Procuradores da Amazônia Legal buscam unificar entendimentos jurídicos para acesso dos governos ao mercado de crédito de carbono

Amapá já está habilitado para captar os recursos provenientes da redução de emissões de gases de efeito estufa.

A segurança jurídica para permitir acesso dos governos ao mercado de créditos de carbono foi um dos pontos de discussão do Fórum de Procuradores Ambientais da Amazônia Legal nesta quinta-feira, 10, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-27), que acontece no Egito.

Créditos de carbono são incentivos para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento de florestas. O Amapá já está apto pelo Ministério do Meio Ambiente a captar esses recursos.

Para que esse mercado possa se consolidar, é preciso aperfeiçoar a segurança jurídica neste campo, uma vez que a existência de diferentes critérios de certificação dificulta a estimativa de qual seria o excedente de carbono do Brasil e, por extensão, de cada um dos 27 estados e do Distrito Federal.

Durante o Fórum, o procurador-geral do Estado do Amapá, Narson Galeno, detalhou que este é um dos objetivos dos estados da Amazônia Legal.

“Estamos trabalhando na uniformização de modelos de negócio que deem segurança jurídica aos gestores, permitindo aos estados atuar embasados por orientação comum de todas as nove procuradorias”, detalhou.

Os estados buscam possibilidades de atuação na legislação ambiental brasileira. Além da própria Constituição Federal, há a Lei de Florestas Públicas, de 2006, a Política Nacional de Mudanças Climáticas, de 2009, o Código Florestal, de 2012, decretos e, mais recentemente, Política Nacional de Serviços Ambientais.

A primeira negociação de serviços ambientais do Brasil foi feita pelo Acre, em 2012. Anterior à regulação do mercado pelo Acordo de Paris, o modelo foi copiado por governos mundo afora, como o da Califórnia.

Com a regulação trazida pelo Acordo de Paris, os estados que formam o Consórcio Amazônia Legal buscam caminhos juridicamente seguros para avançar no mercado voluntário de carbono.

“Esse foi um passo fundamental no momento em que havia ainda menos clareza do que temos hoje”, afirma o procurador Wellington Bringel de Almeida, do Amapá.

A Experiência de Tocantins

O estado do Tocantins apresentou sua experiência com o modelo que pode destravar o mercado voluntário de crédito de carbono – menos sujeito à regulação federal – sendo o primeiro resultado prático do Fórum de Procuradores Ambientais da Amazônia Legal. A estratégia de Tocantins pode ser reproduzida, em breve, pelo Amapá.

Na tentativa de reduzir as emissões e vender o crédito, Tocantins firmou parceria com a Mercuria, companhia de óleo e gás suíça, por meio da empresa de economia mista Tocantins Parcerias.

Pelo acordo, a Mercuria se compromete a investir R$15 milhões em serviços ambientais mais o custo de certificação do crédito de carbono, estimado em outros R$20 milhões, a partir do potencial de geração de créditos do estado. Em troca, tem a preferência na compra do carbono excedente que venha a ser gerado pelo Tocantins até 2032 pelo valor de mercado no momento em que o governo do estado decidir fazer a venda.

O Tocantins, no entanto, pode fazer a venda a outra empresa que, por exemplo, ofereça um valor maior pelo título de crédito do que a Mercuria. Nesse caso, a empresa suíça seria reembolsada pelos custos do serviço ambiental e de certificação.

Enquanto implementa um modelo de financiamento do processo de certificação, indispensável para a venda do crédito de carbono, o Tocantins pode estar dando contornos de realidade a uma das formas mais promissoras de restauração e preservação florestal. “Estamos seguros de estar possibilitando aos governos estaduais acesso a recursos indispensáveis para o combate à crise climática”, afirma o procurador José Humberto Muniz Filho, do Tocantins.

https://www.amapa.gov.br/noticia/1011/procuradores-da-amazonia-legal-buscam-unificar-entendimentos-juridicos-para-acesso-dos-governos-ao-mercado-de-credito-de-carbono

Estande da Amazônia Legal recebe cerca de 300 pessoas no primeiro dia da COP-27

Espaço conta com miniauditório para apresentação de ações, projetos governamentais e parcerias para o desenvolvimento sustentável na região.

