“O Poder Judiciário e a Polícia Judiciária no Enfrentamento ao Crime Organizado” é tema de palestra proferida pelo presidente do TJAP

“Não se combate organização criminosa sem inteligência, estratégia, informação e tecnologia”, disse o presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, desembargador Rommel Araújo, ao iniciar a palestra que proferiu, a convite da Polícia Civil do Estado do Amapá, nesta terça-feira (19). A apresentação, com o tema “O Poder Judiciário e a Polícia Judiciária no Enfrentamento ao Crime Organizado”, integrou a programação das comemorações à Semana da Polícia Civil.

O magistrado relembrou a lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, que define a organização criminosa e as disposições sobre a investigação criminal em seu artigo 1º, §1º, onde dispõe que: considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Segundo o magistrado, é primordial a cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. “O juiz não participa das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor”, destacou.

O presidente do TJAP afirmou, ainda, que o Judiciário, assim como a Polícia Civil, não pode ter vaidade e nem ser personificado, pois é necessário pensar a instituição como um todo. “A relação do Poder Judiciário com a Polícia Civil sempre foi aberta, franca e de muita credibilidade”, garantiu. 

O desembargador Rommel Araújo ressaltou que o Estado do Amapá é um dos estados da federação onde a Polícia Civil melhor investiga e chega a resultados positivos graças ao empenho e dedicação dos delegados e agentes. “Toda vez que o Poder Judiciário é chamado para estar perto da policia judiciária ele sempre esteve e sempre estará”, finalizou.   

Ao final da palestra o desembargador Rommel Araújo recebeu das mãos do Delegado-Geral Uberlândio Gomes certificado de participação como palestrante na Semana da Policia Civil do Amapá. 

Semana da Polícia Civil do Amapá

O evento, promovido pela Polícia Civil do Amapá, com o apoio do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Amapá (SINPOL), do Centro Amapaense de Tiro Tático e Esportivo (CATTE), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e da Associação dos Delegados de Polícia do Amapá (ADEPOL-AP), marcou o início da programação em homenagem ao Dia do Policial Civil, celebrado em 21 de abril.

 

Polícia Federal cumpre 18 mandados de busca em investigação de “rachadinha” na ALAP

A PF deflagrou na manhã desta sextw-feira (08), a Operação Double Crack*, que apura desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, em suposto esquema de “rachadinha”, prática conhecida na qual ocorre transferência de parte ou de todo salário do servidor para o parlamentar a partir de um acordo anteriormente estabelecido. O objetivo é também verificar fortes indícios de fraude em processo licitatório de locação de prédio comercial na ALAP.

A investigação iniciou após a Operação Chão de Vidro, deflagrada em março de 2020, que investigou possível compra de votos nas eleições de 2018.
Cerca de 50 policiais federais cumpriram 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça no Estado do Amapá (TJAP), todos na capital, contra dois parlamentares estaduais, bem como assessores que trabalham nos gabinetes dos respectivos deputados.
A PF constatou fortes indícios da existência de dois esquemas distintos de desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP). O primeiro foi o desvio de recursos das remunerações de assessores dos gabinetes de dois deputados estaduais, esquema popularmente conhecido como “rachadinha”. O outro foi a existência de aluguel superfaturado de prédio onde funciona a Escola do Legislativo.
O desvio de parte das remunerações era realizado por uma investigada que possuía diversos parentes ligados ao gabinete de parlamentar estadual, sendo a responsável por cooptar pessoas de sua confiança, que em contrapartida repassavam a maior parte do que recebiam da ALAP para a organização criminosa.

Em um dos casos, o assessor que possuía remuneração de R$ 8.354,24 chegou a repassar mensalmente R$ 7.400,00 para a organização criminosa. A PF identificou pelo menos 33 assessores que agiam no mesmo esquema com parlamentar, porém, atualmente apenas 14 permanecem desenvolvendo suas funções e provavelmente no mesmo esquema, sendo os demais exonerados.

As investigações ainda identificaram fortes indícios de que parlamentar também recebia parte da remuneração de assessores de outro parlamentar, em uma espécie de “rachadinha” paralela.

A PF constatou indícios que a organização criminosa recebia dos cofres da ALAP, apenas com desvio dos salários dos assessores, o valor mensal de R$ 154.180,00, cuja parte era utilizado para pagamento de despesas pessoais de parlamentar.
A PF também verificou fortes indícios de que o prédio onde funcionou a Escola do Legislativo foi locado pela ALAP com fraude ao processo licitatório (superfaturamento). Foi observado que o prédio era locado anteriormente pouco mais de R$ 13.000,00 para parlamentar- valor do aluguel era pago com dinheiro desviado das remunerações dos assessores- que agiu no sentido de

“sublocar” para a ALAP pelo valor de R$ 44.000,00, com indícios de ter coordenado as alterações no imóvel de forma a atender as especificações de termo de referência/projeto básico da licitação, antes do início e divulgação de qualquer procedimento pela ALAP. A PF estima que os valores desviados do ano de 2019 até o momento foram em torno de 7.4 milhões de reais apenas com desvio de remunerações dos assessores.

As condutas apuradas até o momento incidem nos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em processo licitatório e lavagem de capitais. As penas somadas, em caso de condenação, podem chegar a 42 anos de reclusão.
*D
ouble crack: Em tradução livre para o inglês significa dupla rachadura, em alusão ao esquema de “rachadinha”
envolvendo deputados da ALAP.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

Polícia Federal deflagra Operação contra organização criminosa que atua no Amapá e mais seis estados, no comércio ilegal de ouro e urânio

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 24, a Operação Au92*, dando cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão e a outros 8 mandados de prisão preventiva. As ações ocorreram em seis Estados brasileiros. Mais de 50 policiais federais participaram dos trabalhos, que tiveram buscas e apreensões nas seguintes cidades: Macapá/AP (3), Ananindeua/PA (2), Rio de Janeiro/RJ (1), São Paulo/SP (1), Natal/RN (1) e Palmas/TO (1).

