Selo Amapá é apontado como diferencial competitivo para as empresas do segmento alimentício em pesquisa da Unifap

As universitárias estiveram na Agência Amapá para aprofundar os conhecimentos sobre a estratégia.


O Selo Amapá é apontado como diferencial competitivo para as empresas do segmento alimentício em pesquisa da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O proograma do Governo do Estado que atesta a origem dos produtos genuinamente amapaenses foi escolhido como objeto de estudo para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das universitárias Evellem Santana, Helen Foro e Rayssa Nunes, do curso de Administração.

Com o título “Certificação Selo Amapá como diferencial competitivo para as Empresas do segmento alimentício”, as estudantes pretendem evidenciar a importância do programa para o crescimento das empresas e o impacto direto nas vendas e no desenvolvimento da economia local, com a geração de mais emprego e renda no estado.

O Selo Amapá – Produto do Meio do Mundo é uma das estratégias do Governo do Estado para promover os bens produzidos por empreendedores amapaenses, tornando-os mais competitivos nos cenários nacional e internacional.

Presente nos 16 municípios, o programa já certificou mais de 150 produtos locais de diversos setores como artesanato, fabricação de bijuterias, comércio varejista, produção de sorvetes, de farinha de mandioca, de açaí, chips de macaxeira, placar solar, dentre outros.

“Escolhemos o Selo Amapá como objeto de estudo para o nosso TCC, por acharmos um tema de grande relevância para o desenvolvimento econômico e de empresas amapaenses, pois o selo identifica para o consumidor que aquele produto é de origem do nosso estado, despertando o interesse e maior aceitação no seu consumo frente aos produtos importados de outras regiões do país, o que corrobora para impulsionar a economia local”, destacou Evellem.

As universitárias estiveram na Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, órgão responsável por coordenar o Programa do Estado, e foram recepcionadas pelo diretor-presidente, Jurandil Juarez. Ele fez questão de contribuir com os estudos, repassando as informações pertinentes sobre o Selo.

“O governo do Estado recebe com grande satisfação a escolha do Selo Amapá como objeto de estudo para a defesa de um TCC. Isso mostra a importância dos serviços prestados pelo governo, vislumbrando a escolha das universitárias por essa temática, que constitui uma política pública relevante com grande contribuição para o desenvolvimento econômico, através do fortalecimento das nossas pequenas e médias empresas, gerando mais emprego e renda para os empreendedores amapaenses”, ressaltou o presidente.

O próximo passo das acadêmicas é visitar as empresas pertencentes ao Programa e conhecer os produtos certificados.

Emendas parlamentares garantem recursos para pesquisas da Embrapa Amapá


Em 2021, a Embrapa Amapá executou R$ 950 mil em recursos suplementares, incluídos na Lei Orçamentária Anual por emendas parlamentares dos deputados federais André Abdon (PP/AP) e Camilo Capiberibe (PSB/AP) para apoiar pesquisas e transferência de tecnologias. Os R$ 300 mil da emenda do deputado Abdon foram investidos no experimento de controle biológico da mosca-da-carambola, material de expediente, reagentes, equipamentos elétricos e eletrônicos, e manutenção do gerador de energia elétrica. A emenda do deputado Camilo, no valor de R$ 650 mil, viabilizou a compra de equipamentos para promover inovação tecnológica no sistema de manejo do camarão regional, produção de óleos de pracaxi e andiroba na comunidade Limão do Curuá (Bailique/AP), adaptação do espaço da Vitrine do Açaí Seguro e equipamentos para análises físico-químicas de alimentos.   

A Embrapa Amapá investe em estudos para apoiar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no combate à mosca-da-carambola. Uma delas é a pesquisa de controle biológico desta praga, por meio do parasitoide exótico Fopius arisanus, importado do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em visita aos laboratórios este ano, o deputado André Abdon destacou que “o grande objetivo deste apoio com emenda parlamentar, é sem dúvida contribuir neste importante trabalho para controlar e combater a praga mosca-da-carambola, garantindo que os produtores amapaenses continuem produzindo e comercializando frutas com qualidade e sem prejuízos econômicos. Investimentos neste sentido visam garantir novas descobertas e claro, avanços no setor”.


A emenda do deputado Camilo permitiu realizar inovação tecnológica que fortalece as atividades extrativistas da região do Bailique, especialmente a comunidade Limão do Curuá, reconhecendo a importância da economia solidária, da conservação da sociobiodiversidade e da valorização dos produtos, produtores e processos produtivos. Na produção do óleo de pracaxi, por exemplo, já se obtém um produto de melhor qualidade química (acidez reduzida), em conformidade com os parâmetros exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e conquistando novos mercados. Durante a inauguração da Vitrine do Açaí Seguro, o parlamentar ressaltou que “trabalhamos para contribuir com recursos que viabilizem iniciativas como esta, de valorização de produtos da sociobiodiversidade regional, ao mesmo tempo em que garante a qualidade sanitária do nosso saboroso e apreciado açaí, para que possamos dar cada vez mais credibilidade para este produto que é responsável por milhares de empregos na Amazônia e no Amapá”.

