COP 28: Amapá apresenta manejo florestal sustentável como modelo de bioeconomia e geração de empregos na Amazônia

Governador Clécio Luís mostra na COP 28 modelo de exploração sustentável que mantém a floresta em pé

Nesta segunda-feira, 4, o Amapá apresentou durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) o modelo aplicado no estado de manejo florestal sustentável, que une iniciativa privada e comunidades como uma ferramenta de fomento da bioeconomia.

A palestra foi liderada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), e teve a participação da empresa TW Forest, que aplica o modelo no Amapá desde 2018. A iniciativa gera os chamados empregos verdes na Amazônia, que são aqueles postos de trabalhos que contribuem de forma considerável para preservar ou restaurar a qualidade do meio ambiente, minimizando os impactos.

“O que nós estamos propondo é uma alternativa sustentável para manter a floresta em pé, com dignidade para aqueles e aquelas que moram sob essas florestas, que têm o direito a sonhar e gerar sua renda. Além das compensações justas, mantendo o santuário preservado, nós queremos também promover atividades econômicas que gerem ascensão social. Nós temos segurança técnica de que esse é um modelo de manejo sustentável com base comunitária para o mundo, como um serviço para o planeta e para a humanidade”, afirmou o governador Clécio Luís.

A apresentação contou com as contribuições do senador Randolfe Rodrigues, e ainda de representantes da Nature Conservancy, do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e do ICLEI  Colômbia, que é uma associação mundial de governos locais e subnacionais dedicada ao desenvolvimento sustentável.

A experiência amapaense é uma demonstração clara de que é possível gerar a preservação da Amazônia, mantendo os indicadores ambientais, e, ao mesmo tempo, gerar desenvolvimento social e econômico para quem mora dentro da floresta.

Manejo florestal que dá certo

A primeira concessão florestal foi assinada em 2016, proporcionando a atividade à TW Forest, na região do município de Mazagão (Projeto Agroextrativista Maracá). A produção de madeira legal gera 300 empregos diretos, arrecadando mais de R$ 3 milhões por ano, numa área sob constante monitoramento remoto (satélite), fiscalizações e rigor na rastreabilidade.

A previsão é que, até 2025, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sejam lançados editais que ampliem a área de concessões florestais do Amapá dos atuais 67 mil hectares para 670 mil hectares. Esse salto prevê gerar aproximadamente 3 mil empregos diretos, produzir mais de 550 mil metros cúbicos de madeira legal, aumentando as áreas a serem negociadas dentro do mercado de carbono.

“Essas características demonstram que o Estado do Amapá possui as florestas mais produtivas do Brasil, onde há uma estratégia de desenvolvimento econômico pensando também na divisão de bens com que vive nas florestas. Os novos editais virão dentro de uma nova modelagem, com mais segurança jurídica e técnica, onde o Banco traz toda a sua expertise para o novo modelo de negócio no Estado. O manejo florestal sustentável no Amapá é um grande indutor de geração de empregos, de renovação para a própria floresta que já é muito antiga e que precisa ser manejada com responsabilidade social”, declarou Marcos Almeida, diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema.

O painel foi acompanhado por representantes de diferentes países, assim como da comitiva do Amapá, integrada por secretários de Estado, de representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, e do Sebrae, atentos às agendas de desenvolvimento sustentável e que buscam inserir os amazônidas nos debates.

“Viemos mostrar na COP que é possível preservar, rejuvenescendo a floresta, gerando riqueza e fazendo o social na Amazônia Brasileira. Esse projeto está fundado em um tripé, onde nós temos o cuidado com a sustentabilidade, o social e o econômico. Temos o apoio do Governo, da comunidade local em um modelo para tantos outros a serem copiados nas florestas da América do Sul”, ressaltou o empresário Wellington Rogério Conci, da TW Forest.

Os convidados do painel citaram a possibilidade de melhorar o modelo a partir da adesão de iniciativas que já existem na região, como no caso do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), ampliando o beneficiamento e gerando produtos para o mercado externo.

“Eu acho que o estado do Amapá traz pra nós um exemplo concreto de como associar soluções baseadas na natureza, com bioeconomia e manejo sustentável, contribui pra manter a floresta em pé e ao mesmo tempo gerar emprego e renda. Essa é a diferença que nós precisamos nos modelos de desenvolvimento na Amazônia, que nos permita justamente trazer esse diferencial”, opinou Karen Oliveira, da Nature Conservancy.

No debate, o senador Randolfe Rodrigues citou que o manejo já é realizado na Amazônia como uma atividade comum, no entanto, ressaltou que o modelo precisa ser considerado na construção das políticas públicas.

“O manejo precisa ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. As instituições públicas, com o apoio do Congresso Nacional, têm que se voltar para isso, porque viabiliza uma sociedade justa, geração de renda e de riquezas para comunidades como a do Maracá. É este o modelo que nós temos que apresentar como alternativa concreta de desenvolvimento”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues.

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado destaca a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

COP 28: governador Clécio Luís defende que a COP da Amazônia deixe legado ao Amapá

Primeira agenda do governador Clécio Luís destacou os caminhos para a COP da Amazônia

O governador do Amapá, Clécio Luís, iniciou neste domingo, 3, uma série de debates na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O primeiro compromisso foi apresentar o que o Amapá está construindo para a versão do evento que será realizada em 2025, na cidade de Belém (PA).

Clécio Luís integrou o painel “Caminhos para a COP30: desenvolvimento socioeconômico sustentável para a Amazônia integrada e competitiva”, realizado no HUB da Amazônia Legal, espaço do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal no encontro.

No discurso, o governador do Amapá pontuou os elevados níveis de conservação ambiental dos recursos naturais e os desafios socioeconômicos que indicam a necessidade permanente de abordagens inovadoras e inclusivas.

“Estamos juntando os estados da região para traçar o que nós queremos para a COP da Amazônia. A meu ver, a COP 30 deve deixar para o Amapá dois grandes legados: a simetria entre os bons indicadores ambientais e os indicadores sociais e econômicos; e também deve trazer os investimentos para a infraestrutura urbana e, assim, melhorar a vida de quem está lá”, declarou Clécio Luís.

Com a iminência da COP 30 no estado vizinho, o Amapá vai direcionar esforços para se preparar e contribuir de maneira significativa para o evento, com uma abordagem colaborativa entre os estados da Amazônia Legal brasileira.

A realização de eventos pré-COP 30 no Amapá deve dinamizar a economia local e discutir estratégias sustentáveis, posicionando o estado como um protagonista na busca por soluções para os desafios enfrentados pela região amazônica.

“Estamos aqui construindo esses caminhos para que, daqui a dois anos, a gente possa colher esses frutos e realmente fazer uma discussão, além de mostrar a exuberância da Amazônia e de toda a nossa natureza viva, mas também de falar dos nossos problemas. A gente está num nível de pobreza que é incompatível com os nossos indicadores ambientais. Para a COP da Amazônia, temos que juntar todos os esforços, todo mundo tem que participar desse grande encontro que não pode, de maneira nenhuma, se transformar num festival, mas deve ser um encontro com conteúdo, de forma compatível com o que a Amazônia já oferece para o mundo”, acrescentou Clécio Luís.

Também participaram da agenda representantes dos demais estados da Amazônia Legal: a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma; os governadores do Amazonas, Wilson Lima; de Roraima, Antônio Denarium; de Rondônia, Marcos Rocha; do Tocantins, Wanderlei Barbosa; e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Amapá na COP 28

Para fortalecer a imagem do Amapá como referência em práticas ambientais responsáveis e inovadoras, o Governo do Estado vai destacar a mais de 190 países, na COP 28, iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais do meio ambiente.

Com mais de 90% das florestas preservadas e 72% do território dedicado a unidades de conservação e povos originários, o Amapá possui um modelo global e exemplar de preservação baseado na bioeconomia sustentável, que alia a floresta em pé e o desenvolvimento da economia e renda para a comunidade.

O governador vai debater o papel da bioeconomia no desenvolvimento econômico da região amazônica, o enfrentamento do aquecimento global, a redução no uso de combustíveis fósseis e sistemas agroalimentares.

Ao longo da conferência, o Estado apresentará, ainda, projetos de sucesso como o Selo Amapá e o manejo florestal sustentável, método eficaz na gestão de florestas. Com isso, um dos objetivos é obter apoio internacional para desenvolver programas sustentáveis e modelos de referência no desenvolvimento econômico.