Foram efetivadas ainda oito prisões preventivas, sendo três delas em Macapá/AP. As investigações tiveram início após os policiais terem acesso a documentos que comprovariam a atuação de uma organização criminosa especializada no comércio transnacional de minério, em geral ouro e urânio, no Estado do Amapá.

As medidas cautelares foram cumpridas contra os negociadores e compradores do minério. Dentre as ações do grupo, estavam a falsificação de documentos para “regularizar” os minerais – pertencentes à União – e assim praticar seu comércio a partir do Amapá com outras unidades da Federação, no mercado paralelo. Em alguns casos, constatou-se que o produto do crime tinha como destino final países europeus.

A PF identificou indícios que parte do ouro era extraído na Guiana Francesa e Suriname e “esquentado” no distrito do Lourenço, em Calçoene/AP. O material era armazenado em Macapá e em Porto Grande. Há indícios ainda que o produto do crime era transportado para os outros Estados a partir de pistas clandestinas no Amapá. A extração do ouro também ocorria na Venezuela e era comercializada em Boa Vista/RR. A investigação identificou que em apenas um dos negócios realizados pela organização, o valor ultrapassaria a casa dos 115 milhões de reais.

 

A investigação revelou que a organização criminosa também realizava a comercialização de urânio, com compradores oriundos de países da Europa. Os envolvidos podem responder pelos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, usurpação de matéria-prima da União e extração ilegal de minério. As penas somadas podem chegar a 26 anos de reclusão.

 

 O nome da operação é uma referência ao símbolo do ouro e do número atômico do urânio na tabela periódica.

 

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

Operação Blindness: MP-AP e Polícia Federal investigam associação criminosa que age no Iapen

Na manhã desta quinta-feira (10), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Investigação (NIMP), e a Polícia Federal (PF/AP) deflagraram a “Operação Blindness”, para cumprir 6 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão preventiva, nos municípios de Macapá e Santana, de envolvidos nos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e integrar organização criminosa.

A operação de hoje é um desdobramento da “Operação Caixa de Pandora”, deflagrada no dia 4 de fevereiro de 2022, quando policiais penais e agentes do Gaeco apreenderam, na cozinha do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Amapá (Iapen) e apresentaram na Polícia Federal, uma caixa contendo 11 quilogramas de drogas, 48 (quarenta e oito) aparelhos celulares, 1 revólver calibre .38, farta munição de calibre .38 e de .380, além de muitos outros materiais ilícitos, que seriam inseridos no estabelecimento prisional e chegariam às mãos dos internos.

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Naquela ocasião, um interno e a nutricionista e gerente da empresa terceirizada, contratada para fornecer alimentação aos presos e servidores, foram presos em flagrante e já respondem na Justiça pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e facilitação da entrada de aparelhos de comunicação em estabelecimento prisional.

Na operação Blindness, de hoje, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de três policiais penais, de um nutricionista, na sede da empresa de alimentação e do seu proprietário, e também na residência da companheira de um interno do Iapen. Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em desfavor das pessoas acima citadas, à exceção de um dos policiais penais.

As investigações do GAECO e NIMP com a Polícia Federal identificaram esquema entre policiais penais e internos para facilitar a entrada de objetos ilícitos no Iapen; esquema de fornecimento de refeições diferenciadas a presos, mediante pagamento de valores e, ainda, fraude no contrato de prestação de serviço, quando o dono da empresa de refeições determinava a funcionários que inserissem quantidades fictícias de “marmitas” na planilha de custos e, com esse valor gerado ilicitamente, adquiria bens materiais para a policial penal incumbida de receber e processar as faturas de pagamento mensal à citada empresa.

Os promotores de Justiça do GAECO e NIMP, Andrea Guedes de Medeiros Amanajás e Rodrigo César Viana Assis, e o Delegado de Polícia Federal incumbido da investigação, Davi Moreira Soares Sobral, enfatizaram que esse trabalho conjunto entre as instituições, assim como o apoio prestado pelos policiais penais que trabalham dentro da legalidade, tem feito surgir à tona esquemas de corrupção e vários outros crimes graves praticados por alguns poucos policiais penais da chamada “banda podre”, integrantes de facções criminosas e empresários com alto poder aquisitivo. Asseveram, ainda, que as investigações se aprofundarão até que todos os envolvidos sejam identificados e levados à Justiça para responderem por esses atos nocivos à coletividade.

“Blindness”: palavra em inglês que significa “cegueira”, em referência à forma como os policiais penais se comportaram fazendo vista grossa para a entrada do material ilícito no IAPEN.

SERVIÇO:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá

Suposta discussão no trânsito resulta na morte de Policial Militar

As primeiras informações dão conta que uma suposta discussão no trânsito resultou na morte do tenente da Polícia Militar identificado como Kleber Santana dos Santos, 42 anos, nesta manhã de quinta-feira (24), no cruzamento da Rua Odilardo Silva com a Avenida Cora de Carvalho, no centro de Macapá. O suspeito de ter dado os disparados,  é um Major da Reserva.

 

O que se sabe ainda é que o Tenente estava com o filho no carro a caminho da escola para deixar a criança. O Corpo do tenente foi encaminhado para para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico- Científica (Politec) para necropsia.

Homem acusado de abusar sexualmente de criança e adolescente é preso pela Polícia Civil, em Macapá

 

A Polícia Civil do Amapá, através da Delegacia Especializada em Repressão de Crimes Contra a Criança e Adolescente (DERCCA), prendeu um homem de 19 anos de idade, acusado de abusar sexualmente de um menino de 9 anos de idade e de um adolescente de 14 anos de idade, nesta sexta-feira, em Macapá.

De acordo com o Delegado Ronaldo Entringe, titular da DERCCA, as duas vítimas são de famílias distintas e moram próximo à residência do acusado, no bairro Marabaixo IV, local onde os crimes ocorreram no último dia 19.