As informações detalhadas estão no Relatório de Execução de Emendas Parlamentares  da Embrapa 2021: (https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1147863/1/RELATORIO-EMENDA-PARLAMENTAR-2021.pdf ).  De acordo com a chefe da Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais (Arig), Cynthia Cury, o relatório é um instrumento que a Embrapa utiliza para ampliar a transparência com que trata a aplicação dos recursos públicos destinados às Unidades da Embrapa.

lNúcleo de Comunicação Organizacional/EMBRAPA-AP

Pesquisa e meio ambiente: Expedição encerra Projeto Árvores Gigantes da Amazônia que tem apoio do MP-AP


A 5ª Expedição Científica do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia encerrou no dia 24 de setembro com a descoberta do angelim vermelho de 88,5 metros de altura e 9,9 metros de circunferência, localizada na Floresta Estadual do Paru/PA, na fronteira entre o Amapá e Pará. O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Meio Ambiente de Macapá, é parceiro da iniciativa que estuda as maiores árvores da Amazônia e os impactos ambientais utilizando tecnologia aeroespacial. O engenheiro florestal e assessor operacional da Promotoria Ambiental, João Matos Filho, compõe a equipe de estudiosos. 

Esta expedição iniciou em 2019, mas não foi possível concluí-la no tempo previsto, devido a pandemia da Covid-19 e complexidade da operação, e foi retomada em 2022. Os 19 integrantes da equipe, entre pesquisadores, estudiosos e pessoas da comunidade de São Francisco/AP, saíram de Laranjal do Jari/AP, no dia 11 de setembro, e nos 11 dias de trabalho, passaram 4 percorrendo o rio Jari em três embarcação por 250 km pelas corredeiras e mais 4 dias de caminhada em florestas nativa. Foram percorridos aproximadamente 40 km pela floresta (ida e volta) e mais 3 dias descendo o rio Jari.

O estado do Amapá, mais precisamente a região do vale do Jari, se diferencia de outras regiões amazônicas por suas características próprias. As expedições para estudar as árvores gigantes iniciaram em 2019 no Vale do Jari, quando encontraram as espécies angelim-vermelho e castanheiras com altura entre 80 e 90 metros. Nas quatro expedições realizadas, exemplares de árvores de estatura gigante foram identificados e mapeados em Unidades de Conservação localizadas nas regiões Central e Sul do Amapá. A penúltima expedição, em 2021, a espécie angelim se consolidou como a maior já registrada em todo Brasil e da América do Sul.

O objetivo da Expedição é consolidar o angelim vermelho como a maior árvore da Amazônia em termos de altura e circunferência, e estudar os impactos no meio ambiente. Através destes estudos os pesquisadores já identificaram, por exemplo, que uma árvore gigante é responsável por mais de 60% da biomassa de outras árvores próximas, informações importantes a respeito da quantidade de carbono emitida em um desmatamento e a capacidade de regeneração dessa vegetação.

A aventura científica e consolidação do angelim vermelho como a espécie gigante da Amazônia fecha um ciclo de três anos do projeto e os pesquisadores começam a planejar novas pesquisas na região do Vale do Jari, a exemplo do projeto de estudos da genética, determinação da idade e potencial de turismo científico e ecológico para região. “Que a descoberta dessa gigante traga a esperança da valorização da floresta em pé e mostre a importância da comunidade tradicionais para essa valorização”, disse Eric Gorgens, professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e coordenador das expedições.

Parceria do MP-AP

Em 2021, o MP-AP passou a fazer parte das instituições parceiras do projeto Árvores Gigantes da Amazônia, com a adesão do promotor de Justiça do Meio Ambiente, Marcelo Moreira e da Procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei. Uma reunião marcou a parceria, em que foram assumidos os compromissos de incentivo e articulação para criação de um Projeto de Lei para proteção específica destas espécies gigantes e apoio logístico para realização do projeto de pesquisa.

Além do engenheiro florestal João Matos (MP-AP) e do pesquisador Eric Gorgens (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM), a 5ª Expedição foi formada por Diego Armando Silva (Instituto Federal do Amapá), e representantes da Universidade de Swansea (Reino Unido), pesquisadora Jacquelline Rosette; Universidade Estadual do Amapá (Ueap), pesquisador Dr. Robson Borges de Lima; Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor), Ronaldison Antônio de Oliveira; Fundação Jari, técnico José Jussian),Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), representado pelo técnico Márcio Furtado). Um médico voluntário, Aécio Freitas, os fotógrafos Pablo Albarenga e Havita Rigamonte e 8 comunitários da comunidade São Francisco do Iratapuru, fizeram parte da equipe.

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá.