Confira a programação cultural deste fim de semana em Macapá

 

Festival de Bar em Bar

O maior festival de gastronomia de boteco, o de Bar em Bar, terá como palco de abertura o Bar Du Pedro, nesta quinta-feira, às19h, no histórico Mercado Central. Nesta 4ª edição o tema ‘Saúde, vamos brindar a vida! ’, alusivo ao enfrentamento à pandemia de Covid-19. O evento gastronômico segue até o dia 21 tem como um dos critérios a criação de uma receita nova entre frituras, carnes, frios, hambúrgueres, defumados e petiscos deliciosos diferentes do que já é oferecido no cardápio.

Este ano o Bar em Bar traz uma novidade, o prêmio ‘Papudinho 2021’, para o primeiro cliente que completar o circuito com fotos degustando os 25 petiscos. Uma categoria para que os clientes possam participar do festival de forma mais integrada.

Happy Hour do Farofa Tropical

O mais novo point da cidade, o Bar Farofa Tropical da produtora Marta Lacerda, estreou agradando muito o público e nesta quinta tem Happy Hour do Farofa com cerveja gelada, petiscos e música no toca discos com ambiente super agradável. O novo espaço fica no centro da cidade, na Rua São José, nº1024, Centro e funciona de quarta a domingo de 17h às 01h.  O cardápio de petiscos é variado, vai de Bolinho de pirarucu, piracuí, camarão, pastel de camarão Rosa com Jambu, pastel de frango com manjericão, pernil fatiado com farofa de banana, filé com farofa de alho,  e isca de peixe, e uma variedade de farofas e em especial a Farofa Tropical que leva alho, calabresa, bacon, banana da terra e abacaxi caramelizado, carro chefe da farofada. Essa dica é imperdível, passa lá e confira esse lugar incrível!

Filme “Marighella”

 

O filme narra a história de Carlos Marighella, guerrilheiro comunista que combateu a ditadura militar. Baseado no livro-biografia do jornalista Mário Magalhães, tem interpretação magistral de Seu Jorge, no personagem título. Marighella é considerado um simples bandido pela “tigrada” da ditadura. Em Macapá, o filme está disponível no Cinépolis ( Amapá Garden) na sessão de 17h30 e 20h45, com duração de 2h39 duas horas de trinta e nove minutos.

 Exposição “Griô!”

 

Desta vez, quem mostra seu trabalho é artista Maria Paula Marques, com a exposição fotográfica “Griô!”, na galeria do Sesc Araxá Antônio Munhoz Lopes. O tema se refere àquele que preserva e perpetua as tradições de uma comunidade por meio da contação de histórias. É com a fotografia que Maria Paula registra o modo de vida de mulheres da tradicional comunidade negra Vila do Carmo do Macacori, no município amapaense de Itaubal. A exposição é a partir das 19h. A entrada é gratuita!

 

 Beto 7 Cordas e a Guitarrada

A guitarrada volta ao circuito de shows no Amapá com estilo e referência,  neste 13 de novembro, com o projeto “Beto 7 Cordas e a Guitarrada”. Os sons de Mestre Vieira, Aldo Sena e Barata, entram no repertório da noite que apresenta um apanhado das guitarradas do Norte e outros ritmos como lambada, cumbia, carimbó e brega, uma fusão de ritmos contagiante, com grandes músicos amapaenses. O show inicia às 22h, no espaço cultural Sankofa, na orla do Araxá. Para curtir este show de guitarradas e obter ais informações é preciso ligar para (96) 98807-4533, e garantir a mesa ou ingresso individual.

Domingo no Museu

O Domingo no Museu Continua. O projeto ocorre todos os finais de semana, e apresenta atividades culturais voltadas para os públicos infantil, jovem e adulto, durante as tardes de domingo. O Museu Sacaca é um lugar encantador, pela temática que oferece, a quem visita aquele lugar. É como se você estivesse morando no meio da floresta, na beira do lago, dos rios e convivendo com o povo ribeirinho que habita àquele lugar e navega num regatão, conhecendo a cultura Waiãpi. Uma verdadeira viagem pela Amazônia e seus costumes, sem sair de Macapá. O funcionamento do Museu Sacaca é de terça-feira a domingo, das 10h às 16h. A entrada é gratuita.

“Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”: segundo livro de Elton Tavares visita paisagens da memória, boemia, poesia e cotidiano Amapaense

Viradas do cotidiano intenso e surpreendente povoam as páginas do segundo livro do jornalista Elton Tavares, fundador e editor do site De Rocha, portal mais do que enraizado nas buscas de internet dos amapaenses e fonte de cultura desde 2009. O lançamento de “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo” acontece no dia 22 de novembro, em um dos ambientes mais visitado e revisitado pelo autor, Bar e Restaurante Station 57.
Assim como na primeira coletânea, lançada em 2020, o jornalista volta a envolver o leitor em histórias que acontecem no dia a dia de Macapá e em sua vida pessoal. Com linguagem coloquial que aproxima e convida o leitor a mergulhar na narrativa dessa construção repleta de tanta verdade, que é possível se sentir dentro das “estórias”. Assuntos inusitados, porém vivenciados, como a reclamar por ter que usar uniforme, como também, sonhando com uma máquina do tempo cinematográfica ou sentindo o cheiro da educada, elegante e sábia, vó Peró. Relatos e mistérios surpreendentes que somente a boa literatura poderia revelar.
Como grande é o universo descrito nas páginas do “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, ainda maiores são os integrantes desse projeto liderado por Elton. As ilustrações são do artista plástico Ronaldo Roni, projeto gráfico e diagramação são assinados pelo publicitário Andrew Punk, projeto do produtor cultural e jornalista Daniel Alves e revisões da poeta Jaci Rocha e jornalista Marcelle Nunes.
Autor de diversas obras e lenda da cultura tucuju, o escritor Fernando Canto assina o prefácio do livro, deixando claro que se trata de uma experiência de imersão: “Ele fala de si mesmo como se colocasse palavras nas nossas bocas leitoras, latentes bocas do inferno, bocas devoradoras de letras e de pensamentos Tavarianos”.
As 43 crônicas que compõem o novo livro de Elton Tavares foram publicadas originalmente em seu site, o De Rocha. A obra foi realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, executados pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). “Há 12 anos o portal faz parte da vida cultural e política do amapaense, fico muito satisfeito em ver que o virtual é palpável e virou um segundo livro. Agradeço à Secult e ao secretário Evandro Milhomen pelo suporte e confiança, à equipe que me ajudou nesse trabalho e ao amigo Fernando Canto pelo apoio e incentivo”, ressaltou o autor.
Para Elton, a obra tem o intuito de materializar o imaginário e dar vida diária à memória e à identidade que todos os amapaenses carregam. “É isso que o De Rocha realiza há 12 anos: o olhar de muitos observadores, suas vivências, realidades e o modo de dizer meu, do Amapá e tudo que faz parte da construção histórica da nossa cultura, espero que gostem, é isso”, conclui.
Lançamento
O lançamento acontecerá no dia 22 de novembro, no restaurante Station 57. Bem frequentado, o aconchegante espaço reúne boa culinária, cervejas incontestavelmente geladas, vívida playlist e atendimento impecável. Localizado no coração de Macapá, a escolha do lugar para o momento é parte da garantia de uma noite agradável de confraternização entre amantes das palavras bem escritas.