“As vítimas estavam na casa do acusado, brincando com o irmão dele. Em determinado momento, o acusado ficou sozinho no quarto irmão com as duas vítimas e praticou os crimes. Tanto o menino quanto o adolescente contaram aos seus respectivos genitores o que havia ocorrido e os fatos foram denunciados. Representei pela prisão preventiva do acusado e hoje, com o apoio dos Agentes da DEIAI, tivemos êxito em mais essa ação”, disse o Delegado.
 Em interrogatório, o acusado negou os fatos que lhe são imputados. O homem preso foi encaminhado ao Iapen.

Até quando vamos matar nossos pretos e pretas?

Jornalista e ativista social- Lilian Monteiro

Dois crimes bárbaros marcaram e pautaram a sociedade e a imprensa durante toda a semana. Falo sobre os assassinatos cruéis do congolês Moïse Kabagambe, 24 anos , espancado até a morte, por cinco homens no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. E também, Durval Teófilo Filho, 38 anos, morto pelo sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que o confundiu com um ladrão.

Ambos episódios de barbárie aconteceram no estado do Rio de Janeiro, contra dois homens pretos, que carregam na pele a triste realidade de uma sociedade que perpetua o racismo estrutural e mata todos os dias um de nós, com o preconceito letal. Que país estamos construindo? É lamentável a nossa condição humana. Continuamos anestesiados vendo pretos e pretas sendo mortos por um racismo hediondo.

Moïse veio junto com família para o Brasil como refugiado em 2011, fugiu da guerra do Congo, mas a sua batalha, assim como a de Durval e de todos os pretos e pretas desse país é construído dia a dia, na luta para vencer e provar todos os dias, que nossos corpos não devem ser animalizados e chicoteados pelo sistema da crueldade de uma sociedade excludente e cruel.

Essa xenofobia desenfreada continua aniquilando muitas pessoas. A discriminação racial continua presente em muitas partes do Brasil, onde afro-brasileiros são frequentemente alvos de ataques por motivos raciais.

Durval Filho, assim como muitos brasileiros saia cedo de casa e voltava tarde para garantir o sustento da família. Mas na quarta- feira, 2, de fevereiro, cumprindo mais uma rotina, ele voltou para seu lar, às 23h, havia esquecido sua chave e estava mexendo na bolsa, quando de repente foi recepcionado a tiros por seu vizinho que o confundiu com um bandido…Até quando a nossa cor vai gerar desconfiança e ódio? Até quando seremos mortos com piadinhas racistas? Até quando seremos confundidos com criminosos por termos a pele preta? Até quando crimes como esses ficarão impunes?

“O que aconteceu foi uma covardia, porque meu irmão era trabalhador. Meu irmão nunca encostou em nada de ninguém. Ele sempre saiu de casa cedo. Minha mãe criou três filhos sozinha e nenhum seguiu vida errada. Ele era o único irmão que eu tinha e acontece um negócio desse? Ele tira a vida do meu irmão? Aí vai dizer que é legítima defesa? Não tem como. Meu irmão não tinha arma, meu irmão veio do serviço, ele veio do trabalho. Ele chegou em casa onze horas da noite”, disse Fabiana irmã se Durval.

Ninguém atira para não matar,
racismo é estrutural,a violência contra as mulheres e negros e LGBTQIA+ é estrutural. Vivemos reféns de um país violento, racista, que mata o povo que é história, é raiz, é negritude. Temos também a polarização desenfreada e um governo que alimenta o ódio.

Um dia um trabalhador é espancado até a morte num quiosque, no outro um cidadão chega na sua casa mexe na mochila e é morto. Ambos seres humanos que a sociedade insiste em retirar de suas famílias covardemente.Até quando vamos ver nossos irmãos morrendo e tudo continua como está?

Que as famílias de Moïse e Durval recebam o abraço de uma mulher preta que luta todos os dias pela dignidade de todos nós. Vidas Negras Importam.

Jornalista e ativista social- Lilian Monteiro

Maconha, cocaína, armas e celulares encontrados no estoque de alimentos da cozinha do IAPEN. Nutricionista e detento já estão na Polícia Federal


A Policia Penal, após vistoria no estoque de alimentos da cozinha do IAPEN, encontrou 11kg de drogas (sendo 9kg de maconha e 2kg cocaína), uma arma de fogo calibre 38 com numeração raspada, 33 munições de calibre 38, e 33 munições de calibre 380, 48 aparelhos celulares, além de diversos “chips” de celular.


O material proibido entrou no estabelecimento prisional dentro de caixas, durante a entrega da alimentação quem é fornecida ao IAPEN para os presos.

Uma mulher (28) de uma empresa terceirizada, que trabalha na cozinha e presta serviço ao IAPEN, além de um interno do próprio IAPEN foram presos em flagrante e levados à sede da Polícia Federal para os procedimentos cabíveis.

Os presos foram levados de volta ao IAPEN, onde ficarão à disposição da Justiça e poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo e munições.

A Polícia Federal seguirá com a investigação para identificação de outros participantes.

Assessoria de imprensa – Polícia Federal/ AP

Ataques a jornalistas e ao jornalismo mantêm patamar elevado e somam 430 casos em 2021

Fonte: Fenaj

Casos de violência contra jornalistas seguem elevados no Brasil, repetindo praticamente os mesmos números de 2020, quando a violência explodiu e bateu recorde. É o que aponta o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa – 2021, publicado anualmente pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a partir dos dados coletados pela própria entidade e pelos Sindicatos da categoria em todos os estados do Brasil. O relatório foi lançado hoje (27/01), com apoio do Fundo de Direitos Humanos dos Países Baixos, como parte das atividades virtuais do Fórum Social das Resistências.

Em 2021, a Censura ultrapassou a Descredibilização da Imprensa entre os tipos de violência registrados pela FENAJ. O presidente Jair Bolsonaro continua sendo o principal agressor da categoria

O número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se nas alturas em 2021 e, pelo segundo ano consecutivo, foi o maior desde que a série histórica começou a ser feita na década de 1990, relata a presidenta da FENAJ, Maria José Braga. No ano que passou, foram 430 casos, dois a mais que os 428 registrados em 2020.

“A continuidade das violações à liberdade de imprensa no Brasil está claramente associada à ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República”, afirma Maria José. Segundo ela, foram repetidos praticamente mesmos números, com acréscimo de detenção e prisões e aumento dos casos de censura.

A censura, segundo ela, chegou a passar a descredibilização da imprensa, violência mais comum nos últimos relatórios, e hoje ocupa o primeiro lugar nos ataques. A categoria descredibilização foi criada em 2019 a partir da própria postura do presidente da República que, desde que assumiu o poder, passou a atacar sistematicamente os jornalistas e os veículos de comunicação. A maioria das censuras foi cometida por dirigentes da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), aparelhada pelo governo federal.

Foram registradas 140 ocorrências de censura, 138 cometidas dentro da EBC. As censuras representaram 32,56% do total de casos, enquanto a descredibilização da imprensa respondeu por 30,46% (foram 131 ocorrências no total).

Além da censura, cresceu também o número de casos de atentados contra jornalistas e de violência contra a organização dos trabalhadores. Foram quatro atentados e oito ataques a entidades/dirigentes sindicais. Nas demais categorias, houve decréscimo, sendo que na maioria a redução registrada foi pequena.

Mas a presidenta acredita que haja subnotificação dos casos, pois muitos profissionais não procuram as entidades de classe com medo de retaliação e também de exposição.

Bolsonaro segue como principal agressor

O presidente Jair Bolsonaro (PL), assim como nos dois anos anteriores, foi o principal agressor, juntamente com outros políticos e seus assessores. Sozinho ele foi responsável por 147 casos (34,19% do total), sendo 129 episódios de descredibilização da imprensa (98,47% da categoria) e 18 agressões verbais.

Para atacar os jornalistas, o presidente da República usou adjetivos como “canalha”, “quadrúpede”, “picaretas”, “idiota”, além de mandar uma profissional calar a boca. Apoiadores do presidente e políticos e assessores também figuram no rol dos principais responsáveis pelos ataques.

Maria José diz que a entidade teme pelo aumento das violências em 2022, ano de eleição, e cobrou a agilização da tramitação pelo Congresso Nacional do projeto de lei de federalização da apuração dos crimes contra jornalistas, na tentativa de combater a violência que cresce ano a ano. A presidenta cobrou também um protocolo de atuação das polícias nos casos de violência contra a categoria e informou que a FENAJ tentou travar essa discussão, sem sucesso, com o Ministério da Justiça.

Homens são maioria das vítimas

Os jornalistas do sexo masculino são maioria entre as vítimas de violência em decorrência do exercício profissional, apesar de a categoria ser constituída majoritariamente por mulheres. Do total de jornalistas vítimas de agressões, 128 são do sexo masculino, o que corresponde a 55,89% do total. Entre as mulheres, 61 (26,64%) foram vítimas de algum tipo de violência, a maioria delas com viés machista e misógino.

Em 40 casos (17,47%) os profissionais não foram identificados ou a violência foi contra equipes, o que não permitiu a classificação por gênero. No entanto, ressalta a presidenta da FENAJ, que as mulheres são as principais vítimas dos ataques virtuais, majoritariamente também com cunho machista e violento. “Os ataques às mulheres têm uma característica peculiar. Elas são atacadas na sua vida vida pessoal, na sua qualidade de mulher, com xingamentos como vagabunda, puta, louca”.

DF é recordista de casos no país

Pelo segundo ano consecutivo, o Distrito Federal, sede do Poder Executivo Federal, foi o recordista de casos, com 150 ocorrências, o que representa mais da metade dos registros (56,90%). Neste quantitativo estão incluídos os 138 casos de censuras registrados na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que tem sede no DF. No total, a Região Centro-Oeste teve 269 casos.

O Sudeste, que durante anos foi o campeão em números de casos de violência contra jornalistas, manteve-se como a segunda região mais violenta para o exercício da profissão, mesma posição ocupada em 2020. Foram 69 ocorrências (23,23% do total). O estado de São Paulo foi o mais violento da região e o segundo em nível nacional, com 45 casos (15,15% do total).

No Nordeste, houve 25 casos de violência contra jornalistas (8,42% do total) e a Bahia foi o estado mais violento.

Na região Sul do país, foram 18 casos de agressões a jornalistas, o que representa 6,06% do total. Entre os estados do Sul, o Paraná registrou o maior número de ocorrências.

A Região Norte mantém-se com menor número de casos de violência contra a categoria. Em 2021, foram 16 ocorrências (5,39% do total), um número a menos do que no ano anterior. O Pará manteve-se como o mais violento da região

As tentativas de descredibilização da imprensa por meio de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas, por serem genéricas e generalizadas, não foram divididas por região/estado.

Agressões verbais e físicas apresentam redução

A maior redução em termos de números absolutos foi na categoria agressões verbais, com 18 casos a menos, em comparação com o ano anterior. Também houve decréscimo nas agressões físicas, com seis casos a menos, em 2021.

Em termos de porcentuais, as maiores quedas foram nas categorias assassinato, injúria racial/racismo e impedimentos ao exercício profissional. Foram registrados dois casos de assassinato e de injúria racial, em 2020, e uma ocorrência de cada, em 2021 . Houve ainda sete casos de impedimento ao exercício profissional em 2021, contra 14, em 2020. Nas três categorias houve, portanto, decréscimo de 50%.

No caso do racismo, a presidenta acredita que a ação firme da justiça que vem condenando os agressores pode ter contribuído para essa queda, mas ainda há, segundo ela, muitos casos subnotificados, como em todas as categorias de violência elencadas no relatório.

