Zé Miguel e Banda gravam novo DVD nesta quarta-feira (29)

 

O cantor amapaense Zé Miguel e Banda gravam nesta quarta-feira, 29, um novo DVD, a partir das 20h, com transmissão pelo Facebook e Youtube do artista.
Com uma carreira consolidada, Zé Miguel lançou seis Cds solo e um DVD. Já dividiu o palco com grandes nomes da música nacional e internacional. Participou de shows em diversos estados brasileiros e é, reconhecidamente, um dos maiores nomes da música popular amapaense.

Página da transmissão do DVD: https://www.facebook.com/zemigueloficial

Tatamirô Grupo de Poesia lança o recital “Xapiri Curuocangô 4.0” em formato digital

 

“XAPIRI CURUOCANGÔ 4.0” é o Recital de Poesia Sonora do Tatamirô Grupo de Poesia que vai estrear dia 04 de outubro (04/10/2021), às 20h, no canal do grupo, alojado na plataforma YOUTUBE. O Recital é fruto de estudos sobre os cantos e rituais de etnias indígenas da Amazônia e da leitura do livro “A Queda do Céu” do xamã yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo franco-marroquino Bruce Albert, dialogando com uma diversidade de sons que culminaram em Poesia Sonora.

O Poeta Herbert Emanuel (AP), autor do Poema Sonoro Xapiri Curuocangô, diz que a versão 4.0 é uma “travessia para alteridade. É um poema conectado com o outro: é uma homenagem poética aos nossos parentes, os povos originários, com quem realmente podemos aprender como não destruir de vez nosso planeta; juntando-se à guitarra bluseira do músico Ronilson Mendes e à dança orientupi da bailarina Hayam Chandra. Para nós, é uma obra em processo de construção, diálogos e ajuntamentos permanentes”.
Todos os poemas vocalizados são de Herbert Emanuel. Além destes, há prosas citadas do livro “A queda do Céu”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert; do conto “Meu Tio Iauaretê” de Guimarães Rosa, na voz sampleada do ator Lima Duarte; e a frase “O Amanhã Não está à Venda”, que dá título ao livro do líder indígena Ailton Krenak.
O recital do grupo amapaense, nas versões anteriores, já passou pelo palco centenário do Teatro Municipal de São João Del Rei e por outros espaços culturais desse município das vertentes mineiras (2017). Em Macapá, na programação literária.

“É uma satisfação enorme poder se apresentar nesses palcos homenageando os povos ancestrais, mostrar a nossa cultura e o resultado de uma criação poética. Há treze (13) anos fazemos isto, investimos na tarefa de irradiar a palavra poética, em suas mais diversas modalidades, como gostamos de afirmar. Agora, com a filmagem, o Poema Sonoro Xapiri-Curocangô 4.0 vai atingir novos públicos, ganhando muito mais abrangência” – ressalta a Diretora do Recital, a declamadora Adriana Abreu.

A captação de imagens, montagem, edição e mixagem de som ficou por conta da equipe do “Tenebroso Crew”, formada por jovens cineastas que tem se destacado na cena contemporânea do audiovisual amapaense. Esse Recital foi contemplado pela lei Aldir Blanc – Edital nº: 002/2020 – Secult/AP – Fábio Mont’alverne “Rato Batera”.

O Tatamirô Grupo de Poesia é um grupo amapaense de declamação e dramatização de textos poéticos, sejam eles escritos na forma de verso ou prosa, em suas múltiplas manifestações verbivocovisuais. Criado em 2008, o Tatamirô nasceu do desejo de dizer Poesia às pessoas, de colocar a voz a serviço da Poesia, de dizer as coisas do mundo de forma diferente, além de fomentar ações em proveito da leitura, da literatura, principalmente, e das demais artes.
O Tatamirô Grupo de Poesia, que atua há treze (13) anos fomentando a leitura com apresentações voltadas para as artes em âmbito geral – destacando a poesia, tem participado por estes “Brasis” afora em diversos eventos e projetos culturais, tais como: Feira Pan-Amazônica do Livro de Belém-PA, Sesc Amazônia das Artes, Sesc Arte da Palavra, Inverno Cultural de São João Del Rey-MG, Poesia de Cena de Cabo Frio-RJ, Balada Literária de São Paulo, Congresso Brasileiro de Poesia; assim como em eventos internacionais, destacando o 8º Salon du Livre de Cayenne na Guiana Francesa.

FICHA TÉCNICA DO RECITAL XAPIRI-CURUOCANGÔ 4.0
Vocalização, mixagem, disparo de samples e autoria do Poema Sonoro “Xapiri Curuocangô 4.0”: Herbert Emanuel
Declamação, roteiro e direção: Adriana Abreu
Coreografia e dança do primeiro movimento do poema sonoro “Xapiri”: Hayam Chandra
Partitura musical e guitarra do primeiro movimento do poema sonoro “Xapiri”: Ronilson Mendes
Cenografia e Figurino: Paulo Rocha
Figurino de Adriana Abreu: Amarilda Marinho
Figurino de Herbert Emanuel: Ilce Rocha e Paulo Rocha
Figurino de Hayam Chandra: Kelly Maia
Customização de figurino: Rosemere Pires e Jasmine Pires
Produção: Paulo Rocha, Herbert Emanuel e Adriana Abreu
Assistente de produção: Pedro Henrique
Assistentes de direção e contrarregras: Thayse Panda e Zeca Corrêa
Maquiagem: Jasmine Pires
Ambientação: Dilda Picanço e Luiza Picanço
Realização: Tatamirô Grupo de Poesia

FICHA TÉCNICA – TENEBROSO CREW
Produção/Direção/Câmera: Jamie Gurjão
Fotografia: Ianca Moreira
Câmera: Dyego Bucchiery
Som/Mixagem: Alecsandro Cantuária
Recital contemplado pela LEI ALDIR BLANC – EDITAL Nº: 002/2020- SECULT/AP – FÁBIO MONT’ALVERNE “RATO BATERA”
SERVIÇO
Recital “Poema Sonoro Xapiri-Curuocangô”
Lançamento: 04/10/2021, às 20h
Local: YOUTUBE – CANAL “Tatamirô Grupo de Poesia”
Classificação: Livre
Realização: Tatamirô Grupo de Poesia
Contatos: 96 98412-4600 [Paulo Rocha]/ (96) 98131-8463 [Thayse Panda]/ (96) 98807-8670 [Herbert Emanuel]

Sesc realiza a exposição ‘Marabaixo – a Essência De Um Povo’

 

O projeto Entre Artes, do Sesc Amapá, mais uma vez cumprindo o objetivo de dar palco às produções artísticas locais realiza a exposição “Marabaixo – a essência de um povo”, do artista visual Jeriel. As obras vão estar disponíveis para visitação na Galeria de Artes Antônio Munhoz do Sesc Araxá no período de 24 de setembro a 11 de outubro, depois segue para o 1º piso do Sesc Centro, onde fica até 22 de outubro, com entrada gratuita.