Aberto nesta segunda-feira,7, o estande do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27) já recebeu cerca de 300 pessoas em seu primeiro dia de funcionamento, em Sharm El-Sheikh, no Egito. A COP-27 iniciou oficialmente no último domingo, 6.  

O Consórcio da Amazônia Legal é presidido pelo governador Waldez Góes e composto pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os nove estados ocupam 59% do território brasileiro com uma população de mais de 29,3 milhões de pessoas. 

O espaço do bloco regional na COP-27, de 120m², é composto por um lounge, duas salas de reunião e um miniauditório com capacidade para 30 pessoas, onde serão realizados 40 painéis de 9 a 18 de novembro, data do encerramento da Conferência. 

No primeiro dia, pesquisadores e especialistas em meio ambiente de vários países visitaram o espaço em busca de informações sobre a Amazônia brasileira, o próprio Consórcio e sua forma de atuação. 

As salas também foram utilizadas por técnicos e pesquisadores brasileiros para reuniões e entrevistas. Entre os profissionais que visitaram o Hub Amazônia Legal, estão o climatologista Carlos Nobre, um dos nomes mais respeitados mundialmente sobre pesquisas de mudanças climáticas; e Andrea Azevedo, diretora de programas e projetos do Fundo JBS pela Amazônia. 

Além da decoração com imagens da natureza e dos povos da Amazônia, o estande conta com monitores de vídeo com exibição da programação dos painéis que serão apresentados no local durante a COP27, e de cenas dos estados da Amazônia Legal, mostrando suas tradições culturais e seus aspectos econômicos. 

A partir desta quarta-feira (9/11), governadores, secretários estaduais e ambientalistas vão apresentar ações, projetos e desafios de seus respectivos estados. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva participará de atividade no estande na próxima semana, no dia 16. Toda a programação será transmitida ao vivo pelo canal da Amazônia Legal no YouTube. 

Sobre o Consórcio Amazônia Legal –   

O Consórcio tem a missão de acelerar o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal de forma integrada e cooperativa, considerando as oportunidades e os desafios regionais e seu objetivo é ser referência global em articulação, estratégia e governança para transformar a Amazônia Legal em uma região competitiva, integrada e sustentável, até 2030.
https://www.amapa.gov.br/noticia/0711/estande-da-amazonia-legal-nbsp-recebe-cerca-de-300-pessoas-no-primeiro-dia-nbsp-da-cop-27

Consórcio da Amazônia Legal: governadores definem posicionamento do bloco regional na COP 27

O Consórcio terá de forma inédita o Hub da Amazônia Legal, dentro do espaço Bluezone.

O governador, Waldez Góes, e outros representantes do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal definiram, nesta sexta-feira, 14, o posicionamento que o bloco regional terá na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). Como abordagem durante a convenção, eles elencaram seis temas centrais relacionados ao meio ambiente e ao desenvolvimento socioeconômico

Nesta edição da COP27, – a ser realizada de 6 a 18 de novembro, no Egito, o Consórcio terá, de forma inédita, o Hub da Amazônia Legal, dentro do espaço Bluezone, para agendas comuns.

As temáticas definidas pelo bloco regional foram: medidas de prevenção e controle do desmatamento e incêndios florestais; políticas de clima, adaptação e mudanças climáticas; financiamento climático, mercado de carbono e recursos para fortalecer as políticas estaduais; políticas de produção sustentável e fortalecimento da bioeconomia; conservação e restauração florestal/biodiversidade; e salvaguardas socioambientais.

