Aperte o play: “1º de Julho”, a canção que Renato Russo fez de presente para Cássia Eller

 

A canção “1º de Julho” foi composta por Renato Russo (Legião Urbana) como presente para Cássia, que havia acabado de ter seu primeiro filho, fruto de um relacionamento com Tavinho Fialho, amigo de Renato e músico de apoio da Legião que havia morrido um ano antes do lançamento de Cássia Eller.

Cássia Eller morreu no dia 29 de dezembro de 2001, vítima de um infarto do miocárdio. Hoje faz 20 anos que ela partiu para outro plano. Dona de uma voz poderosa e de um estilo que misturava rock e MPB, a cantora carioca é ícone de uma geração. A intérprete inspirou diversos compositores, mas duas canções merecem relembrarmos a história.

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua Deusa, meu amor🎵🎵🎵

Aperte o Play: ‘Nosso Samba Merece Respeito’

 

Nosso samba merece respeito / É mais do que obra prima ou filosofia / Emoção pra valer / O samba é alegria, amor e poesia / e embala o povo a sonhar / Sempre a sonhar. Este samba, cantado em todos os cantos do Brasil, de autoria de Ronaldinho Craque de Samba, Vander Carvalho e Luiz Carlos, é um verdadeiro hino em homenagem ao samba, ritmo que é a cara do Brasil.

O ritmo surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira, é originalmente tocado com instrumentos de percussão e acompanhado por violão e cavaquinho.As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão de obra escrava em nosso país.
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil.

Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passaram a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.

Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas como Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.

Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Muitos outros sambistas e grupos de samba foram surgindo de lá para cá. São nomes como Beth Carvalho, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal e mais recentemente a nova geração do samba vem se destacando.

Aperte o Play: ‘Espumas ao Vento’

 

Os versos “o meu olhar vai dar uma festa, amor, na hora que você chegar” são uns dos mais belos da canção popular escrita por Accioly Neto. A condensação de singelos e ingênuos sentidos em tão poucas palavras é arrebatadora, a potência de uma simplicidade complexa e de difícil alcance. O ouvinte cria a expectativa de tal acontecimento; imagina-o; e, portanto, plasma-o dentro de si. A música é trilha sonora do filme ‘Lisbela e o Prisioneiro’ na voz da fantástica Elza Soares,  e também cantada por Fagner.

Aperte o Play: “A Carne” mais barata do mercado é carne negra, eternizada na voz de Elza Soares

“A carne mais barata do mercado é a carne negra”. Esta música composta por Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette, que ganhou espaço na Música Popular Brasileira na voz de Elza Soares, enaltece as qualidades, por muitos ignorada, da população negra na construção deste país. Mas, ao mesmo tempo, denuncia feridas abertas da sociedade brasileira: a desvalorização, o descaso, a falta de respeito, a segregação, o preconceito.

 

A letra da música faz denúncias graves sobre o preconceito e da forma que o negro é visto e tratado na sociedade brasileira, desde o tempo da escravidão até os dias atuais. Elza canta lindamente sobre a dívida que o mundo tem com o povo preto, dívida essa que será carregada por muitos séculos e jamais será esquecida.

Aperte o play: “Coração a Batucar” de Maria Rita’

 

O samba permeia a carreira de Maria Rita desde o início. Filha de Elis Regina, Maria Rita só se lançou profissionalmente aos 24 anos. O primeiro trabalho, que tem como título o nome da artista e foi lançado em 2003, vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo.

A música Coração a Batucar é uma Samba meio bossa nova, com swing e estilo envolvente. Antes dos primeiros trabalhos fonográficos, ela foi a vencedora do Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), como “Revelação do Ano” de 2002. Em 2013, o álbum “Redescobrir” ganhou o Grammy Latino, na categoria “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”.

 

Coração a Batucar

Batuque o coração para me ver chegar
Que eu abro meu cordão quando você passar
E o nosso bloco sobe a ladeira da ilusão
De pé no chão

Batuque o coração que a gente é carnaval
E nada irá conter essa folia

Atrás do nosso amor
Até quando esse samba tocar
Vem marcando em nosso peito coração a batucar
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida

Batuque o coração para me ver chegar
Que eu abro meu cordão quando você passar
E o nosso bloco sobe a ladeira da ilusão
De pé no chão

Batuque o coração que a gente é carnaval
E nada irá conter essa folia

Atrás do nosso amor
Até quando esse samba tocar
Vem marcando em nosso peito coração a batucar
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida

Batuque o coração que a gente é carnaval
E nada irá conter essa folia

Atrás do nosso amor
Até quando esse samba tocar
Vem marcando em nosso peito coração a batucar
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida

Atrás do nosso amor
Até quando esse samba tocar
Vem marcando em nosso peito coração a batucar
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida

Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida
Pra gente ser feliz, pra gente desfilar por essa vida

 

Aperte o Play : “Pérola Negra”, de Luiz Melodia

“Pérola Negra”, de Luiz Melodia, é uma dessas músicas atemporais. Como num diálogo do com a  pessoa amada, a letra mistura uma série de conselhos e exortações, em que pede que o objeto do desejo tente fazer algumas coisas, muitas das quais com o objetivo de despertar empatia “tente passar pelo que estou passando…/ tente usar a roupa que estou usando”.

E continua com um pedido em que a pessoa amada diga ao eu-lírico, seja com sangue escrito num pano, seja num quadro em palavras gigantes… “Pérola Negra, te amo, te amo”, embora o próprio eu-lírico suscite dúvidas se mesmo ama…

Muito se diz sobre quem seria a inspiração da canção, embora pareça, pela letra, que o “Pérola Negra” é o próprio Luiz Melodia. A lenda mais conhecida é que seria um travesti que seria apaixonado por Luiz.

Numa entrevista concedida a José Mauricio Machline, no programa “Por Acaso”, em 2003, ele afirmou:Era um travesti muito amigo, muito amigo mesmo. Edilson, não é vivo hoje . e quando eu compus a música, o nome era “My black, meu nego”. O Waly Salomão era muito meu amigo –   como é até hoje – e estava sempre lá no São Carlos onde fui nascido e criado, onde vira e volta ainda visito meus amigos e tal. Ele deu a ideia de pôr o nome do Pérola Negra que era esse travesti né. E daí por diante depois que a música saiu foi sucesso, aconteceu na voz de Gal Costa e enfim ficou conhecida, e aí começou esse papo que eu tinha feito essa música pro Edilson que é esse travesti o Perola Negra no caso.

Aperte o play: ‘Feeling Good’ a canção da liberdade eternizada na voz de Nina Simone

A música foi escrita originalmente em 1965 para o muscial The Roar of the Greasepaint e regravada no mesmo ano por Nina Simone. Feeling Good é uma canção de vitoriosos – daqueles que, como Nina, conseguem encontrar nas menores coisas motivos para se sentirem bem, mesmo contra todas as perspectivas.

A criação de um hino. Da sensação de liberdade, escrita através de uma alegoria. Em seu início, do pássaro que se sente livre ao voar alto, percebemos a comparação visível dos dois seres quando externado esse movimento ao cotidiano. Em suas estrofes, simples mas que consideramos poderosas para o entendimento de uma das ideias mais inerentes dos seres humanos, que é o de sentir livre. A música dá sua essência. No começo quando diz, “É um novo amanhecer, é um novo dia, é uma nova vida” mostra a continuidade e a capacidade do homem de querer/poder/fazer para a produção de um novo capítulo, um recomeço.

A performance mais conhecida, a de Eunice Kathleen Waymon mais conhecida como Nina Simone, retrata essa música com seu timbre poderoso, e seguro, a sensação da própria liberdade, possuindo mais respaldo que qualquer pessoa, pelo simples fato histórico de seu nome artístico, “nina” ter sido criado exatamente para ludibriar seus pais, para que pudesse cantar pelos bares de Nova York, sem que eles soubessem. apesar de aparentemente contraditória, foi a forma que ela encontrou de se sentir livre para externalizar sua arte e sua alma.  “Nina” que na língua espanhola significa menina, ficaria mais tarde conhecida como grande cantora, compositora e ativista de direitos civis da sociedade norte- americana.

Aperte o Play: “Deixa a Vida Me Levar”, o refrão de otimismo dos brasileiros

 

A música “Deixa a Vida me Levar” com Letra e melodia que traduzem alegria, fé, otimismo, enfim, o espírito do brasileiro. O refrão é conhecidíssimo de todos e tenho certeza de que muita gente já o cantou ou falou em tom de brincadeira diante de alguma situação sobre a qual não havia o que fazer.

Gravada em 2002 pelo sambista Zeca Pagodinho, no disco que levou o mesmo título da música, “Deixa a vida me levar” se tornou o hino da seleção brasileira de futebol na conquista do pentacampeonato no mesmo ano em que foi lançada, demonstrando a identificação do clima de alegria e de festa com a música. Quem tem mania de reclamar de tudo deveria ouvir bastante esses versos cantados por Zeca e perceber que apesar dos pesares o segredo é “levantar as mãos pro céu, agradecer” a Deus pelo presente que é a vida. E como diz uma outra música de que gosto muito: “…somos nós que fazemos a vida, como der ou puder ou quiser…”

Além de ser eternizada na boca do povo, “Deixa a vida me levar”, conquistou o Grammy Latino em 2.003 e o Prêmio Tim em 2.004 como melhor samba.

