Piquenique garante aventura pelos livros durante a 1ª Folia Literária Internacional do Amapá

Famílias aproveitaram o ‘Piquenique Literário’ para incentivar a leituras para as crianças


Quem visitou a 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, promovida pelo Governo do Estado, teve a oportunidade de degustar de uma saborosa aventura pelos livros, durante o “Piquenique Literário”, no Parque do Forte, na orla de Macapá.

A atriz Ana Carolina, de 28 anos, visitou a feira no sábado, 28, mas foi no espaço a céu aberto que ela decidiu parar e participar das intervenções artísticas e ler uma das diversas obras disponíveis ao público.

“A programação da Folia está linda, o espaço é ótimo, estou encantada com a diversidade de histórias e o incentivo à leitura. Esse foi o local e o momento perfeito para unir arte, poesia e literatura”, comentou Ana.

O professor Railton Souza, de 35 anos, é do estado do Ceará, e está há três meses com a esposa e duas filhas em Macapá. Ele contou que sempre incentiva o hábito da leitura com as meninas e a Folia reforçou isso, proporcionando momentos divertidos e lúdicos para toda a família.

“Eu vi a programação pela televisão, achei interessante e hoje estamos prestigiando a feira. Aqui tem contação de história, teatro, música, entre outras ações que despertaram ainda mais o interesse pela leitura”, comentou o professor.

O Piquenique Literário tem o objetivo de despertar o interesse pela leitura, apresentar as emoções, o exercício da fantasia e da imaginação, além de formar leitores autônomos, críticos e socialmente atuantes. O espaço pode ser visitado por pessoas de todas as idades.

A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá

O evento foi realizado no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá, durante três dias. A Folia, que reuniu renomados escritores do país e outras partes do mundo, contou com uma vasta programação com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais.

A estrutura da feira, que marca a retomada após 10 anos de festivais que contemplem a literatura amapaense, contou com mais de 20 boxes e 2 barracões, onde foram realizadas várias atividades de expressões artísticas. Além disso, o espaço levou o Corredor Literário, com estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual, do “Amapá 80 Anos”.

Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

‘A ideia é promover uma comunhão entre a palavra cantada e a palavra falada’, diz poeta Jackson Costa sobre 1ª Folia Literária Internacional do Amapá

O ator baiano Jackson Santos viaja pelo Brasil levando poesia


Conhecido por seu papel marcante como o padre Lívio na novela ‘Renascer’, em 1993, o ator e poeta baiano Jackson Costa cativou o público com sua atuação e, à época, tornou-se um galã, com suas barbas e cabelos longos. Ele é um dos grandes artistas que estarão reunidos na
1ª Folia Literária Internacional do Amapá, realizada pelo Governo do Estado, a partir de sexta-feira, 27, no Parque do Forte, em Macapá

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 1ª FOLIA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO AMAPÁ

Apesar do sucesso na TV, Jackson sempre manteve sua paixão pela poesia como o foco de sua carreira. Com aproximadamente 200 poemas em mente, de grandes escritores, como Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Gregório de Matos, ele viaja pelo país declamando poesias.

Pela primeira vez no Amapá, ele fará uma apresentação nos moldes do ‘Sarau do poeta’, que reúne música e poesia, junto com os artistas amapaenses Alan Gomes e Nena Costa.

“Eu sou um ator que faz poesia. Aqui, pretendo explorar, no melhor sentido, o talento do Alan e do Nena Costa, que são dois grandes artistas daqui, para que a gente possa fazer uma comunhão entre a palavra falada e a palavra cantada. Eu busco essa ligação com a natureza e o Amapá é isso, não dá pra chegar ali, diante dessa entidade gigantesca que é o Rio Amazonas, e não se emocionar, a arte vem da natureza, enquanto a gente tiver um rio desse, que cerca esse lugar, imagina o que isso pode possibilitar pra quem habita aqui, a força dessas águas”, contou o ator.Recentemente, Jackson Costa também explorou o mundo do audiovisual ao fazer uma participação, interpretando o cangaceiro Lampião na série de sucesso ‘Cangaço Novo’ do Prime Vídeo da Amazon. Além disso, ele faz parte do elenco do espetáculo musical ‘Viva o povo brasileiro de Naê a Dafé’ com músicas originais de Chico César, que estreou no Rio de Janeiro e vai estrear em São Paulo dia 18 de novembro.