A delegação amapaense é composta ainda por representantes do Tribunal de Justiça do Amapá, Assembleia Legislativa e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta. A 28ª edição da conferência ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, até o dia 12 de dezembro. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

O encontro acontece após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

COP 28: Amapá apresenta método eficaz na gestão de florestas; entenda como funciona o manejo florestal sustentável

Com impactos mínimos ao meio ambiente, o modelo adotado pelo Governo do Estado fomenta a economia comunitária, fortalece a biodiversidade e regula o clima.


A 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, que iniciou na quinta-feira, 30 de novembro, em Dubai, é uma oportunidade para o Governo do Estado demonstrar ao mundo políticas eficazes voltadas ao meio ambiente. O Amapá, considerado uma referência em gestão de florestas, vai apresentar no encontro um painel sobre o manejo florestal sustentável, modelo que garante o mínimo impacto ao meio ambiente e fomenta a economia das regiões manejadas.
Para ser sustentável, o manejo precisa ter viabilidade econômica, ser ambientalmente correto, e principalmente, ter o envolvimento da sociedade, seja dentro das áreas manejadas ou em torno delas. Neste modelo, apenas as árvores previamente selecionadas e autorizadas são retiradas sem que ocorram impactos significativos ao meio ambiente.

Em um único hectare de floresta tropical, que equivale ao tamanho de um campo de futebol oficial, existem em média 400 árvores. Dessas, durante os ciclos do manejo – que podem ser de 10 a 35 anos – apenas 4 árvores são retiradas, no máximo. Em casos de espécies com mais volume, como o angelim vermelho, é retirada apenas uma árvore.

Respeito ao ciclo de recuperação da floresta

O manejo florestal sustentável obedece ao ciclo de recuperação da floresta. Não é permitido cortar um número de árvores maior do que foi permitido e nem obter mais volume daquilo que foi autorizado.

Quanto maior o ciclo, maior o tempo de recuperação da floresta. A intensidade de corte depende da quantidade de árvores que podem ser retiradas por m³. No manejo industrial, que utiliza maquinário, o ciclo ocorre da seguinte forma:

25 anos – intensidade de 21,5 m³ por hectare
30 anos – intensidade de 28,5 m³ por hectare
35 anos – intensidade de 30 m³ por hectare
A área de manejo florestal é dívida pelo ciclo. Se o ciclo for de 30 anos, então serão 30 unidades de produção anual, com técnicas e boas práticas para reduzir ainda mais os impactos na floresta.

“A floresta bem manejada consegue se manter produtiva para a eternidade. O produto madeira é infinito”, explica o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcos Almeida.

Incentivo florestal

Uma árvore, quando é manejada, gera clareiras, áreas expostas à luz solar. Nessa área existe um banco de sementes que são dispersadas pelas árvores adultas e férteis. Com a incidência solar, essas sementes germinam e dão início a novas árvores. Primeiro as pioneiras, depois as tardias, depois as clímax. Em 30 anos, ciclo mais longo, a cobertura vegetal já está totalmente completa.

“Quando você maneja a floresta, você induz a dinâmica florestal, tirando uma árvore adulta e mais velha, onde nascerá uma nova, estimulando a regeneração natural”, ressalta Almeida.

Regulação climática

As florestas do Amapá são datadas entre 300 e 500 anos. Uma floresta madura não consegue absorver tanto carbono da atmosfera como uma floresta jovem, que tem maior poder de absorção. A estrutura da madeira é composta quase que totalmente por carbono, por isso o manejo também ajuda na regulação climática.

“A floresta nova requer mais absorção de CO². Para uma árvore se formar, ela precisa de carbono, então ela tira esse gás poluente da atmosfera, além de outros gases do efeito estufa e do monóxido de carbono, incorporando na sua estrutura”, detalha o diretor da Sema.

As áreas manejadas ajudam a dissipar o gás carbônico na atmosfera e funcionam como reguladoras climáticas, do ciclo do carbono, do ciclo hídrico e do ciclo hidrológico. Realizam a evapotranspiração, onde emitem água para atmosfera, fortalecendo a biodiversidade.

Manejo florestal não é desmatamento

Desmatamento é a rotação total da área de floresta, onde todas as árvores são retiradas. No manejo, o corte é seletivo e a vegetação não é retirada por completo, sem nenhum dano à fauna.

“Quando você volta em uma área do manejo anos depois é visível os pássaros cantando, as onças andando. Agora se for desmatamento, você não terá animal nenhum mais lá, pois a floresta foi retirada, e ela é sinônimo de vida”, ressalta o diretor.

Manejo comunitário

Além do manejo industrial, ocorre também o comunitário. Nele, a governança quem faz é a comunidade, a qual deve ter participação em todas as etapas do manejo florestal como pré-exploratória, exploratória, pós-exploratória e na gestão administrativa. No Amapá, atualmente, não existe nenhum plano de manejo nesses moldes.

Para o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, esta é uma agenda muito forte no estado, onde várias cooperativas têm buscado o Governo para fazer com que aconteça a implementação deste modelo de gestão florestal.

“Nós acreditamos muito nesse modelo de gestão da floresta. A participação social é do início ao fim do processo. Não há obrigação das cooperativas pagarem para o estado. O Estado cria condições, capacitação, treinamento e a organização social desses entes, para que ao longo dos anos possam adquirir seu próprio maquinário e fornecer madeira legal para o estado e outros mercados”, explica Almeida.

No manejo comunitário, que é feito sem a presença de maquinário, a cada 10 anos, a intensidade é 10m³ por hectare.

Projeto Amaparque

Com foco na biodiversidade e preservação de áreas úmidas urbanas da Amazônia, o Amaparque é um importante projeto socioambiental e urbano desenvolvido pelo Governo do Estado ainda na gestão passada para a Região Metropolitana, abrangendo os municípios de Macapá, Santana e Mazagão.

Com a continuidade na atual gestão, o projeto vai trazer bem-estar às comunidades, gerar oportunidade de emprego, melhorar a saúde, segurança e renda da população, além de atrair turismo para a região de forma sustentável ao meio ambiente.

São 6,5 mil hectares para a criação de Unidade de Conservação e Sítio Ramsar, com intervenções urbanas para proteção das áreas úmidas. O objetivo é conciliar as necessidades da população local com o processo de reversão da degradação ambiental das áreas de Ressaca da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza.

COP 28

A COP (Conferência das Partes) é uma reunião entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados, outras autoridades governamentais e organizações da sociedade civil debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

Em 2023, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento vai tratar das ações de cada país acerca da preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera do planeta.

COP 28: Amapá vai apresentar a mais de 190 países os avanços na bioeconomia e o uso sustentável dos produtos da floresta

Programas como o Selo Amapá, do Governo do Estado, incentivam o uso de matérias-primas regionais na criação de produtos amapaenses.


O Governo do Amapá vai apresentar a mais de 190 países, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28) que inicia na quinta-feira, 30, o potencial bioeconômico do estado, com foco nas iniciativas de uso sustentável das riquezas naturais e seu papel fundamental no cenário ambiental global.

Em um ano marcado pelas altas temperaturas em diferentes partes do mundo, a conferência vai tratar das ações de cada país sobre a preservação do meio ambiente e do combate aos gases do efeito estufa na atmosfera. Outros temas, como a segurança alimentar e a preservação dos ecossistemas, também fazem parte das discussões.

Nesse cenário, o Governo do Amapá vai mostrar como o estado amazônico vem se tornando uma referência na fabricação de produtos bioeconômicos. Programas já existentes, como o Selo Amapá, certificam a origem dos bens produzidos e comercializados no estado. O projeto agrega valor aos produtos genuinamente amapaenses, levando o nome do estado para o mercado nacional e internacional.

“A fabricação desses produtos é feita de maneira consciente e sustentável, gerando impactos positivos na nossa economia. Mais de 900 produtos são reconhecidos pelo Selo Amapá e estão sendo comercializados no mercado. Essa marca simboliza nosso estado, que representa a área florestal mais preservada do país. É a principal frente de apresentação dos produtos amapaenses para o Brasil e o mundo”, ressalta o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, Jurandil Juarez.

Bioeconomia no Amapá

Também conhecida como economia sustentável, a bioeconomia tem como foco o consumo consciente e equilíbrio com os recursos naturais. Ela está presente na produção de alimentos, artesanatos, cosméticos, vacinas, biocombustíveis, entre outros itens. O Amapá é um dos estados mais preservados do país, o que contribui para a fabricação de produtos e serviços inovadores, alinhando sustentabilidade e economia.

Esse tipo de mercado desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico, pois busca utilizar de forma sustentável os recursos naturais, unindo as atividades econômicas essenciais à conservação ambiental. Isso inclui a agricultura sustentável, desenvolvimento de produtos biodegradáveis e a valorização da cultura local.

