‘A ideia é promover uma comunhão entre a palavra cantada e a palavra falada’, diz poeta Jackson Costa sobre 1ª Folia Literária Internacional do Amapá

O ator baiano Jackson Santos viaja pelo Brasil levando poesia


Conhecido por seu papel marcante como o padre Lívio na novela ‘Renascer’, em 1993, o ator e poeta baiano Jackson Costa cativou o público com sua atuação e, à época, tornou-se um galã, com suas barbas e cabelos longos. Ele é um dos grandes artistas que estarão reunidos na
1ª Folia Literária Internacional do Amapá, realizada pelo Governo do Estado, a partir de sexta-feira, 27, no Parque do Forte, em Macapá

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 1ª FOLIA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO AMAPÁ

Apesar do sucesso na TV, Jackson sempre manteve sua paixão pela poesia como o foco de sua carreira. Com aproximadamente 200 poemas em mente, de grandes escritores, como Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Gregório de Matos, ele viaja pelo país declamando poesias.

Pela primeira vez no Amapá, ele fará uma apresentação nos moldes do ‘Sarau do poeta’, que reúne música e poesia, junto com os artistas amapaenses Alan Gomes e Nena Costa.

“Eu sou um ator que faz poesia. Aqui, pretendo explorar, no melhor sentido, o talento do Alan e do Nena Costa, que são dois grandes artistas daqui, para que a gente possa fazer uma comunhão entre a palavra falada e a palavra cantada. Eu busco essa ligação com a natureza e o Amapá é isso, não dá pra chegar ali, diante dessa entidade gigantesca que é o Rio Amazonas, e não se emocionar, a arte vem da natureza, enquanto a gente tiver um rio desse, que cerca esse lugar, imagina o que isso pode possibilitar pra quem habita aqui, a força dessas águas”, contou o ator.Recentemente, Jackson Costa também explorou o mundo do audiovisual ao fazer uma participação, interpretando o cangaceiro Lampião na série de sucesso ‘Cangaço Novo’ do Prime Vídeo da Amazon. Além disso, ele faz parte do elenco do espetáculo musical ‘Viva o povo brasileiro de Naê a Dafé’ com músicas originais de Chico César, que estreou no Rio de Janeiro e vai estrear em São Paulo dia 18 de novembro.

A presença do poeta baiano na Folia Literária Internacional do Amapá promete enriquecer ainda mais o evento com sua jornada única, mostrando que o sucesso pode vir de várias formas e que há muitas maneiras de fazer arte.

“A minha pretensão é aproximar a poesia do povo e o povo da poesia. As peças literárias têm uma importância grande na formação do povo. Juntas, a educação e a cultura têm um poder muito grande de encantar, e isso reflete no ser humano, na criança, no jovem, no adulto e nos que quiserem se educar depois dos quarenta, cinquenta anos. A arte e a educação alimentam o espírito”, pontuou Santos.Participações

Além de Jackson Costa, o ilustrador, contador de histórias do grupo Morandubetá do Rio de Janeiro, ator, arte-educador, crítico de literatura infantil e juvenil Celso Sisto, também estará na Folia, trazendo um pouco da sua arte. O carioca que viveu durante 25 anos no Rio Grande do Sul, é responsável pela formação de inúmeros grupos de contadores de histórias espalhados pelo país, com mais de 80 livros publicados para crianças e jovens.

Ele falou da oportunidade de participar desse grande momento cultural do Amapá, lugar onde não vinha há 20 anos e também da inspiração do rio Amazonas.

“É um privilégio a gente estar aqui na beira do rio Amazonas. Acho que, para a gente ser brasileiro a gente tem que, pelo menos uma vez na vida, ter visto o rio Amazonas de perto. Aqui a gente vai promover um compartilhamento no sentido de melhorar o nosso aparato técnico como contador de histórias, formar leitores é urgente neste país”, finalizou Sisto.

O artista vai ministrar uma palestra intitulada “A arte de contar histórias'” e uma oficina voltada para quem quer escrever narrativas voltadas para o público infantil.1ª Folia Literária Internacional do Amapá

Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).

Com mais de 20 boxes e 2 barracões, o Estado montou uma “Cidade Literária” ao lado da Fortaleza de São José de Macapá, para receber espaços culturais onde serão abordadas as diversas formas de expressão do segmento literário e artístico. A programação integra o plano de gestão do Governo do Amapá e terá saraus, intervenções culturais, oficinas, palestras e piqueniques até domingo, 29, Dia Nacional do Livro.

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