Aperte o play: Alegria, Alegria de Caetano Veloso

 

Todo fã de Caetano Veloso sabe que a música Alegria, Alegria é essencial. Lançada em 1967, é considerada uma das principais músicas do período da ditadura. Não só por ser uma canção super marcante, mas por ter sido lançada por um dos maiores artistas da MPB, além de ser um clássico tropicalista.

Embora seja intitulada de Alegria, Alegria, sua letra nada tem de alegria, apenas reflete a repressão do período militar no Brasil, ou melhor, os “anos de chumbo”. De tão potente, a música de Caetano Veloso está incorporada na mente e na história do povo brasileiro, pois a marcha leve e alegre, com letra caleidoscópica e libertária, tem força nas palavras que a compõem.

O que significa a música Alegria, Alegria
Para entender a canção, é importante lembrar que os tempos não eram fáceis, principalmente para artistas. Com a forte censura que rolava na ditadura, dizer o que você queria nunca era simples. Mas Caetano sempre foi bom com as palavras.

Alegria, Alegria foi uma homenagem à liberdade em uma época em que todos se sentiam aprisionados. Foi apresentada por Caetano no Festival da Música Popular Brasileira da Record. Apesar de ter sido a queridinha da audiência, levou o quarto lugar na premiação.

Aperte o Play: “Amor de Índio” , Gabriel Sater canta tema de Juma e Joventino em Pantanal

Gabriel Sater, filho de Almir Sater, entra em Pantanal interpretando Trindade. Este é o mesmo papel que seu pai encarnou na versão de 1990.

O que muita gente não sabe é que, além de atuar, o artista também emprestou sua voz à interpretação da música Amor de Índio, sucesso de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. A canção faz parte da trilha de Pantanal e é tema de amor de Juma e Joventino.

Gabriel foi convidado a gravar a música composta em 1978 em grande estilo. Enquanto ele canta, o célebre maestro João Carlos Martins se põe à frente do piano para entonar a melodia.

A música já começou a ser tocada na novela e tem feito o maior sucesso entre os telespectadores.

 

Aperte o Play: “O Que É Que Há na voz de Gal Costa”

“Ouvir esta canção depois de pronta, com a minha interpretação, parece mágico como ela é transformada pela minha intenção emocional. Parece outra música. O autor vai sentir essa realidade. Isso é muito bonito no trabalho de todo artista”, afirma Gal a respeito da música que Fábio Jr. compôs ao lado de Sérgio Sá em 1982.

Aperte o Play: “Divino Maravilhoso” na voz de Caetano e Iza

Os clássicos populares da MPB costumam proporcionar boas parcerias musicais. Uma delas pode ser considerada um verdadeiro encontro de gerações. IZA e Caetano regravaram“Divino Maravilhoso”.

A música foi escrita por Caetano e Gilberto Gil no momento de ascensão do movimento conhecido como Tropicalismo, que foi lançada no auge da ditadura militar em 1969. Agora, ganhou uma versão um pouco mais pop.

Confira o clip

“Aperte o play” : 77 anos de Elis Regina

 

Considerada uma das maiores cantora da MPB de todos os tempos, a gaúcha Elis Regina se estivesse viva comemoraria 77 anos nesta quinta-feira (17). Para a data não passar em branco o grande discos Falso Brilhante será relançado em três versões, fruto de uma parceria de um de seus filhos, João Marcelo Bôscoli em parceria com a Universal Music (antiga Philips, Polygram): um álbum digital em HD; em tecnologia Dolby Atmos ou num CD Deluxe.

 

Falso Brilhante, lançado em 1976, que também foi um show histórico, popularizou o trabalho de Elis que lançou para o Brasil o cearense Belchior com dois clássicos: Como nossos pais e Velha roupa colorida além de canções da dupla João Bosco e Aldir Blanc. É um discaço.

Aperte o Play. Veja o videoclipe da música “Dançando com Oxum”, do disco Timbres e Temperos

Dançando com Oxum, não diferente de outras canções do CD Timbres e Temperos que referenciam as mulheres amazônidas, retrata de modo ficcional a faceirice, aliada a graça, a liberdade, e a capacidade premonitória das cunhantãs que habitam as praias de rios, e costumam participar de festejos noturnos ao lado de Oxum, das estrelas e da lua cheia.

É uma alusão ao poder de encantamento das moças cabocas. Assista o clipe no canal Timbres e Temperos do YouTube.

Direção, fotografia e finalização: Luan Cardoso

Produção: Clícia Vieira Di Miceli e Dante Ozzetti

Assistente de produção (Macapá): Pedro Ivo Gutto Pavull

Assistente de produção (São Paulo): Yasmin Milani

Edição: Beatriz Dantas

Drone: Giorgio Moura

MÚSICOS

Dante Ozzetti: violão

Edson Costa: Guitarra elétrica, violão

Alan Gomes: baixo elétrico

Nena Silva: percussão

Trio Manari: Percussão

FICHA TÉCNICA

Produção Musical e arranjos: Dante Ozzetti

Mixado por Luis Lopes no Estúdio Flap

Masterizado por Carlos Freitas (Classic Master)

Produção Executiva: Clicia Vieira Di Miceli

Projeto Gráfico: Skipp

Assistência de Projeto Gráfico: Lala Tork

Fotografia: Johnny Sena

APOIO

Secult | Secretaria de Cultura do Estado do Amapá

Disponível nas Plataformas Digitais.

https://tratore.ffm.to/timbresetemperos

Aperte o Play: “Só Nós Dois”, a poesia musical de Tim Bernardes

 

“Só Nós Dois”, música linda lançada por Tim Bernardes em single que exalta o amor romântico em letra apaixonada. Um declaração de amor em forma de poema musical. Duvido alguém não suspirar por essa canção. Aproveite e mande ela para o amor da sua vida❤️.

 

Só nós dois (Tim Bernardes)

Grande amor da minha vida

Nunca se sinta sozinha
Meu amor eu te prometo
A cada momento
Te fazer feliz
Meu amor eu agradeço
Para sempre o dia
Que eu te conheci
Quando à noite fizer frio
Nossa cama é nosso ninho
As conversas, as risadas, pelas madrugadas
Nunca vão ter fim
Nos teus braços meus abraços
Beijos demorados antes de dormir
Só nós dois
Só nós dois
Pra sempre eu quero estar
Ao seu lado, amor
Nunca em toda minha vida
Sonhei nada parecido
Ninguém te imaginaria
Ninguém sonharia alguém como você
Se hoje a realidade é bem maior que o sonho
Eu já sei por quê
Minha grande companheira
Quero a nossa vida inteira
Cada parte do caminho
Cada desafio junto com você
Saiba sempre que eu te amo
É lindo, é tão gigante
O que a gente tem
Só nós dois
Só nós dois
Pra sempre eu quero estar
Ao seu lado, amor
Ao seu lado, amor

Aperte o Play: “Jeito Tucuju”, o hino cultural do Amapá, cantado magistralmente nesse video por Patrícia Bastos. #Macapá264anos

No aniversário de Macapá, que é celebrado nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, onde a cidade completa 264anos, O Aperte Play traz a música “Jeito Tucuju”, de autoria dos compositores e cantores, Val Milhomem e Joãozinho Gomes, cantada pela diva amapaense, a cantora  Patrícia Bastos. A canção  também é o hino  Cultural do Amapá.

Foto: Bruno Mont’alverne

Jeito Tucuju

 

Quem nunca viu o Amazonas
Nunca irá entender a vida de um povo
De alma e cor brasileiras
Suas conquistas ribeiras
Seu ritmo novo

Não contará nossa história
Por não saber ou por não fazer jus
Não curtirá nossas festas tucujú
Quem avistar o Amazonas nesse momento
E souber transbordar de tanto amor
Esse terá entendido o jeito de ser do povo daqui

Quem nunca viu o Amazonas
Jamais irá compreender a crença de um povo
Sua ciência caseira
A reza das benzedeiras
O dom milagroso

Aperte o Play: e assista o vídeo animação da música “4 de Fevereiro”, de Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes. #Macapá264anos

Os compositores Enrico Di Miceli e Joãozinho Gomes homenageiam a  cidade de Macapá, com a música “4 de Fevereiro”. Macapá completa 264 anos nesta sexta-feira, 4.

4 de Fevereiro


No teu aniversário quis te dar um presente, mas faltou numerário. Fiquei descontente. Quis te dar um rosário feito de tua semente e um confessionário pra ouvires tua gente.


No teu aniversário eu chorei pra diacho, sobre o teu calendário cujo a foto é um riacho. Que com o choro diário de olhos tão lassos, vazou do calendário escorreu mar abaixo.


Pus os pés no teu chão e pisei mundo inteiro, eu e meu violão, é! Pra que dinheiro. Com a tua proteção, José Marceneiro, chama-se essa canção 4 de fevereiro.


No teu aniversário eu baixei o meu facho, quase que solitário, meio que cabisbaixo, mas teu rio solidário me disse “ô macho, pra quê numerário, dê-lhe um Marabaixo”.

 

Aperte o Play: “Meu Endereço”, de Zé Miguel e Fernando Canto. #Macapá264anos

 

Um cantador que traz no coração o amor de sua gente e de sua raiz com a alma cheia de gente da floresta, com o perfume das matas e dos vivos, que tem morada no meio do mundo, onde o seu endereço é bem fácil, na esquina do rio mais belo, o Amazonas, com a linha do equador, bem no meio do mundo. Assim é a música “Meu Endereço” de Zé Miguel e Fernando Canto, que retraTa a cidade de Macapá.

Foto: Lilian Monteiro

O aniversário de Macapá é nesta sexta-feira, 4, de fevereiro, a cidade fará 264 anos.

Meu Endereço

Meu endereço é bem fácil
é ali no meio do mundo
onde está meu coração meus livros
meu violão
meu alimento fecundo

A casa por onde paro
qualquer carteiro conhece
é feita de sonho e linha que brilha
quando anoitece

Na minha casa se tece
mesura na luz do dia
pra afugentar quebranto na hora da fantasia

É fácil o meu endereço vá lá quando
o sol se pôr
na esquina do rio mais belo
com linha do equador

Aperte o Play: “Tô em Macapá”, Nivito Guedes e Sabatião. #Macapá264anos

Composta pelos músicos Nivito Guedes e Sabatião, “Tô em Macapá” virou a queridinha do público quando foi tocada pela primeira vez em um festival em 2008, no aniversário da cidade.

Curiosidade: A canção surgiu por acaso através de uma ligação, quando Nivito Guedes e Sabatião estavam em um dos quiosques da Beira-Rio, próximo ao trapiche Eliézer Levy. O músico conta que a dupla ouviu um turista falando ao telefone sobre as belezas da cidade. E resolveram escrever e musicar a canção.

Tô em Macapá 

Quer saber

Onde eu tô?
Tô no norte do Brasil
Eu tô em Macapá

Dançando marabaixo
Tomando gengibirra
Coisas de nossa origem
Tô falando do curiaú
Tô no trapiche fortaleza e no quebra mar
Saboreando um sorvete de cupuaçú
Eu tô no meio do mundo
Do norte para o sul
Indo pra fazendinha comer camarão no bafo
Na volta rampa santa inês ou praça Zagury
Comer um charque com farinha e açaí

É um paraíso na terra
E nada é iqual aqui
Tenho um amor do lado
Tô apaixonado por ti
Arrepiado quando vejo este teu luar
Alucinado com as ondas desse rio-mar
Sentindo o sol raiando no antigo garapé
A sua benção meu querido São José

Aperte o Play: “Vem Conhecer Macapá”, de Finéias Nelluty. #Macapa264anos

O cantor, compositor, músico, produtor e maestro amapaense, Finéias Nelluty, fez essa linda música ‘Vem Conhecer Macapá’, para homenagear a capital do meio do mundo. Macapá completa 264 anos nesta sexta-feira, 4, de fevereiro.

Foto: Max Renê

Vem Conhecer Macapá

Vem cá conhecer Macapá, curtir esse lugar que é bom pra se viver. Vem cá da beira rio olhar o amazonas banhar. meu forte São José.

Da Fazendinha aquela vista boa, no Curiaú tem pantanal, lagoa. Vem Marabaixo dançar, vem no Batuque suar. O Marco Zero vem ver, vem ver a banda passar, vem ver, vem ver, conhecer Macapá.

O Laguinho que me deu a mulata pra sambar, passo na Tia Neném pra tomar meu tacacá, chega mais perto e vem provar o meu peixe com açaí, farinha do Pacuí, tempero da Tia Coló, tenho mais pra te mostrar, vem ver, conhecer Macapá.

Aperte o Play: “Mercado Central” canção de João Amorim. #Macapá264anos

 

A coluna ‘Aperte o Play’ desta semana celebrará os 264 anos de Macapá e conta um pouco da história da cidade, através de músicas que falam da cultura e do povo tucuju.

A música ‘Mercado Central’ do cantor e compositor João Amorim é que abre a coluna hoje. Ela conta um pouco da história de uma dos símbolos da capital , da cultura amapaense, economia e cartão postal da cidade de Macapá, que tem 68 anos de muita história e tradição. O Mercado foi revitalizado e reinaugurado em 2020, virando um novo Point de cultura e gastronomia.

Mercado Central 

“Manheia”, clareia num ponto perto do equador Abre o Bar do Pedro, vem o trampo cedo, Tem tempero seco, sapateiro e camelô

Ainda na esquina tua farinha me pescou
No Mercado Central eu vejo cada grão do teu desejo, O dia vai e a tarde vem melhor

Luzia anda leve, teu Marabaixo, teu tambor
Serão seu salvador e guia quando o sol do meio dia

Fizer suar a sua tez
Vem vindo olha lá! Três horas em Macapá
Melhor feira nessas beiras não há
E o povo todo lá é gente fina e rala muito

Clareia, “Manhea” num ponto perto do equador
Abre o Bar do Pedro, vem o trampo cedo
Tem tempero seco, sapateiro e camelô
Ainda na esquina tua farinha me pescou
No Mercado Central eu vejo cada grão do teu desejo
O dia vai e a tarde vem melhor

Vem vindo olha lá! Três horas em Macapá
Melhor feira nessas beiras não há
E o povo todo lá é gente fina e rala muito
Conhecidos das florestas que também gostam de festa
O índio Zé, o nego Jô, o Jorge lembra um europeu
Felizes de tão simples como Deus

Aperte o Play: ‘Anunciação’ de Alceu Valença

Uma das canções mais populares da música brasileira, “Anunciação” já foi ouvida por muita gente. Entretanto, o que poucos sabem é que ela correu o risco de nunca ter chegado ao público, não fosse por insistência de uma ex-namorada de Alceu Valença.


Anunciação” foi gravada em 1983 para o LP Anjo Avesso. Sua letra incorpora referências ao pensamento político durante a ditadura militar, assim como um misticismo característico das canções do autor. Regravada diversas vezes tanto por Alceu quanto por outros intérpretes, a canção carrega traços típicos da cultura nordestina.

https://youtu.be/OR74idpsweg

Eu cantei esta música na campanha das ‘Diretas, Já’, e diziam que ‘Anunciação’ anunciava a volta da democracia.

 

Anunciação

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento
E o Sol quarando nossas roupas no varal

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento
E o Sol quarando nossas roupas no varal

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido, já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
 Eu te anuncio nos sinos das catedrais

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento
E o Sol quarando nossas roupas no varal

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido, já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais

Djavan faz 73 anos. Aperte o play e ouça “Se”

“Se”, de Djavan, é, sem dúvida alguma, um dos maiores sucessos do artista. Embora bastante enigmática, a música virou hit, logo que foi lançada, no início da década de 1990, e não saiu mais da cabeça dos brasileiros.

Se, de Djavan, foi lançada no álbum Coisa de Acender, de 1992. Até o lançamento deste disco, Djavan era conhecido como um cantor e compositor de músicas românticas, mas com melodias mais simples e sem necessidades de um grande acompanhamento instrumental.

 

Após o álbum, no entanto, o artista alagoano ficou conhecido também como um cantor pop, fazendo isso com maestria, sendo capaz de deixar músicas românticas em um ritmo mais forte e agitado.

Hoje, Djavan completa 73 anos de idade.
Ele é muito mais que um músico. Desejamos um lindo aniversário a esse gênio da música brasileira.

Vencedor do Grammy Latino por algumas vezes o cantor em 2015 voltou a ganhar com sua discoteca “Vidas Pra Contar” como a Melhor Canção em Língua Portuguesa.
O cantor é um dos mais requisitados no país e de igual modo, um dos gravadores na venda de discos. O cantor mantém seu próprio estúdio de gravação e em 2000 lançou o disco “Milagreiro” totalmente gravado e produzido em seu estúdio.

 

Aperte o play: “Águas de Março” nesse vídeo icônico da gravação de Tom Jobim e Elis Regina

 

O dia 25 de janeiro é uma data duplamente marcante para a música brasileira. Neste dia nascia um dos maiores nomes da MPB, o maestro Antônio Carlos Jobim, mais conhecido por Tom Jobim, que completaria nesta terça-feira (25), 95 anos.

https://youtu.be/E1tOV7y94DY


Um dos expoentes da bossa nova, Tom inovou a música brasileira trazendo elementos do jazz para composições que ainda são reverenciadas no país e no exterior.  Águas de Março, Só Tinha de Ser com Você, ambas na interpretação da saudosa Elis Regina, são alguns dos seus grandes sucessos.

Garota de Ipanema, regravada pelo norte-americano Frank Sinatra, ganhou inúmeras versões em tantas outras vozes nacionais e internacionais. Na mais recente delas, a cantora brasileira Anitta canta o hit Girl From Rio inspirado neste que é considerado um dos maiores clássico da bossa nova.

Aperte o Play: “O Bêbado e a Equilibrista”. Elis e o hino da anistia no Brasil

 

 

A música “O Bêbado e a Equilibrista” foi lançada no álbum “Essa Mulher”, de Elis Regina, no ano de 1979. Ela foi adotada pelos brasileiros como o Hino da Anistia, em referência à lei que anistiou exilados perseguidos políticos e abriu caminho para o retorno da democracia no país.

Composta por João Bosco e Aldir Blanc, a canção foi originalmente pensada por Bosco como uma homenagem a Charlie Chaplin, falecido em 1977. A harmonia, por exemplo, tem passagens melódicas propositalmente parecidas com Smile, do filme Tempos Modernos.

A letra de O Bêbado e a Equilibrista, assim como outras músicas escritas durante a ditadura militar, é recheada de metáforas, utilizadas para denunciar a situação em que viviam os opositores ao regime no país e a condição de miséria e sofrimento que o povo passava.

Aperte o Play: “Como Nossos Pais” eternizada na voz da grande Elis Regina

A música “Como Nossos Pais”, que fala sobre o conflito de gerações acentuado pela repressão da ditadura militar, foi composta na década de 70 por Belchior, e imortalizada na voz da musa Elis Regina. A canção foi lançada no álbum Alucinação, tornou-se um dos maiores clássicos da música popular brasileira e aparece na revista Rolling Stone entre as 100 melhores músicas brasileiras da história.

A música foi escrita num período conturbado da história brasileira, bem no meio da ditadura civil-militar, e isso influenciou bastante na composição de Belchior, assim como em várias outras canções da época.

E hoje, há exatas quatro décadas, a voz de Elis Regina (1945-1982) encontrava a eternidade. Tinha 36 anos e uma trajetória única nas artes do Brasil. Naquele 19 de janeiro, o silêncio ocupou o lugar do sublime, território esse tão comum às atuações da cantora nos palcos e discos.

Até hoje, a popularidade em torno dessa estrela da MPB ultrapassa as fronteiras da música. Por parte do público, respeito e fascínio tentam decifrar a vida profissional e pessoal da artista. Cantora, mãe, intérprete… Estão lá a coragem, o temperamento à flor da pele e o amor incondicional ao ofício.

“Cantar para mim é uma coisa séria, um sacerdócio. O resto é resto”, traz relato publicado no Diário do Nordeste em 1982. Na entrevista à jornalista Léa Penteado, originalmente veiculada no ‘O Globo’, a gaúcha definiu o significado de sua arte.

Aperte o Play: “Macapaba – Equinócio Solar. Viagens Fantásticas Ao Meio do Mundo”

 

Em fevereiro de 2022, faz 14 anos que a escola de samba Beijar-Flor de Nilópolis ganhou o título de campeã do carnaval 2008 no Rio de Janeiro com um samba-enredo inspirado no Amapá.

A brasilidade, é o tempero que atrai, como aroma de algo familiar e a pitada do desconhecido nos desperta a fome do saber. Por isso, a Beija-Flor de Nilópolis apresentou: “Macapaba – Equinócio Solar: Viagens fantásticas ao meio do mundo”. Um tema brasileiro, que mistura mito e realidade, acendendo a luz do conhecimento ao levantar o manto que encobre uma terra fascinante e que, ao fazê-lo, revela uma redescoberta do Brasil.

“Macapaba”, que na língua indígena quer dizer concentração de “bacabas” ou “bacabeiras”, uma palmeira nativa da Amazônia, de onde deriva o nome Macapá, a capital do estado do Amapá (nome de outra planta), cenário onde se desenrola a essa história.

A região é também conhecida como “meio do mundo”, por ser cortado pela Linha do Equador, o Marco Zero divisor dos hemisférios Norte e Sul.

Macapá é o palco onde ocorre o fenômeno do equinócio, quando em dois períodos do ano – no Outono e na Primavera – o Sol se posiciona à 90º dessa linha divisória, iluminando por igual os dois hemisférios, fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração de 12 horas.

 

Samba Enredo

O meu valor me faz brilhar
Iluminar o meu estado de amor
Comunidade impõe respeito
 Bate no peito eu sou Beija-Flor
É manhã, brilho de fogo sob o sol do novo dia
Meu talismã, a minha fonte de energia

Oh deusa do meu samba, a flor de Macapá
No manto azul da fantasia

Me faz mais forte, extremo norte
A luz solar ilumina meu interior
Vou viajar na linha do Equador

Emana ao meio do mundo a beleza
A força da mãe natureza é Macapaba
O rio beijando o mar
Encontro das águas marejando o meu olhar