Oportunidades

Durante a pandemia de coronavírus, o casal Kátia Sarmento e Max Góes fundaram um pequeno empreendimento: o Chocolates Cunani. A empresa nasceu dentro de casa, com vendas sob encomenda. Com toque regional, os doces possuem sabores que passam pela castanha, cumaru e o açaí, valorizando o cultivo amapaense.

A empresária conta que, há pouco mais de um ano, soube do Selo Amapá e ficou empolgada com a oportunidade de expandir seu negócio.

“Quando eu fiquei por dentro do que se tratava, eu fiquei animada. Foi uma oportunidade enorme de divulgar o nosso trabalho não só pelo estado, mas pelo Brasil e o mundo”, afirmou a empreendedora.

Com o selo de origem, Kátia pôde levar seu empreendimento para o festival Salon du Chocolat, em Paris, na França. A oportunidade lhe trouxe inúmeras propostas para exportar seu produto.

Selo Amapá

O Selo Amapá é uma das estratégias do Governo do Estado para promover o uso de matérias-primas da Amazônia na criação de produtos fabricados em terras tucujus, um fator que gera reconhecimento no mercado.

É um certificado que atesta a origem e unifica o valor econômico e ambiental aos produtos amapaenses de origem animal, vegetal e mineral, além de possibilitar a comercialização de bens produzidos por empreendedores locais, tornando-os mais competitivos no mercado.

Desde a implantação do programa, em 2017, já são mais de 150 empresas amapaenses com itens certificados, que, no total, somam mais 900 produtos com o selo.

Amapá na COP 30

O governador do Amapá, Clécio Luís, se reuniu no dia 23 de novembro, com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, para tratar de pautas prioritárias, como a participação do estado nas discussões do clima durante a COP 30, que será realizada em 2025 no Brasil. O encontro foi articulado pelo senador Davi Alcolumbre.

Antes da cúpula, representantes dos países signatários reúnem-se em diversos eventos para discutir posicionamentos, e aproximam representantes da sociedade civil, empresas e os tomadores de decisão, dando uma ideia do que esperar do evento.

O governador pleiteia que esses pré-eventos também aconteçam no Amapá, que fica a apenas 40 minutos de Belém, tomando como exemplo o município paraense Santarém, que também vai sediar esses encontros, e fica a 2h da capital paraense.

COP 28

A COP é uma reunião anual entre os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nele, chefes de estados e outras autoridades governamentais debatem soluções para conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis para a vida no planeta.

O encontro ocorre após o sexto ciclo de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reforçou o senso de urgência e a gravidade da mudança do clima, bem como consequências perturbadoras para sistemas ecológicos e socioeconômicos.

A partir de 30 de novembro, a 28ª edição da COP ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mais de 138 chefes de Estado e Governo são esperados para a conferência.

Missão Amapá-Itália ganha destaque em veículos de comunicação italianos

Agenzia ANSA e Correire Adriatico noticiam a importância do Acordo de Cooperação para a criação de novos mercados e intercâmbio entre a Região de Marche e o Amapá

O presidente do Sebrae no Amapá, Josiel Alcolumbre, a superintendente do Sebrae, Alcilene Cavalcante; o vice-governador do Estado, Antônio Teles Júnior; o deputado federal Dorinaldo Malafaia, representante oficial do parlamento brasileiro; e a diretora de operações do Senai, Alyne Vieira, lideraram a Missão Amapá-Itália, no período de 3 a 11 de novembro, e assinaram um Acordo de Cooperação de cinco anos com a Região de Marche.

A delegação, coordenada pelo Sebrae e composta por representantes do Governo do Estado do Amapá (GEA), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do parlamento brasileiro, foi recebida na Região de Marche, pelo presidente Francesco Acquaroli, que oficializou a parceria com o Centro Tecnológico para o setor de Madeira e Móveis (Cosmob), que concederá ao Sebrae meios para a transferência tecnológica e capacitação das empresas amapaenses, fornecerá serviços tecnológicos nas áreas de qualidade, inovação, design, melhoria do processo produtivo e das competências técnicas e profissionais.

O presidente da Região de Marche, Francesco Acquaroli, qualificou o Acordo de Cooperação como um meio de promover desenvolvimento econômico das duas regiões.

“Estamos contentes por ter feito o acordo, pois conhecemos uma realidade similar que pode abrir um mercado para as nossas empresas, mas principalmente, queremos crescer uma economia baseada no intercâmbio, no crescimento, desenvolvimento e na sustentabilidade. No âmbito comercial, nós queremos garantir acesso para que as empresas possam se conhecer e entender quais estratégias devem estudar e aplicar”, relatou o presidente Francesco Acquaroli.

O Conselheiro de Desenvolvimento Econômico na Itália, Andréa Maria Antonini, em declaração para a Agenzia ANSA, ressaltou a satisfação da cooperação e das diversas possibilidades de negócio com o estado do Amapá.

“Estou muito satisfeito por assinar este acordo, pois significa criar condições para a abertura de novos mercados, trocando experiências com o nosso tecido produtivo e educativo e, portanto, desenvolvendo relações culturais e comerciais através de intituições de alta competência com o Cosmob, Câmara de Comércio de Marche, e a Universidade. Nosso sistema produtivo é conhecido mundialmente pela grande qualidade que consegue expressar, seja no mobiliário, no Design, na manufatura, na mecânica, na área da moda com os grandes nomes do cenário mundial ou na alimentação e excelência em vinhos. Com este acordo será possível chegar a muitos outros, será possível dialogar sobre estratégias precisas de formação, inovação e investigação com o benefício mútuo dos dois sistemas produtivos”, declarou oconselheiro, Andrea Maria Antonini.

Sebrae

O Sebrae e outras entidades como universidades, institutos tecnológicos e os governos formarão uma rede de parceiros na Itália e no Brasil para ajudar a desenvolver as cadeias produtivas e as micro e pequenas empresas, que a princípio serão as do setor de madeira-móveis e posteriormente, do setor de alimentos.

Além do Acordo de Cooperação, outros desdobramentos foram articulados com a Embaixada do Brasil na Itália, que irá impulsionar o estado do Amapá e seus produtos no cenário internacional em eventos institucionais estratégicos como a Noite do Chocolate Brasileiro, a mostra Casa Brasil, a arte indígena na Bienal de Veneza, uma mostra gastronômica e principalmente, uma mostra de produtos amapaenses que valorizem a biodiversidade, a sustentabilidade, a cultura e a história do estado do Amapá.

Sebrae no Amapá/Unidade de Marketing e Comunicação

“Nosso modelo de negócio e base econômica é similar à italiana que privilegia os pequenos negócios. Teremos um avanço significativo no mercado internacional”, destaca o presidente Josiel Alcolumbre, sobre Missão Amapá-Itália

O principal encaminhamento das agendas na Missão Amapá-Itália foi a assinatura do Acordo de Cooperação com a Região de Marche, com o objetivo de trabalhar com o Centro Tecnológico para o setor de Madeira e Móveis (Cosmob), para a transferência tecnológica e capacitação das empresas amapaenses


O presidente do Conselho, Josiel Alcolumbre e a superintendente do Sebrae, Alcilene Cavalcante; o vice-governador do Estado, Antônio Teles Júnior; o deputado federal Dorinaldo Malafaia, que representou oficialmente o parlamento brasileiro; a diretora de operações do Senai, Alyne Vieira; e o secretário de estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Lucas Abrahão, lideraram a missão que percorreu as principais regiões produtivas e de negócios formadas por micro e pequenas empresas na Itália, no período de 3 a 11 de novembro.

De acordo com o presidente Josiel Alcolumbre, o Sebrae, Senai e o Governo do Estado, desenvolverão cadeias produtivas prioritárias para que os produtos possam entrar no mercado internacional. “Agora entraremos numa etapa de planejamento e atendimento as empresas, fazendo consultoria em design de inovação de produto, processo, transferência de tecnologia com as pequenas indústrias e pequenas empresas da Itália, e também com os institutos tecnológicos de lá”, disse o presidente do Sebrae, Josiel Alcolumbre.

Negócios

Segundo ele, o modelo de negócio e a base econômica amapaense é similar à base econômica italiana que privilegia os pequenos negócios; e que o trabalho é pela industrialização, pelo Amapá que vai desenvolver negócios e fazer negócios com outros estados e outros países, respeitando a biodiversidade, cuidando do meio ambiente, mostrando a cultura, a educação e a inventividade do amapaense.

“Na cadeia produtiva da madeira, queremos incentivar os pequenos negócios a produzir partes, peças e componentes de alto valor agregado para compor os móveis italianos, referência mundial de qualidade, a partir da madeira certificada e com informação de design para que não tenhamos mais que mandar nossa madeira bruta para outros países que a beneficiam e comercializam por até cem vezes mais que o valor original. Queremos que o amapaense consiga fazer esses negócios, aprenda a aplicar design, criatividade e acabamento. É essa a relação que teremos com a academia italiana”, declara o presidente Josiel Alcolumbre.

Acordo

A partir da assinatura do Acordo de Cooperação com a Região de Marche, a parceria com o Centro Tecnológico para o setor de Madeira e Móveis (Cosmob) permitirá ao Sebrae promover a transferência tecnológica e capacitação das empresas amapaenses, fornecendo serviços tecnológicos nas áreas de qualidade, inovação, design, melhoria do processo produtivo e das competências técnicas e profissionais. A expectativa é viabilizar uma exposição de produtos no Salão do Móvel de Milão em abril de 2024 e já demonstrar para o mercado internacional todo o potencial e oportunidades de negócios das empresas amapaenses.

Outros desdobramentos da missão foram articulados com a Embaixada do Brasil na Itália que irá impulsionar o estado do Amapá e seus produtos no cenário internacional em eventos institucionais estratégicos como a Noite do Chocolate Brasileiro, a mostra Casa Brasil, a arte indígena na mostra de Veneza, uma mostra gastronômica e principalmente, uma mostra de produtos amapaenses que valorizem a biodiversidade, a sustentabilidade, a cultura e a história do estado do Amapá.

O Sebrae e outras entidades como universidades, institutos tecnológicos e os governos formarão uma rede de parceiros na Itália e no Brasil para ajudar a desenvolver as cadeias produtivas e as micro e pequenas empresas que a princípio serão as do setor de madeira-móveis e posteriormente, a de alimentos.

Conselho

O presidente Josiel Alcolumbre destaca os membros representantes das 15 entidades que compõem o Conselho do Sebrae, que confiaram na Missão Amapá-Itália e que farão com que o estado tenha um avanço significativo no mercado internacional, junto com o governo e com a bancada federal.

“Os componentes do Conselho do Sebrae nos delegaram a missão de buscar alternativas de crescimento, conhecimento, inovação e tecnologia. Teremos a oportunidade de mostrar para a Europa e para o mundo, em abril do ano que vem, móveis feitos com resíduo de madeira e de reflorestamento, agregados com Design, qualidade e acabamento. Foi isso que fomos buscar na Itália, na Região de Marche, no Centro Tecnológico Cosmob, na academia italiana, na Universidade Católica de Milão e na Embaixada do Brasil. Agradecemos a recepção, pois acompanharam essa missão junto com o Itamaraty para realizar as ações que convenhamos seja com a academia ou com o governo regional de Marche”, finaliza o presidente Josiel Alcolumbre.

Sebrae no Amapá/Unidade de Marketing e Comunicação

Governo do Amapá firma parceria na Itália para fortalecer o setor madeireiro sustentável no estado

O estado busca inspiração no modelo de sucesso de Marche, na Itália, que se tornou referência mundial em manufatura de móveis

Para fortalecer o setor madeireiro sustentável no estado, o Governo do Amapá assinou nesta quinta-feira, 9, um acordo de cooperação técnica e comercial com o Governo da Região de Marche, na cidade de Ancona, na Itália. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento das cadeias produtivas, com destaque para o segmento de móveis de madeira.

O Amapá, conhecido por sua diversidade natural, busca novos caminhos para sua economia, desta vez, concentrando esforços na expansão da indústria de móveis de madeira. Essa união não quer apenas impulsionar a produção local, mas também gerar empregos e promover o desenvolvimento social.Durante a ratificação do acordo, o vice-governador Teles Júnior destacou que a iniciativa, que engloba também o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae) e o Serviço Nacional da Indústria (Senai) do Amapá, faz parte da política do Governo do Estado que busca o desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental.

“Essa é uma estratégia que tem condições de gerar muitas oportunidades para a nossa população e o Governo do Amapá aposta no desenvolvimento econômico como a principal ferramenta de promoção de bem estar social. Fizemos um pacto de acelerar essa agenda para que possa se traduzir em resultados até a próxima COP, onde já possamos apresentar uma política pública sustentável capaz de preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo que gere emprego e renda para quem reside na Amazônia”, explicou o vice-governadorA colaboração dessas instituições vai proporcionar o suporte técnico essencial para o fortalecimento do setor produtivo. Marche, conhecido por abrigar a maior quantidade de indústrias móveis na Itália, é um ponto estratégico para essa conexão com o potencial das empresas do Amapá.

O presidente do Sebrae no Amapá, Josiel Alcolumbre reforçou que através deste acordo de relação comercial com a Itália será possível a transferência de tecnologia, inovação e conhecimento que vão possibilitar que os produtos feitos no Amapá, sejam conhecidos no mundo inteiro.

“Isso nos dá oportunidade de mostrar para os europeus e para o mundo inteiro, os produtos fabricados no estado. É mais uma alternativa de desenvolvimento para o Amapá, respeitando as nossas florestas e a nossa biodiversidade”, destacou Alcolumbre.

A comitiva amapaense, que também contou com a superintendente do Sebrae, Alcilene Cavalcante, a diretora do Senai, Alyne Vieira e com o deputado federal Dorinaldo Malafaia, foi recebida, na sede do Governo de Marche, pelo governador da região, Francesco Acquaroli.

Caminho em desenvolvimento

Ao longo de 2023, o Governo do Amapá intensificou os esforços para ampliar a oferta de madeira certificada, que não agride o meio ambiente, marcando avanços em sustentabilidade, como as autorizações para o maior projeto de manejo florestal comunitário do país entregues para Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista do Maracá (Atexma).

Economia sustentável

Ao estabelecer essa colaboração, o governo amapaense sela a cooperação internacional para o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, buscando inspiração no modelo de sucesso de Marche, na Itália, que se tornou referência mundial em manufatura de móveis.

O Amapá pretende aprender e aplicar as melhores práticas para impulsionar o setor. O Acordo contará com o suporte técnico do Centro Tecnológico para o Setor de Madeira e Móveis (Cosmob), referência no segmento em toda a União Europeia.

A cooperação não apenas abre portas para a troca de conhecimento, mas também fortalece laços globais, contribuindo para um desenvolvimento econômico mais sólido e sustentável. Com o investimento em parcerias estratégicas, o estado busca construir bases sólidas e inovadoras que tragam avanços e crescimento para toda a sociedade.

‘Chocolate com cumaru traz notas florais e picantes, eu adorei’, diz especialista francesa ao experimentar produto amapaense, em Paris

Produção amapaense foi destaque em análise sensorial promovida pela Embaixada do Brasil na França.

Uma das maiores especialistas em chocolate da França, a jornalista e escritora Valentine Tibère, ficou encantada com as notas de sabor apresentadas pelas empresas amapaenses Chocolates Cassiporé e Cunani Cacau em uma análise sensorial promovida pela Embaixada do Brasil no país europeu.

Valentine, que é autora de livros como ‘101 Chocolats a Découvrir’, apreciou as notas de sabor variadas dos chocolates amapaenses, como frutado, amadeirado e a mistura de cacau com cumaru, fruto conhecido como a ‘baunilha amazônica’.

“É sutil, é uma pura maravilha, eu me apaixonei! Adorei o chocolate, sua textura é muito fina, suave, os aromas são delicados e o chocolate com cumaru traz notas florais e picantes. É realmente um grande prazer!”, pontuou Valentine sobre o produto fabricado pela Chocolates Cassiporé.

O evento trouxe os destaques brasileiros no Salon du Chocolat, que reuniu produtores de cacau, fabricantes de chocolates e apreciadores do produto de vários países de 26 de outubro a 2 de novembro, no Paris Expo Porte Versailles, na capital francesa.

A análise sensorial detalhada dos produtos avaliou se atendiam aos requisitos essenciais de um chocolate de qualidade superior. As características avaliadas incluíram brilho, granulometria, dureza e notas de sabor variadas, como frutado, amadeirado e floral.

O evento reforçou a capacidade do Amapá em produzir chocolates que possam competir em igualdade com os melhores do mundo, conquistando os paladares mais exigentes.

As empresas participantes foram selecionadas pela Secretaria de Estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicap), com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, que articulou a destinação de emendas para custeio das passagens e hospedagens.

“Foi mais uma oportunidade de mostrar aquilo que os povos da floresta podem produzir. Foram dias de muito aprendizado e compartilhamento de experiências, em que nossos empreendedores puderam aprender mais e mostrar ao mundo o potencial do Amapá nesse segmento”, avaliou o secretário.

Sabores tucujus

O chocolate apresentado pela Cunani Cacau chamou a atenção, com 70% de cacau, notas novas e sabor diferenciado. O produto demonstrado pela Chocolates Cassiporé, que apresentou em sua composição 60% de cacau, foi destaque pelo gosto suave devido à mistura com o fruto cumaru, conhecido como a ‘baunilha amazônica’.