Apesar de essa música combinar com a imagem do cantor que a gravou, Zeca Pagodinho, não é ele o compositor. Serginho Meriti, é esse o dono desse samba que conquistou o Brasil. Eu disse “dono”, mas, na verdade, não trata-se disso. Como disse-me certa vez um grande amigo meu, a música não é uma propriedade como um pedaço de terra, por exemplo, ela não tem fronteiras e é de todos os que com ela se identificam e eu acho que a beleza está exatamente nisto: em todos se sentirem um pouquinho donos daqueles versos, de todos sentirem que aquela música é deles. Agora falemos sobre o grande criador de “Deixa a vida me levar”:

‘Aperte o play’: Clube da Esquina Nº 2 de Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges

“Clube da Esquina nº 2” é uma canção de Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, gravada para o álbum Clube da Esquina, de 1972.

Esta canção, de forma instrumental, foi gravada pela primeira vez no Lp  “Clube da Esquina”, de 1972. A melodia foi composta por Milton Nascimento e Lô Borges. O seu nome é clube da esquina II, porque já existia outra canção chamada clube da esquina que havia sido gravada no disco “Milton” em 1970. A letra foi composta por Márcio Borges, irmão de Lô Borges, a pedido de Nana Caymmi no final dos anos 70. Os Sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina. 2ªed. São Paulo: Geração Editorial, 1996).

Em meio a ditadura uma flor exala seu perfume e colore um jardim de galhos secos com suas pétalas. Essa flor é o clube da esquina.

“Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço”

Aperte o Play: “All Star- Nando Reis”

 

Muitas parcerias da música brasileira nasceram de uma bela amizade e conexão entre os artistas. E quem acompanhou o pop/rock dos anos 90 certamente se lembra da união musical de Nando Reis e Cássia Eller. E Assim ele compôs para Cássia, a linda canção “All Star”, no ano de 2000.

Mais que amigos, eles eram grudados e passaram bons momentos juntos. E para retratar essa relação em canção, Nando usou um dos elementos que ambos amavam: o tênis All Star.

O calçado na cor azul tornou-se tão emblemático quanto a música para os fãs e para o compositor, que até hoje guarda com carinho os pares dele e da amiga.

All Star

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você🧡❤️❤️‍🔥

O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avistou em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu All star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem, ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu All star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas pra a tua voz parece exato

Estranho é gostar tanto do seu All star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem

Laranjeiras, satisfeito sorri
Quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem, ficou pra hoje

“Aperte o Play”: Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor – Milton Nascimento

 

O disco Pietá foi um marco na vida artística de Milton Nascimento. Foi com este disco que o brilhante cantor e compositor entrou de vez no terceiro milênio e não ficou para trás. A canção “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, composta por seus amigos de Clube da Esquina, Lô Borges e Márcio Borges, se consolidou como a principal canção de um disco que trouxe novos sucessos.

O tema, como o próprio nome da canção sugere, é tentar explicar o que é o amor. “Falar da cor dos temporais, do céu azul, das flores de abril. Pensar além do bem e do mal, lembrar de coisas que ninguém viu” são coisas que fazemos quando sentimos amor.

 

“Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor” entrou no hall de sucessos de Milton Nascimento e é, para muitos críticos, uma das 20 melhores canções gravadas por Milton. A melodia suave e a letra precisa e bem escrita tornaram essa música uma verdadeira obra de arte na bela e perfeita voz de Milton Nascimento. Uma bela declaração de amor.

 

“Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”♥♥

“Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer”

”Aperte o Play”: Eu Preciso Dizer Que Te Amo- Cazuza

Fonte do blog Ariston Gomes


O local da criação de “Eu Preciso Dizer Que Te Amo” foi uma propriedade que a família de Cazuza possuía, em Fazenda Inglesa, Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Foi composta a seis mãos por Bebel Gilberto, Dé Palmeira (na época namorados) e Cazuza.

Inspirado com a melodia sendo criada, Cazuza – que na época estava lendo muito a Bíblia – introduziu na letra os seguintes versos: Eu preciso dizer que te amo, desentalar esse osso da minha garganta. Bebel conta que Cazuza queria usar isso e disse a ele que os versos eram muito fortes. “Caju, essa parte não está encaixando muito bem, não tem outra coisa que você queira dizer?”, sugeriu a cantora. Eu fiz uma busca no Google para ver se encontrava esse trecho da Bíblia, mas não obtive resultado.. De acordo com Bebel, esta foi a última música feita para o disco de estreia dela, um EP (extended play), lançado pela WEA, em 1986, batizado com o nome da cantora.