Projeto Cinema nas Redes debate filme “Nunca mais serei a mesma” com a jornalista Ana Girlene e a Reitora da Ueap Kátia Paulino

O projeto ‘Cinema nas Redes’ terá neste sábado, 13, às 19h, a participação da jornalista Ana Girlene e da Reitora da Universidade da Estadual do Amapá, (Ueap) Katia Paulinho, que debaterão sobre o filme “Nunca mais serei a mesma”, de Alice Lanari.


“Nunca Mais Serei a Mesma”, de Alice Lanari, é um documentário que se passa em Honduras, México, Brasil e Argentina e mostra as violências contra as mulheres do Sul Global. Violência do Estado, a misoginia, e como a estrutura brutal nos países subdesenvolvidos é uma instituição ideológica que atinge o senso comum. Quando os relatos começam a aparecer, a apresentação é feita a partir dos respectivos países, tomando o nacional como ponto de representação para aquela história, é uma questão a ser debatida, pois para o espectador brasileiro algumas lacunas geográficas podem ser incontornáveis a partir dessa escolha.

O filme pode ser assistido pelo link: https://vimeo.com/586306641/6fea664232
Serviço
Data: 13/11 (Sábado)
Horário: 19h
Perfil do debate:
https://instagram.com/paixaofelipe_?utm_medium=copy_link

Programação do Mês da Diversidade da 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Amapá continua com ´Quarta Lilás´

Um dos tradicionais eventos da programação da 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+,  é a ´Quarta Lilás´,  que traz uma noite de muita músicas, performances e poesias, embaladas pelas mulheres LBTI+ de Macapá. Após o lançamento da 21ª edição da Parada na capital amapaense, que  traz como destaque debates culturais voltados a mulheres, negros e empreendedores locais, a programação segue o dia 28, com o evento principal, abordando o tema: ‘Verás que um filho teu não foge à luta: Resistir para poder existir’.

O encontro é nesta  quarta-feira, 10,  a partir das 18h, no Quilombo Sankofa, localizado, na Rua Rio Beira Rio, nº 1.530, Orla do Santa Inês. Nesta edição, a Parada tem como madrinha a advogada Jeanny Raiol e o Sistema Diário de Comunicação como padrinho, pelo histórico de relação com o movimento social. A programação do Mês da Diversidade busca movimentar a economia, promover a cidadania e oferecer um espaço de diálogo sobre respeito à vida de todos os componentes da sociedade amapaense.

Confira o que vai rolar na ‘Quarta Lilás´: Apresentação da madrinha da  21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+, a advogada Jeanny Raiol; Marabaixo, com o grupo O Rufar das Açucenas; Poesia, com Joanne Costa; Música ao vivo, com Sandra Lima; Música ao vivo, com Michele Maycoth; Música ao vivo, com o Grupo Pagodelas; Performance, com Alexia Leblok; Discotecagem, com a Dj Black.

 

Programação do Mês da Diversidade

10 de novembro (quarta-feira)
Quarta Lilás

17 de novembro (quarta-feira)
Parada Preta

24 de novembro (quarta-feira)
Feira da Diversidade

26 de novembro (sexta-feira)
4ª Marcha das Mulheres LBTI+

28 de Novembro (Domingo)

21ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Amapá

Fumcult abre inscrições para três editais de apoio à cultura de Macapá

A inscrição é gratuita e acontece de 8 a 18 de novembro. Certames são baseados na Lei Aldir Blanc de apoio à cultura.

A Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) inicia nesta segunda-feira (8) as inscrições dos três editais baseados na Lei Aldir Blanc 14.017 de 2021, de apoio à cultura de Macapá. Os certames têm como finalidade fomentar a cadeia produtiva artística e cultural afetada pela pandemia de Covid-19. As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 18 de novembro.

Editais
O edital no 003/2021 denominado “Novos talentos” é direcionado à seleção e premiação de 131 artistas iniciantes residentes e atuantes na cidade de Macapá. O valor da premiação por contemplado é de R$ 2 mil, com o investimento total de R$ 262 mil.

O edital no 004/2021 “Arte Presente” prevê a premiação a 187 artistas veteranos. Cada premiação terá o valor de R$ 4 mil em reconhecimento às atuações e contribuições do segmento. O total investido é de R$ 748 mil.

O edital no 005/2021 “Manutenção dos espaços culturais no município de Macapá” tem como objetivo a seleção e premiação de 40 pontos de cultura. Cada premiação será no valor de R$ 12 mil e o investimento total soma R$ 480 mil.

Inscrições e requisito
A inscrição é feita exclusivamente no sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIIC) de forma gratuita, a partir das 14h de segunda-feira e seguem até às 18h00do dia 18 de novembro.
O resultado final e as portarias de convocação estarão disponíveis SMIIC.   

´Show Toda Gente´ com Cley Lunna e convidados será nesta sexta-feira, 5

O show “Toda Gente” abre a temporada de shows regionais no Amapá do mês de novembro, apresentando Cley Lunna no dia 5, com um repertório que faz a retrospectiva de sua carreira artística no estado e outros estados e países. Para celebrar a vida e o sucesso, ele fez convite para Alan Yared e Nitai Santana, que estarão no palco com Cley e a banda formada especialmente para este retorno. O formato de “Toda Gente” passou por mudanças devido convite para o artista retorne para a Europa, reduzindo a temporada de três apresentações para esta única e exclusiva.

“Toda Gente” resgata a história de Cley, amapaense que percorreu todos os caminhos possíveis para viver de sua arte. Dos festivais estudantis aos de porte nacional, ele idealizou e produziu o projeto Palco Amapá, com a apresentação de grandes artistas brasileiros, fez shows com homenagens marcantes para Gonzaguinha e Belchior, e colocou no mercado dois CDs e um EP. Cantor, compositor, produtor, instrumentista, são os talentos que Cley acumula e que o levaram até Suriname, Amsterdã e em 2019, para Portugal, de onde retornou com a imensa vontade de relembrar essas histórias e contar em forma de música.

 

Os convidados NItai e Alan

Sobem no palco deste primeiro show da temporada Alan Yared e Nitai Santana, dois artistas amapaense com trajetórias diferentes mas muitas coincidências nos palcos. Alan iniciou a carreira nos anos 80, nos movimentos de rock de garagem de Macapá, mas se rendeu à música regional, que levou à carreira solo, época em que começou a compor e participar de festivais. Dividido entre o rock e MPA, fez tributos a Legião Urbana ao mesmo tempo em que movimentava a cena musical com o Grupo Imã. Crítico, lançou o disco autoral Sai Fora Tio Sam no Fórum Social Mundial de 2009 onde ganhou público e muitos aplausos.

 

Nascido nos anos 90, Nitai Santana é herdeiro musical de Mestre Oscar Santos, seu bisavô, e segue a estilosa sina familiar se dedicando de forma integral à música. Contrabaixista, violonista, cantor e compositor, NItai começou a carreira aos 8 anos na sala de aula, estudando violão erudito. Aos 16 anos subiu aos palcos com os artistas do projeto São Batuques e percorreu várias capitais brasileiras, e é sempre convidado para tocar com grandes artistas amapaenses. Segue a carreira se apresentando e se aprimorando, é graduado em licenciatura em Música e Técnico em Baixo Elétrico. Está finalizando seu primeiro disco de canções autorais.

 

Os músicos que acompanham estes três artistas estão à altura de seus talentos. Zeca Batera tem origem musical em bandas gospel mas foi atraído para a música regional. Jéffrei Redig, tecladista, também iniciou na igreja onde foi descoberto e passou a ser convidado para participar de shows, projetos e gravações de discos. Jair Matos, guitarrista e violonista, começou na escola a carreira musical, participando de bandas e festivais estudantis, fez seu nome no ambiente gospel e se dedicou ao estudo da música em São Paulo e está gravando seu primeiro álbum instrumental. O contrabaixista Ezequiel Freitas é do mundo gospel e entrou para o circuito do jazz já como músico profissional onde se destacou e saiu para os palcos com artistas regionais, onde está até hoje, e compõe o Quarteto Casanova.

 

A imperdível temporada será no espaço cultural na avenida Raimundo Álvares da Costa esquina com Manoel Eudóxio Pereira – 1689 – Centro, sempre a partir das 20h. As mesas podem ser compradas antecipadamente nos números 98125-5070 ou 98130-9224 ao valor de R$ 100,00.

Texto: Mariléia Maciel

Fé, tradição e discussão de políticas públicas compõem a programação do Novembro Afro em Macapá


O Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) divulga a programação do Novembro Afro que acontece ao longo do mês e promove discussões de políticas públicas, exalta as tradicionais festas ligadas aos Dia da Consciência Negra e favorece ações de saúde e cidadania para comunidades quilombolas.

Entre as primeiras agendas da programação está a reinauguração do Museu do Negro, localizado no novo prédio do Improir, na Avenida Feliciano Coelho. O espaço traz um pouco da história do povo negro na capital e será aberto ao público.

“A reabertura do nosso museu é um ponto inicial desse mês tão importante para discussão de políticas que alcancem a população negra de Macapá. Além das ações de cidadania e saúde, a Prefeitura quer promover discussões e ocupar espaços públicos”, ressalta a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina.

As secretarias municipais de Saúde (Semsa) e Assistência Social (Semas), Guarda Civil Municipal, Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) e Instituto Municipal de Turismo (Macapatur) são parceiras do Instituto na realização da programação durante o mês de novembro.

Tradição

Com o planejamento das atividades, a Prefeitura de Macapá garante ainda o apoio às agendas tradicionais Caminhada Zumbi dos Palmares e a Missa dos Quilombos, realizadas em parceria com demais entidades negras representativas e Governo do Amapá.

 

Confira a programação completa do Novembro Afro

11/11 – Evento Neab+IFAP: Uma análise da atuação da FCP e da FUNAI na promoção da cidadania do povo negro e indígena.

12/11 – Reinauguração do Museu do Negro

10/11 – Pretas Potências – Escuta pública com mulheres negras de Macapá

13, 16 e 18/11 – Afrocidadania itinerante nas comunidades quilombolas Maruanum, Casa Grande e Lontra da Pedreira

14/11 – Comemoração do Dia Nacional da Umbanda no Bioparque da Amazônia

19/11- Divulgação do perfil do Afroempreendedor em Macapá

20/11 – Caminhada Zumbi dos Palmares

20/11 – Batalha de B-boys

20/11 – Exposição do Museu do Negro no Mercado Central

20/11 – Feira Preta na União dos Negros do Amapá (UNS)

20/11 – Missa dos Quilombos

22 a 26/11 – Programa especial “Conversas Pretas” na 102 FM, das 19h às 20h.

23/11 – Roda de conversa sobre segurança e políticas públicas com jovens da periferia e a Guarda Municipal de Macapá

26/11 – Expo Afro no Mercado Central

30/11 – Legado vivo das Tranças: da Tradição ao Afroempreendedorismo

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Prefeitura Municipal de Macapá

http://www.macapa.ap.gov.br/

Todo Música: obra de Enrico Di Miceli chega ao mercado musical com clipe em animação

 

Música, desenhos gráficos e a criatividade de um roteiro emocionante conceituam o novo produto de divulgação do álbum Todo Música, de Enrico Di Miceli, que novamente inova ao apresentar sua obra. O videoclipe em animação será lançado nesta sexta, 05 de novembro, no canal virtual do artista, que segue trabalhado promocionalmente o disco. É o primeiro álbum solo de Enrico, artista amazônico com morada em Macapá, onde produz suas inspiradas canções e alimenta a sua musicalidade de compositor de melodias.


Lançado em 2019, o disco Todo Música foi pensado para ser explorado de forma diferenciada, trilhando caminhos na seara digital para chegar ao público antenado em arte e tecnologia. Primeiramente ele apresentou a música Encontro dos Tambores, através de um clipe gravado durante a Semana da Consciência Negra, materializando a composição inspirada na cultura e tradição afrodescendente do Amapá. Em seguida a produção surpreendeu com a divulgação voltada para navegadores das redes sociais e plataformas digitais com o Pocket Show, com a cobertura da imprensa e influenciadores digitais, que movimentaram a internet.

Em grande estilo, a temporada de shows de lançamento iniciou em Belém, depois ele atravessou a fronteira e aportou na Guiana Francesa, encerrando em Macapá, no fim do ano de 2019. As mudanças de planos provocadas pela pandemia obrigaram a uma longa pausa nas apresentações aquecidas pelo público, mas a produção de Enrico seguiu a tendência mundial e preparou a live Todo Música, levando aos que seguiam rigorosamente o isolamento social, companhia e afeto através da sua arte. Para manter o clima de amizade com com o público, durante a live foi lançado um documentário contando o processo de Enrico ao criar uma composição e o produção do Todo Música.

A novidade do Todo Música é que agora ele ganhará um videoclipe no formato de animação.

Esse trabalho de animação é feito, na história de Todo Música, eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música, composição em parceria com o letrista Joãozinho Gomes. Sob a coordenação da idealizadora desse projeto, Clicia Vieira Di Miceli e da Duas Telas Produções responsável pela produção executiva. A equipe de criação tem a Bianca Liane, no roteiro, direção de arte e ilustração; Giorgio Moura, direção de fotografia e Nichola Batista, como editor. Eles dão vida aos personagens que passeiam na história de Todo Música.

“Todo Música foi concebido com a proposta de atingir vários públicos, por isso ele começou a chegar no mercado por portas até então pouco utilizadas pelo Enrico que se apropriou de novas tecnologias e espaços, para pegar pelo acesso digital esse público cada vez maior. Estes recursos e inovações são instrumentos que auxiliam de forma incrível na divulgação de produto e espetáculos” afirma Clicia.

Autor de inúmeras composições que já rodaram o Brasil na interpretação de muitos cantores e parceiros, ele se reinaugura nesta nova fase da carreira. “É um trabalho para ser apreciado com os ouvidos, olhos e coração, por sua beleza artística e lúdica. É importante assumirmos que a tecnologia é necessária e envolvente, uma aliada que entrou em nossas vidas de maneira definitiva e por isso precisamos estar antenados aos novos caminhos e linguagens dessa comunicação”, disse o artista.

Enrico Di Miceli está confiante nessa nova proposta, que é se tornar um artista dos palcos digitais aos 60 anos, sem perder a sua essência natural e bem humorada. Ele admite que é mais fácil deixar que o desenhem do que fazer performance em frente às câmeras. Esta fase da divulgação foi incentivada através da Lei Aldir Blanc, executada pela Secretaria de Estado da Cultura (SECULT).

Mariléia Maciel

Amapá Jazz Festival será na Praça da Samaúma com artistas, instrumentistas e público

 

O Amapá Jazz Festival retorna com força e organização nesta 13ª edição do evento, coordenado pela Associação dos Músicos do Amapá (AMCAP) com direção de Finéias Neluty. Neste ano o palco muda de endereço, mas continua com toda elegância na beira do rio Amazonas, na praça da Samaúma, no Araxá, com atrações regionais e uma justa homenagem ao músico Aymoré Nunes. O Festival será nos dias 29 e 30 de novembro, a partir das 19h, com a produção, prestígio, clima e segurança que são marcas do evento que valoriza a música instrumental e amapaense.

Grupo Amazon Music, Tom Campos, Canícula Blues, Finéias Nelluty e Negro de Nós são as atrações da primeira noite, que encerra em clima de festa com os swings da banda comandada por Silmara Lobato. A segunda noite tem Vinícius Bastos, Ingridy Sato, Nelson Dutra, Marrecos Land e pra celebrar o fim desta edição do festival, Patrícia Bastos sobe no palco da Praça da Samaúma. “Em 2020 fizemos o festival online devido a pandemia, e neste ano retornamos com público e as atrações locais, todas com grande prestígio e talentos reconhecidos” disse Finéias.

O Festival foi criado pela necessidade da popularização do jazz no Amapá, estilo que ganhava espaço nos eventos culturais, a adesão dos músicos mais jovens que tinham a atenção de quem já era apaixonado pelo estilo, mas que precisava conquistar a admiração de uma nova platéia. Dos bares, restaurantes e palcos públicos, o jazz ganhou um novo status com a formação do Amazon Music, que fez o público reservar as quintas-feiras para prestigiá-los na beira do Amazonas, em um grande encontro de músicos, fazedores de cultura e adoradores da música instrumental, que incentivavam um evento de grande porte.

Não demorou e o palco foi ampliado, nascendo assim, em 2008, o Amapá Jazz Festival, já com o carimbo e passaporte internacional, fazendo o intercâmbio de músicos nacionais e estrangeiros e sempre com uma merecida homenagem. Artur Maia, Esdras de Souza, Ney Conceição, o moçambicano Ivan Mazuze, Mestre Solano, a guianense Jean Marceline, o francês Pierre-Marrie, o Quarteto Invention, formado por músicos do Amapá e Guiana, Paulo Flores, foram alguns convidados de fora do Amapá que já cruzaram seus acordes com os artistas amazônidas.

Enrico Di Miceli, Val Milhomem, Joãozinho Gomes, Brenda Melo, Deize Pinheiro, são apenas algumas das atrações amapaenses que já tiveram destaque no festival. O homenageado, Aymoré Nunes, chamado de Aimorezinho, foi um multi-instrumentista que tocava com excelência piano, escaleta, violão, acordeom, gaita, flauta e guitarra, talento que o tornava indispensável nas rodas musicais, festas e bailes. Aluno do antigo Conservatório Amapaense de Música e da Academia Mestre Oscar Santos, participou de diversos grupos musicais no Pará e Amapá, escreveu seu nome em Fortaleza e Rio de Janeiro, e faleceu em 2018, deixando registrada sua história na música instrumental brasileira.

O Festival é o ápice, o evento que projetou a terra do meio do mundo no cenário musical internacional, mas a movimentação começa em agosto, quando os músicos participam do Jazz na Calçada nos fins de tarde de sábado, um esquenta para energizar a platéia para o grande momento, onde o rio Amazonas, o céu, o luar, o vento, ilustram as apresentações. “Neste ano teremos ainda a encantaria da samaúma, que é uma atração a mais. É a primeira vez que fazemos o festival nesta praça, que já tem um histórico de eventos culturais, e estamos garantindo a mesma segurança e organização de sempre” garante Finéias.

Mariléia Maciel

Pat Andrade faz da cidade seu palco e declama poesia ao som de caixas de marabaixo

 

Reconhecida pelo público e premiada pela lei Aldir Blanc, Pat Andrade espalha sua poesia pela cidade de Macapá com o projeto “Parada Literária: A Poesia Invade o Cotidiano da Cidade”, ao lado do músico Marcelo Abreu. Em vários pontos urbanos a poeta destila sua arte sensível e contestadora ritmada pelo som da caixa de marabaixo em uma envolvente mistura de poesia e ancestralidade, fazendo das declamações, momentos de encantamento e reflexões.