Para o chocolatier Danrlei Nogueira, da Chocolates Cassiporé, o momento representa a chance de expandir e tornar o chocolate amapaense mundialmente conhecido.

“Com essa avaliação, tivemos a segurança de que nosso objetivo, que era levar o Chocolate Cassiporé para o mundo, está sendo alcançado”, ressaltou Danrley.

Salon do Chocolat

Durante sete dias, os empreendedores tiveram acesso a exposições, degustações e puderam compartilhar experiências com especialistas do mundo todo. A partir da participação, a expectativa é aumentar as oportunidades de exportação para as empresas amapaenses.

Para a empreendedora Kátia Sarmento, proprietária da empresa Cunani Cacau, a seleção dos chocolates para a análise sensorial reforça a qualidade e a inovação dos produtos regionais, abrindo portas para uma presença potencial marcante no cenário internacional.

“O evento mostrou a capacidade do Amapá em produzir chocolates que possam competir em igualdade com os melhores do mundo, conquistando os paladares mais exigentes. Tivemos a chance de comercializar nossos produtos e conseguimos vender tudo o que levamos”, pontuou Kátia.

Produção artesanal

Tanto a Chocolates Cassiporé quanto a Cunani Cacau realizam todos os processos de produção no estado, desde o cultivo do cacau até o beneficiamento, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.

‘É uma honra estar aqui’, celebra empreendedora amapaense no Salon du Chocolat, em Paris

Kátia Barbosa produz chocolates artesanais desde 2020. Pela primeira vez, estado tem representantes na maior feira internacional de chocolate do mundo.

A empreendedora Kátia Sarmento, proprietária da empresa Cunani Cacau, celebra a oportunidade de apresentar uma produção genuinamente amapaense na maior feira internacional de chocolates do mundo, o Salon du Chocolat, no Paris Expo Porte Versailles, na França. 

O evento segue até quinta-feira, 2, reunindo produtores de cacau, fabricantes de chocolates e apreciadores do produto de vários países.

“É fantástico. Isso aqui é um mundo, a gente encontra marcas renomadas, maravilhosas, super posicionadas no mercado. Para a gente, do Amapá, é uma honra e uma alegria imensa estar aqui”, conta Kátia, que produz chocolate artesanal desde 2020.

Além da Cunani Cacau, a empresa amapaense Chocolates Cassiporé está presente no evento europeu. Os empreendimentos contam com o apoio do Governo do Estado, a partir da iniciativa “Selo Amapá”, uma certificação que atesta que o produto foi elaborado com matéria-prima local, respeitando os padrões de controle de qualidade, leis ambientais e trabalhistas

Durante sete dias, os empreendedores têm acesso a exposições, degustações e podem compartilhar experiências com especialistas do mundo todo. A partir da participação, a expectativa é aumentar as oportunidades de exportação para as empresas amapaenses.

A Secretaria de Estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior selecionou as empresas em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicap), com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, que articulou a destinação de emendas para custeio das passagens e hospedagens.

O secretário de Relações Internacionais, Lucas Abrahao, comentou sobre a oportunidade de apresentar os chocolates amapaenses para o mercado externo.

São duas empresas amapaenses mostrando para o mundo aquilo que os povos da floresta podem produzir. Essa é uma, dentre várias ações de promoção internacional do estado, com foco na atração de investimentos, geração de emprego e renda, gerando riqueza para o nosso estado”, avaliou o secretário.

O chocolatier Danrlei Nogueira, da Chocolates Cassiporé, relatou que essa expansão da visibilidade do produto local amplia as oportunidades de oferta de empregos para quem vive na região.

“A gente emprega e vai empregar muita gente, principalmente na comunidade onde a gente faz o processo de colheita, fermentação e secagem. Assim a gente ajuda várias pessoas que trabalham com a gente, aproximadamente 70 famílias ribeirinhas e aqui estamos vivendo dias cheios de emoção”, pontuou Nogueira.

Produção artesanal

Tanto a Chocolates Cassiporé quanto a Cunani Cacau realizam todos os processos de produção no estado, desde o cultivo do cacau até o beneficiamento, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável da região. Esta conquista no Salon du Chocolat em Paris promete abrir portas para mais empresas amapaenses exporem seus produtos para o mundo, fortalecendo a economia local e dando destaque ao Amapá no cenário internacional.

Parcerias

A Apex Brasil, que atua em diversas formas para promover a competitividade das empresas brasileiras em seus processos de internacionalização, em colaboração com a Abicap, vai fornecer o suporte financeiro necessário para a participação das empresas no evento, incluindo os custos de feira e exposição.

Transatlântico com 200 turistas chega ao Amapá nesta segunda-feira, 30

O Governo do Estado preparou receptivos em quatro dos principais pontos turísticos de Macapá.

Cerca de 200 turistas desembarcam nesta segunda-feira, 30, no Amapá, para conhecer os atrativos de um dos estados mais preservados do Brasil. O Governo do Estado preparou receptivos em quatro dos principais pontos turísticos de Macapá.

A previsão é que o navio de expedição Seabourn Pursuit, com bandeira das Bahamas, chegue ao Porto da Praticagem, em Santana, por volta das 13h, e que os turistas visitem a capital a partir das 14h com city tour até às 18h.

Eles serão divididos em grupos com 50 pessoas cada, distribuídos em 7 ônibus contratados por uma empresa amapaense para o receptivo. Eles farão rodízio entre o Marco Zero do Equador, Museu Sacaca, Casa do Artesão e Fortaleza de São José. Em cada ponto, eles serão recepcionados com marabaixo, batuque, e uma bateria de escola de samba.

Os turistas, boa parte pesquisadores e especialistas, escolheram o Amapá para conhecer as características do povo e as riquezas naturais. A embarcação veio do Amazonas e seguirá para o Rio de Janeiro com destino à Antártica. A temporada de cruzeiros marítimos dessa companhia encerra em maio de 2024, com previsão de chegada de mais transatlânticos ao Amapá.

Incentivar o turismo de compras, fortalecer a promoção do Amapá como destino dos cruzeiros e fomentar as manifestações culturais e produtos turísticos são parte do plano de governo da atual gestão.

O receptivo é organizado pelas secretarias de Turismo (Setur), Cultura (Secult), Trabalho e Empreendedorismo (Sete) e Relações Internacionais, além do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), responsável pelo Museu Sacaca.

Pesquisadores da Unifap estão entre os mais influentes do mundo no ranking 2023 da Universidade Stanford (EUA)

Tit. José Carlos Tavares Carvalho e Prof. Dr. Cleydson Breno Rodrigues dos Santos estão em lista que traz os pesquisadores mais citados em suas áreas de atuação.

Dois docentes da Universidade Federal do Amapá (Unifap) integram a lista de pesquisadores mais influentes do mundo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, divulgada no início de outubro. O Prof. Dr. Tit. José Carlos Tavares Carvalho, vinculado ao curso de Farmácia e atualmente gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário, aparece no ranking pela quarta vez como um dos pesquisadores mais citados nas áreas de Química Medicinal & Biomolecular, Farmacologia & Farmácia e Medicina Clínica. Já o Prof. Dr. Cleydson Breno Rodrigues dos Santos, docente do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede Bionorte) e orientador no Programa de Pós-Graduação em Inovação Farmacêutica, foi incluído este ano como um dos pesquisadores mais influentes nas áreas de Química Medicinal & Biomolecular, Química Orgânica e Química.

Para o Prof. Dr. Tit. José Carlos Tavares Carvalho, ser novamente incluído na lista da Universidade de Stanford e estar entre os mais influentes do mundo significa que as pesquisas desenvolvidas por ele e sua equipe são impactantes ao ponto de despertar interesses no meio científico mundial.

“A lista dos cientistas mais influentes do mundo é atualizada regularmente para refletir as mudanças e desenvolvimentos no campo da pesquisa científica. Ao destacar os cientistas mais influentes, o ranking da Stanford fornece uma visão geral dos líderes de pensamento e inovação em várias disciplinas científicas, desde biologia e medicina até física, química, ciências sociais e muito mais. (…) É fundamental considerar que a ciência é um empreendimento colaborativo e muitas descobertas e avanços são alcançados por meio do trabalho conjunto de equipes de pesquisa. (…) A Unifap ganha e o grupo de pesquisa o qual coordeno – Grupo de Pesquisa em Fármacos – se fortalece aos níveis nacional e internacional”, avalia o Prof.Dr. Tit. José Carlos Tavares Carvalho.

O Prof. Dr. Cleydson Breno Rodrigues dos Santos se surpreendeu ao ter seu nome incorporado no ranking 2023 da Stanford. O pesquisador ressalta que isso é resultado de muito trabalho, dedicação e compromisso com a ciência e com os alunos em diversos níveis (pós-doutorado, doutorado, mestrado, iniciação científica e trabalho de conclusão de curso). Ele enfatiza também que ter pesquisadores do Amapá e do Norte do país em listas mundiais como essa direciona os olhos do mundo para perceberem que aqui há pesquisa com qualidade sendo desenvolvida e excelentes profissionais se empenhando em encontrar soluções para os mais variados problemas mundiais.

“Com isso”, continua o pesquisador, “aumenta o prestígio da instituição de ensino ou pesquisa local, atraindo financiamentos, oportunidades de colaborações nacionais e internacionais e intercâmbios em centros de pesquisas. Cientificamente, isso promove a visibilidade das pesquisas locais e incentiva inovações tecnológicas. Socialmente, abre portas e inspira jovens a seguirem carreiras científicas; contribui para soluções de desafios locais e integra a região à comunidade científica global,

O ranking da Universidade de Stanford dos cientistas mais influentes do mundo é uma lista que destaca os pesquisadores que têm tido um impacto significativo em suas respectivas áreas de estudo. Esse ranking é baseado em uma análise abrangente dos dados acadêmicos, como citações e publicações científicas, e visa identificar os cientistas cujo trabalho tem sido amplamente reconhecido e influente na comunidade científica.

A metodologia utilizada para criar o ranking envolve a análise de citações em artigos científicos publicados ao longo de um período de vários anos. Os pesquisadores são avaliados com base em várias métricas, incluindo o número total de citações recebidas por seus artigos, o número de citações por artigo, o impacto das revistas em que publicaram e a colaboração científica com outros pesquisadores influentes.

Sobre os pesquisadores

Prof. Dr. Tit. José Carlos Tavares Carvalho
Concluiu o doutorado em Fármacos e Medicamentos pela Universidade de São Paulo (USP) em 1998 e realizou estágio de pós-doutoramento no IFP-Berlin-Alemanha. O pesquisador é Professor Titular e ex-reitor Unifap (período 2006-2014).

Membro titular da Academia Nacional de Farmácia, ocupando a cadeira nº 47, e da Real Academia Nacional de Farmácia da Espanha ((correspondente estrangeiro). Participou como Membro do Comitê de Assessoramento da área de Farmácia do CNPq e do Comitê Deliberativo da Farmacopeia Brasileira.

Coordenador da Rede Amazônica de Nanotecnologia Aplicada a Fármacos (Ranaf) e da Rede Amazônica de Pesquisa em Biofármacos (RAPBioFar). Coordenador Local da Rede Norte Nordeste de Fitoprodutos CNPq (INCT Rennorfito). Coordenador do Laboratório de Pesquisa em Fármacos, do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde da Unifap.

Publicou 265 artigos em periódicos especializados e 136 trabalhos em anais de eventos. Possui 5 livros publicados e 3 capítulos de livros. Possui 2 produtos tecnológicos registrados. Participou de 52 eventos no exterior e 155 no Brasil. Orientou 42 dissertações de mestrado, 24 teses de doutorado e coorientou 4, além de ter orientado 35 trabalhos de iniciação científica nas áreas de farmacologia, farmácia e medicina. Recebeu 18 prêmios e/ou homenagens. Atualmente participa de 5 projetos de pesquisa, sendo que coordena 4 destes.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4251174810000113.

Prof. Dr. Cleydson Breno Rodrigues dos Santos
Possui estágio em nível de pós-doutoramento em Química Medicinal e Modelagem Molecular pela Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e mestre em Química pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor Associado da Unifap.

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e da Divisão de Química Medicinal. Um dos fundadores da Associação Brasileira de Química – Regional Amapá e presidente por quatro mandatos consecutivos (2016-2025). Coordenador e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede BIONorte) – Polo Amapá. Orientador no Programa de Pós-Graduação em Inovação Farmacêutica na Unifap (nível doutorado). Foi Professor Visitante (estrangeiro colaborador) na Universidad de Granada (España) no Programa de Postgrado en Ciencias Farmacéuticas (2018-2021).

O pesquisador realiza projetos de pesquisa nas áreas de ensaios biológicos com atividade antibacteriana, anti-inflamatória, biocida, ação repelente, Química Computacional Aplicada e Modelagem Molecular a partir de Cálculos Químico-Quânticos, construções de modelos farmacofóricos, SAR, QSAR e Estudos de Triagem Virtual Baseado em Ligante-Estrutura avaliando in silico as propriedades farmacocinéticas, toxicológicas e possíveis interações de bioativos-receptores via docking e dinâmica molecular, com intuito de esclarecer os mecanismos de ação e seletividade de novos compostos bioativos em parceria internacional da Universidad de Granada(España), Universidad de la Sierra Sur, Oaxaca (Mexico), Department of Physical Sciences University of Embu (Kenya) e parceria extra-estado com Universidade de São Paulo-Ribeirão Preto (FCF-USP/RP), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS-Bahia), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Prof. Dr. Cleydson Breno Santos tem experiência na área de Química Teórica, Modelagem Molecular e ensaios biológicos com mais de 103 artigos publicados, três livros, seis capítulos de livros, três registros de patentes, 12 orientações de mestrado concluídas, 10 orientações de doutorado concluídas, 2 supervisões de pós-doutorado e mais de 36 orientações de TCC/IC, mais de 1776 citações.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4851715640991871.

*Com informações de O Globo, Plataforma Lattes e do Prof. Dr. Tit. José Carlos Tavares Carvalho.

Governo do Amapá garante participação de empresas do Selo Amapá em feira de alimentos naturais nos Estados Unidos

Os empreendedores do estado puderam ampliar suas redes de contatos e fortalecer a presença no cenário internacional.


Empreendedores do Selo Amapá estiveram presentes, nesta terça-feira, 19, na abertura da Expo East, uma das mais importantes feiras de alimentos naturais dos Estados Unidos, que acontece na Filadélfia. A participação de seis empresas representantes do estado foi garantida pelo Governo do Amapá em parceria com o senador Randolfe Rodrigues.

A missão prospectiva brasileira tem a coordenação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Durante os eventos iniciais da feira internacional, as empresas amapaenses tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o mercado americano, estabelecer conexões estratégicas e fortalecer suas redes de contatos com vários outros empreendedores do setor.A Secretaria de Estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior, liderou a representação do Amapá, por meio da coordenadora de Comércio Exterior, Larissa Diniz, que palestrou sobre as perspectivas para a inserção de produtos e serviços no mercado internacional.

“Esta missão prospectiva representa um passo significativo na expansão das oportunidades comerciais do Amapá a nível internacional, prospectando um futuro brilhante para o estado e suas empresas”, ressalta o secretário de Relações Internacionais, Lucas Abrahao.

Compartilhando experiências, estiveram presentes os representantes das empresas, Cunani Cacau, Cacau Cassiporé, Amazon Bai, Amazonly, Empório Shekinah e Engenho Café de Açaí. Essas empresas foram escolhidas com base em critérios específicos de qualificação e demonstraram excelência em seus respectivos setores.

Feira Expo East

É a maior e mais importante feira do setor de produtos naturais e orgânicos da Costa Leste dos Estados Unidos. No ano de 2023, a feira acontece na Filadélfia, de 19 a 22 de setembro. Durante a programação, expositores americanos e internacionais apresentam produtos relacionados a alimentos orgânicos, alimentação natural e produtos naturais.

Pela 1a vez Embaixador Português vem a Festa de São Tiago, à convite de Randolfe


Na segunda-feira (24), desembarca no Amapá o Embaixador de Portugal, Luís Faro, ele vem ao Estado à convite do senador Randolfe Rodrigues para participar da tradicional Festa de São Tiago, em Mazagão.

“A ideia é estreitar os laços com Portgual e fechar possíveis parcerias que visam principalmente o desenvolvimento do município amapaense”, contou o senador.

O parlamentar, em visita ao Embaixador do Marrocos, garantiu um patrocínio da empresa marroquina OCP no valor de R$50 mil, além de ainda propor que Mazagão se torne uma espécie de cidade-irmã de El Jadida, com o intuito de aprofundar as relações econômicas e culturais.

*Festa de São Tiago*
A festividade de São Tiago completa este ano 246 anos, é uma das mais tradicionais do estado. Considerada é uma das maiores expressões da cultura popular. Acontece no mês de julho, com rituais religiosos, cavalhada e teatro a céu aberto que conta a história de São Tiago.

Governo do Amapá propõe criação de Comitê e Programa de Intercâmbio para impulsionar cultura na fronteira entre Brasil e França

Objetivo é transformar a Ponte Binacional em um corredor que interligue a cultura de ambos os lados


O Governo do Amapá propôs a criação de um Comitê Conjunto e de um Programa de Intercâmbio como estratégias para impulsionar as atividades culturais na fronteira entre Brasil e França. A proposta fez parte dos debates transfronteiriços da 12ª Reunião da Comissão Mista Transfronteiriça Brasil/França, na última terça-feira, 4, na cidade de Caiena, capital da Guiana Francesa.

A secretária de Estado de Cultura, Clícia Vieira Di Miceli, reforçou a integração cultural da região, com a garantia da união entre os dois territórios através do intercâmbio de saberes materiais e simbólicos diretamente relacionados ao contexto do Amapá com a Guiana Francesa e com possibilidades de desdobramentos com a França Metropolitana e Brasil.

Com a apresentação da proposta “Fortalecendo Laços e Celebrando a Diversidade”, dois pontos de destaque foram elencados: a efetivação de grupos de trabalho ou comitês conjuntos para debater, gerir e facilitar a Cultura Transfronteiriça, fortalecendo a economia criativa e a cultura da região; e a criação do Programa de Intercâmbio Cultural, que permita a circulação entre as regiões geográficas para a valorização cultural conjunta nos territórios.

“Precisamos transformar a Ponte Binacional em um grande corredor da cultura transfronteiriça, ver as expressões artísticas e culturais dos dois lados do Rio Oiapoque circularem de forma livre e com acolhimento de ambos os lados, com artista amapaense no território francês e o artista franco-guianense circulando no Amapá, sonhamos com a integração na cultura transfronteiriça”, destacou a secretária.

Com o programa, seriam realizadas residências artísticas, workshops, oficinas e colaborações conjuntas em uma troca mútua de conhecimentos, experiências e saberes para a inovação cultural. A proposta tem como objetivo ser estabelecida como política pública permanente.

“As duas propostas, além de outras atividades, fortalecem os laços culturais entre o Amapá e a Guiana Francesa, o que se traduz no enriquecimento das práticas culturais de ambos os territórios, com a criação de projetos colaborativos”, reforça a gestora.

Comissão Transfronteiriça

A Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França debate demandas em diversos eixos, como saúde, educação, meio ambiente, cultura, relações comerciais e diplomáticas. O encontro marcou a reaproximação entre os dois lados, tendo como um dos principais temas as propostas de mudanças nas regras de visto para brasileiros, especialmente amapaenses, circularem no território francês.

Governador Clécio Luís garante entrada das forças de segurança do Amapá no Centro de Cooperação Policial de proteção da fronteira Brasil e Guiana Francesa

Parceria foi ratificada durante a 12ª Reunião da Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, em Caiena

Como parte da política de reforço da proteção do Amapá e da Amazônia, o governador Clécio Luís garantiu a integração das forças de defesa do estado ao Centro de Cooperação Policial (CCP) para proteção da fronteira entre Brasil e Guiana Francesa, atuando em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia de Fronteira e Gendarmerie da França.

A inclusão dos agentes do Amapá na CCP, que passa a contar com representantes da Polícia Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros, foi ratificada durante a 12ª Reunião da Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, nesta terça-feira, 4, em Caiena.

“Além disso, temos muito a cooperar na segurança pública. Vamos colocar três oficiais [PM, PC e Bombeiro] para participarem do Centro de Cooperação Policial, trabalhando com integração dessas polícias e suas inteligências, para garantir resultados mais eficazes no combate ao crime nessa faixa de fronteira, defendendo o Amapá e a Guiana Francesa e também a Amazônia”, enfatizou o governador.

A parceria internacional vai garantir a atuação conjunta em operações, troca de informações entres os integrantes da CCP, reforçando a atuação policial na proteção do cidadão e no combate aos grupos criminosos.

Comissão Transfronteiriça
Depois de 4 anos, a Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França teve as atividades presenciais retomadas, sob coordenação do Governo do Amapá, pela articulação da Secretaria de Estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior em parceria com o Itamaraty.

O Brasil se faz presente, na 12 com o governador, Clécio Luís; o chefe do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, ministro Flavio Goldman; e as comitivas do Estado do Amapá e do Governo Federal.

No encontro estão sendo tratadas demandas nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, relações comerciais e diplomáticas, a rodovia BR-156, entre outros assuntos que impactam a vida de quem mora dos dois lados de fronteira.

Governador Clécio Luís defende que visto para brasileiros entrarem na Guiana Francesa volte a ser expedido no Amapá

Proposta foi feita na 12ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França


Na 12ª reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França (CMT), o governador do Amapá, Clécio Luis, propôs mudanças em relação ao visto para os brasileiros entrarem na Guiana Francesa, com o retorno da emissão em Macapá e, no futuro, a suspensão da obrigatoriedade. O encontro entre as comitivas dos dois países iniciou nesta segunda-feira, 3, e segue até terça, 4, na cidade de Caiena, capital da Guiana Francesa.

“Nós queremos resolver essa questão em duas etapas: que o visto volte a ser expedido no Amapá, em Macapá, e pensando já em abolir a exigência do visto para os amapaenses. Para Paris, por exemplo, nós não precisamos de visto. Temos muita cooperação, que já é feita entre as polícias, os comerciantes, na cultura, na educação, na saúde. Queremos institucionalizar essa cooperação transfronteiriça, pois acredito que essa é uma bela porta de oportunidades para o Amapá”, propôs Clécio.

O tema é tratado como prioridade pelo Governo do Amapá. Desde 2020, o país europeu suspendeu a emissão do visto no Consulado Honorário Francês de Macapá e passou a emitir somente vistos biométricos, que estão disponíveis apenas na Embaixada da França em Brasília, tornando o processo mais caro e demorado para os amapaenses.

O assunto foi um dos 9 pontos apresentados pelo Conselho do Rio, uma organização que trata de demandas com temas comuns aos moradores de Oiapoque e de Saint Georges, cidades-irmãs na fronteira francobrasileira.

Comissão Transfronteiriça
Depois de 4 anos, a Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França teve as atividades presenciais reativadas nesta segunda-feira. O Brasil se faz presente com o governador do Amapá, Clécio Luís; o chefe do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, ministro Flavio Goldman; e as comitivas do Estado do Amapá e do Governo Federal (incluindo representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Receita Federal).

Os brasileiros foram recebidos pelo Governo Francês em Caiena, nas pessoas da diretora das Américas e dos Caribes do Ministério de Negócios Estrangeiros, Michèle Ramis; e do prefeito da Guiana Francesa, Thierry Queffelec.

Também participam como convidados o presidente da Justiça do Amapá, desembargador Adão Carvalho, e juízas Marina Lustosa (auxiliar da Presidência) e Simone Moraes dos Santos (titular da Vara de Oiapoque) e o procurador-chefe da Procuradoria da República no Amapá, Alexandre Guimarães.

Estão presentes ainda, o deputado federal Dorinaldo Malafaia; os deputados estaduais Edna Auzier e Delegado Inácio; presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Amapá, Josiel Alcolumbre; e a Fecomércio Amapá, com empresários de diferentes ramos.

A 12ª reunião da CMT trata de demandas nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, relações comerciais e diplomáticas, a rodovia BR-156, entre outros assuntos que impactam a vida de quem mora dos dois lados de fronteira.

Nesta segunda-feira, os eixos debatidos foram o de cooperação de defesa e segurança pública, e cooperação econômica, conexões e transportes. Na terça-feira, os debates se concentram em cooperação em assuntos de migração; questões ambientais, cultura, educação e saúde; e ainda turismo e aspectos indígenas.

“São 2 dias de encontro que discute a cooperação entre o Brasil e a França. Queremos dar dignidade e fortalecer essa relação que já existe entre habitantes e que precisa existir também entre os governos”, pontuou Clécio Luis.

Missão Internacional OTC encerra no Porto Marítimo de Houston, no Texas

Presidente do Conselho do Sebrae, Josiel Alcolumbre, conhece o Porto em Houston, no Texas-EUA e reconhece experiências bem-sucedidas possíveis de serem implementadas no Amapá

Comitiva do Brasil encerra Missão Internacional à OTC (Offshore Techonology Conference) em Houston/ Texas – USA, com visita ao Porto Marítimo, um complexo que possui cerca de 64km de extensão, com instalações públicas e privadas localizadas a algumas horas de navegação do Golfo do México. As autoridades brasileiras participam da OTC, principal feira mundial de petróleo, gás e serviços derivados do setor, no período de 1 a 5 de maio de 2023.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae no Amapá (CDE), Josiel Alcolumbre, destaca o Porto de Houston/ Texas, como um importante referencial de negócios para o desenvolvimento do estado, pois o complexo emprega 1 milhão e 350 mil pessoas.