A poética visual das telas de Jeriel nos fazem percorrer pelo imaginário da Amazônia brasileira. Através do olhar do artista, encontramos em suas obras a força do Batuque, a dança do Marabaixo, a vida do ribeirinho amazônico, do caboclo do Norte, dos rios e igarapés, e símbolos da cultura macapaense como a Fortaleza de São José de Macapá e o Monumento Zero do Equador.

Nas criações de Jeriel, transbordam cores, traços, narrativas e temáticas, que não só nos servem ao deslumbre do olhar como ao orgulho de sermos um povo mestiço, rico em patrimônio material e imaterial, em pluralidade e tantos outros aspectos que fazem de nós, brasileiros, singulares e grandiosos. Indagado sobre o seu papel no universo das artes, Jeriel reflete: “o artista é a essência do seu cotidiano e a força da sua cultura”.

Do ponto de vista técnico e estético, o artista traz seu próprio estilo, que ele batizou de “Pop Art Tucuju”. Entre as características mais marcantes do gênero “Pop Art” estão as cores vibrantes e a linguagem figurativa, com as quais Jeriel descobriu afinidade ao longo de seus anos de estudos acadêmicos e experimentações artísticas. Em sua pintura e técnica, ele já buscava composição de cores que levassem em conta o clima da Amazônia. Já a palavra Tucuju remete ao nome do primeiro povo indígena a ocupar o território onde hoje está localizado o estado do Amapá.

As cenas do cotidiano representadas por Jeriel expressam formas e cores de uma estética voltada para a arte regional, simples, mas ao mesmo tempo rica em autenticidade e engajamento, com posicionamento e referências multiculturais do povo Tucuju. “Acho fundamental que todo artista esteja presente em seu tempo e espaço”, declara o artista.

Confira a programação da 15ª Primavera dos Museus

Além de participar de uma programação repleta de cultura e arte amazônica, quem visita o Museu Sacaca durante a 15ª edição da Primavera dos Museus, que encerra nesta sexta-feira, 24, pode conferir duas novidades: o Jardim Sensorial e o Espaço Místico, as novas ambientações que tornam o local mais inclusivo e acolhedor. Formado por uma trilha de diferentes materiais encontrados na natureza, o Jardim Sensorial foi criado especialmente para pessoas com deficiência, mas aberto à experimentação de todos os visitantes.

Local conta com dois novos ambientes, proporcionando mais inclusão e acolhimento ao público.

Acompanhe a Programação:

Até 24 de setembro (9h – 17h)

• Visitação ao Jardim Sensorial e Espaço Místico
• Leitura coletiva e exposição de livros indígenas na casa de leitura
• Exposição audiovisual no Espaço de Educação Ambiental
• Contação de histórias no bosque do açaí
• Exibição de curta-metragem no Espaço Multimídia – 30 anos do IEPA
• Exposição em banner – Turé dos povos indígenas
• Exposição audiovisual – a fauna amazônica
• Exposição de taxidermia do IEPA
• Mesa redonda on-line, “Museus: Perdas e Recomeços”

15ª Primavera de Museus: valorização da história e novos espaços no museu Sacaca

O Museu Sacaca inicia nesta quarta-feira, 22, a programação local da 15ª edição da Primavera dos Museus. O circuito nacional é promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e conta, no Amapá, com vasta programação de fortalecimento histórico e cultural.


Museu Sacaca está aberto às visitações das 9h às 17h, de terça a domingo; entrada franca.

O tema deste ano é “Museus: Perdas e Recomeços”. A diretora do Museu Sacaca, Eliane Oliveira, avaliou a importância desta temática na retomada das atividades durante a pandemia.

“Mesmo enquanto se precisou fechar as portas ao público, o trabalho interno, os investimentos, o cuidado com o acervo se mantiveram resilientes para o recomeço que logo viria”, ponderou.

Além da entrega de dois novos espaços no museu, a programação também conta com exposição de livros indígenas, exibições audiovisuais e de educação ambiental.

Novas ambientações

O complexo de exposições a céu aberto do Museu Sacaca abrirá duas novas ambientações, que tornarão o espaço ainda mais inclusivo e acolhedor.

Formado por uma trilha de diferentes materiais encontrados na natureza, o Jardim Sensorial foi criado especialmente para pessoas com deficiência, mas aberto à experimentação de todos os visitantes.

Já o Espaço Místico atende ao hábito dos visitantes que utilizam o museu para a prática da meditação.

“Ter a floresta no coração da cidade, de tão fácil acesso, é um convite para práticas contemplativas e de meditação. Esperamos, com o jardim e o espaço místico, tornar o museu ainda mais estimulante para o nosso público”, destacou a diretora.

Programação 

22 a 24 de setembro (09h – 17h)

  • Inauguração do Jardim Sensorial e do Espaço Místico (22/09, às 10h)
  • Leitura coletiva e exposição de livros indígenas na casa de leitura
  • Exposição audiovisual no Espaço de Educação Ambiental
  • Contação de histórias no bosque do açaí
  • Exibição de curta-metragem no Espaço Multimídia – 30 anos do IEPA
  • Exposição em banner – Turé dos povos indígenas
  • Exposição audiovisual – a fauna amazônica
  • Exposição de taxidermia do IEPA
  • Mesa redonda on-line, “Museus: Perdas e Recomeços”
  • Roda de conversa – Povos Indígenas do Amapá: perdas e recomeços (24/09, das 14h às 17h).

https://www.portal.ap.gov.br/noticia/2109/15-ordf-primavera-dos-museus-governo-do-amapa-valoriza-historia-e-abre-novos-espacos-no-sacaca

Professora , escritora e poetisa, Carla Nobre, faz protesto na Fundação Municipal de Cultura e exige que artistas sejam respeitados

Um vídeo que circula nas redes sociais nesta terça-feira, 21, mostra a professora , escritora e poetisa, Carla Nobre, estacionando bastante aborrecida e socando a porta da Fundação Municipal de Cultura ( Fumcult), protestando contra o julgamento do edital, que segundo ela, contempla inúmeras pessoas desconhecidas e deixa de fora vários artistas. Ela cobra respeito da instituição e do atual diretor-presidente, o DJ Alan Cristhopher. Para protestar ela usou literalmente a expressão “metendo o Pé na porta, mas no caso dela foi a mão mesmo”.

 

“Meu nome é Carla Nobre , eu sou poeta desta terra, e a Fumcult e a prefeitura estão fazendo um escândalo com esta Secretaria de Cultura. Tenho mais de 20 anos de carreira, três livros publicados, prêmios nacionais pelo Ministério da Cultura e pela Funart. Nós queremos respeito. Não teve edital para o aniversário da cidade e nem para o Macapá Verão”, protesta ela no vídeo.

Segundo os artistas e escritores, foi deixado quase um milhão em caixa, pela ex- gestão municipal da cultura, que daria para fazer editais e contemplar artistas e programações tanto no aniversário da cidade quanto no Macapá Verão, que são as maiores festividades do calendário da capital.

Composição de Nonato Soledade vence 1º Festival da Canção Macapaense com homenagem a sambista

 

‘Macunaíma’, de autoria de Nonato Soledade e interpretação de Silmara Lobato, arrematou a premiação máxima do 1º Festival da Canção Macapaense (Fescam). A música faturou o troféu de campeã e mais a quantia de R$ 8 mil. A competição aconteceu neste domingo (19) e celebrou o estímulo à produção musical e aos compositores tucujus, valorizando o cenário musical amazônico.

A canção representa uma homenagem ao falecido intérprete da Associação Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, Aguinaldo ‘Macunaíma’ dos Santos, figura ilustre da cultura popular macapaense.

“Eu sou compositor de samba e o meu primo Macunaíma era uma figura ilustre do Boêmios do Laguinho. Fizemos essa música tão bonita em homenagem a ele. Graças a este evento da prefeitura ele ficará eternizado. Estamos ansiosos para a próxima edição presencial do festival”, comentou Nonato.

A música ‘Macunaíma’ rendeu a premiação de Melhor Intérprete à Silmara Lobato, artista renomada no cenário musical amapaense, com 26 anos de carreira. Além do troféu, a artista receberá prêmio em dinheiro.

“Pela primeira vez recebo o reconhecimento como melhor intérprete em todos esses anos de carreira. Batalhei muito por isso. Me arrisco dizer que não sou cantora, mas sim intérprete. A música Macunaíma foi feita com o coração e representa a história de um amigo. É uma emoção ímpar e estou realmente tremendo. O Fescam marcou a minha vida e ficará para sempre”, diz emocionada a artista.

‘Nega Jolie’, de Amadeu Cavalcante e interpretada por Cléverson Baia, ficou em segundo lugar na competição. A canção remete à história da cultura macapaense, falando sobre quilombos.

“Faço canções que falam da nossa terra. As pessoas pensam que os quilombos estão distantes, mas não, ficam bem próximos. A música Nega Jolie fala de uma mulher que esteve no Maruanum, no Curiaú e no Mazagão, demonstrada de forma poética. A canção deseja valorizar as belezas da nossa região. A cultura é para sempre e como sou religioso, digo que é uma dádiva de Deus”, comenta Amadeu.

‘Lanterna Chinesa’, de Nitai Santana, venceu duas categorias: o terceiro lugar e o melhor arranjo. O artista é neto do Mestre Oscar Santos e compõe a nova geração da Música Popular Amapaense (MPA). A música representa um fazer cultural produzido manualmente e que faz parte de uma tradição milenar.

“É uma honra e um privilégio receber duas premiações na minha primeira participação em um festival de música, ao lado de compositores maravilhosos. A música nasceu a partir da letra, inspirada no poeta Aldo Gatinho e foi finalizada durante a pandemia. Lanterna Chinesa tem toda uma contextualização, pois representa uma passagem ritualística, que atrai festividade. Na nossa canção, as lanternas iluminam uma lembrança e um enigma de uma paixão de dois amantes que foram para direções opostas, sendo uma viagem poética’’, explica Nitai.

Melhor Música Popular
‘Um Açaí para Arrematar’, de Lene Balieiro, venceu a categoria Melhor Música Popular, com mais de 17 mil votos durante votação online. A canção narra sobre as várias espécies de peixes populares na região amazônica, que acompanhados de uma bela tigela de açaí, deliciam as comunidades nortistas. Além de troféu, a intérprete ganhou uma premiação em dinheiro.

 

Fotos: Júnior Dantas
Premiação simbólica
O prefeito de Macapá, Dr. Furlan, recebeu também um troféu simbólico em nome da gestão municipal, por ser incentivador da cultura macapaense. O Fescam foi o primeiro festival em âmbito municipal e teve o investimento de aproximadamente R$ 18 mil em premiações para valorização da música amazônica, com recursos oriundos da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), através do programa Macapá Tem Cultura.

Apresentações
O terceiro dia de festival contou com uma Live Show da cantora Patrícia Bastos, além das apresentações das 10 canções finalistas, por ordem de sorteio.

CONFIRA AQUI A 3ª NOITE DO FESCAM

A competição iniciou com a canção ‘Sina (I) dos tempos’, de autoria de Carol e com interpretação de Alber Matos. Seguida de ‘Amazônia, Meu País’ de Cley Lunna; ‘Lanterna Chinesa’, de Nitai Santana; ‘No Pé do Tambor’, de Zaqueu Santos e interpretação de Lene Balieiro; ‘Oração’, do compositor e intérprete João Amorim; ‘Jardineiro Cantor’, de Harinama Sukhi Das;

Os espetáculos musicais seguiram com as apresentações de ‘Nega Jolie’, de autoria de Amadeu Cavalcante e interpretação de Clérveson Baia; ‘Pororoca’, de Sabrina Zahara; ‘Avepoema’, do compositor Aroldo Pedrosa e interpretação de Alber Matos; finalizando com ‘Macunaíma’, de Nonato Soledade e interpretação de Silmara Lobato.

Além disso, as 10 canções finalistas e a música mais popular irão compor um CD produzido pela organização do evento, que será disponibilizado nas plataformas digitais. O 1º Festival da Canção Macapaense tem organização da CIA. Oi Noiz Aki, representada neste festival pelo diretor artístico Cláudio Silva.

Tia Biló: a perseverança para manter viva a memória de Julião Ramos

* Por Marileia Maciel. Jornalista e moradora do bairro do Laguinho 

“Eu tinha mamãe eu tinha, eu tinha meu passarinho, estava preso na gaiola, bateu asas e foi embora…”

Esse ladrão cantado na voz poderosa da Tia Biló chamava o povo de volta pra roda de marabaixo, por mais cansados que estivessem, porque era força e fé que saia dessa mulher, única filha de Julião Ramos que ainda vivia entre nós. Hoje ela se despediu como um passarinho, bateu asas e voou, depois de 96 anos criando filhos, netos e bisnetos, recebendo fieis e marabaixeiros em sua casa, repassando ensinamentos e contando histórias permitidas por sua memória carregada de lembranças e saudades de seus antepassados.

“Pra onde tu vais rapaz? Eu vou fazer minha morada lá pros campos do Laguinho…”

Benedita Gulilherma Ramos nasceu em Macapá, no ano de 1925, e presenciou o nascimento da cidade, brincou no antigo Largo de São João, onde as famílias negras firmaram a Vila de Santa Engrácia, dançavam o marabaixo e professavam a fé na Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo. Quando estas famílias saíram do centro de Macapá, carregando a meninada e seus poucos pertences, tocando caixas e entoando ladrões e lamentos e começaram a ocupar onde hoje é Laguinho e Santa Rita, antes Favela, Tia Biló veio junto com o pai e mãe, Januária Simplícia Ramos e os irmãos Martinho, Joaquim, Apolinário e Felícia, iniciar a povoação deste reduto negro.

“…Eu tenho fé em Deus e na sagrada Maria, a quem Deus promete não falta, serei feliz algum dia…”

A família foi se despedindo deste mundo, e ficou tia Biló, com seus descendentes, assumindo a responsabilidade de manter o legado deixado. Ela esteve até ontem entre nós, mantendo as tradições e a fé em torno das coroas, fitas, murtas e mastros, símbolos da resistência, que fazem parte do ambiente místico da casa do mestre Julião Ramos, onde se respira ancestralidade, da frente, onde as rodas de marabaixo acontecem e os mastros são erguidos, passando pela sala, dos santos e coroas, até a cozinha, onde as refeições são preparadas e servidas durante o período do Ciclo do Marabaixo.

O oratório da sala, o radinho no quarto, os lençóis floridos, as saias e calças muito limpas e perfumadas, o panelão do caldo, as garrafas da gengibirra, as caixas coloridas, os mastros e bandeiras, azuis, brancas e vermelhas, as grandes mesas e bancos, compõem o cenário da casa que conta a história do Laguinho e dessa família que está na sexta geração. Foram 6 filhos, 15 netos, 31 bisnetos e Tia Biló ainda conheceu seu tataraneto Gabriel

Como moradora do Laguinho, vizinha de personalidades como a Tia Biló, com quem tenho a satisfação de dividir meus dias ao longo destes quase meio século de vida, sempre freqüentei os lugares que vibram nossa cultura. Curiosa, sentava e sento para ouvir e histórias, muitas viram textos, outras guardo na memória. Foram muitas horas e dias de rodas de marabaixo, anoitecendo e amanhecendo, rezando, acompanhando os rituais no Curiaú ou nas ruas do bairro, registrando, divulgando, e Tia Biló é uma de minhas personagens preferidas, assim como Mestre Pavão, Tia Fé, Naíra, Dona Diquinha, Tia Zefa, e tantos que tive e tenho a oportunidade de contar as histórias vividas com eles, ou ouvidas pelos campos do Laguinho.

Foi um grande prazer conviver, sentar ao lado, rodar a saia com a família, fotografar e ouvir esta preta velha falar e cantar, vê-la desfilando na Boêmios do Laguinho, na missa dos Quilombos, sorrindo com simpatia para as fotos, chegando para cantar os ladrões na aurora da Quinta-feira da Boa Hora. Estas lembranças são como quadros que emoldurei em minha memória, e que hoje, com a despedida de Tia Biló vieram como filme que tive a oportunidade de participar como coadjuvante, para poder contar com detalhes.

“…Já vou-me embora já ergui minha bandeira, já vou-me embora já cumpri minha missão…”

Mariléia Maciel
Fotos: Márcia do Carmo

A volta do Jazz na Calçada e os preparativos para o maior evento de música instrumental do Amapá

A volta gradual de eventos culturais em Macapá movimenta produtores, artistas e público, e nas tardes de sábado quem curte música instrumental pode prestigiar o Jazz na Calçada, que transforma um espaço aberto em palco cultural, no centro de Macapá. Finéias Nelluty está a frente desta movimentação que reúne músicos que desafiam os instrumentos com seus talentos e mostram que a afinidade entre eles é a fórmula do sucesso. Estes artistas se juntam no final da tarde, na calçada da casa da família do Professor Tiago, pioneiro no ensino musical no Amapá, e patriarca da família de Finéias. Neste sábado, 18, a convidada é a cantora Ariel Moura.

 

Jazz na Calçada nasceu em 2017, sem ousadias, era mais uma iniciativa para popularizar o jazz e suas variantes, e hoje é um aquecimento para o maior evento de música instrumental, o Amapá Jazz Festival, ápice de todo esse movimento artístico de acordes, sopros e percussão, pequenos ensaios semanais que criam uma atmosfera musical na cidade entre os meses de julho a outubro.

 

Não tem segredo, os músicos afinam os instrumentos na famosa calçada, enquanto o público chega e procura um lugar para sentar e apreciar a apresentação, que inicia ao entardecer e encanta quem passa pela rua e não incomoda os vizinhos, já acostumados com acordes vindos da casa 787, da avenida Clodóvil Coelho, no bairro do Trem. Paulinho Queiroga, Hian Moreira, Vinícius Bastos, Isaque Reis, Juninho Romano, Israel Cardoso, Fabinho Costa e Rogério Alsan, junto com Finéias Nelluty, fazem a recepção para a plateia e músicos convidados ou que chegam para dar uma qualificada e luxuosa canja.

 

A volta do jazz gratuito em espaço aberto é celebrado como uma vitória após meses de reclusão e isolamento. Em 2020, a pandemia da Covid-19 silenciou as ruas e locais de eventos, deixando o público isolado e sem estas e outras importantes vitrines musicais. O Jazz na Calçada calou e o Festival foi realizado online, uma adaptação necessária. Por isso, o retorno de produções responsáveis de entretenimento cultural, chega como uma brisa em pleno calor amazônico.

 

É uma excelente oportunidade para curtir o sábado a tarde em boa companhia, segurança e ouvindo um som de qualidade, e preparar os ouvidos para o Amapá Jazz Festival, que atualmente é o maior evento de música instrumental do Amapá e está no calendário nacional  e internacional  de eventos do estilo. O festival se consagrou pelo modelo popular, ao ar livre, na beira do rio Amazonas e por oferecer para o público um cardápio inquestionável de músicos, convidados brasileiros e estrangeiros de prestígio, que formam com o cenário um palco de cultura e natureza.

 

Os dois eventos são gratuitos. O Jazz na Calçada acontece todo sábado, a partir das 17h, na avenida Clodóvil Coelho, 787, no Trem. O Amapá Jazz Festival será nos dias 22  e 23 de outubro e a programação está em fase de fechamento de atrações.

Show de Patricia Bastos encerra a programação do 1° Festival da Canção Macapaense

Show de Patricia Bastos encerra a programação do 1° Festival da Canção Macapaense

Em um show especial às margens do Rio Amazonas, a cantora Patricia Bastos fecha a programação do 1° Festival da Canção Macapaense (Fescam), realizado pela Prefeitura de Macapá. A apresentação será transmitida ao vivo no domingo (19), às 20h, e conta com a participação de Paulinho Bastos e do produtor musical Dante Ozzette.

As eliminatórias do 1º Fescam serão realizadas nos dias 17 e 18 de setembro, com apresentação de 20 artistas selecionados e transmissão pela página da prefeitura no Facebook, a partir das 20h.

Os jurados votarão nas 10 melhores canções para um álbum que será lançado posteriormente. Também serão eleitos os primeiros três lugares e as categorias de Melhor Arranjo, Intérprete e Música Popular no certame.

As inscrições para o festival ocorreram no mês de julho e o investimento é de aproximadamente R$18 mil para as premiações. O recurso é proveniente do Programa Macapá Tem Cultura, da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult). O Fescam tem organização da CIA. Oi Noiz Aki, representada neste festival pelo diretor artístico Cláudio Silva.

Show de encerramento

A cantora de timbre suave que apaixona o Amapá desde a adolescência será a apresentação final do festival criado para valorizar a música amazônica. Patrícia já participou de alguns festivais, conquistando prêmios no Festival da Canção Amapaense, em 1997, no Festival Internacional de Goiás (Festsinhá) e no Festival de Tatuí, cidade do interior de São Paulo.

Em 2014, no 25° Prêmio da Música Brasileira, foi premiada nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional – CD Zulusa”, além de seu CD ter sido indicado na categoria “Revelação”. Nesse mesmo ano, participou do Misty Fest, realizando turnê em Portugal nas cidades de Lisboa, Porto e Espinho. Em 2015, seu novo projeto “Batom Bacaba” foi um dos 6 contemplados no Edital Nacional Natura Musical.

Prefeitura Municipal de Macapá

http://www.macapa.ap.gov.br/

Amapá Garden Shopping promove oficina de ‘Vivência Teatral’

Em comemoração ao Dia do Teatro, o Amapá Garden Shopping promove de 15 a 19 de setembro a oficina ‘Vivência Teatral’, com Marina Beckman, diretora, produtora, atriz, e gestora da Cia Supernova. A Inscrição é um quilo de alimento não perecível e reservas através do número (96) 99121-5973.

A oficina, acontecerá das 18h às 21h, no espaço do Galeria Garden com atividades de concentração, improvisação, fisicalidade, postura e técnicas vocais. A programação culminará com a apresentação do trabalho de experimentações dos participantes da oficina. As vagas são limitadas e destinadas a pessoas a partir dos 15 anos.

Casal conta como aulas de dança se transformaram em instrumento de cura após o isolamento da pandemia

 Desde que se conheceram, em uma boate há 34 anos, dona Elza Coelho e seu José Neto nunca mais pararam de dançar. O casal sempre considerou a prática como uma forma de se conectar um ao outro. Porém, com a chegada da pandemia da Covid-19, eles se viram na necessidade de interromper o hábito. Somente com o retorno das atividades no Mercado Central, e as aulas do projeto Dança Comunidade que ocorrem no local, veio a oportunidade de reavivar essa paixão pelos salões.

Elza e José são integrantes do Projeto Dança Comunidade, realizado pelo Macapatur. A iniciativa reúne cultura e ritmo em aulas no Mercado Central, que nesta segunda-feira (13) celebra 68 anos de existência.

O Mercado Central celebra 68 anos de inauguração nesta segunda-feira (13) e sua reabertura após o pico da pandemia sinaliza a chegada de um novo tempo, de uma nova forma de viver, assim como o impacto positivo que a volta à dança trouxe para o casal Elza e José.

“Depois dessa pandemia em que a gente passou por vários momentos difíceis e mexeu com o psicológico da gente, a dança trouxe felicidade e cura”, diz a dançarina.

José aprova e aproveita para convidar todos a se juntarem à turma. “É uma experiência boa e muito proveitosa, a dança nos ajuda muito e traz benefício não só para nós, mas para todos que participam. Quem quiser, é só procurar a professora e trazer o seu par que nós estamos aqui!”, disse.

Para o casal, os benefícios com as aulas vão além do trabalho com o corpo e a mente, é também uma chance de conhecer novas pessoas e criar amizades. “O espaço do Mercado Central faz a diferença, é uma marca cultural de Macapá, o público presente na classe de dança é bastante diversificado” completa Elza.

Projeto

O Projeto Dança Comunidade é uma iniciativa da Prefeitura de Macapá, realizada por meio do Instituto Municipal de Turismo (Macapatur). O objetivo é reconectar as pessoas após o isolamento social imposto pelo coronavírus.

Ao som de brega, forró, arrocha, bolero, samba, cúmbia, salsa e soltinho, as aulas são gratuitas e ministradas pela professora Patrícia Maciel, às terças e quintas-feiras, das 19h às 20h, no Mercado Central.

Para participar basta realizar a inscrição uma hora antes do início da aula.

Prefeitura Municipal de Macapá

http://www.macapa.ap.gov.br/

Dante Ozzetti traz em 3 projetos o som brasileiro produzido no Amapá

Dante Ozzetti teve contato com o pessoal da música do Amapá em um projeto realizado em São Paulo em 2009, reunindo artistas de lá e daqui. Um deles foi a cantora Patrícia Bastos, com quem acabou fazendo vários trabalhos.

Dante Ozzetti e Patrícia Bastos, às margens do rio Amazonas em agosto de 2021.

As suas idas ao norte do País se tornaram frequentes. Lançou o instrumental Amazônia Órbita (2016), a partir de pesquisas de ritmos locais, como lundu indígena, marambiré, carimbó, marabaixo e cacicó. Agora, o compositor, arranjador, produtor e e violonista está envolvido na realização de três álbuns de artistas da região.

 

“O Amapá está na fronteira com a Guiana Francesa e tem muita influência dos ritmos de lá, como o cacicó, o zouk. O que chega no Amapá é via transmissão oral, de quem atravessa o rio Oiapoque (fronteira do Estado com a Guiana Francesa)”, conta Dante.

 

Parceria

Em outubro, o músico lança Abre a Cortina, um disco inédito que comemora 25 anos de composição dele com Luiz Tatit, seu maior parceiro.

“É um disco que fazia tempo que queríamos realizar. O álbum tem a nossa cara, nosso jeito de compor”, diz. A parceria já rendeu mais de 40 músicas gravadas, com melodias de Ozzetti e letras do Tatit.

O novo álbum conta com as participações especiais de Ná Ozzetti (irmã), Patrícia Bastos, Renato Braz, Lívia Mattos e Lívia Nestrovski, além de instrumentistas de peso, como Fi Maróstica (baixo), Guilherme Held (guitarra), Sérgio Reze (bateria), Fábio.

Produtor da Ná Ozzetti, trabalho que já lhe valeu prêmios e indicações, Dante afirma estar preparando repertório do novo disco da cantora que sai em 2022.

Ozzetti e Bastos

No primeiro disco que se envolveu da Patrícia Bastos – o terceiro de estúdio da carreira dela, o Eu Sou Caboca -, foi gravado uma música dele com o dos maiores poetas-compositores do Norte, Joãozinho Gomes, que nasceu em Belém, mas é radicado em em Macapá. Nesse mesmo trabalho da cantora fez alguns arranjos. Esse disco é marcado por ritmos do Pará e do Amapá.

 

Depois, passou a produzir os discos seguintes da Patrícia, o Zulusa (2013) e o Batom Bacaba (2016). Nas andanças por lá, conheceu músicos e passou a acompanhar o trabalho do paraense Trio Manari.

Agora já pensa no novo disco da cantora amapaense. Para isso, os dois passaram recentemente vinte dias na Guiana Francesa estudando os ritmos locais. “Essa influência estará mais presente no trabalho agora. Nos outros, tinha um pouco da cultura paraense”, diz Ozzetti.

O segundo projeto ligado ao Amapá, que será lançado em breve, é o de Oneide Bastos, mãe da Patrícia e que se chama 60 anos de Canto Amazônico. Ela foi uma das primeiras cantoras amapaense a gravar um disco. “Tem uma voz excepcional, incrível”, resume.

Segundo ele, será um trabalho de valorização da voz, menos percussivo e mais orquestral. “Tem composições dela e outros artistas amapaenses, voltado muito para a Amazônia”.

E tem um álbum que está pronto. É o Timbres e Temperos, com Enrico di Miceli, Joãozinho Gomes e Patrícia Bastos. O trio já existia e o trabalho vai ser lançado em novembro também com produção de Dante Ozzetti.

“Quando fiz o Amazônia em Órbita me deparei como lidar com a Amazônia. Você tem um jeito de mergulhar na mitologia de lá, tem a questão da contemplação da mata, dos rios, como fez Villa-Lobos”, afirma. “No Amapá, a cultura de lá vem do Caribe Tem os indígenas e os quilombos enraizados.

Fonte: Carta Capital

 

Edital Natura Musical 2021: Inscrições vão até 28 de setembro

 

 

A plataforma Natura Musical está com inscrições abertas para selecionar novos projetos para patrocínio em 2022. O Edital, aberto até 28 de setembro, renova sua busca por projetos artísticos e iniciativas de fomento à cena que já atuam profissionalmente no mercado da música e que estejam comprometidos com a geração de impacto positivo. As inscrições podem ser feitas pelo site oficial até às 17 horas do dia 28.

Plataforma oferece R$ 5,5 milhões em patrocínio para projetos de artistas, bandas, coletivos e iniciativas de fomento à cena musical

“O Edital Natura Musical 2021 tem foco artístico e busca por projetos musicais que representam a nossa riqueza cultural e a pluralidade do que está sendo produzido no Brasil”, explica Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding. “Os critérios de seleção vão além da música: buscamos por iniciativas com o poder de promover a pluralidade, a inclusão e a sustentabilidade. E, principalmente, com o poder de mobilizar mais gente para as transformações que queremos ver no mundo”, completa.

As propostas inscritas no Edital Natura Musical podem ter diversos formatos como álbum, show, turnê, clipes, podcasts, além de programações, mostras, festivais, programas de formação, iniciativas de empreendedorismo cultural, circuitos culturais, pesquisas, séries de vídeos ou podcasts, documentários, residências artísticas, intercâmbios, projetos de capacitação profissional, conferências, entre outros.

Os projetos serão avaliados por uma rede de curadores formada por artistas, produtores, jornalistas e empreendedores do mercado musical. Os critérios utilizados para a seleção, baseados em relevância artística, impacto, inclusão e acesso e inovação e engajamento podem ser consultados em detalhe no regulamento do Edital, disponível no site. O anúncio dos projetos selecionados será feito até dezembro deste ano.

Histórico Natura Musical
Em 2021, o programa Natura Musical completa 16 anos de atuação. No total, já foram investidos mais de R$ 170 milhões no patrocínio de 500 projetos em diversos estados do Brasil. Alguns dos mais representativos compositores e intérpretes da nova geração já foram patrocinados pelo programa, como Linn da Quebrada, Djuena Tikuna, Emicida, Bia Ferreira, Rico Dalasam, Letrux, Tuyo, entre outros. Ao mesmo tempo, a plataforma apoia projetos emblemáticos de ícones da música brasileira: é o caso de Jards Macalé, com “Besta Fera”, Elza Soares, com “A Mulher do Fim do Mundo”, Dona Onete, com “Rebujo”, por exemplo.

Em 2017, como uma forma de ampliar seu impacto, Natura Musical expandiu a sua atuação, inaugurando a Casa Natura Musical. Em quatro anos de atuação, já passaram pelo palco mais de 200 artistas, que representam a diversidade da música brasileira. Desde que os eventos presenciais foram adiados em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Casa Natura Musical transferiu a sua programação para as redes sociais e já soma mais de 40 apresentações digitais.

Serviço Edital Natura Musical 2021
Quando: inscrições abertas até 28 de setembro (até as 17 horas, pontualmente)
Onde: edital2021.naturamusical.art.br
Instagram: @NaturaMusical
Facebook: Natura Musical
Twitter: /NaturaMusical

Podcast Vida&Arte
O podcast Vida&Arte é destinado a falar sobre temas de cultura. O conteúdo está disponível nas plataformas Spotify, Deezer, iTunes, Google Podcasts e Spreaker.

Fonte: jornal ‘O Povo’

Símbolo de Macapá, Mercado Central completa 68 anos de história nesta segunda , 13

 

O Mercado Central, um dos símbolos da cultura amapaense, economia e cartão postal da cidade de Macapá, completa 68 anos de muita história e tradição nesta segunda , 13 de Setembro. O espaço foi inaugurado dia 13 de setembro de 1953 pelo então governador Janary Nunes e o prefeito Claudomiro de Moraes. O espaço era uma obra gigantesca para a época e tinha como finalidade comercializar produtos da roça, que eram desembarcados no Trapiche Eliezer Levy.

Foto: Lilian Monteiro

O centro histórico foi considerado espaço de compras de alimentos e de encontros das famílias amapaenses por muito tempo. No local, diversas histórias trazem a memória desse sexagenário monumento, composto de nativos e imigrantes que deram início à expansão da atividade comercial no estado.

Foto: Max Renê

Entre as lembranças dos primeiros empreendimentos estão os famosos Bar Du Pedro, Clip Bar, Banca de Revistas Cinelândia, Mercearia do Chaquib, Sapataria do Irmão, Sapataria Chic, Ervanaria Amazônia, o Salão Latino Americano, Farmácia Droga Norte, entre tantos outros.

Luiz Gonzaga Nery, o segundo proprietário do famoso Bar Du Pedro, point etílico tradicional da cidade. “Sou nascido e criado neste bar”.

Falar de mercado é contar a história de quem o viu e o ajudou a nascer, como relata Luiz Gonzaga Nery, o segundo proprietário do famoso Bar Du Pedro, point etílico tradicional da cidade. “Sou nascido e criado neste bar. Vi a cidade inteira crescer, e a memória mais viva que tenho é do Mercado Central lotado e meu pai conversando com os clientes. Essa tradição tem passado de pai para filho. Hoje meu filho Pedro Nery da Cruz Neto toma a frente do bar”, disse.

Em 2019, o mercado foi totalmente revitalizado e ampliado, mas foi mantida a sua arquitetura. Em 2020 o novo espaço foi entregue. Além disso, ganhou obras em tons vibrantes que retratam alguns dos símbolos da cultura local, como o Marabaixo e o batuque.

Painéis expostos nas áreas interna e externa do novo Mercado Central abrilhantaram ainda mais um dos pontos mais bonitos da cidade. O artista amapaense Ralfe Braga é reconhecido internacionalmente e assinou toda identidade do local. Suas artes são cheias de energia e tonalidades exuberantes. Segundo ele, as obras dentro e fora são inspirações que refletem exatamente as questões históricas e estéticas do local, que trazem as cores vivas da Amazônia.

 

Curiosidades


A escultura que está bem em frente ao mercado tem as cores da bandeira do município de Macapá e também foi criada por Ralfe. Como o artista frisa, a primeira coisa que se busca na concepção de uma obra artística são símbolos, marcas, objetos que tenham uma simbologia para o projeto. “Eu, visitando certa vez aqui e estudando a concepção do projeto, olhei para cima e percebi que havia uma roseta na fachada, e essa roseta me chamou atenção desde criança. Quem criou ela usou esse símbolo que se usava muito na arquitetura da época, pois sua criação foi em 1953. É uma marca registrada da própria arquitetura, nada mais justo, óbvio e mais natural do que usar essa roseta como marca e símbolo do mercado, que está representado na escultura”, explicou o artista.


68 anos do Mercado Central

Os 68 anos de Mercado Central será celebrado na segunda-feira (13), data também dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

No Dia da Cachaça, gengibirra mostra o empreendedorismo feminino atrelado às manifestações culturais afromacapaenses

 

 

 

 

O Dia Nacional da Cachaça é celebrado nesta segunda-feira (13), em alusão a liberação da fabricação e venda do produto no Brasil. A data é marcada pelo simbolismo cultural, que remete à identidade brasileira.

A gengibirra, principal bebida à base de cachaça da nossa cultura, está enraizada no coração dos macapaenses. Isso porque ela representa as manifestações tradicionais do Amapá, em especial o Marabaixo. Nesta segunda-feira (13), Dia Nacional da Cachaça, ela é a protagonista desta reportagem especial.

Marabaxeira Laura Ramos, de 47 anos, comercializa sua gengibirra, produzida com uma receita que é herança de família

A gengibirra é feita com base da raiz gengibre, água, açúcar e cachaça. A bebida embala as manifestações marabaixeiras, sendo reconhecida como patrimônio imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

 

Receita de família

 

Nosso néctar está presente durante o Ciclo do Marabaixo, festividade regada a fé e devoção à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo.  Também pode ser encontrado no Mercado Central e nas diversas feiras produzidas pela Prefeitura de Macapá. Lugares em que a professora e marabaixeira Laura Ramos, de 47 anos, comercializa sua gengibirra, produzida com uma receita que é herança de família.

 

A gengibirra nasceu com o Marabaixo, assim como Dona Laura, que é bisneta do mestre Julião Ramos e neta de Benedita Guilerma Ramos, a Tia Biló, precursores da cultura no Amapá. A integrante da Associação Folclórica Raimundo Ladislau trabalha há mais de 20 anos com gengibirra, receita que aprendeu com a avó.

 

 

“Por ser a neta mais velha, aprendi tudo com a minha avó. Não tínhamos ralador, então ela furava latas para podermos ralar as raízes de gengibre. Daí deixávamos de molho. Nessa época, não levava água ardente, o teor alcoólico vinha do processo de fermentação.  Depois de coada, era acrescentada açúcar, e muito antes da vovó, os mais velhos usavam mel de abelha’’, conta Dona Laura.

 

Segundo a professora, o processo iniciava uns 20 dias antes da programação do Ciclo do Marabaixo. O período era necessário para uma fermentação eficaz. “A gengibirra tradicional precisava desse tempo. A fermentação deixava o sabor meio cítrico, diferente do que conhecemos na atualidade. A gengibirra da vovó ainda tinha um diferencial, pois ela colocava uns cravinhos da índia para dar um toque no sabor’’, explica.

 

Como fazer

 

Para os marabaixeiros, a bebida significa resistência através de suas raízes culturais. Cada pessoa possui seu formato de preparo. Todos embasados aos conhecimentos adquiridos com as famílias tradicionais que iniciaram essa cultura.

 

“A gengibirra tem uma função dentro das rodas de marabaixo. Ela não surgiu no intuito de embebedar ninguém. A bebida surgiu com a finalidade de manutenção das cordas vocais dos cantadores na hora de puxar os ladrões. Na época dos meus bisavôs não existiam equipamentos de sonorização. E tem momentos que o marabaixo amanhece, e haja garganta para cantar das 16h até de manhã’’, relembra Dona Laura.

 

Nos tempos atuais, em uma explicação mais rápida, o preparo da bebida inicia com a higienização e corte da gengibre. Após esse processo, a planta é batida com água no liquidificador. Em seguida, a mistura é peneirada e o líquido restante é misturado a açúcar e cachaça. Depois de pronta, precisa ser refrigerada, pois costuma ser servida gelada.

 

 

Gengibirra Marabaixeira

 

Laura iniciou a comercialização no Encontro dos Tambores e hoje vende através das mídias digitais, principalmente agora com a pandemia do coronavírus. A empreendedora é dona da marca Gengibirra Marabaixeira, reconhecida pelo sabor diferenciado, dotado de ancestralidade. As encomendas podem ser feitas através do telefone (96) 99152-6894. 

 

“Não vendo o meu produtor por vender. Me preocupo mesmo em fazer desse dele um elemento representativo da cultura do marabaixo, por meio de um olhar empreendedor. A gengibirra acima de tudo precisa trazer lucro para dentro das casas tradicionais’’, finaliza.

 

 

Credenciamento de artistas para o calendário anual de eventos

A Secretaria de Estado da Cultura  (secult) abriu inscrição para o credenciamento de artistas de todo o estado, para participação do Calendário Anual de Eventos.

As inscrições vão até o dia 30 de setembro. Mais informações acesse https://bit.ly/EditalArtistasAP.

Orgulho de Ser Amapá: programação de aniversário do Território Federal e do Mercado Central inicia nesta sexta-feira (10)

Nesta sexta-feira (10), a partir das 17h, o Mercado Central de Macapá recebe a abertura da programação da campanha “Orgulho de Ser Amapá, que ocorre em alusão aos 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos de inauguração do próprio mercado.

Foto: Lilian Monteiro

De acordo com sua organização, a iniciativa busca resgatar o orgulho pelas coisas da terra, sua história, cultura, pessoas e monumentos e é realizada pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues, Prefeitura de Macapá, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap).

No primeiro dia de programação ocorre o lançamento do box de livros “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal. O trabalho consiste numa caixa com 5 obras de autores amapaenses que abordam diferentes temas.

 

Os livros são os seguintes: Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus); Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso); Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias); Um Cais que Abriga Histórias de Vida (Verônica Xavier); e Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto).

Ocorre ainda na abertura do evento exposições de fotos históricas e atrações culturais locais, além da fala das autoridades presentes.

 

13 de Setembro

O segundo dia de atividades será na segunda-feira (13), data dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

 

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

 

Serviço

Programação Orgulho de Ser Amapá

Data de início: 10/09 (sexta-feira)

Horário: 17h

Local: Mercado Central de Macapá

 

“Orgulho de Ser Amapá”: programação de aniversário de criação do Território Federal e do Mercado Central inicia nesta sexta-feira (10)

Nesta sexta-feira (10), a partir das 17h, o Mercado Central de Macapá recebe a abertura da programação da campanha “Orgulho de Ser Amapá”, que ocorre em alusão aos 78 anos de criação do Território Federal do Amapá e de 68 anos de inauguração do próprio mercado

 

 

 

 

De acordo com sua organização, a iniciativa busca resgatar o orgulho pelas coisas da terra, sua história, cultura, pessoas e monumentos e é realizada pelo mandato do senador Randolfe Rodrigues, Prefeitura de Macapá, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap).

Foto: Lilian Monteiro

No primeiro dia de programação ocorre o lançamento do box de livros “Amapá: História, Imagens e Mitos”, impresso pelo Conselho Editorial do Senado Federal. O trabalho consiste numa caixa com 5 obras de autores amapaenses que abordam diferentes temas.

Os livros são os seguintes: Os Selos Postais da República do Cunani (Wolfgang Baldus); Amapá à francesa (Pauliany Barreiros Cardoso); Mitos e Lendas do Amapá (Joseli Dias); Um Cais que Abriga Histórias de Vida (Verônica Xavier); e Histórias de Oiapoque (Sonia Zaghetto).

Ocorre ainda na abertura do evento exposições de fotos históricas e atrações culturais locais, além da fala das autoridades presentes.

 

13 de Setembro

O segundo dia de atividades será na segunda-feira (13), data dos 78 anos de fundação do Território Federal. A programação inicia com Alvorada no Mercado Central, com a banda da Guarda Municipal, plantação do pé de Amapazeiro e de uma cápsula do tempo com os sonhos de crianças amapaenses. Haverá ainda o anúncio, pelas autoridades da segunda fase de revitalização do Mercado Central.

 

Em seguida, na Assembleia Legislativa do Amapá, acontecerá sessão solene, com a participação da Orquestra Florescer, Batuque Raízes do Cunani e a entrega das Medalhas Notável Edificador do Amapá a 14 personalidades amapaenses, além da presença de 24 amapaenses ilustres que serão homenageados ocupando as cadeiras do parlamento estadual.

 

Serviço

Programação Orgulho de Ser Amapá

Data de início: 10/09 (sexta-feira)

Horário: 17h

Local: Mercado Central de Macapá

Prefeitura Municipal de Macapá

Projeto Samaúma das Palavras marca reabertura de visitações escolares no Museu Sacaca

 

 

O Museu Sacaca reabriu as portas para visitações escolares na última semana. O que marcou o reinício das atividades foi aniversário do projeto Samaúma das Palavras, que incentiva a leitura e promove manifestações artísticas no espaço. A programação reuniu aproximadamente 40 alunos de uma escola da rede particular de ensino.

As visitas escolares estiveram suspensas por cerca de um ano e seis meses. A reabertura contou com aproximadamente 40 alunos participando de atividades no espaço.

Para que a atividade voltasse a ocorrer foi montado um protocolo sanitário e as crianças foram divididas em várias equipes de no máximo cinco alunos.

“Após praticamente um ano e seis meses voltamos a ter uma escola participando de um evento aqui no museu, mas seguindo todo o cuidado necessário devido a covid-19. Esperamos poder continuar com essas programações”, destacou a coordenadora do Museu, Eliane Oliveira.

 

Durante a programação as crianças visitaram os ambientes do Museu Sacaca e participaram das atividades como contação de histórias infantis, jogos de tabuleiros e leitura de contos em quadrinhos.

“A volta desse espaço para visitação de estudantes é importantíssima, pois, nesse momento difícil que passamos poder mostrar às crianças um ambiente diferente traz descontração e um aprendizado maior para os nossos alunos”, declarou a coordenadora escolar, Maria Conceição.

Para alavancar as atividades dentro do Museu Sacaca, a coordenação já prepara os últimos detalhes para realizar na segunda quinzena deste mês o evento Primavera dos Museus.

Projeto Samaúma das Palavras

É um programa que reúne diversas atividades literárias com contação de histórias e apresentação de contos, como “A Lenda da Samaúma”. As ações do espaço ainda reúnem exercícios lúdicos e de incentivo à leitura.

O Governo do Amapá, a partir de 2019, investiu na estruturação, tanto do projeto, quanto de um espaço adequado à recepção dos visitantes e que estivesse totalmente integrado ao ambiente. Anteriormente o espaço era um trailer, mas que estava parado e era totalmente descaracterizado do ambiente natural do museu.