As intervenções poéticas iniciaram nesta semana. Nesta terça-feira será no ponto de ônibus em frente ao SESC Centro, quarta-feira, 27, na praça Floriano Peixoto, às 16h, e retorna na próxima semana com mais apresentações.

A poesia de Pat é de linguagem urbana e cotidiana, estilo que a artista imprime em seu trabalho, conhecido e prestigiado no Amapá, onde se fez reconhecer declamando em ambientes públicos, onde também vende seus livros artesanais marcados por poemas, originalidade e desenhos feitos a mão. Realidade chocante, crítica social, amor e exuberância da natureza tucuju compõem a arte desta paraense que fez sua morada nos campos de Macapá.

Quem dá o tom na caixa de marabaixo não é um amapaense, mas um percussionista que se identificou com a cultura regional a ponto de estar familiarizado com os tambores. Marcelo Abreu é maranhense e chegou ao Amapá fazendo o enlace das tradições de lá e de cá. Também poeta e intérprete, ele se apresentou recentemente no Jazz na Calçada e Cabaret da Resistência.

Mariléia Maciel
Fotos: Aog Rocha

Milton Nascimento ganha homenagem de artistas em seu aniversário

O cantor Milton Nascimento comemora seu aniversário de 79 anos de idade nesta terça-feira, 26. Nas redes sociais, ele recebeu os parabéns de diversos artistas. Bituca (seu apelido) é um dos maiores artistas da nossa música, dono de uma obra poética lindíssima. “É dia de um dos maiores cantores e compositores da nossa música. Feliz aniversário! um novo ano cheio de luz, sons e saúde. Viva o Bituca”, escreveu o cantor Djavan.

A Banda Skank postou uma foto de um show com Milton: ” Hoje é aniversário do grande Milton, o mais mineiro de todos os cariocas, te admiramos muito!”, disse a banda.

Em seu Instagram, Caetano Veloso fez uma postagem em sua homenagem: ”
@miltonbitucanascimento é o maior artista da música de minha geração. Catolicismo mineiro, DNA africano, Milton desceu o vale do Mississipi e subiu os Andes com seus acordes e ritmos cheios de milagre e surpresa. Criou uma escola definida, formou legião de gênios, encantou os gênios do grande mundo e manteve tudo onde o oculto do mistério se escondeu. Feliz Aniversário!

“Eu tinha 19 anos quando fui convidado pelo Bituca, para ir morar no Rio com ele, para compormos e gravarmos um album duplo chamado Clube da Esquina, que além de nossas duas parcerias, homenageava também a esquina em que eu ficava tocando violão com meus amigos de bairro, de quarteirão. Fomos eu e o Beto. Quando chegamos à gravadora, eles não queriam que Bituca – já famoso e consagrado – fizesse esse projeto com um adolescente, desconhecido e inexperiente. Bituca, então, disse pros caras que trocaria de gravadora, caso eles não aceitassem o projeto com aquele adolescente, desconhecido e inexperiente. O ano era 1972, e o resto da história todos conhecem. Devo muita coisa pra esse cara, generoso e genial 🙏🏽! Gratidão eterna! Feliz aniversário, irmão, mestre, parceiro e AMIGO! ❤️”. Lô Borges


Outros cantores, atores e atrizes também publicaram homenagens a Milton Nascimento.




Fernando Canto lança o livro “Fortaleza de São José de Macapá: vertentes discursivas e as cartas dos construtores”

 

Na próxima sexta-feira (29), às 18h, no Museu Sacaca, o escritor amapaense Fernando Canto fará o lançamento do seu mais novo livro “Fortaleza de São José de Macapá: vertentes discursivas e as cartas dos construtores”. O livro foi incentivado pelo senador Randolfe Rodrigues por meio da Editora do Senado.

“A publicação desta obra é fundamental para a manutenção da nossa memória, como professor de história acredito cumprir meu dever, contribuindo o contato do povo amapaense com essa obra ”, disse o parlamentar que possibilitou a existência do livro.

No livro, o escritor traz a Fortaleza de São José de Macapá vista na extensão da paisagem urbana, conta que lá foi o palco das explosões emocionais daqueles que a fizeram. “A Fortaleza ficou quase dois séculos intata, sobrevivendo aos rigores das condições climáticas amazônicas até sofrer radicais transformações e reformas na sua estrutura de pedra e no entorno”, afirma no livro. “Imprimir esse livro e poder dividir com o povo macapaense é sem dúvida um marco na nossa história”, explica o escritor.

Com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, por meio da editoria do Senado Federal, também já foram impressas as seguintes obras, contidas e lançadas recentemente no box de livros “Amapá: história, imagens e mitos”:

– Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus)

– Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso)

– Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias)

– Um Cais que Abriga Histórias de Vida ( Verônica Xavier)

– Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto)

*Sobre o autor*

Fernando Canto nasceu em Óbidos (PA), mas é amapaense de coração. Já publicou livros de contos, poesia, crônicas, artigos e outros textos acadêmicos, é jornalista, sociólogo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Também é um dos compositores mais atuantes do estado, sendo membro fundador do Grupo Musical Pilão, que há mais de 40 anos divulga a música da Amazônia.

É vencedor de festivais de música e premiado escritor literário. É autor dos livros “O Bálsamo e outros contos insanos”,  “O Marabaixo através da história”, “Os periquitos comem manga na avenida” e “Adoradores do sol – novo textuário do meio do mundo” e “Mama Guga – Contos da Amazônia”.

Jazz na Calçada encerra temporada com Patrícia Bastos, Silmara Lobato, convidados e poesia

O encerramento da temporada do Jazz na Calçada será neste sábado, 23, com a presença principal de Patrícia Bastos e Silmara Lobato, e intervenção poética do Coletivo Juremas e muitas participações especiais de convidados para a mais famosa e luxuosa canja musical do Amapá.

Jazz na Calçada é o movimento musical que aquece os músicos e público para o Amapá Jazz Festival. Finéias Nelluty, idealizador dos eventos e Coletivo Jazz do Amapá, recebem todos na Calçada Mestre Thiago, professor de música pioneiro do Amapá, formando um palco interativo que mistura música instrumental e regional, sem perder a essência instrumental.

A necessidade de popularização do jazz motivou o projeto, iniciado em 2017 para aquecer os fins de tarde de sábado, de agosto a outubro. A pandemia impediu as reuniões musicais ano passado, e com a flexibilização para eventos com controle de segurança sanitária e público, voltou adaptado à nova realidade. As regras continuam as mesmas: descontração e interatividade a começar pela passagem de som, tarde de verão, cadeiras para quem quiser assistir sentado, vento, luar, música de qualidade inquestionável, muita gente bacana pra completar o ambiente, e nada de ingresso, isso tudo é de graça.

Patrícia Bastos e Silmara Lobato são duas grandes artistas do Amapá com reconhecimento nacional e carreiras de sucesso. Intérpretes padrão, elas são referência quando se fala em música regional e nacional, imortalizaram canções e estão em constante atualização musical.

Coletivo Juremas é uma união poética que reúne mulheres que vivem e produzem cultura a caminho de uma arte pop e antenada com o futuro. As poetas, Carla Nobre, Hayam Chandra, Mary Paes, Cláudia Patrícia, Barbara Primavera, Rai Amorim e Ana Anspach e Fernanda Canora formam o Coletivo Juremas.

Finéias Nelluty e Coletivo Jazz do Amapá, recebem todos a partir das 17h. A Calçada Mestre Thiago é na avenida Clodóvil Coelho, 787, no bairro do Trem.

Mariléia Maciel

Lei Aldir Blanc: Governo do Amapá lança edital para premiar produtores culturais

Recurso de R$ 2,1 milhões contemplará 385 artistas amapaenses. Certame é conduzido pela Secult.

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) publicou nesta quarta-feira, 20, o edital nº 02/2021 – Promotor Mauro Guilherme, com objetivo de premiar 385 propostas artísticas amapaenses, em formato virtual. O processo seletivo promoverá prêmios nos valores de 3.000 e 6.000, através da Lei Aldir Blanc.

As inscrições poderão ser feitas entre os dias 23 de outubro a 23 de novembro exclusivamente pelo e-mail [email protected]. A divulgação do resultado final está prevista para começo de dezembro deste ano.

Os profissionais poderão apresentar propostas de produções artísticas nas categorias: Multilinguagens, Cultura Popular/Folguedos juninos, Cultura Gospel, Música Autoral, e Multilinguagens/Novos talentos, a última sendo uma modalidade para artistas que estejam iniciando sua trajetória na área cultural e tenham entre 18 e 29 anos.

Segundo o Secretário de Estado da Cultura, Evandro Milhomen, o edital representa o levantamento dos recursos remanescentes do auxílio emergencial proposto pela Lei Aldir Blanc desde 2020.

“Estamos promovendo um edital que contempla a todos os segmentos artísticos, com o intuito de atender a necessidade dos fazedores de cultura e continuar movimentando economicamente o setor cultural, tendo em vista que a crise sanitária ainda afeta o público artista.”, ressaltou o gestor.

Para se inscrever, é preciso ter mais de 18 anos, ser residente no Estado do Amapá com comprovada atuação na atividade de sua inscrição, e estar cadastrado com perfil ativo e atualizado no Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais (SEIIC). Será aceita somente uma inscrição por CPF.

O edital é uma oportunidade para artistas individuais e coletivos que apresentem linguagens, expressões, práticas e manifestações através da música, teatro, dança, circo, audiovisual, artes visuais, cultura alimentar, artesanato, moda, cultura digital, culturas afrobrasileiras, culturas indígenas, patrimônio cultural material ou imaterial, entre outros.

CONFIRA O EDITAL NESTE LINK

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Mauro Guilherme

Paralelamente à carreira profissional de promotor de justiça, Mauro contribuiu para o desenvolvimento da arte amapaense, atuando como músico e escritor. Foi membro ativo da Associação Amapaense de Escritores e da União Brasileira de Escritores. Publicou 27 obras, entre elas “Destino”, “Histórias de Desamor” e “As Histórias de João Pescador”, pelas quais foi premiado regional e nacionalmente.

https://www.portal.ap.gov.br/noticia/2010/lei-aldir-blanc-governo-do-amapa-lanca-edital-para-premiar-produtores-culturais

Sambarte: 30 anos de samba na Amazônia

 

Os primeiros ensaios de invasão dos colonizadores europeus na Amazônia, são apontados a partir de meados do século XVII. Por aqui, ingleses e holandeses já tinham como objetivo, através da mão de obra escrava o cultivo de cana-de-açúcar e, em meio a esse interesse, foram os responsáveis pela introdução dos primeiros negros escravizados na região amazônica.

Já no Amapá, no século XVIII, a construção da Fortaleza de São José de Macapá, a chegada de famílias portuguesas e africanas na Nova Mazagão, além da criação do Território Federal do Amapá, em 1943, foram uma importantes na formação social, política e cultural da população amapaense.

A cultura se efervesce com os tambores africanos do marabaixo, ritmo genuinamente amapaense cantado nas rodas de celebração dos festejos de cunho católico em devoção aos santos de comunidades quilombolas e ribeirinhas do Estado do Amapá.

Além do marabaixo, por aqui, ecoam-se tambores na levada do batuque, zimba, sairé, tambor de crioula e outros sons que se misturam aos ritmos caribenhos encontrados na fronteira Brasil – Guiana Francesa, localizada no Oiapoque, região extrema no norte do Brasil.

Em Macapá, esses tambores da “África Mãe”, foram fontes de inspiração dentro da musicalidade Tucuju, primeiro na década de 1950, com o surgimento de blocos carnavalesco e escolas de samba, e depois com a imersão de grupos que faziam as rodas de samba e pagode, como o “Bandeira do Samba”, formado em 1986, por Carlos Pirú, Pedro Ramos, Adelson Preto, Aureliano Neck, Bibi, Carlinhos Bababá e tempos depois compondo o “naipe” de artistas, Espiga do Cavaco, Edson, Nonato Soledade e Lincolin. Essas batucadas noturnas se proliferaram nos bares e casas de shows se fortalecendo no “Boteco da Tia Wilça” em 1989, quando foi criado o Movimento Cultural do Samba.

Em 1991, os sambistas amapaenses dão um “Upgrade” na cena da musicalidade regional e criam o “Projeto SAMBARTE” com a finalidade de valorizar o cancioneiro da Amazônia, incentivando todos os pagodeiros, sambistas, partideiros e amantes do ritmo através de músicas autorais, chega, portanto, o “I FESTIVAL DE SAMBA E PAGODE DO AMAPÁ”

O “Projeto Sambarte” que mais tarde viraria, “Grupo Sambarte”, foi responsável pela realização de grandes festivais de samba e pagode dentro do Estado do Amapá, nas três primeiras edições, o projeto revelou grandes artistas para a Amazônia e o Brasil.