“É uma oportunidade única, pois temos o nosso Porto de Santana, uma área portuária gigantesca para desenvolver o estado, não só com o Porto, mas também com o petróleo e o gás que não podemos abrir mão e lutar pela exploração sustentável na Margem Equatorial, e garantir desenvolvimento, geração de emprego e renda”, finaliza o presidente Josiel Alcolumbre.

Sebrae no Amapá/Unidade de Marketing e Comunicação

Acordo de cooperação econômica entre Brasil e Portugal engloba startups e pequenas empresas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e) e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa (d), durante a XIII Cimeira Luso-Brasileira. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasil e Portugal assinaram um acordo que contempla temas como cooperação econômica nos mercados dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), desenvolvimento e internacionalização de startups e promoção de pequenas e médias empresas.

O memorando foi assinado nesta segunda-feira (24) pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil) e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep).

De acordo com o governo brasileiro, o acordo visa promover a cooperação de negócioscom base nos princípios do benefício, além da igualdade e do respeito mútuo de soberania plena, de acordo com leis e regulamentos vigentes.

“A Apex-Brasil e a Aicep pretendem, em conjunto, envidar esforços para desenvolver iniciativas de promoção de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, contribuindo para a crescente internacionalização das respectivas empresas e dinamização dos fluxos bilaterais de comércio de investimentos, bem como cooperar em iniciativas conjuntas em mercados terceiros, nomeadamente em regiões com as quais já exista um relacionamento econômico relevante”, diz comunicado da Apex-Brasil.

Frentes prioritárias da cooperação econômica

O memorando cita três frentes prioritárias de cooperação econômica:

1) Ações para promoção do desenvolvimento e internacionalização de startups, cujos projetos de empreendedorismo com elevado potencial de crescimento e base tecnológica, identificados em ambos os países, possam ser apoiados por programas e fundos de investimentos.

“Esta colaboração mútua e os incentivos criados pelos respectivos países permitirão às empresas portuguesas desenvolver os seus negócios no Brasil, assim como habilitar empresas brasileiras a desenvolver ações em Portugal e no mercado europeu”, pontua a Apex-Brasil.

2) Ações para incrementar a cooperação econômica e comercial por meio da coordenação institucional, de interagências, nos mercados dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, por via de partilha de informações, boas práticas, ações de capacitação e formação e criação de medidas que aumentem a competitividade e a segurança econômica para empresas e empresários do Brasil e Portugal.

3) Ações para promoção e desenvolvimento de negócios entre pequenas e médias empresas de ambos os países, “pois representam um significativo número de postos de trabalho”. Entre essas ações previstas na cooperação econômica estão a troca de informações sobre mercados português e brasileiro; a realização de webinars, palestras e seminários sobre as oportunidades no mercado português e europeu; eventos presenciais ou virtuais de capacitação e promoção comercial; e a realização de rodadas de negócios presenciais ou virtuais.

Com informações da Agência Brasil

https://www.suno.com.br/noticias/cooperacao-economica-brasil-portugal-startups-pequenas-empresas/

Amapá recebe delegação com embaixador e senadores da França em busca de parcerias estratégicas

Visita, que segue até este sábado, 15, representa retomada da boa relação diplomática entre o Brasil e a França.


O Amapá recebeu uma delegação de autoridades francesas que buscam formar parcerias estratégicas, retomando a boa relação diplomática entre os dois países. Integram o grupo o ministro conselheiro da França no Brasil, Olivier Fontan, 5 senadores franceses da Comissão de Defesa e Assuntos Estrangeiros e autoridades da Guiana Francesa.

Parte da delegação desembarcou em Macapá na quinta-feira, 13, e se encontrou com o titular da Secretaria de Estado de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Lucas Abrahao. A visita segue até este sábado, 15.

O governador Clécio Luís, o vice Teles Júnior, a equipe técnica do Governo e o senador Randolfe Rodrigues recepcionaram o restante da comitiva nesta sexta, no Palácio do Setentrião.

“Essa visita se transformou num encontro necessário. A relação do Amapá com a Guiana Francesa é de séculos, de forma natural, mas durante boa parte se deu na informalidade. Nós queremos mudar essa realidade. Que a gente permute muita arte, linguagem, cultura, segurança, saúde, e muita troca comercial forte e com amparo legal”, citou Clécio Luís.

O secretário Lucas Abrahao ressalta que o Amapá discute, em conjunto com as autoridades francesas, a necessidade para os brasileiros de visto e de seguro para veículos no acesso à Ponte Binacional sobre o Rio Oiapoque.

“A retomada da emissão desses vistos em Macapá é algo que busca facilitar o acesso dos amapaenses à França. Também é uma demanda a criação de vistos excepcionais, como para agentes culturais, atletas em competição, e acadêmicos em pesquisa”, descreveu o secretário de Relações Internacionais.

Senadora francesa, Joëlle Garriaud-Maylam representa os cidadãos franceses fora da França. No discurso, ela pontuou que este é um novo tempo nas relações entre os dois países.

“Estamos aqui para escutar os brasileiros e entender a atual realidade deste território. Temos como desafios a imigração, a pesca e o garimpo clandestinos, que impactam em situações como na preservação da Amazônia. Vamos fazer de tudo para reforçar essa cooperação transfronteiriça que já existe entre o Amapá e a Guiana Francesa”, comentou.

Randolfe Rodrigues, líder do Governo Federal no Senado, pediu aos senadores que enviem ao presidente da França, Emmanuel Macron, a notícia de que as boas relações entre os países foram reestabelecidas.

“Este encontro em Macapá, na capital do Meio do Mundo, na esquina do rio mais belo com a linha do equador, é um encontro de celebração. Tivemos um intervalo, mas agora temos muito o que resolver, seja na cooperação econômica, na educação e na cultura”, completou.

Compromissos no Amapá
Os compromissos ocorrem até este sábado, 15, e incluem visitas ao Museu Sacaca e Casa do Artesão, e reunião junto às forças armadas brasileiras e francesas.

Os representantes da Guiana Francesa fizeram a atualização do Regimento do Conselho do Rio Oiapoque, importante órgão de debates sobre as necessidades dos moradores da fronteira. A reunião ordinária é instância consultiva da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça (CMT), que neste ano retorna o encontro presencial após a pandemia da Covid-19, sendo organizada pelo governo francês.

“É o momento de retomar essa boa relação bilateral, após um eclipse que viveram nossos países. Nossos presidentes já têm conversado e estamos muito felizes com a visita da delegação do Senado francês, que nos permite avançar mais na cooperação que já é rica e sei que podemos enriquecer ainda mais”, comentou Olivier Fontan, ministro conselheiro da Embaixada da França no Brasil e embaixador-substituto.

O diplomata Ricardo Nogueira, subchefe da Divisão de Europa Setentrional, que representa o Ministério de Relações Exteriores, também acompanhou a agenda.

Brasil e França vivem um novo momento, diz Randolfe durante visita de Ministro e senadores franceses ao Amapá


Nesta sexta-feira (14), uma comitiva liderada pelo Ministro Conselheiro da Embaixada da França, Olivier Fontan e a Senadora Sra. Joëlle Garriaud-Maylam representante dos senadores franceses no estrangeiro à convite do Governador do Amapá, Clécio Luís, do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e da Secretaria de Relações Internacionais e Comércio Exterior, com o secretário Lucas Abrahão para tratar das ações em conjunto para fortalecer os dois países.

“Foram quatro anos de atraso, o Governo Lula sinaliza um novo tempo para as relações transfronteiriças. Precisamos discutir e definir cooperações entre a Guiana Francesa e o Amapá, no que diz respeito a cultura e economia, por exemplo”, disse o senador Randolfe.

Oiapoque faz fronteira com a Guiana Francesa. “Precisamos avançar em questões como emissão de visto para brasileiros, uma universidade binacional e ações de cooperação econômica e cultural”, completou Randolfe.

O Governador do Amapá, Clécio Luís, destacou a questão do visto para brasileiros. Os franceses não precisam apresentar visto para entrar no Amapá/Brasil, mas o contrário é necessário. “O brasileiro que quer ia à França não é exigido visto, porém para entrar na Guiana Francesa custa cerca de R$1000, além das questões econômicas”, apontou o governador.

A recepção da comitiva foi realizada pelo 34o Batalhão do Exército, pelo Cel. Santos Costa, em seguida houve uma agenda com diversos representantes do Amapá no palácio do Governo e, ao final, um visita à Casa do Artesão para degustação das comidas típicas amapaenses e apresentação de marabaixo.