes ambientais como o desmatamento, mas o crime de uma maneira geral também será combatido com essa estrutura”, reforçou Clécio Luís.

O Plano Amas prioriza o combate a grupos criminosos, crimes ambientais e de outros tipos de delitos com ações de segurança pública, de acordo com as especificidades dos nove estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins).

Ainda na quarta-feira, 8, por meio da parceria, o estado do Amapá recebeu oito viaturas, sendo cinco para o Corpo de Bombeiros (CBM), incluindo um caminhão Autosocorro Plataforma, destinado aos serviços de reboque e guincho, e três para a Polícia Militar (PM).

“É um plano extremamente robusto. Vários outros investimentos serão realizados por meio da adesão e que nos ajudarão a fortalecer o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, e garantir uma segurança pública mais eficiente no nosso estado”, afirma o secretário de Segurança Pública, José Neto.

A política pública possui investimento de R$ 2 bilhões, com recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a implantação de estruturas e compra dos equipamentos para os estados.

26º Fórum dos Governadores da Amazônia

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que possui personalidade jurídica desde 2019, é uma iniciativa conjunta dos governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal para criar e impulsionar o desenvolvimento sustentável com base em políticas e estratégias comuns.

O evento conta ainda com 17 membros do Conselho de Administração do Consórcio da Amazônia Legal, 12 representantes de Institutos de Terra da Amazônia Legal e quatro membros da equipe do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Governo do Amapá debate políticas para o desenvolvimento sustentável no 26º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, em Manaus

Encontro reúne representes do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Rondônia e do Maranhão

Com foco no desenvolvimento sustentável, o Governo do Amapá participa do 26º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, evento que acontece até esta sexta-feira, 10, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus.

O encontro reúne governadores e secretários das áreas de Agricultura, Fazenda, Segurança Pública, Meio Ambiente e Mineração dos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Rondônia e do Maranhão.

Além de avaliar projetos que aliam desenvolvimento econômico e preservação ambiental, o grupo debate políticas de regularização fundiária, licenciamento ambiental e mudanças climáticas que afetam todos os estados da região amazônica.

Para a secretária do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, o fórum é um momento oportuno para discutir temas atuais e presentes, como as políticas de combate às queimadas, desmatamento e ações para o enfrentamento da estiagem que atinge parte da Amazônia, inclusive o Amapá.

“Estamos todos juntos aqui, trocando experiências e dialogando para encontrar alternativas para essas questões. Esse ambiente de integração e de políticas voltadas para a Amazônia tem sido a prioridade do Governo do Amapá. É buscando aquilo que deu certo em cada estado que também conseguimos avançar nas nossas pautas”, destaca Taisa. Amapá como modelo no Cadastro Ambiental Rural

O Amapá foi destaque no evento por ser primeiro estado amazônico a implementar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de forma dinamizada, documento necessário para a obtenção de licenciamento ambiental, garantia da preservação do meio ambiente e a exploração legal dos recursos naturais.

“Estados como Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso nos procuraram para trocarmos experiências na implementação do CAR. Estamos orgulhosos desse trabalho e estamos desenvolvendo muito mais. Queremos compartilhar experiencias e buscar alternativas comuns para os problemas que existem na Amazonia Legal”, complementa Taisa.

Sobre o Fórum

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que possui personalidade jurídica desde 2019, é uma iniciativa conjunta dos governadores dos nove estados que compõem a Amazônia Legal para criar e impulsionar o desenvolvimento sustentável com base em políticas e estratégias comuns.

O evento conta ainda com 17 membros do Conselho de Administração do Consórcio da Amazônia Legal, 12 representantes de Institutos de Terra da Amazônia Legal e quatro membros da equipe do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Amapá registra mais de 2 mil focos de calor em 48 horas

Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado. Estiagem é o principal fator responsável pelos índices elevados.

De domingo, 29, a terça-feira, 31, o Amapá registrou mais de 2 mil focos de calor em todo o estado. A informação foi confirmada pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Neste período, os municípios de Calçoene, Mazagão, Amapá, Macapá e Tartarugalzinho concentraram a maior parte dos registros. Em todo mês de outubro, foram 17,3 mil focos de calor no estado.

O foco de calor é um ponto com temperatura acima de 47ºC, que pode representar incêndios ou queimadas. A estiagem, época em que as chuvas diminuem, é apontada como o principal fator para esse aumento.

Outubro já bateu recorde de registros de incêndios, com 1.046 focos, um acréscimo de 121,35% em relação ao mesmo período do ano anterior. O meteorologista do Iepa, Jefferson Villhena, doutor em Biodiversidade, detalha que, em novembro, ainda será necessário manter a cautela com o cenário de focos de calor e de incêndio.

“Estamos na situação de estiagem e, de acordo com as previsões climáticas, ela deve permanecer durante todo o mês de novembro”, finalizou Jefferson.

Ações

Ainda em 21 de outubro, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em todo o estado e também instaurou o Comitê de Crise de Eventos Hidrológicos e Mudanças Climáticas para ações de combate às consequências da estiagem e queimadas.

O grupo, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), conta com representantes de 19 instituições públicas e tem o objetivo de emitir respostas rápidas e definir ações imediatas para situações de emergência em todo estado.

A força-tarefa terá a duração de 90 dias, contando de 21 de outubro, quando foi instaurado através de decreto emergencial assinado pelo governador, Clécio Luís.

Entre as respostas, está a implantação da sala de situação na sede da Sema, para monitoramento em tempo real dos focos de calor e dados meteorológicos com a emissão de um boletim diário.

Entre os municípios mais impactados, Tartarugalzinho, recebeu uma ação humanitária emergencial do Governo do Estado, com entrega de cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, unidades de hipoclorito e carros-pipa para auxiliar as famílias que dependem das plantações afetadas pelas queimadas.

No âmbito nacional, até setembro deste ano a Amazônia já contabilizava mais de 25 mil focos de incêndio. Sem chuvas, oito estados do Norte e do Nordeste bateram recorde de seca dos últimos 40 anos. No Amapá, o número de incêndios já ultrapassou 10 mil registros em 2023, em comparação com cerca de 4 mil registrados no ano anterior.

’Determinação do presidente Lula é total apoio para o povo atingido pela estiagem no Amapá’, diz ministro Wellington Dias

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social confirmou neste domingo, 22, o apoio para amenizar a situação.

Após decretar situação de emergência no município de Tartarugalzinho, o Governo Federal se colocou à disposição para auxiliar o Governo do Amapá no combate às queimadas que atingem o estado, devido ao período de estiagem, quando as chuvas diminuem.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, confirmou neste domingo, 22, o apoio para amenizar a situação.

“A determinação do presidente Lula é total apoio para o povo atingido pela estiagem em Tartarugalzinho e onde mais precisar no Amapá!”, reforçou Dias.

O ministro destacou que, já na segunda-feira, 23, o Governo Federal vai adotar as providências junto à Caixa Econômica para liberar ao estado recursos que permitam o reforço ao combate às queimadas.

Ainda no sábado, 21, o governador Clécio Luís decretou situação de emergência em todo estado, permitindo maior agilidade na tomada de decisões administrativas para auxiliar as famílias amapaenses atingidas pela estiagem.

“Infelizmente, os números de queimadas estão aumentando. As consequências afetam diretamente a saúde, a economia e o meio ambiente. Juntos, enfrentaremos os desafios e trabalharemos para um Amapá mais forte”, destacou Clécio Luís.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1 a 19 de outubro de 2023, o Amapá teve mais de 10 mil focos de incêndio, enquanto no mesmo períoto de 2022 foram contabilizados 4,7 mil focos, uma variação de 113%.

Ação humanitária

Além de decretar situação de emergência, Governo do Amapá garantiu à Prefeitura de Tartarugalzinho cestas básicas, kits de higiene, garrafões de água mineral, caixas d’água, combustível, cinco mil unidades de hipoclorito, além de carros-pipa para abastecimento das famílias e irrigação das plantações.

Todo material recebido será distribuído, posteriormente, pelo município, após realização de triagem das famílias que estão sendo impactadas pelos focos de incêndio.