Nesta leva de grandes sambistas, em 1991, temos o primeiro samba campeão do Festival. De autoria dos compositores Osmar Jr e Heraldo Almeida, o samba “Ainda Laguinho”, que nos dias de hoje segue sendo considerado o hino do bairro negro de Macapá, é tocado e cantado nos bares e rodas de samba da capital do meio do mundo.

Em 1996, com Tayson Tyassu, Illan do Laguinho (in memorian), Aureliano Neck, Nonato Soledade, Carlos Pirú e Adelson Preto, o Projeto Sambarte gravou num total de três, seu primeiro CD, com uma coletânea de dezesseis sambas e pagodes cem por cento amapaense, inserindo nossos ritmos como o marabaixo e o batuque, além de letras inéditas que retratam nossos costumes e tradições. Após a primeira formação do Grupo, ainda passaram pelo Sambarte, Robson do Cavaco, Joatã Santarém e Macunaíma (in memorian).

Outros campeões de festivais foram: em 1992, “Beijo de Judas” de Aurelino Neck e Nonato Soledade; 1993, “De Tudo Valeu” de Aureliano Neck; 1995, “Amor Gostoso” de Adelson Preto; 1997, “Próximo Verão” de Robson do Cavaco; 1998, “Encontros” de João Ataíde, Josimar Almeida e Paulo Albuquerque e em 2008, “Canoa Furada” de Adelson Preto.

Com as músicas sendo tocadas nas emissoras de rádio e TV, “os meninos” resolvem subir nos grandes palcos de Macapá, e tornaram-se, historicamente, o primeiro grupo de samba e pagode a fazer um show dentro do Teatro das Bacabeiras, em maio de 1997. E em outros Estados, abriram grandes eventos e shows de sambistas renomados como Leci Brandão, Almir Guineto, Jorge Aragão, entre outros. O Sambarte atravessou as fronteiras do Brasil, tocando nosso samba e pagode na Guiana Francesa.

Nesses 30 anos de relevantes serviços prestados ao samba Tucuju, o grupo faz parte de uma galeria de imortais na raiz do samba e na continuidade e respeito por nossos costumes e tradições.

Para celebrar esses 30 anos de musicalidade, o Grupo Sambarte fará um show com a gravação de um DVD, no dia 23 de outubro, a partir das 16h, na Casa de Samba, localizada na Rua Maria Neusa do Carmo 758, Infraero I.

Reserva e compra de mesas através dos fones 99152-3433 e 99137-7988

Sábado é dia de “Jazz na Calçada”

Neste sábado, a partir das 17h, tem mais uma edição do ”Jazz na Calçada”. O encontro, desta vez, terá a participação do cantor Amadeu Cavalcante e Brenda Melo, que se apresentará junto ao Coletivo Jazz Amapá. O Jazz na calçada é na casa do maestro e músico, Fineias Nelluty.

Serviço:
Jazz na Calçada
Local: Avenida Clodóvio Coêlho 787, entre Hamilton Silva e Leopoldo Machado.
Data: 16 de outubro de 2021.
Horário: a partir das 17h.
Informações: 991151774 – Fineias Nelluty.
Apoio: Secult/AP

Sesc Amapá promove exposição “Griô!” que retrata o cotidiano da Vila do Carmo do Macacoari

 

O Sesc Amapá através do Projeto Entre Artes realiza a exposição “Griô!”, da artista Maria Paula Marques, que fica aberta para visitação no período de 15 de outubro a 12 de novembro na Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopes no Sesc Araxá. A vernissage da exposição acontece nesta sexta-feira (15) às 19h e, nos demais dias pode ser visitada no horário de 8h às 18h.

As obras da artista Maria Paula Marques foram selecionadas pelo projeto Entre Artes

Griô é um termo que faz referência àquele que preserva e perpetua as tradições de uma comunidade. Maria Paula encontrou em sua memória afetiva, a forma de expressar a magia da fala griô pela fotografia, quer dizer, contar histórias através de imagens. Desse conjunto de potentes palavras geradoras, sabedoria, lembranças e criação, nasce a exposição inspirada no cotidiano da centenária comunidade negra da Vila do Carmo do Macacoari, no município amapaense de Itaubal do Piririm, território que, no passado, pode ter sido rota de fuga de escravizados indígenas e negros. E, na década de 1920, passa a ser liderado por mulheres, que, nele, constroem suas territorialidades.

A artista ao conceber a exposição “Griô!”, estabelece através das imagens narrativas de vivências que passam de geração em geração . Seu sentimento de pertencimento a esse território capta, com suas lentes, o que há de concreto nesse espaço multicultural: a natureza, os objetos, as pessoas de diferentes idades e religiosidades, a ação do homem sobre o território, suas atividades produtivas e cotidianas.

A exposição Griô é composta de fotografias pintadas digitalmente e, posteriormente, bordadas, um fazer artesanal, tradicional, milenar, em que se demanda tempo e muitíssimos cuidados no vai e vem das linhas, nesse caso, no papel. A artista inspira poeticamente o visitante a aguçar seu olhar interpretativo de pertencimento sobre as imagens, para que consiga compreender a vida do macacoariense, e, assim, conhecer melhor a história do Amapá.

Projeto Entre Artes – Com a finalidade de estimular e divulgar a produção artística visual do Amapá e de todo o Brasil, o projeto seleciona artistas locais, e de todo o território nacional, para divulgar suas produções nos eventos do Sesc Amapá. São exposições presenciais e virtuais, oficinas, palestras, workshops e mediações de debates. Entre Artes é um projeto que oportuniza a criação de plateias para os artistas e a participação da população nas manifestações artísticas do Estado, de forma que as Artes Visuais do Amapá possam ser apreciadas.

Maria Paula Marques – é formada em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) , ano de conclusão: 2020. Realizou Residência Pedagógica em Artes Vínculo pela Fundação Capes/ Escola Estadual Augusto Antunes (Santana-AP) nos anos de 2018 e 2019. Atualmente, está cursando Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas, também na Unifap.

SERVIÇO:
Vernissage da exposição “Griô!”, da artista Maria Paula Marques
LOCAL: Galeria de Artes Antônio Munhoz Lopes – Sesc Araxá
DATA: 15/10/2021 HORA: 19h
INFORMAÇÕES E AGENDAMENTOS: 3241-4440 ramal 239 – Coordenação de Cultura

Prefeitura apresenta à Liga das Escolas de Samba do Amapá projeto para realizar Carnaval 2022

 

A Prefeitura de Macapá apresentou nesta quarta-feira (13) o projeto para a realização do Carnaval 2022 à Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap). O encontro contou com os gestores do Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur), Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) e Secretaria Municipal de Habitação e Organização Urbana (SEMHOU) que alinharam ainda demandas futuras relacionadas à festividade.

A presidente da Liesap, Lizete Jardim, e a diretora de carnaval da entidade, Aracilene Monteiro, receberam o projeto municipal, que tem emenda parlamentar do deputado federal Vinicius Gurgel, no valor de R$ 1 milhão.

“O recurso destinado para o carnaval estava perdido e com esforços do município foi resgatado para que o carnaval seja realizado em 2022, atendendo um anseio de carnavalescos e brincantes, além de pensar no fomento econômico, turístico e cultural que o evento proporciona à capital”, explica Benício Pontes, diretor-presidente do MacapaTur.

Estrutura, sonorização e recursos federais foram confirmados no projeto apresentado à Liesap. As tratativas para o carnaval seguirão, incluindo parcerias e captação de mais recursos para viabilizar as escolas de samba.

Projeto Concertos Sesc Partituras faz homenagem ao músico Nonato Leal

Difundir o patrimônio musical brasileiro é um dos objetivos mais enraizados no Sesc. Nesse sentindo, se inicia mais uma edição do “Projeto Concertos Sesc Partituras”, homenageando o mestre Nonato Leal. O evento é nesta quinta-feira, 14, às 19h, com taxa de entrada simbólica no valor de R$5.

Orquestra de Violões Nonato Leal se apresenta nesta quinta-feira (14) no Sesc Centro

O repertório da noite será composto também pelas obras dos violonistas Emanuel Cordeiro, Quincas Laranjeiras. Na apresentação será incluída também uma homenagem especial ao compositor e violonista nortista Sebastião tapajós, que faleceu no último neste mês de Outubro.

 

Para tocar com o mestre, o Sesc Amapá traz a Orquestra de Violões Nonato Leal (ONL), composta por alunos, ex-alunos e professores do Centro de Educação Profissional Walkíria Lima, onde Nonato Leal foi o primeiro professor de violão. Integram a orquestra os músicos Wenderson Barbosa, Antony Xisto, Anthony Barbosa, Fillip Whallajon, Bruno Moura, Jennyferson Lobato, Aron Miranda, Adilana Agda e Carla Flamena.

 

Nonato Leal – Músico desde os 10 anos de idade, ele tem vocação musical herdada de sua família de músicos. Tocou violino durante alguns anos, depois seguiu para o banjo. Ele conheceu o cavaquinho, o bandolim e a viola e, nesta sequência, de cordas chegou ao violão – instrumento que o acompanha até hoje. Nonato Leal tem papel importante na história da música amapaense e três prêmios em festivais de música.

 

Projeto Concertos Sesc Partituras – é uma biblioteca digital, sem fins lucrativos, que preserva e difunde o patrimônio musical brasileiro. Anualmente são programadas pelos Departamentos Regionais do Sesc apresentações musicais com repertório selecionado exclusivamente do acervo do projeto, que é formado por obras de compositores brasileiros, com participações de músicos nas mais diversas formações entre solistas, grupos de câmara, coral e orquestra.

 

SERVIÇO: Concertos Sesc Partituras

LOCAL: Sesc Centro

DATA: 14/10/21 (quinta-feira) HORA: 19h

ENTRADA: taxa simbólica de R$5 (cinco reais)

 

 

 

Após temporada em Portugal, “Show Toda Gente” marca a volta de Cley Lunna aos palcos com público

 

Uma retrospectiva musical do artista Cley Lunna está confirmada para os dias 05 e 20 de novembro, e 04 de dezembro, para marcar o retorno ao palco deste santanense que escreve com intensidade sua carreira artística. “Show Toda Gente” irá percorrer esta trajetória que ganhou mais um importante capítulo com sua estadia em Portugal, de onde retornou com o desejo de contar em cifras e melodias suas experiências luso-brasileiras. O primeiro show, 5 de novembro, terá a participação especial de Alan Yared e Nitai Santana e o acompanhamento da banda de Cley.

Cley é um músico de natureza amazônica e desde a adolescência se dedica às canções e composições, com o olhar voltado para suas raízes e cultura. Dos festivais estudantis, onde chamava atenção por seu jeito frágil e ao mesmo tempo gigante no palco, foi para os grandes festivais amapaenses e nacionais, em que ganhou notoriedade e respeito profissional. Inovador e ousado, criou o projeto Palco Amapá, em que produziu shows com jovens herdeiros musicais de dois grandes artistas, Max Viana, filho de Djavan, e João Cavalcanti, de Lenine, além de apresentações com astros como Jorge Vercillo, João Amorim, Patrícia Bastos, Nilson Chaves, entre outros.

Cley também fez emocionantes resgates em shows das obras de Belchior e Gonzaguinha, produções feitas em paralelo ao seu trabalho autoral, que estão incluídas várias canções, dois CDs e um EP, que refletem seu talento como compositor. Suas características ganham corpo, sentimentos e alma quando entra no palco e hipnotiza com sua leveza na voz e violão ou acompanhado de bandas e efeitos de som e luz.

A coragem e coração de andarilho funcionam como uma bússola, e fazem com que Cley não calcifique seus pés em um só canto. Além dos estados brasileiros, o artista levou seu trabalho para o Suriname e Amsterdã, no início dos anos 2000, e em 2019 desembarcou em Portugal, onde fez apresentações em Lisboa, Cascais e Sintra, onde teve grandes experiências, como a parceria com a back vocal da cantora Madonna, Ella Barbosa e o acolhimento e simpatia trocada com os portugueses. Ele sempre vai, mas volta, e com o talento apurado e a vontade de compartilhar estas vivências musicais.

São estas transformações e amadurecimento que moldam sua personalidade artística, que Cley Lunna vai apresentar em “Show Toda Gente”, na temporada que está em fase de produção. “Minha última aventura internacional coroa mais uma fase de minha carreira e ganhou contornos inusitados por causa da pandemia, que mudou o mundo, as pessoas, trouxe tristezas e ao mesmo tempo esperança, nos fez ver a morte ser banalizada, mas não endureceu os corações, expressamos muitos sentimentos, bons e ruins, alguns viraram ressentimentos, outros, saudades, e no meu caso, canções. Concertos é a retrospectiva de minha caminhada, minhas criações e parcerias, que quero contar e cantar nesta retomada aos palcos com a presença do público”.

Serviço:

Show Toda Gente
Data: 5 de novembro
Hora: 20h
Local: Raimundo Álvares da Costa esquina com Manoel Eudóxio Pereira – 1689 – Centro

Vendas de mesas: 98125-5077 (pix) e 98130-9224

Valor: R$ 100,00

Mariléia Maciel