Pat Andrade faz da cidade seu palco e declama poesia ao som de caixas de marabaixo

 

Reconhecida pelo público e premiada pela lei Aldir Blanc, Pat Andrade espalha sua poesia pela cidade de Macapá com o projeto “Parada Literária: A Poesia Invade o Cotidiano da Cidade”, ao lado do músico Marcelo Abreu. Em vários pontos urbanos a poeta destila sua arte sensível e contestadora ritmada pelo som da caixa de marabaixo em uma envolvente mistura de poesia e ancestralidade, fazendo das declamações, momentos de encantamento e reflexões.

As intervenções poéticas iniciaram nesta semana. Nesta terça-feira será no ponto de ônibus em frente ao SESC Centro, quarta-feira, 27, na praça Floriano Peixoto, às 16h, e retorna na próxima semana com mais apresentações.

A poesia de Pat é de linguagem urbana e cotidiana, estilo que a artista imprime em seu trabalho, conhecido e prestigiado no Amapá, onde se fez reconhecer declamando em ambientes públicos, onde também vende seus livros artesanais marcados por poemas, originalidade e desenhos feitos a mão. Realidade chocante, crítica social, amor e exuberância da natureza tucuju compõem a arte desta paraense que fez sua morada nos campos de Macapá.

Quem dá o tom na caixa de marabaixo não é um amapaense, mas um percussionista que se identificou com a cultura regional a ponto de estar familiarizado com os tambores. Marcelo Abreu é maranhense e chegou ao Amapá fazendo o enlace das tradições de lá e de cá. Também poeta e intérprete, ele se apresentou recentemente no Jazz na Calçada e Cabaret da Resistência.

Mariléia Maciel
Fotos: Aog Rocha

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