Góes – que também é presidente do Consórcio – esclareceu aos demais participantes que os temas destacados são frutos do diálogo e da contribuição das organizações parceiras do bloco econômico e dos estados; ele também citou a importância do discurso dos representantes da Amazônia Legal estar alinhado.

“O esforço é que o posicionamento dos estados da Amazônia tenha unidade, uma vez que, ao relacionarmos agendas comuns, é prudente que nós nos apresentemos como Consórcio, defendendo as temáticas centrais, alinhando nossa abordagem”, explicou Góes.

O bloco regional é formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Os estados são autônomos, com realidades próprias e políticas individuais, mas também têm o Consórcio como colegiado de articulação e fortalecimento das políticas para a região, portanto, esta será uma oportunidade dos entes estaduais agirem de forma a cooperarem e contribuírem para discussões complementares.

https://www.portal.ap.gov.br/noticia/1410/consorcio-da-amazonia-legal-governadores-definem-posicionamento-do-bloco-regional-na-cop-27

Equinócio da Primavera 2022 terá rapel e programação cultural no Monumento Marco Zero

O Governo do Amapá realiza na próxima quinta-feira, 22, a programação do Equinócio da Primavera 2022, no Monumento Marco Zero do Equador, em Macapá.

O evento marca a chegada da primavera no hemisfério sul do planeta Terra. Haverá rapel no relógio solar, apresentação cultural, exposições e venda de artesanatos. A programação é aberta ao público.

A programação, preparada pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur), começa a partir de 8h e terá seu ponto alto às 22h04min, quando acontece o fenômeno astronômico. No início da noite, às 18h, será feita abertura oficial do evento com a participação de autoridades, seguida de apresentação cultural de marabaixo e música regional.

Os visitantes contarão com a venda de artesanato regional e indígena, comercialização de comidas e bebidas, exposição e venda de gengibirra, mostra fotográfica e de artes plásticas da galeria de artes Samaúma. Como atração haverá, ainda, a ponte de três cordas e falsa baiana.

Fenômeno

O Equinócio de Primavera é um fenômeno astronômico que marca o início da primavera e costuma acontecer entre os dias 22 e 23 de setembro, quando o dia e a noite têm a mesma duração (12 horas cada).

No Amapá, o fenômeno atraí turistas com atividades turísticas e programação no Monumento Marco Zero do Equador.

 

Música “Sabor Açaí” de Joãozinho Gomes e Nilson Chaves está entre as 51 maiores músicas brasileiras de todos os tempos

 

Por Giancarlo Galdino

https://www.revistabula.com/autor/giancarlo-galdino/

Ao longo da história, a música alcançou papel de destaque cada vez maior. Na Idade Antiga, já se verificava o costume de diferentes civilizações celebrarem seus deuses mediante um desdobramento de sons harmoniosos entre si, que obedeciam a uma escala pré-determinada. Na vanguarda em muitos dos costumes adotados entre os povos atávicos — muitos dos quais ainda hoje observamos —, os romanos foram os primeiros a fazer da atividade musical um negócio ao encomendar composições e importar instrumentos; na Roma Antiga, a música adquiriu igual evidência na política, uma vez que todos os pronunciamentos no Senado eram acompanhados por uma orquestra.

A propagação do trabalho de músicos e intérpretes deve muito também à Igreja. Na Idade Média, o papado de Gregório (540-604) se caracterizou por uma verdadeira revolução nos usos durante as missas. Gregório, eleito em 590, se dedicou pessoalmente a catalogar e popularizar hinos em latim que reproduziam o Evangelho e exaltavam o divino. O canto gregoriano foi se tornando um hábito e conquistando plateias além dos templos, fenômeno que ganha ainda mais força a partir do século 11.