“O processo de criação foi espontâneo. Essa música foi muito especial. Era como se o Cazuza estivesse sentado aqui e, por acaso, o violão estivesse ali. A gente começou a cantar, e o canto virou uma música. Não foi aquela coisa de sentar e fazer [a música] (…) A gente estava em frente a lareira da casa, e ela saiu como um filho (…) em 40 minutos”, relembrou a cantora para o livro Eu Preciso Dizer Que Te Amo – Todas as Letras do Poeta, lançado em 2001, com autoria de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, em depoimento à jornalista Regina Echeverria.

Eu Preciso Dizer Que te Amo

Quando a gente conversa Contando casos, besteiras Tanta coisa em comum Deixando escapar segredos E eu não sei em que hora dizer Me dá um medo

É que eu preciso dizer que eu te amo Te ganhar ou perder sem engano Eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado Só pra eu ficar do teu lado Você me chora dores de outro amor Se abre e acaba comigo E nessa novela eu não quero Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo Te ganhar ou perder sem engano Eu preciso dizer que eu te amo tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando Eu perco o sono Lembrando em cada gesto teu uma bandeira Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo Te ganhar ou perder sem engano Eu preciso dizer que eu te amo tanto

“Aperte o Play”: Vamos Fugir – O clássico de Gil composta enquanto ele viajava para o Jamaica para gravar com o The Wailers, a lendária banda de Bob Marley

 

O baiano Gilberto Gil, que se afirmou como cantor e compositor que traduziu o ritmo Reggae no Brasil, lançou em 1984, o álbum “Raça humana” com uma canção que foi composta enquanto ele viajava para o Jamaica para gravar com o The Wailers, a lendária banda de Bob Marley.

A clássica canção reggae é a conhecida “Vamos fugir” que primeiro foi gravada em inglês num estúdio em Nova York como o título de: “Gimme your love”.
A música foi produzida por Liminha com a linha de baixo e os vocais do The Waillers e a participação na criação de Jimmy Cliff.

A versão em português “Vamos fugir” foi feita apenas quando Gilberto Gil retornou ao Brasil e utilizou a palavra “Reggae” como elemento central para dar sonoridade e rimar com outras palavras.

21 anos depois, em 2005, o Skank regravou a canção com um arranjo voltado ao rock, conquistando o prêmio Multishow de melhor música do ano.

A caixa de Marabaixo silenciou no Laguinho e no Amapá, mas os tambores rufaram no céu pra dar passagem a Tia Biló. ( Por Clécio Luis)

 

O toque de caixa de Marabaixo silenciou no Laguinho e no Amapá, mas os tambores rufaram e ecoaram no céu nesta madrugada, para dar passagem a Tia Biló, o símbolo da nossa resistência cultural, do nosso marabaixo que nos deixou hoje, aos 96 anos anos. Benedita Guilherma Ramos, faleceu neste sábado, 18.

A história de vida da Tia Biló é daquelas para admirar e inspirar tantas gerações de mulheres e homens que aqui vivem.
Benedita Ramos deixa uma história de luta pela preservação da cultura do Batuque e do Marabaixo.

Durante quase um século ela repassou e demonstrou toda a importância que o Marabaixo tem seja no fortalecimento cultural, no crescimento social, histórico e político para todos nós do Amapá.
Tia Biló, muito Obrigado pelos ensinamentos e por nos repassar o seu amor através do som, da dança, do batuque e da magia de cada Ciclo do Marabaixo que nos encanta e engrandece a cada rodar de saia.

Filha do mestre Julião Ramos, membro da academia de Batuque e Marabaixo, a matriarca da Família Ramos, assumiu a responsabilidade de repassar aos seus filhos, netos e bisnetos todo o amor às raízes e memória das manifestações culturais de nossa terra.

Neste momento de dor, me solidarizo com os familiares e amigos, em especial, a amiga Laura Ramos, neta de Tia Biló.
Que Deus a receba em nova morada. Descanse em paz, grande Tia Biló.

Clécio Luis

Aperte o Play. E assista essa versão linda do clássico “Dia Branco”

 

O violonista, cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo de Amorim e seu parceiro Renato Rocha, na letra de “Dia Branco”, expõem a promessa e a expectativa do amor acarretar desejo, cumplicidade e eternidade. Neste sentido, o título “Dia Branco” é uma proposta de vivência nessa relação amorosa. Esta música foi gravada por Geraldo Azevedo, em 1981, no LP Inclinações Musicais, pela Ariola.

Dia Branco

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo…
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva…
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar…

Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh…
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo…

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva…
Se a chuva cair
Se você vier

Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar…

E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor…
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo.