‘Vamos transformar políticas em ações práticas’, reforça governador Clécio Luís ao receber indígenas

 

Caciques de aldeias de todo o estado e Norte do Pará acompanharam o acender de luzes vermelhas no Palácio do Setentrião, durante o ‘Abril de Resistência Indígena’.


O governador Clécio Luís recebeu no Palácio do Setentrião caciques de todo o estado do Amapá e Norte do Pará, nesta quinta-feira, 18, para falar sobre políticas públicas. O encontro marcou o acender de luzes vermelhas na sede do Governo em alusão à campanha “Abril de Resistência Indígena”, mês de lutas pelos direitos dos povos originários.

“O Abril da Resistência significa respeitar a nossa história, a ancestralidade de quem estava aqui antes dos portugueses e europeus. Receber essas lideranças aqui, ter estes diálogos com as Secretarias, onde eles podem expressar as necessidades, significa reconhecer a importância dos indígenas do Amapá. É um mês inteiro de entendimentos e diálogos transformando as políticas públicas, de acordo com os protocolos de consulta, em ações práticas nas terras indígenas”, ressaltou o governador.

No encontro, Clécio Luís destacou que sempre buscou o diálogo aberto e franco com os povos indígenas e que, ao assumir o Governo do Estado, os projetos se consolidam respeitando, sobretudo, os diálogos diretos com as etnias. A programação contou com o acender das luzes vermelhas no Palácio, que recebeu a iluminação especial simbolizando o respeito, a resistência, a cultura e a história dos indígenas.

Considerada histórica, a escuta de demandas será feita também na sexta-feira, 19, Dia dos Povos Indígenas. Participam da programação em Macapá quase 90 caciques da região de Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e do Norte do Pará, que representam aproximadamente 11 mil indígenas.

“Estamos aqui para agradecer e pedir que o governador continue como uma liderança que ouve os indígenas e que nos dá oportunidade de ocuparmos os nossos espaços”, afirmou o presidente do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque, Edmilson Oliveira, cacique do Povo Karipuna.

“Estamos aqui para dizer o que queremos. Viemos de aldeias distantes, muitas de difícil acesso, por isso esse momento é importante, porque estamos sendo ouvidos”, citou Davi Kaxuyana, representante do Povo Tiriyó, da região do Norte do Pará.

Uma programação em espaços públicos será feita na capital até o dia 27 de abril, com diálogos, momentos culturais, feiras de artesanato, rodas de conversa com mulheres e apresentações tradicionais.

Investimentos do Governo

Em um 1 e 4 meses, o Governo do Estado realizou uma série de investimentos e ações para beneficiar as populações indígenas, inclusive ampliando as políticas públicas de respeito e promoção da cultura indígenas. O governador criou a Secretaria Colegiada dos Povos Indígenas, com representação das regiões indígenas Waiãpi, Oiapoque e Parque do Tumucumaque. Com a situação de emergência fitossanitária, atendeu os indígenas que enfrentaram pragas nas plantações de mandioca, com entregas de sementes de manivas, farinhas e kits com alimentos.

Na saúde, levou a ação “Mais Sorriso” para os povos indígenas Wajãpi e entregou enfermarias adaptadas em unidades de saúde. Foram atualizadas as cotas de combustível de aldeias do Oiapoque e criada a Cartilha Maria da Penha escrita em línguas indígenas. Na educação, concluiu os cursos de formação para 152 novos professores indígenas das etnias Wajãpi e Tiriyó; e reformou a Escola Estadual Leide dos Santos na BR-156.

Entre as ações futuras, o Governo do Amapá planeja a realização de concurso público para profissionais da educação em áreas indígenas e reconstruir escolas indígenas.

*Piso da enfermagem, saúde e assistência social são as pautas destacadas por Dorinaldo Malafaia em entrevista*

Deputado federal eleito pelo PDT destacou as bandeiras que serão levantadas em Brasília em prol do Amapá.

Em entrevista cedida nesta sexta-feira, 7, à rádio Diário do Amapá, o deputado federal eleito, Dorinaldo Malafaia (PDT), conversou com o público e destacou suas propostas a serem discutidas na Câmara Federal a partir de 2023.

O deputado eleito ressaltou a importância de estar a frente de lutas antigas e difíceis enfrentadas pela população, como o acesso e eficiência do programa de Tratamento Fora de Domicilio (TFD), que enfrenta dificuldades históricas no Amapá.

“O TFD é um ponto que eu quero trabalhar. Como deputado federal, vou atuar para abrir esse espaço e dizer o seguinte: o cidadão tem que saber como está o seu processo, precisa receber o dinheiro antes da sua consulta, isso precisa de transparência”, afirma.

Além da saúde, Dorinaldo afirmou que irá apresentar uma proposta para a ampliação do atendimento de serviço social ao futuro governador Clécio Luís, levando a assistência para dentro da casa da população amapaense.

“Estamos trabalhando em um projeto para apresentar ao novo governador para colocar o assistente social em casa; quando fui secretário de Saúde de Macapá, criei junto com Clécio o programa Saúde em Casa, que levou os médicos cubanos até as casas das pessoas, na SVS, com o Governador Waldez, foi a vez do programa Vacina em Casa, que está dando muito certo e irá contar com nosso apoio para ter continuidade. Agora vamos ter o assistente social também na casa da população para entender as necessidades das pessoas”, destaca.

Malafaia reforçou seu compromisso com o Amapá, em um mandato que promete ser coletivo e em prol da população, do trabalhador e da Amazônia.

“Estarei em Brasília na próxima semana debatendo a pauta do piso da enfermagem e me colocando a disposição para a defesa desse direito (…). Deixo claro à nossa população que nosso trabalho será de comprometimento, da mesma forma como foi na pandemia, dormindo tarde e acordando cedo, pensando em quantas vidas vamos salvar hoje”, reforça.

Dorinaldo propõe um mandato popular para todos e tem tido uma boa recepção do público, que se mostra confiante na sua trajetória para desempenhar com destaque o papel de deputado federal no próximo ano.

ASCOM

*Em ato de apoio a Lula, Randolfe e Lucas Abrahão defendem desenvolvimento do Amapá e combate à desigualdade social*

O senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP) e o pré-candidato ao Governo do Amapá, Lucas Abrahão (Rede), defenderam o desenvolvimento econômico do Amapá e a necessidade de concluir projetos importantes para o estado. As declarações foram dadas durante um encontro de lideranças da Rede Sustentabilidade com Lula, na tarde desta quinta-feira (28), em Brasília. O evento reuniu líderes de todo o Brasil; entre eles, os deputados estaduais Victor Amoras (Rede) e Paulo Lemos (Psol), que também declararam apoio à pré-candidatura de Lula à Presidência da República.

As lideranças nacionais e locais entregaram a Lula propostas que serão incluídas no plano de governo dele para as eleições deste ano.

“Nós vamos na eleição debater o preço, a carestia que assola a vida dos brasileiros. Vamos debater o preço da cesta básica, o preso da gasolina e do combustível. Alguém que pega uma rabeta no coração da Amazônia não consegue colocar [combustível] para ir de um rio para outro. Vamos debater porque nas ruas de São Paulo, nas de Macapá, nas ruas de Recife, tem milhões pedindo comida e outros tantos morrendo na pobreza”, afirmou o senador.

Lucas Abrahão aproveitou a oportunidade para citar obras inacabadas; entre elas, o asfaltamento da BR-156. “Infelizmente, nos últimos quatro anos, apenas dez quilômetros foram asfaltados. Isso é um desrespeito com o povo. (…) assim como a retomada de investimentos do nosso Porto de Santana. Estamos numa posição privilegiada e precisamos tirar o nosso povo da fome“, pontuou ele, ressaltando a importância da conclusão do processo de transposição de servidores públicos do Amapá para o quadro da União.

Também estavam presentes no encontro: a deputada federal Joenia Wapichana (RR), o deputado federal Túlio Gadelha (PE), o porta-voz nacional da Rede, Wesley Diógenes e o ex-porta-voz da Rede, Pedro Ivo; além de parlamentares estaduais, a exemplo de Ana Paula Siqueira (MG) e Chió (PB).

Após receber as propostas formuladas pelas lideranças da Rede, Lula reforçou que a concretização dos trabalhos será feita em conjunto para garantir a eficiência das medidas. “Vocês vão ter que ajudar a fazer o programa e ajudar a executar as políticas que vocês fizeram. Não é possível governar esse país de dentro de um gabinete. Nós temos que aprender a trazer o povo para participar”, destacou.