Pensadores que organizaram a filosofia como a conhecemos hoje, a exemplo de Platão (427-347 a.C), Aristóteles (384-322 a.C) e Santo Agostinho de Hipona (354-430), enxergam na música uma maneira eficiente — talvez a mais eficiente — de conectar corpo e espírito, justamente por ser uma atividade que demanda trabalho físico e elevação intelectual. Esses polímatas enaltecem na música seu caráter civilizatório, moldando personalidade afáveis ao diálogo, graças aos muitos gêneros em que pode se constituir. A música é alento para o desesperançado, estímulo para o covarde e sossego para o impetuoso.

Sabor Açaí

E prá que tu foi plantado
E prá que tu foi plantada
Prá invadir a nossa mesa
E abastar a nossa casa…

Teu destino foi traçado
Pelas mãos da mãe do mato
Mãos prendadas de uma deusa
Mãos de toque abençoado…

És a planta que alimenta
A paixão do nosso povo
Macho fêmea das touceiras
Onde Oxossi faz seu posto…

A mais magra das palmeiras
Mas mulher do sangue grosso
E homem do sangue vasto
Tu te entrega até o caroço…

E tua fruta vai rolando
Para os nossos alguidares
Tu te entregas ao sacrifício
Fruta santa, fruta mártir
Tens o dom de seres muito
Onde muitos não têm nada
Uns te chamam açaizeiro
Outros te chamam juçara…

Põe tapioca
Põe farinha d’água
Põe açúcar
Não põe nada
Ou me bebe como um suco
Que eu sou muito mais que um fruto
Sou sabor marajoara
Sou sabor marajoara
Sou sabor…(2x)

Põe tapioca
Põe farinha d’água…(9x)

 

Desfile do Modamazon é atrativo do evento “O Fantástico Mundo do Turismo Criativo”, em Santana

 

O evento “O Fantástico Mundo do Turismo Criativo”, é um festival de música, moda e gastronomia, que acontecerá no próximo dia 06 de Agosto, nos espaços do Restaurante Amazon Beach, em Santana. Será um grande evento de promoção do setor turístico no Estado, Uma das atrações já confirmadas é o desfile de moda que será realizado pelo “Modamazon”.

 

De acordo com Drico Peixoto, produtor do “Modamazon”, este é um projeto que une os criadores de moda autoral e artesãos de vestuário do Amapá com o objetivo de divulga-los através de desfiles e exposições, além de disseminar a cultura local e promover o turismo amapaense.

 

“Para nós, criadores de moda, é de extrema importância participar deste evento, haja visto que fazemos parte da economia criativa do estado e acreditamos que a moda, seja ela vestuário ou acessórios, é um agente que tem como papel levar a nossa cultura, riquezas, história e saberes através de produtos. Desta forma, vejo a moda como um agente turístico com enorme potencial”, disse Peixoto.

 

Os desfiles e exposição de moda da organização, geralmente, usam das raízes culturais locais com o intenção contribuir para o desenvolvimento do setor têxtil no estado.

 

O projeto “Modamazon” existe desde 2018 e, este ano, está em sua 6° edição com vinte marcas autorais de vestuário e acessórios. Para o festival, o projeto trouxe como tema “Marabaixo de Cores” onde as marcas participantes se inspiraram na maior manifestação cultural do Amapá para desenvolver seus produtos.

SERVIÇO:

Evento “O Fantástico Mundo do Turismo Criativo”.

Ingresso: R$ 80,00 (na hora do evento)

Contato: (96) 99108-4331

Quando: 06 de Agosto de 2022, Quinta e Sexta-feira.

Horário: Das 06/08 às 18h

Onde: Restaurante Amazon Beach, Santana-AP

Bioparque terá aquário para exposição de espécies da região norte

 

Nesta quarta-feira (25), o prefeito de Macapá, Dr. Furlan, assinou a ordem de serviço para construção do primeiro aquário para exposição e contemplação de espécies aquáticas nativas da região norte. A estrutura ficará no Bioparque da Amazônia e terá 139m² de área construída e 1,80 metros de altura.
O projeto foi desenvolvido pela equipe da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob) e possui elementos arquitetônicos que irão proporcionar maior ambientação dos animais em exposição. O designer foi escolhido para favorecer uma boa observação de todas as espécies pelo maior número de visitantes.


O valor da obra é de R$ 520 mil e será construída com recursos do tesouro municipal, mais emenda do senador Lucas Barreto (PSD). O parque, que tem como foco a contemplação da natureza, o encontro de ecossistemas, a fauna e a flora amazônica e possui uma área de 107 hectares de florestas.
Imagem reprodução PMM

Maestro Fineias Nelluty tem música em parceria com Joelma que estará na sua nova turnê “Isso é Calypso”

 

No dia 8 de abril, Joelma estreia sua nova turnê, “Isso é Calypso”, em São Paulo. Durante um ano, a cantora vai rodar o país com 100 shows, interpretando seus maiores sucessos em 28 anos de carreira. Em uma apresentação exclusiva para o Fantástico, a artista deu uma prévia do que os fãs irão curtir em breve. E divulgou uma composição em parceria com o maestro Finéias Nelluty e mais quatro compositores.

 

A música se chama “Gigantes do Norte”, e fala da cultura nortista, da Amazônia, em especial, de Belém do Pará, ela terá um clipe também, e foi cantada pela cantora no Fantástico.

“Joelma em convidou para escrever a letra, fiz a letra, e o um dos compositores pediu para fazer algumas alterações e claro que permiti. Fazia tempo que a Joelma me pedia para fazer uma música, mas nunca imaginei que faríamos uma música juntos. Essa canção estará na sua nova turnê. Joelma é uma amiga querida e grande profissional que trata a sua carreira com muita seriedade, respeitando os compositores. Estou muito feliz com resultado, retrata a nossa cultura”, celebrou Finéias.

Confira a Música:

Compositores da música Gigantes do Norte

Joelma Mendes, Fineias Nelluty, Diego Ramos, Chystin Lima e Jonny Guerra.

Cabo Orange: Clécio Luis estava em imersão nos ecossistemas e belezas cênicas da Unidade de Conservação

E seguindo seu projeto “Pelo Amapá Inteiro”, o ex-prefeito de Macapá, Clécio Luís, que segundo os analistas políticos é um forte candidato ao governo do estado,  fez essas dias uma imersão no Parque Nacional do Cabo Orange, que fica na foz do rio Oiapoque.
Por lá, Clécio aproveitou para mais conhecimentos sobre biodiversidade riquíssima da região, que concentra ecossistemas de grande relevância ecológica e beleza cênicas.
O parque Nacional do Cabo Orange foi a primeira unidade de conservação federal criada no Amapá.

O encontro do rio Cassiporé com o oceano Atlântico, no cabo Orange, é o ponto de partida da expedição “Parque das Pororocas”

*Expedição Parque das Pororocas chega ao Rio Cassiporé em busca de novas ondas*

O encontro do Rio Cassiporé com o Oceano Atlântico, no Cabo Orange, extremo norte do Estado é o ponto de partida da Expedição Parque das Pororocas, organizada pela Associação de Velejadores do Amapá – Avap e Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais de Turismo, seccional Amapá – ABBTUR-AP. A equipe de exploradores chegou a região nesta segunda-feira, 17, para iniciar o mapeamento de uma área de 600 quilômetros de extensão da costa do Amapá, em missão de reconhecimento das potenciais pororocas que irão compor o projeto.

Nesta etapa será realizada análise técnica da onda localizada no município de Oiapoque, entre a Vila Velha e a foz, num trajeto de 50 km de rio. O estudo vai avaliar as condições para a prática de surf na pororoca, canoagem, stand up paddle e kitsurf, visando como produto final ações de fomento ao turismo de aventura que integre o circuito do Parque. Esse, de acordo com os idealizadores é o principal objetivo da expedição que reúne mais dez pontos onde ocorrem o fenômeno na costa amapaense. O radar inclui uma pororoca nas terras indígenas de Uaça, também no Cabo norte, mais duas no Rio Flexal, no município de Amapá e mais uma no arquipélago do Bailique.

“A expedição no Caissiporé é o marco inicial do projeto. Hoje temos conhecimento de pelo menos dez pontos na costa do Estado do Amapá, onde a pororoca acontece, e nossa intenção é organizar essas informações para criarmos, em parceria com a iniciativa privada e poder público, o Parque das Pororocas. Assim, poderemos usufruir da pororoca o ano inteiro.”, Jim Daves, presidente da Avap.

Os profissionais de turismo que integram o grupo farão aproveitamento dos dados do mapeamento para elaborar proposta de roteirização de viagens para turistas nacionais e internacionais, com vivências na comunidade da Vila Velha e visitações em locais estratégicos ao longo do leito rio.

O explorador e guia de turismo da secretaria de Estado do Turismo – Setur, Sandro Borges, aponta que entre as possibilidades de desenvolvimento do ecoturismo estão previstas a aplicação do turismo de base comunitária, com treinamento de receptivo para moradores locais, turismo de experiência e turismo de aventura.

“No mínimo já idenficamos quatro atividades promissoras para trabalhar a geração de emprego e renda através do ecoturismo na região, que são ações de políticas públicas previstas no plano estratégico da Setur. Ganha a comunidade, os turistas e profissionais envolvidos”, afirma o técnico.

*Aventura*

A experiência da imersão na floresta em busca de trilhas de aventura já faz parte da vida do explorador, Helder Lima. Viajante mochileiro, Helder só conhecia a pororoca pelas mídias e acreditava que o fenômeno tivesse terminado no Amapá.

“Não dá para viver na Amazônia e não aproveitar o melhor que há nela, que é essa diversidade de vida pulsante. Conhecer novas comunidades e está imerso na floresta já vale muito, imagina praticando esportes e nos conectando com esse universo de corpo e alma. A pororoca não acabou, e essa caçada em busca da onda é uma experiência única”, declarou.

Para a presidente da AABBTU-Ap, Alessandra Nunes, a expedição acontece num momento propício para alavancar o ecoturismo e desmitificar a ideia de que a pororoca no Amapá terminou.

“A AVAP trouxe essa informação sobre uma possível nova rota da pororoca, por isso estamos dando continuidade as visitas técnicas na região, buscando oportunidades e experiências para estimular as atividades turísticas identificadas na expedição. Assim podemos mapear, classificar e aplicar as atividades ecoturistica de forma sustentável e segura “, relatou.

A proposta da expedição também chamou atenção de empresários aventureiros que investem no setor do ecoturismo. Franco Montoril e Francisco Pytter fizeram questão de participar da construção do projeto desde a etapa embrionária.

“Já estamos no circuito de ecoturismo e aventura há alguns anos no estado, dentre as experiências radicais que tivemos, o surf na pororoca é algo impressionante e com um grande potencial econômico e social, pois envolve muita gente no processo de visitação”, afirmaram.


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Texto: Cintia Souza

Amapá é o estado que menos desmatou na Amazônia Legal em 2021, diz Imazon

O boletim do Imazon, divulgado nesta segunda-feira (17), aponta ainda que dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, apenas o Amapá não apresentou aumento do desmatamento em relação a 2020.

 

Além de superarem a devastação registrada no ano anterior, os estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins também tiveram as maiores áreas de floresta destruídas em 10 anos.

O Pará segue na liderança entre os estados que mais desmatam na Amazônia Legal. Foram 4.037 km² devastados, o que representa 39% de todo o desmatamento na região amazônica em 2021 – veja abaixo índices nos últimos 10 anos.

 

Segundo os  dados do  Imazon, o segundo estado que mais desmatou foi o Amazonas, com 2.071 km² destruídos.