Profissionais de TV são mais agredidos

Em 2021, os profissionais da EBC foram vítimas de 138 ataques (37,40%) seguidos pelos profissionais de TV em 94 ataques (25,47%). Maria José Braga destaca que, historicamente, os profissionais de emissoras de TV são mais atacados, especialmente por serem mais identificados ao portar equipamentos e trajes específicos. Em terceiro lugar estão os profissionais de mídia digital, somando 44 ataques. Em 30 casos (8,13%) a mídia dos profissionais não foi identificada.

FENAJ cobra ação do poder público, das empresas e da sociedade

De acordo com a presidenta, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas denunciam, durante todo o ano, as agressões ocorridas, buscam apoiar as vítimas e pressionam as autoridades competentes para que haja apuração célere para a identificação dos agressores e a consequente responsabilização e punição dos culpados, mas é preciso que as entidades republicanas e a sociedade ajam de maneira mais efetiva para coibir os casos e cobrar das autoridades ações mais efetivas.

Maria José Braga alertou que a violência tem se mantido em um nível muito elevado. “É necessário que haja ação do poder público, das empresas de comunicação e apoio da sociedade brasileira para que haja combate da violência contra jornalistas. 2022 é ano eleitoral e as disputas políticas estarão acirradas e a FENAJ já se coloca de prontidão para apoiar os jornalistas no seu trabalho”, disse em coletiva virtual.

Em Porto Grande, Polícia Civil indicia pastor e esposa que mantinham dois indígenas em condições de trabalho escravo

A Polícia Civil do Amapá, através  da Delegacia de Polícia de Porto Grande, indiciou um casal que manteve dois jovens indígenas (15 e 19 anos de idade) em condições de trabalho escravo.

De acordo com o Delegado Bruno Braz, o caso tornou-se público quando o homem, que se diz pastor religioso, procurou o Conselho Tutelar da cidade pedindo ajuda para trazer os jovens indígenas de volta para sua casa, tendo em vista que eles estavam abrigados na casa de uma vizinha.

O Conselho Tutelar acionou a FUNAI que, com o apoio da Prefeitura de Porto Grande, encontrou os dois indígenas e os apresentou na Delegacia.

“Em depoimento, os dois jovens indígenas, que são primos, disseram que esse pastor passou uma temporada na aldeia deles e os convenceu a vir para Porto Grande com a promessa de que poderiam estudar.

Chegando aqui, em setembro de 2021, foram obrigados a trabalhar vendendo melancias de domingo a domingo na rua, sem que recebessem qualquer salário, eram proibidos de ter contato com outras pessoas, passavam fome, não podiam parar nem para ir ao banheiro, dormiam em condições precárias, enquanto o pastor e sua esposa se aproveitavam da situação.

Uma moradora da cidade tomou conhecimento da situação dos indígenas e os abrigou até a chegada da Funai, que, agora, buscará devolver os jovens para sua aldeia, localizada às margens do Rio Curupi, no município de Paragominas, no estado do Pará”, explicou o Delegado.

Em Macapá, Polícia Civil indicia duas pessoas do estado de Minas Gerais por estelionato virtual

A Polícia Civil do Amapá, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-CCIBER), indiciou duas pessoas, em dois inquéritos policiais, pela prática do crime de estelionato virtual.

De acordo com a Delegada Aurea Uchoa, os indiciados aplicaram golpes através da falsa venda de produtos de maquiagem no atacado, utilizando um perfil falso no instagram.

“Eles se passavam por uma loja situada no Brás, em São Paulo, e realizavam venda online com valores atrativos, fazendo vítimas em todo o Brasil. Em Macapá, duas vítimas compraram cerca de R$ 1 mil cada uma, com a intenção de revender os produtos.

As vítimas efetuaram o pagamento e não tiveram mais nenhum retorno da suposta empresa, até que foram bloqueados. O perfil utilizado no golpe foi retirado do ar mediante solicitação da DR-CCIBER”, explicou a Delegada.

Os indiciados possuem uma relação de parentesco e são do estado de Minas Gerais.
A Delegada informou ainda que as pessoas precisam ser mais cautelosas ao realizarem compras de forma virtual, pois os criminosos criam perfis falsos e anúncios de venda, seja por site, instagram, facebook e olx, para conseguirem aplicar golpes nos interessados.

Assassinos do policial militar são presos em Macapá

Os dois assassinos do policial militar, Ranolfo Silva, 30 anos, morto em uma tentativa de assalto ontem, quarta-feira, 5, em um laboratório de análises clínicas no bairro Santa Rita, foram presos por agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), comandados pelo delegado titular, Celso Pacheco.

Os assaltantes são Leandro da Silva Nascimento, que se entregou à polícia, e Jahmerson Alexandre Silva, autor do disparo que matou o policial, que foi preso na casa de parentes. Ambos são detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá ( Iapen) e cumprem as penas em regime semiaberto.

O soldado era da turma de 2018 da Polícia Militar e estava fazendo exames para ingressar no curso da Companhia de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Policial Militar morre após tentativa de assalto em laboratório no Santa Rita

O policial militar Ranolfo Silva morreu após ser baleado em uma tentativa de assalto nesta quarta-feira, 5, de janeiro, em um laboratório no bairro Santa Rita em Macapá.

Dois criminosos entraram armados no local e renderam os clientes, entre eles o policial que foi atingido no abdômen. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu.

O soldado era da turma de 2018 da Polícia Militar, estava fazendo exames para ingressar no curso da Companhia de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Operação Roleta-Russa: MP-AP e Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio e Forças de Segurança do Estado cumpriram mandados contra integrantes de grupo criminoso em Macapá

Na manhã desta terça-feira (28), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do seu Núcleo de Inteligência (Nimp), em conjunto com a Delegacia Especializada de Crimes Contra o Patrimônio (Deccp), e com o apoio da Polícia Militar (Bope e Força Tática), do Grupamento Tático Aéreo Transportado (GTA) da Sejusp e do Grupo Tático Prisional (GTP) do Iapen, Gabinete Militar do MP-AP, deflagraram a “Operação Roleta-Russa”, para dar cumprimento a nove mandados de busca e apreensão e a três de prisão preventiva contra integrantes de um grupo que pratica roubos a residências e a estabelecimentos comerciais e que vende drogas ilícitas.

O cumprimento dos mandados se deu nas residências dos investigados, nos bairros Araxá, Pacoval e Cidade Nova, e no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

A investigação se iniciou na Deccp, sob comando do Delegado Celson Pacheco, em inquérito policial para investigar o grupo que vinha abalando a ordem pública com roubos a residências e a estabelecimentos comerciais, sempre praticando esses crimes com muita violência.

“Devido à complexidade com que se apresentou a investigação, houve a necessidade de cooperação do Gaeco e do Nimp, quando, então, se constatou que os investigados – alguns deles bastante jovens – são pessoas desprovidas de senso de convivência comunitária altruísta, já que não respeitam o patrimônio alheio e nem buscam ganhar seu dinheiro licitamente, por meio dos estudos e do trabalho honesto, e ainda ficou confirmado que eles se dedicavam ao tráfico de drogas na região dos bairros Araxá, Cidade Nova e Pacoval”, informou a coordenadora do NIMP e Gaeco-AP, promotora de Justiça Andréa Guedes.

Dentre os integrantes do grupo criminoso, há uma mãe e seus dois filhos maiores de idade, a respeito dos quais ficou clara a cumplicidade criminosa. Há outro integrante que dissimulava trabalho como motorista de aplicativo, mas que na verdade prestava auxílio ao grupo durante os roubos e o tráfico de drogas.

Ainda durante as investigações, dois dos investigados foram presos em flagrante por roubo. De qualquer forma, foram expedidos novos mandados de prisão preventiva contra eles, que foram cumpridos dentro do Iapen e no Araxá, uma vez que, mesmo presos, continuavam a comandar o restante do grupo que estava em liberdade.

Operação Roleta-Russa

É uma referência a um jogo inconsequente em que o perdedor pagava com a própria vida. No caso, essa é uma característica peculiar dos investigados que, quando saiam para praticar os roubos, diziam ter a consciência de que iam para “o tudo ou nada, ganhar ou perder”, por essa razão, eram extremamente violentos com suas vítimas.

Durante o cumprimento dos mandados, uma mulher foi presa em flagrante por receptação.

A operação foi coordenada pelos promotores de justiça do Nimp e do Gaeco, Andrea Guedes de Medeiros e Rodrigo César Viana Assis, e pelos delegados de Polícia Civil, Celson Pacheco e Leonardo Alves, que reafirmam o compromisso de tentar – dentro de suas instituições e também em ações de cooperação como esta – trabalhar arduamente para combater a criminalidade e promover a sensação de paz na sociedade.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá

Nota do Corpo de Bombeiros sobre a interdição do ‘Fantástico Park’

Nota do Corpo de Bombeiros sobre a interdição do ‘Fantástico Park’ sobre a Inté O Corpo de Bombeiros interditou totalmente, nesta terça-feira (21), o parque de diversões instalado em um shopping de Macapá, após acidente que feriu uma criança. O brinquedo já havia sido interditado após o ocorrido.

Depois de uma perícia realizada pelo Corpo de Bombeiros e a Polícia Científica, concluiu-se pela interdição total pelo período de 10 dias até a conclusão do laudo pericial.

Um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) para apurar o caso. Já foram ouvidos os proprietários do parque, o operador do brinquedo, assim como o pai e a mulher que acompanhava a criança.

Brinquedo sai do trilho e deixa pessoas feridas em parque de diversões em Macapá

Um brinquedo conhecido como ‘minhocão’ saiu do trilho na noite desta segunda-feira, 20, e deixou algumas pessoas feridas, entre elas, uma criança de cinco anos, que teve ferimentos graves no abdômen e foi internada no Hospital de Emergências de Macapá (HE).

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O acidente aconteceu no parque ‘Fantástico Park’, instalado recentemente nas dependências do Amapá Garden Shopping. Após o ocorrido, o Corpo de Bombeiros interditou o brinquedo.

Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP), coronel Wagner Coelho, o parque fez todo o protocolo e está com a licença para se funcionar dentro da área do Garden.

“Nossa equipe foi acionada logo após o acidente e, de imediato, já interditou o brinquedo que apresentou o problema. Nesta terça, 21 vamos fazer nova inspeção em todo o parque. Existe a possibilidade, sim, de interditar todo”, ressaltou o comandante-geral.

Inaugurado o Complexo de Segurança da Zona Oeste

O Governo do Amapá entregou a nova unidade do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) neste sábado, 18. Com mais este equipamento, o Estado conclui o Complexo de Segurança Pública da zona oeste de Macapá, estratégico para a prevenção à violência e proteção dos mais de 150 mil habitantes da região.

Foram R$ 7 milhões investidos no Complexo, resultado da importante parceria entre o Governo do Estado e a Bancada Federal, que inclui o quartel do 3º Grupamento Corpo de Bombeiros (CBM) e a nova sede do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) da PM.

“Essas entregas são resultado de um planejamento para a reestruturação da Segurança Pública iniciado em 2015. Somados todos os investimentos que o Governo do Amapá já realizou, desde infraestrutura, capacitação até novas viaturas, parque tecnológico e equipamentos técnicos, já são mais de R$ 275 milhões, que o Estado seguirá ampliando em 2022″, reforçou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Souza.

 

 

Novo Ciosp

O investimento para a construção do Ciosp na zona oeste de Macapá soma R$ 2.170.610,81. Este novo equipamento da Segurança Pública concentra as coordenadorias Especial de Combate ao Crime Organizado e Organizações Criminosas (Ceccor) e de Operações e Recursos Especiais (Core) – a “tropa de elite” da Polícia Civil do Amapá -, criadas com a lei nº 2507, que moderniza a instituição.

 

O espaço físico é constituído por dois pavimentos com recepção, atendimento às ocorrências, depósitos reforçados de materiais apreendidos em operações policiais, almoxarifado, cartórios, salas para integração com a Polícia Militar e Polícia Científica, carceragem, salas para os delegados e para agentes de polícia, auditório, sala para reunião, para plantonistas, alojamentos e central de operações.

 

BPRE

A nova sede do 14º Batalhão da PM cumpre o trabalho estratégico de policiamento ostensivo em rodovias estaduais como a Josmar Chaves Pinto( antiga JK), AP-020 (Duca Serra), AP-070 (Curiaú), AP-440 (Km 09) e a Rodovia Norte-Sul. Juntas, as rodovias estaduais somam mais de 4 mil quilômetros de extensão. Foram R$ 2.582.613,13 investidos na unidade, que segue o moderno padrão construtivo da Segurança Pública.

São mais de mil metros quadrados de área construída, em dois pavimentos e inclui recepção, salas de atendimento à população, administrativas, de armamentos e carceragem.

 

Quartel do Corpo de Bombeiros

Em julho de 2021, a população da zona oeste recebeu o quartel do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que conta com um efetivo de 77 militares e também e é a nova sede do projeto social Bombeiro Mirim Músico.

A edificação conta com mais de mil metros quadrados de área construída, com espaços como salas para atividades administrativas, refeitório, sala de instrução, área de higienização de ambulâncias, de manutenção de equipamentos, guarita e um reservatório com capacidade de 30 mil litros de água.

 

PF e Ministério Público Federal realizam operação para identificar outros responsáveis pelo “apagão” no Amapá em 2020

A Polícia Federal, com o apoio do MPF, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 16/12, a Operação Blackout*. O objetivo é identificar responsabilidade de outras pessoas, físicas e jurídicas, pelo “apagão” que atingiu 13 dos 16 municípios do Amapá entre os dias 3 e 24 de novembro de 2020.
Nas cidades do Rio de Janeiro (3) e de São Paulo (2), mais de 20 policiais federais deram cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão em empresas e residências de pessoas que possam estar relacionadas ao ocorrido. A PF busca elementos que indiquem conhecimento prévio dos responsáveis sobre os problemas no sistema elétrico no Amapá.

Nesse caso, apura-se eventual omissão quanto à adoção das medidas preventivas e necessárias por parte dos responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica no estado. Sabe-se que que relatórios confeccionados nas vistorias internas, realizados na malha energética amapaense haviam apontado, pelo menos um ano antes, o risco de ocorrer um fato como o de novembro de 2020 devido a superaquecimento na subestação. A inércia dos responsáveis ante essa situação é o que PF e MPF buscam confirmar com mais elementos informativos.


Os envolvidos podem responder por Incêndio culposo e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, cuja pena somada é de sete anos de reclusão.

Blackout significa queda total de energia. A expressão ficou conhecida após colapso elétrico ocorrido em 1965, quando o Nordeste dos Estados Unidos e parte do Canadá ficaram às escuras por cerca de 12 horas.

Inquérito policial e indiciamentos
Em julho deste ano, a Polícia Federal concluiu inquérito instaurado para apurar o caso. Três diretores da empresa LMTE (Linhas de Macapá Transmissora de Energia) foram indiciados pelo crime previsto no artigo 265 do Código Penal Brasileiro: atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública.
A sanção prevista neste caso é reclusão de um a cinco anos e pagamento de multa. Há a possibilidades de que existam mais coautores relacionados ao caso e que possam vir a ser responsabilizados também.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

Em três meses, Delegacia de Crimes Cibernéticos soluciona mais de 90% das investigações

Com três meses de funcionamento, a Delegacia de Crimes Cibernéticos e Atendimento ao Turista já atendeu mais de 400 ocorrências solucionando 90% dos casos, que, em sua maioria, estão ligados a estelionato. A unidade especializada da Polícia Civil funciona no Aeroporto Internacional de Macapá e foi entregue pelo Governo do Estado em 14 de setembro, como parte das estratégias de fortalecimento da Segurança Pública.

SAIBA MAIS: Estado Forte, Povo Seguro: Governo entrega Delegacia de Crimes Cibernéticos e Atendimento ao Turista

A delegada titular da unidade, Áurea Uchôa, detalhou o desempenho na resolução dos casos e quais os crimes mais recorrentes.

“Conseguimos identificar infratores e concluir as investigações em mais de 90% do total de ocorrências registradas aqui e das encaminhadas por outras delegacias. Estelionato, por exemplo, corresponde a mais de 65% de todos os registros da delegacia”, explicou Uchôa.

“Houve casos que envolviam, inclusive, criminosos de outros estados, como Pernambuco, que aplicavam golpes no Amapá. Conseguimos não apenas identificar os autores como indiciá-los”, completou.

A delegada detalhou ainda que outros delitos correspondentes ao restante dos registros são os crimes contra a honra – calúnia, difamação e injúria -, extorsão e ameaça. No apoio ao turista, são mais frequentes as ocorrências de perda de documentos, extravio de bagagens e furto, embora em menor frequência.

Fortalecimento da Segurança Pública

A Delegacia de Crimes Cibernéticos faz parte da reestruturação da Polícia Civil, que otimiza investigações de casos de corrupção, organizações criminosas e crimes cibernéticos, por meio da Lei nº 2507, proposta e, após aprovação na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), sancionada pelo governador, Waldez Góes, em 13 de agosto.

O projeto permitiu também a criação das Coordenadorias Especiais de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Ceccor) e de Operações e Recursos Especiais (Core).

VEJA TAMBÉM: Governador do Amapá sanciona lei anticorrupção e contra crimes organizados e cibernéticos

Governo anuncia pacote de medidas para segurança pública e proteção social

Medidas incluem novos concursos públicos, aumento do patrulhamento ostensivo e incentivo aos rendimentos dos servidores.

O Governo do Amapá anunciou um novo pacote com oito medidas para o fortalecimento da proteção social e defesa dos amapaenses. Entre elas, estão: novos concursos para Corpo de Bombeiros e Polícias Militar e Científica já 2022; convocações de 150 aprovados do cadastro de reserva do concurso do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen); e incentivos aos rendimentos dos servidores, como aumento da gratificação para voluntários da Reserva.

As ações foram anunciadas nesta segunda-feira, 13, e fazem parte do maior investimento já realizado em Segurança Pública no Amapá. Os resultados do programa Estado Forte, Povo Seguro, possibilitaram o avanço das políticas públicas de Segurança, como enfatizou o governador Waldez Góes.

“É uma reestruturação completa da Segurança Pública que só foi possível graças ao amplo comprometimento de todos […] governo, agentes da Segurança e a Bancada Federal, cada um cumprindo seu papel. Promovemos avanços inéditos com infraestrutura, armamento, novas viaturas, tecnologia de informação, e seguiremos avançando com a estruturação e valorização profissional”, disse o governador.

O secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), coronel Carlos Souza, detalhou cada uma das medidas, que refletem os anseios das tropas e da sociedade.

“Após as entregas importantes, que já refletem em melhor atendimento para a população, seguimos agora medidas para o reforço do efetivo, modernização e incentivo ao rendimento do servidor da Segurança, que resulta no bem comum: a tranquilidade das famílias e de toda a sociedade”, disse o titular da Sejusp.

Veja as medidas

1. Novos Concursos para Polícia Militar, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros Militar já em 2022. O processo seletivo ocorrerá na modalidade de cadastro reserva, que possibilitará que o governo convoque mais candidatos de um mesmo certame;

2. Novos critérios para Concursos da Segurança Pública, já em vigor para os concursos anunciados. Uma das principais mudanças é o nível de escolaridade, que passa a ser o médio, sendo o curso de formação de soldados equivalente ao nível superior, como Tecnólogo de Segurança Pública, garantindo um efetivo especializado no exercício das atividades de proteção e defesa. Outras mudanças são a redução da exigência da estatura para os concursos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, sendo a altura mínima de 1,65m para homens e 1,55m para mulheres, e o aumento na idade máxima para ingresso no Curso de Formação de Oficiais para 35 anos;

3. Fusão da Frota Aérea do Grupamento Tático Aéreo (GTA) e Divisão de Transporte Aéreo (Ditraer) sob administração única, reunindo assim o efetivo de 44 profissionais da aviação e quatro aeronaves para dar ainda mais agilidade no atendimento às ocorrências, assim como mais economicidade e eficiência na gestão dos recursos das frotas;

4. Chamada de 150 aprovados do Cadastro Reserva do Iapen para compor o quadro efetivo da Polícia Penal. O concurso do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) foi lançado em julho de 2018 e já foram convocados 110 candidatos, que encerram o curso de formação na Academia Integrada de Formação e Aperfeiçoamento (Aifa) neste mês de dezembro. Serão, portanto, 260 concursados que reforçarão a segurança das execuções penais;

5. Aumento da Gratificação para Voluntários da Reserva, para os militares recomporem o quadro de atividades. O Governo aprovou o aumento da remuneração de R$ 1.800,00 para R$ 2.500,00. A alteração da lei da gratificação irá simplificar o processo de chamada, sem obrigatoriedade de um teste de aptidão física, com edital específico por entidade;

6. Escala Extra Remunerada com até R$ 1.440,00 de remuneração para os agentes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar que, voluntariamente, se disporem a prestar serviço além da escala ordinária. É incentivo aos servidores e aumento do efetivo nas ruas, a serviço da população;

7. Premiação por Apreensão de Armas de Fogo com valores que variam entre R$ 300,00 e R$ 1.600,00 de acordo com o tipo e calibre da arma apreendida pelo agente da Segurança. Para os policiais penais, a premiação ocorre por armas que deixarem de entrar na penitenciária. Anualmente, cerca de 700 armas de fogo são apreendidas no Amapá;

8. Assessoria Jurídica para o agente da Segurança Pública por ações no exercício das suas funções. Serão até R$ 3,5 milhões investidos em 2022, por meio de parceria entre o Governo do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AP), que levará o atendimento jurídico especializado para a defesa dos agentes em cumprimento do dever de proteger os cidadãos.

Resultados Entregues

Com o planejamento iniciado em 2015, o pacote inédito de investimentos na Segurança Pública é fruto da importante parceria entre o Governo do Amapá e a Bancada Federal. Já foram entregues à população a Delegacia da Infância e Juventude, no município de Santana; a Unidade de Policiamento Comunitário (UPC) Macapaba – Extensão do 2º Batalhão da Polícia Militar; o Núcleo da Polícia Científica no município de Santana; o Novo posto da Polícia Militar no distrito de Carnot, em Calçoene e; a Delegacia de Polícia Civil no município de Mazagão.

Também já foram entregues a nova sede do 1º Batalhão de Polícia Militar no Conjunto São José, em Macapá; o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) no Conjunto Macapaba, em Macapá; a Nova sede do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE); o Quartel do Corpo de Bombeiros Militar na Zona Oeste de Macapá; a nova sede do 6º Batalhão da Polícia Militar, na zona leste de Macapá; além de armamentos, viaturas, ambulâncias, caminhões de combate ao fogo, mobílias, sistema de rádio de comunicação, novo parque tecnológico e equipamentos de perícia criminal.

Nos próximos dias, o Governo do Amapá inaugura o Ciosp da Zona Oeste de Macapá, completando o Complexo de Segurança Pública da região, que inclui o novo quartel do Corpo de Bombeiros.

As estruturas vão dar maior suporte à população da zona oeste, uma das áreas que mais crescem na cidade com bairros como Marabaixo, Cabralzinho, Jardim América, entre outros.

https://www.portal.ap.gov.br/noticia/1312/estado-forte-povo-seguro-governo-anuncia-novo-pacote-de-fortalecimento-da-seguranca-publica