A presença do poeta baiano na Folia Literária Internacional do Amapá promete enriquecer ainda mais o evento com sua jornada única, mostrando que o sucesso pode vir de várias formas e que há muitas maneiras de fazer arte.

“A minha pretensão é aproximar a poesia do povo e o povo da poesia. As peças literárias têm uma importância grande na formação do povo. Juntas, a educação e a cultura têm um poder muito grande de encantar, e isso reflete no ser humano, na criança, no jovem, no adulto e nos que quiserem se educar depois dos quarenta, cinquenta anos. A arte e a educação alimentam o espírito”, pontuou Santos.Participações

Além de Jackson Costa, o ilustrador, contador de histórias do grupo Morandubetá do Rio de Janeiro, ator, arte-educador, crítico de literatura infantil e juvenil Celso Sisto, também estará na Folia, trazendo um pouco da sua arte. O carioca que viveu durante 25 anos no Rio Grande do Sul, é responsável pela formação de inúmeros grupos de contadores de histórias espalhados pelo país, com mais de 80 livros publicados para crianças e jovens.

Ele falou da oportunidade de participar desse grande momento cultural do Amapá, lugar onde não vinha há 20 anos e também da inspiração do rio Amazonas.

“É um privilégio a gente estar aqui na beira do rio Amazonas. Acho que, para a gente ser brasileiro a gente tem que, pelo menos uma vez na vida, ter visto o rio Amazonas de perto. Aqui a gente vai promover um compartilhamento no sentido de melhorar o nosso aparato técnico como contador de histórias, formar leitores é urgente neste país”, finalizou Sisto.

O artista vai ministrar uma palestra intitulada “A arte de contar histórias'” e uma oficina voltada para quem quer escrever narrativas voltadas para o público infantil.1ª Folia Literária Internacional do Amapá

Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

Com mais de 20 boxes e 2 barracões, o Estado montou uma “Cidade Literária” ao lado da Fortaleza de São José de Macapá, para receber espaços culturais onde serão abordadas as diversas formas de expressão do segmento literário e artístico. A programação integra o plano de gestão do Governo do Amapá e terá saraus, intervenções culturais, oficinas, palestras e piqueniques até domingo, 29, Dia Nacional do Livro.

Conheça o significado das expressões culturais que dão nome aos ambientes da 1ª Folia Literária Internacional do Amapá

Regatão’, ‘Gengibirra Literária’ e ‘Barracões’ são alguns dos espaços que o público irá encontrar no evento a partir desta sexta, 27.


A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, promovida pelo Governo do Estado, fará homenagens aos grandes nomes da literatura e poesia local. O evento contará com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais a partir de sexta-feira, 27, no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá.

Os espaços criados dentro da “cidade literária” relembram expressões culturais do Amapá e grandes nomes da literatura e da poesia local. A feira marca a retomada de festivais que contemplam a literatura tucuju após 10 anos.

Feira Artesanal Regatão

A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá contará com a ‘Feira de Artesanato Regatão’, um espaço para exposição e venda de livros. O nome ‘Regatão’ é uma referência à embarcação utilizada no passado para vender produtos como alimentos, roupas e sapatos aos ribeirinhos pelos rios amazônicos, em um verdadeiro comércio fluvial, já que essas pessoas tinham dificuldade para se deslocar até a cidade.

Hoje em dia, o Museu Sacaca, em Macapá, mantém um barco que é uma réplica do regatão, com produtos expostos, como se estivesse pronto para atravessar os rios, indo de encontro ao povo ribeirinho. O público pode visitar a embarcação, que faz um percurso pelo igarapé que atravessa o museu. Gengibirra Literária Isnard Brandão

Uma versão amazônica do café literário, a ‘Gengibirra Literária Isnard Brandão’ contará com lançamentos de livros e sessões de autógrafos de diversos autores. O nome do espaço homenageia a gengibirra, bebida feita à base de gengibre, açúcar e aguardente, conhecida como um dos principais elementos do marabaixo, uma manifestação cultural do Amapá.

Ao longo da história, a produção da gengibirra passou por algumas transformações e é servida gratuitamente nas rodas de batuque. A bebida foi considerada patrimônio cultural imaterial do Amapá em 2019 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Para compor a homenagem, o nome do espaço é uma referência ao poeta e boêmio Isnard Brandão, filho de Isnard Lima e da professora de música Walkíria Lima. O autor publicou ‘Rosas para a Madrugada’ (poemas, 1968) e ‘Malabar Azul’ (crônicas, 1995), além de diversos artigos publicados em jornais.Barracões

Antigamente, no Amapá, as casas dos quilombolas eram chamadas de barracas, onde a comunidade local se reunia para confraternizações. Atualmente, ocorrem nesses espaços as celebrações anuais do Ciclo do Marabaixo.

A professora Aracy Mont’Alverne dá nome ao Barracão das Multivozes, um dos espaços de debate em mesas temáticas e palestras. A educadora lançou livros como ‘Luzes da Madrugada’, de 1988, e ‘Arquivo do Coração’, de 1997, além da composição de peças infantis e do poema ‘Macapá Cinderela’, de 1986, em homenagem à capital amapaense.

O cantor, compositor, músico e promotor de Justiça Mauro Guilherme, que intitula o Barracão das Palavras, é autor de contos, romances e poesias premiadas pela Associação Nacional de Escritores e pela União Brasileira de Escritores.

Aos 20 anos, o escritor lançou seu primeiro livro, ‘Reflexões Poéticas’, de 1988. Em seguida, publicou “Humanidade Incendiada”, de 2003, “Destino”, de 2007, entre outros.Palco Remanso

Outro espaço da Folia Literária é o Palco Remanso. A expressão ‘remanso’ vem da calmaria das águas nas margens dos rios, principalmente em áreas de pedras e manguezais, que torna o clima sossegado e aconchegante, assim como as margens do Rio Amazonas.

É esse clima de aconchego que os visitantes vão encontrar no Palco Remanso, que trará apresentações culturais durante todos os dias da programação, a partir das 20h.

O local terá shows da cantora Patrícia Bastos, do grupo Poetas Azuis Remix Poesia e grupos de Marabaixo do Laguinho e da União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição, entre outros.

Palco Antônio Munhoz

O local será destinado a apresentações livres e lítero-musicais ao longo de toda a programação e faz um tributo ao professor Antônio Munhoz Lopes, falecido há seis anos. Com uma vida dedicada à educação, poesia e história do Amapá, o professor era considerado um “cidadão do mundo” por ter viajado a diversos países do planeta, como registrado no último poema escrito por Alcy Araújo, em 1989.

Piquenique Cultural

O espaço no entorno da Fortaleza de São José é conhecido tradicionalmente por reunir dezenas de famílias e amigos que aproveitam a brisa do Rio Amazonas para conversar, caminhar e fazer piqueniques.

Na 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, o ambiente será tomado por contação de histórias e intervenções poéticas ao sabor dos ventos calmos na esquina do rio mais belo.

1ª Folia Literária Internacional do Amapá

1ª Folia Literária Internacional do Amapá acontece no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá, a partir de sexta-feira, 27, até domingo, 29. O evento, que reunirá renomados escritores do país e outras partes do mundo, terá uma vasta programação com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais.

A estrutura da feira, que marca a retomada após 10 anos de festivais que contemplam a literatura amapaense, vai contar com mais de 20 boxes e 2 barracões, onde serão realizadas várias atividades de expressões artísticas. Além disso, o espaço contará com o Corredor Literário, com estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual, do “Amapá 80 Anos”. O evento faz parte do plano de gestão do Governo do Amapá.

‘Poeta do cais e das borboletas’, Alcy Araújo é um dos homenageados pela 1ª Folia Literária Internacional do Amapá


Conhecido como o ‘poeta do cais, dos anjos, das borboletas, do jardim clonal e de tudo o que merece ser amado’, Alcy Araújo construiu uma jornada literária e intelectual marcada por uma dedicação excepcional à arte da escrita, sendo o único poeta do Norte do Brasil a integrar a “Grande Enciclopédia Brasileira Portuguesa”, editada em Lisboa.

O escritor será um dos homenageados na 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, realizada pelo Governo do Estado, a partir desta sexta-feira, 27. O evento celebra a literatura e a poesia, reunindo escritores de várias partes do Brasil e do mundo com uma programação diversificada, no Parque do Forte, na orla de Macapá, até domingo, 29, Dia Nacional do Livro.

O espaço terá um memorial em homenagem a Alcy Araújo e ficará disponível durante os três dias da Folia, no estande da biblioteca pública Elcy Lacerda para apreciação do público. O acervo literário será disponibilizado pela família e ficará à disposição dos visitantes durante todos os dias do evento, das 9h às 23h. O mesmo memorial também homenageará o poeta Ivo Torres. 

A administradora Alcilene Cavalcante é filha de Alcy Araújo e teve o privilégio de vivenciar de perto a arte e o talento do poeta. Ela destaca os sentimento em relação a esse grande momento cultural que o Amapá vive.

“Sinto uma mistura de orgulho e emoção. Emoção por ver meu pai e outros poetas serem homenageados. E orgulho por ver meu estado homenageando poetas, escritores, fazendo um grande evento literário e promovendo cultura”, finalizou Alcilene.Poeta das borboletas

Nascido no distrito de Peixe-Boi, no Pará, em 1924, o poeta Alcy Araújo teve a infância marcada por mudanças constantes, pois sua família se transferiu para Belém quando ele ainda era criança. O talento literário floresceu desde cedo, levando-o a se dedicar ao jornalismo.

Ainda em terras paraenses  trabalhou como repórter, articulista, redator e chefe de reportagem nos principais jornais do Pará, incluindo a Folha do Norte, O Estado do Pará e O Liberal. Em 1953, ele se casou e mudou-se para Macapá, onde seguiu com a carreira literária e jornalística e trabalhou em diferentes jornais impressos, emissoras de rádios, inclusive a Rádio Difusora, e como redator do Gabinete do Governador.

Com o tempo, Alcy descobriu que sua verdadeira vocação era a poesia e construiu um vasto acervo literário. Sua poesia transmite a beleza da natureza, a complexidade das emoções humanas e a riqueza da cultura amapaense.

Suas palavras revelaram uma conexão profunda com a terra, a dor dos aflitos e a esperança que, muitas vezes, parece inútil para os desesperados como ele retratou nos versos de um dos seus poemas ‘Canto a terra, a dor dos aflitos e a inútil esperança dos desesperançados’.

No mundo da poesia, ele alcançou reconhecimento nacional e internacional. Seus livros, como ‘Autogeografia’, ‘Poemas do Homem do Cais’ e ‘Jardim Clonal’, são testemunhos de sua maestria poética. Sua partida em 1989 não silenciou sua voz, pois deixou inéditos vários livros, incluindo ‘Ave Ternura’, ‘Histórias Tranquilas’, ‘Cartas pro Anjo’, ‘Mundo Partido’, ‘Terra Molhada’ e muitos outros.

Sua poesia era um reflexo de sua alma pura e cheia de esperança. Ele usou sua arte para lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Alcy Araújo Cavalcante, ‘o poeta do cais e das borboletas’ continua a inspirar e a encantar com suas palavras que devem ser conhecidas por essas e pelas futuras gerações.

Para o sociólogo João Milhomem, um dos curadores da Folia, homenagear Alcy Araújo significa manter viva a memória de um homem que ajudou a construir a cultura do estado.

“Essa é uma oportunidade de trazer para a nossa sociedade a obra de um dos nossos principais escritores, que dedicou a maior parte da vida à arte. Organizamos esse memorial pensando em fazer esse resgate, como um marco inaugural da literatura no Amapá e como referência para as gerações de escritores que seguiram seus passos”, concluiu MilhomemContribuição

A paixão pelas artes levou Alcy Araújo a lutar pela criação da Escola de Artes Cândido Portinari e do Teatro das Bacabeiras. Junto com outros notáveis do cenário cultural amapaense, como Álvaro da Cunha e Ivo Torres, Alcy promoveu clubes de arte e apoiou diversos artistas locais.

Folia Literária

O evento representa a primeira grande iniciativa em uma década para valorizar a literatura, o livro e a leitura no Amapá, coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) como parte da celebração dos 80 anos de criação do ex-Território Federal do Amapá.

Na curadoria do evento estão ainda outros nomes da literatura amapaense, como Joãozinho Gomes, José Inácio Vieira e Yurgel Caldas. A programação inclui, ainda, shows musicais, saraus, oficinas, palestras e disciplinas culturais no Parque do Forte.

Folia Literária: às margens do Rio Amazonas, Governo do Amapá monta ‘cidade literária’ ao lado da Fortaleza de São José

Evento terá apresentações culturais, saraus e exposição de livros de renomados autores, a partir de sexta-feira, 27.


Há poucos dias para o início da 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, promovida pelo Governo do Estado, a “cidade literária” começou a ser montada no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá. O evento, que reunirá renomados escritores do país e outras partes do mundo, terá uma vasta programação com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais, a partir de sexta-feira, 27, até domingo, 29, Dia Nacional do Livro.

A estrutura da feira, que marca a retomada após 10 anos de festivais que contemplam a literatura amapaense, vai contar com mais de 20 boxes e 2 barracões, onde serão realizadas várias atividades de expressões artísticas. Além disso, o espaço contará com o Corredor Literário, onde estarão presentes estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual, do “Amapá 80 Anos”.

O Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne e o Barracão das Palavras Mauro Guilherme terão cerca de 30 m² e irão reunir autores que estarão presentes para debates em mesas temáticas, palestras e oficinas.

Cultura e poesia

O poeta e jornalista baiano José Inácio Vieira de Melo é um dos curadores da feira e vai mediar a mesa temática “Literatura e Sociedade”. Para o autor, o evento celebra a diversidade cultural e amplia horizontes a partir da leitura.

“Literatura é conhecimento. Um evento como este reforça ainda mais a presença da leitura no cotidiano das pessoas que passarão por aqui. Escrever torna a pessoa imersa na literatura, em um mundo maravilhoso. Isso nos leva ao infinito”, comenta o poeta. 

Shows culturais

As atrações musicais e intervenções culturais serão realizadas no Palco Remanso, que terá programações culturais nos três dias de evento, a partir das 20h, com shows de artistas como: Patrícia Bastos, Poetas Azuis Remix Poesia, Grupo de Marabaixo do Laguinho, Grupo de Marabaixo da União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição (UNDSC), entre outras atrações.

Para fechar a 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, a dupla Kleiton & Kledir, ícones dos anos 80 da Música Popular Brasileira (MPB), que eternizaram sucessos e marcaram gerações, fazem o show de encerramento do evento.

1ª Folia Literária Internacional do Amapá inicia na sexta-feira, 27; confira a programação

Com palcos e espaços de intervenção cultural homenageando nomes da literatura amapaense, a programação será de três dias.

A 1ª Folia Literária Internacional do Amapácomeça na sexta-feira, 27, com uma programação imperdível e fazendo homenagens aos grandes nomes da literatura e poesia do estado. O evento, que reunirá escritores de várias partes do Brasil e do mundo, contará com shows musicais, saraus, oficinas, palestras, piquenique e intervenções culturais no Parque do Forte, na orla de Macapá, até domingo, 29, quando é celebrado o Dia Nacional do Livro.

Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

O Estado montou uma “cidade literária” ao lado da Fortaleza de São José, para receber espaços culturais onde serão abordadas as diversas formas de expressão do segmento literário.

“A Folia Literária Internacional do Amapá é uma resposta do governador Clécio a uma demanda do segmento literário, que contará com uma feira de grande porte e alinhada com as diretrizes da Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura. Estamos fazendo um resgate muito importante, realizando este evento, inclusive, durante as comemorações dos 80 anos de criação do Amapá, o que torna este momento um marco na história do nosso estado e no investimento na literatura”, reforça a secretária de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli.

Entre os espaços preparados para a primeira edição do evento, estão o Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne, que terá em sua programação palestras e mesas temáticas; e o Barracão das Palavras Mauro Guilherme, que concentrará atividades de oficinas e palestras.

Ainda terão dois palcos para apresentações livres e litero-musicais, além de intervenções poéticas. Entre eles está o Palco Remanso, que terá programações culturais nos três dias, a partir das 20h. Um Corredor Literário tomará conta do estacionamento do Parque do Forte com estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual em celebração ao “Amapá 80 Anos”.

O espaço Gengibirra Literária Isnard Lima funcionará como um café literário, onde autores poderão fazer lançamento de livros e sessões de autógrafos. Haverá, ainda, um espaço reservado para editoras do Amapá.

O evento contará ainda com autores convidados do Brasil, Guiana Francesa e Índia, além dos autores locais, que irão compor as mesas temáticas e palestras da programação. Uma homenagem aos poetas Ivo Torres e Alcy Araújo marca a primeira edição do evento.

Poetas homenageados

Os espaços criados dentro da “cidade literária” homenageiam personalidades como a professora Aracy Mont’Alverne, que veio do estado do Pará para o Amapá em 1942 e lançou livros como “Luzes da Madrugada”, de 1988, e “Arquivo do Coração”, em 1997.

Autora de várias peças infantis e de composições, Aracy também escreveu o Hino do Colégio Gabriel de Almeida Café, uma das escolas mais tradicionais do centro de Macapá. Ela faleceu em 2002. Seu poema “Macapá Cinderela”, de 1986, é uma homenagem à capital amapaense.

Outro homenageado é o autor Mauro Guilherme, que dá nome ao Barracão das Palavras. Cantor, compositor e músico, ele é autor de contos, romances e poesias com diversos premiações, como a da Associação Nacional de Escritores, União Brasileira de Escritores e da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Mauro lançou o primeiro livro da carreira aos 20 anos de idade, o “Reflexões Poéticas” de 1988. Em seguida publicou o “Humanidade Incendiada” (2003), “Destino” (2007), “O Trem de Maria” (2009), “As Histórias de João Pescador” (2010) e “Histórias de Desamor” (2012).

Já o poeta Isnard Brandão, filho do prestigiado Isnard e da professora de música Walkíria Lima, foi poeta, advogado, boêmio e místico, nasceu no dia 1º de novembro de 1941 em Manaus.

Isnard publicou “Rosas para a Madrugada” (poemas, 1968) e “Malabar Azul” (crônicas, 1995) e tem centenas de crônicas e artigos na imprensa. Seu nome integrará o espaço Gengibirra Literária, que contará com programações de lançamentos de livros e sessões de autógrafos.

Confira a programação da 1ª Folia Literária Internacional do Amapá:

Sexta-feira, 27

  • 9h – Receptivo com Grupos de Marabaixo e cerimônia de abertura
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 10h às 23h – Corredor Literário com programação permanente
    Local: estacionamento do Parque do Forte
  • 11h às 12h – Mesa temática: “Academia Amapaense de Letras em seus 70 anos: história, memória e futuro” com Wilson Carvalho (AP), José Alberto Tostes (AP), Antônio Carlos Farias (AP), Luiz Alberto Guedes (AP), Alcinéa Cavalcante (AP) e Monel Bispo (AP).
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 14h às 16h – Palestra “Poetas modernos do Amapá” com Fernando Canto (AP)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 14h às 16h – Oficina de Poesia: “A outra voz (Parte I)” com Antônio Moura (PA)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 16h às 18h – Piquenique Cultural: contação de histórias e intervenções poéticas
    Local: Parque do Forte
  • 16h às 18h – Mesa temática: “A Literatura: entre o local, o nacional e o global” com José Luís Jobim (RJ) e Pat Andrade (AP)
    Mediação: Yurgel Caldas (AP) – Unifap
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 18h – Palestra “Contar histórias – uma questão de performance” com Celso Sisto (RJ)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 16h às 19h30 – Gengibirra Literária
  • 18h às 20h – Mesa temática: “Enciclopédia Negra” com Lilia Schwarcz (SP) e Flávio dos Santos Gomes (RJ)
    Mediação: Tayrine Batista (AP) – Unifap
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 20h – Programação Cultural
    Luau da Samaúma
    Local: Procuradoria Geral do Ministério Público do Amapá (Araxá)

Sábado, 28

  • 9h – Credenciamento
  • 10h às 23h – Corredor Literário com programação permanente
    Local: estacionamento do Parque do Forte
  • 10h às 12h – Mesa temática: “Novos nomes da literatura amapaense” com Bruno Muniz (AP), Gabriel Guimarães (AP), Gabriel Yared (AP) e Lara Utzig (AP)
    Mediação: Mariana Alves (AP) – Unifap
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 10h às 12h – Oficina de conto com Luis Pimentel (BA)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 14h às 16h – Mesa temática: “Poesia para que? E para quem?” com Marven Junius Franklin (AP) e Salgado Maranhão (MA)
    Mediação Francesco Marino (Ueap)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 14h às 16h – Oficina de Poesia: “A outra voz (Parte II)” com Antonio Moura (PA)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 16 às 18h – Mesa temática: “Povos indígenas: Literatura e a questão climática” com Sony Ferseck (RR), Márcia Wayna Kambeba (AM) e Bruna Karipuna (AP)
    Mediação: Sonia Jeanjacques, secretária extraordinária dos Povos Indígenas do Amapá
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 18h – Piquenique Cultural
    Local: Parque do Forte
  • 16h às 20h – Oficina: “Escrita criativa – escrever para criança (Parte I)” com Celso Sisto (RS)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 18h às 20h – Mesa temática: “Literatura Internacional” com Mylène Danglades (Guiana Francesa) e Shelly Bhoil (Índia).
    Mediação: José Inácio (BA) e Olaci Carvalho (AP)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 19h30 – Gengibirra Literária
    Local: Parque do Forte
  • 20h – Palco Remanso
  • 20h – Poetas Azuis: Remix Poesia (AP)
  • 20h30 – Sarau do Poeta: Jackson Costa (BA)
  • 21h30 – Patricia Bastos (AP)
  • 22h30 – Grupo Marabaixo do Laguinho e Grupo de Marabaixo UNDSC (União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição)

Domingo, 29

  • 9h – Credenciamento
  • 10h às 23h – Corredor Literário com programação permanente
    Local: Estacionamento do Parque do Forte
  • 10h às 12h – Mesa temática: “O cotidiano e o extraordinário na prosa” com Elton Tavares (AP) e Lulih Rojanski (AP).
    Mediação: Paulo Tarso (AP)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 10h às 12h – Oficina de conto com Luís Pimentel (BA)
    Local: Barracão das Palavras Mauro Guilherme
  • 14h às 16h – Mesa temática: “Literatura e Liberdade” com Carla Nobre (AP), Antonio Moura (PA) e Alcinéa Cavalcante (AP)
    Mediação: Herbert Emanuel (AP)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 18h – Mesa temática: “Da letra da canção ao ritmo da poesia” com Salgado Maranhão (MA), Manoel Bispo (AP), Ademir Pedrosa (AP) e Joãozinho Gomes (AP)
    Mediação: Helder Brandão (AP)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 18h – Piquenique Cultural
    Local: Parque do Forte
  • 18h às 20h – Mesa temática: “Literatura e Sociedade” com Manoel Herzog (SP) e Maria Fernanda Elias Maglio (SP).
    Mediação: José Inácio Vieira de Melo (BA)
    Local: Barracão das Multivozes Aracy Mont’Alverne
  • 16h às 19h30 – Gengibirra Literária
    Local: Parque do Forte
  • 20h às 22h – Palco Remanso
  • 20h – Recital “A palavra em ponto de poema” com Tatamirô Grupo de Poesia (AP)
  • 21h – Show da dupla Kleiton e Kledir – “Histórias e Canções”
  • 22h30 – Grupo de Marabaixo Herdeiros da Tradição e Grupo de Marabaixo Estrela do Renascer