Segundo o instituto, no Pará houve aumento da derrubada da floresta em áreas federais e estaduais. O Imazon informouque estão no Pará mais da metade das 10 terras indígenas e das 10 unidades de conservação que mais foram desmatadas.

O “Brasil profundo” produz, quer paz e precisa de soma em sua defesa. A AJD esteve nesse profundo esses dias

A Associação Juízes para a Democracia – AJD, esteve esses dias no estado de Rondônia, mas precisamente na terra indígena dos Suruí, de Txai, a que denunciou as tentativas de agressão  ao seu povo e sua terra, recentemente na COP-26, e no acampamento de pequenos agricultores que precisaram recorrer a justiça em busca de PAZ para produzir, vejam só, alimentos.

A AJD foi representada pelo juiz do Trabalho do Amapá, Jônatas Andrade, que recentemente esteve na aldeia Aramirã, na terra indígena Wajãpi, no meião do estado do Amapá.

A primeira parada desse justo observatório, foi no acampamento Tiago Campin, em Nova Mutum (RO).

E por causa de quê? Lá, a  AJD entrou com um HC Coletivo, pois a polícia de Rondonia  estava fazendo despejo ilegalmente na pandemia. O STF mandou suspender o despejo. O governador  do estado, por coincidência, bolsonarista, foi intimado a prestar informações e retirou a polícia. Os camponeses retornaram para a área recomeçaram a vida e o plantio.

 

Reunião em Rondonia

A segunda “parada” foi na Terra Suruí, onde o Cacique Almir Suruí agradeceu a solidariedade e acompanhamento da AJD nesse momento em que passam por ameaças

A jovem indigena Txai Suruí,  folha do cacique Almir, discursou recentemente na abertura da COP26, Conferencia do Clima  das Nações Unidas, onde denunciou a “gerência do Brasil” pelo tratamento e ameaças aos povos indígenas do país. Txai foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, ameaçada e sofreu ataques digitais.

O juiz Jônatas Andrade e o cacique Almir, com uma “bebê” Samauma, de apenas 7 anos

Todo valor que os Suruí arrecadam com compensações de carbono, aplicam no reflorestamento da terra Suruí e em projetos sustentáveis.

Podemos seguir aprendendo com eles, já que chegamos até aqui por causa da resistência secular dos indígenas.

E o café, pessoal? 

Seguinte. Os brancos plantaram café quando grilaram as terras dos Suruís. Após a demarcação, quando as terras voltaram aos indígenas, eles passaram a cultivar o café. E um café PREMIADO.

Hoje eles tem uma parceria com a empresa “3 Corações”. Produzem, agregam valor (e que valor) e o café “Tribos”, projeto dos próprios indígenas, está em pontos de venda, com qualidade, Brasil à fora.

Segundo o juiz Jônatas, é o melhor café que ele já tomou. (inclusive esta que vos posta, já quer também).

 

Jôntatas Andrade, disse ao blog que:

“O povo Suruí tem uma mensagem de esperança, de conservação, de recuperação da degradação, de uso da tecnologia e da ciência para preservação de sua cultura e da vida. Estão construindo uma universidade em parceria com a Unicamp, monitorando sua terra, recuperando áreas degradadas, investindo as compensações de carbono nessas atividades, fazendo parcerias para a sustentabilidade dos seus produtivos, da sua cultura e da vida!”

A frase “Tudo Indio, Tudo Parente”, da canção do amazônida Nilson Chaves, não precisa de mais nada.

Ou precisa de tudo. Porque respeito, defesa ou combate, também é tudo! E sempre necessário!

Sobre a premiação do café leia mais aqui https://g1.globo.com/google/amp/ro/rondonia/rondonia-rural/noticia/2021/12/04/indigenas-de-ro-sao-premiados-por-produzirem-os-melhores-cafes-robustas-amazonicos.ghtml