Com apoio do Governo do Estado, Circula Funarte debate políticas culturais com produtores culturais do Amapá

A primeira etapa do programa traz fomentos por meio de editais para os setores das artes visuais, teatro, dança, circo e música.


Com o apoio do Governo do Amapá, o programa “Circula Funarte – Políticas para as artes em diálogo” levou para trabalhadores culturais do estado um bate-papo ampliado sobre conomia criativa e como acessar fomentos disponíveis nos editais da Fundação Nacional das Artes (Funarte), ligada ao Ministério da Cultura. O encontro aconteceu no sábado, 2.

Lançada no dia 10 de julho, a primeira etapa do programa Circula Funarte traz fomentos por meio de editais para os setores das artes visuais, teatro, dança, circo e música. Os editais contam com investimento de R$ 52 milhões.

O projeto já percorreu diversos estados brasileiros e encerra sua primeira etapa no Amapá. O programa é aberto a todos os públicos, integrando as ações da fundação para retomada artística e cultural brasileira.

CONFIRA OS EDITAIS AQUI

Para a secretária de Estado de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli, a presença da Funarte do Amapá é mais um momento de oportunizar que o país veja a região norte e toda sua potência cultural.

“Este é um momento realmente importante para a cultura amapaense; o Brasil precisa parar de olhar para a Amazônia com uma visão aérea, mas sim olhar para quem mora nesse território e a forma como esses agentes se organizam culturalmente. O Governo do Amapá tem trabalhado para abrir o diálogo junto com o Governo Federal nesse novo momento de reestruturação do Ministério da Cultura; agora estamos aqui, conversando, dialogando e o principal, chamando a sociedade civil para participar e ser ouvida”, destaca a secretária.

Retomada Cultural

Com a presença da presidente da Funarte, Maria Marighella, e a equipe técnica da instituição, foi debatida a importância de descentralização de recursos e o alcance aos trabalhadores culturais de segmentos diversos através de uma política coletiva e participativa. Foram apresentados os programas abertos ao público, como Funarte Retomada, que conta com cinco editais setoriais e que estão com inscrições prorrogadas até segunda-feira, 4.

“Nós lançamos algumas linhas, primeiro uma linha setorial, que é o programa Funarte Retomada, com recursos divididos regionalmente, uma distribuição que, pela primeira vez, segue uma diretriz de política pública, ou seja, essa transferência à cidade, com o mesmo cálculo que nós usamos para a Lei Paulo Gustavo, então é o momento de dialogar, estabelecer esse canal aberto com o fazedor de cultura e alcançar todo o Brasil”, pontuou Maria.

Do extremo norte do estado, a artista digital Keyla Palikur, do povo Palikur-Arukwayene, enfrentou oito horas de viagem do Oiapoque até a capital amapaense para ter a oportunidade de falar e ser ouvida. Ela pretende submeter um projeto a um dos editais da Funarte.

“Vim de longe porque sempre tive o sonho de alcançar um edital e quero participar, é o momento onde vemos que qualquer espaço cultural pode pertencer e estar, então quero levar a minha arte e cultura para um edital nacional”, conta animada.

Esteve presente no encontro também a diretora de Difusão e Fomento da Funarte, Aline Vila Real, a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, o presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Cirley Picanço e os representantes do Escritório do Ministério da Cultura no Amapá, Rayane Penha e Otto Ramos.

“É um momento de estarmos presentes, debater e participar desse processo, por isso que ter o Ministério da Cultura aqui, pessoalmente, nos ouvindo, é ter a certeza de que estamos fazendo a nossa parte para garantir a memória dos que nos antecederam, dos que estão e daqueles que virão”, reforça a produtora cultural e cantora de Mazagão Velho, Verônica dos Tambores.

Circula Funarte e Funarte Retomada

A Fundação conta com inscrições abertas para outros editais como o Bolsa Funarte, Funarte de Mobilidade Artística 2023, Prêmio Funarte Mestras e Mestres das Artes 2023 e Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas e programa Funarte Retomada.

Santana, cidade junina: Empreendedores comemoram sucesso do Arraiá da ACES


O Arraiá da Associação Cultural Estrela Santanense (ACES), que ocorreu na sexta-feira e no sábado, na praça do Fórum, em Santana, foi bastante comemorado pelos empreendedores que puderam garantir uma renda extra por meio da comercialização de seus produtos. No local, era possível encontrar um pouco de tudo: espetinhos, comidas típicas do período junino e até artesanato.

O evento foi uma oportunidade para a artesã Claudinéia Santos Oliveira expor e comercializar seus produtos feitos em crochê. Ela levou tapetes, guardanapos, capas para bebedouros e outros tipos de peças, todas feitas com muita dedicação.

Outra empreendedora que comemorou o resultado do evento foi a cozinheira Terezinha de Jesus Matos. Ela comercializou comidas típicas como mingau de milho, vatapá e macarronada.

“Para quem trabalha apenas com a venda de comidas típicas, como a gente, essa é uma grande oportunidade”, acrescentou.

O grande público que compareceu na última noite do evento pôde desfrutar das apresentações de artistas locais como Ismael Ramos e Jhon Pagodeiro, além dos grupos como Xodó Junino, Tradição Junina, Constelação Junina, Garota Safada, de Macapá, Aventureiros do Norte e, é claro, a anfitriã do evento, Estrela Santanense.

Para o presidente da Associação Cultural Estrela Santanense, o sucesso do evento se deve em grande parte ao apoio recebido do poder público, que abraçou a quadra junina de Santana.

“Com o envolvimento do poder público, o resultado é o sucesso do evento. A comunidade veio, se divertiu com segurança, e os empreendedores puderam ter retorno nas suas vendas. Ou seja, foi importante essa atenção da prefeitura ao projeto Santana, cidade junina, e estamos felizes pelo sucesso do evento”, celebrou.

O próximo evento do Santana, cidade junina, acontecerá nos dias 16 e 17, na Vila Olímpica, com o Arraiá da Tia Sebastiana.

Governo do Amapá lança o ‘Arraiá do Povo’ e fomenta a quadra junina com repasse de R$ 2 milhões

Investimento beneficia 75 grupos juninos que se apresentam em todo o estado.

Como investimento na cultura e na economia criativa, o Amapá terá a partir de 2023 o “Arraiá do Povo”, uma festa que reúne quadrilheiros e outras atrações da quadra junina. A festa, que vai durar oito noites, foi lançada pelo Governo do Estado na noite desta sexta-feira, 2, com o maior repasse já feito em fomento para os grupos juninos amapaenses, no valor de R$ 2 milhões.

O lançamento ocorreu com uma celebração em frente à Casa do Artesão, com apresentações de grupos tradicionais e estilizados, de forró, e contou ainda com praça de alimentação comercializando pratos tradicionais da época e feira de artesanato.

O governador Clécio Luís, que foi autor da lei que criou o Dia Municipal do Quadrilheiro Junino, celebrado em 27 de junho, quando era vereador de Macapá, em 2012, celebrou a oportunidade de fazer o repasse.

“É um fomento que é distribuído entre 75 quadrilhas juninas do Amapá inteiro. Quem vive e toca a quadra junina é, especialmente, a nossa juventude e isso significa inclusão social através do lúdico. Trata-se de uma economia criativa que envolve a juventude e cujo recurso vai parar na costureira, no estilista, na pessoa que puxa a quadrilha, no transporte. Além da alegria, do resgate e da tradição, gera renda”, disse Clécio.

Os recursos repassados são frutos de emendas articuladas pelos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e têm contrapartida do Estado.

“Agora, quando o Amapá completa 80 anos, é importante celebrar nossa mistura com traço multicultural, presente também nas celebrações juninas. O Governo do Amapá está de parabéns por fazer a melhor quadra junina dos últimos anos”, falou o senador Randolfe Rodrigues.

O Arraiá do Povo é organizado pelo Governo, em parceria com a Liga Junina de Macapá (Ligajum), a Federação das Entidades Juninas e Folclóricas do Amapá (Fejufap), e o Instituto Sociocultural Junino Arraiá no Meio do Mundo (ISCJAMM).

“Nós abrangemos 54 entidades juninas em todo o estado. As entidades estão lutando unidas esse ano em prol da quadra junina do Amapá, dos quadrilheiros e do grupo. As articulações tornam esse o maior repasse dos últimos anos. A quadra junina agradece e esse ano o espetáculo está sendo preparado com ainda mais dedicação”, comentou o presidente do ISCJAMM, Urielson Duarte.

Economia criativa
Mais do que uma tradição, as festas juninas movimentam toda uma cadeia econômica, gerando empregos diretos e indiretos em todo o Brasil. A festa no Amapá terá participação de 75 grupos quadrilheiros e inicia na segunda quinzena de junho.

“Estamos iniciando nossa quadra junina. Dessa vez o investimento vai diretamente para o quadrilheiro. Os grupos juninos de todos os municípios do Amapá receberão recursos para se preparar para a grande festa, que conta com apresentações nos próprios municípios e também na nossa Cidade Junina do Arraiá do Povo”, afirmou a secretária de Cultura, Clícia Di Micelli.

O valor, repassado aos quadrilheiros, será utilizado para custear as estruturas dos eventos juninos na capital e no interior, além de financiar as roupas, costureiros, maquiadores, motoristas e tudo o que envolve as apresentações dos grupos.

“Os municípios recebem investimento dentro dos seus forrozões, assim como as competições das entidades dentro da Cidade Junina que terá arquibancada liberada para o público. É esse compromisso que, cumprido, valoriza e dá apoio à quadra junina. Todo esse investimento retorna como benefício, porque fomenta a economia local”, ressaltou o presidente da Ligajum, Cláudio Vaz.

O investimento chega a grupos como o Explosão do Tempo, de Macapá. A jovem Ingrid Dias, de 18 anos, estreia como miss simpatia da organização em 2023 e conta que, com o recurso repassado, o grupo pode investir melhor nas apresentações.

“Faço parte da quadra junina há 3 anos e faço minha estreia como miss caipira esse ano. Ficamos muito felizes em receber esse investimento, porque podemos custear desde a confecção das nossas roupas até garantir o transporte dos quadrilheiros”, disse a jovem.

Programação
Para realizar o Arraiá do Povo, o Governo vai construir no anfiteatro da Fortaleza de São José, na orla de Macapá, a Cidade Junina. A estrutura será composta por palco, arena de apresentações, praça de alimentação, arquibancadas, espaço para exposição de artesanato, barraca do beijo, cadeia, barraca do correio do amor, pau de sebo, entre outras atrações.

No local, o público poderá assistir gratuitamente a apresentações de 75 grupos folclóricos de 24 de junho a 1º de julho.

FOTOS: confira como foi o lançamento do Arraiá do Povo
https://www.amapa.gov.br/noticia/0306/fotos-confira-como-foi-o-lancamento-do-arraia-do-povo

Cultura e arte: Prefeitura de Santana estimula a transformação visual na comunidade do Ambrósio

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento intelectual e fomentar a realização de ações direcionadas à arte e cultura dentro da comunidade do Ambrósio, a Prefeitura de Santana por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Serviços Urbanos (Semop), desenvolve o projeto Colorindo Santana. 

O projeto visa capacitar os moradores com o curso de pintura artística, pintura multicolorida nas casas e catraias o qual será o projeto piloto, e contemplará futuramente os demais bairros de Santana.

De acordo com o secretário adjunto da Semop, Elson Barbosa, os alunos serão capacitados para realizarem pinturas atrativas e com bons acabamentos.

“Os alunos foram selecionados através de uma chamada pública, com isso, eles poderão participar do curso de pintura artística para serem capacitados a desenvolver seus serviços com qualidade”, explicou Elson.

Os moradores participarão de forma efetiva na transformação visual e cultural do local, através do Colorindo Santana, visando influenciar na melhoria social e na qualidade de vida dos moradores, com as seguintes atividades: curso de pintura artística e pintura multicolorida nas casas da comunidade.

Tais iniciativas proporcionarão a definição de uma nova identidade visual e o empoderamento dos moradores como protagonistas do seu próprio bem-estar social, a fim de dissociar a comunidade do Ambrósio da visão de local em que reina a violência e a criminalidade.

Os alunos Emanuel Pantoja e Uany Mendes convergem na ideia de que a capacitação será a porta de entrada para o futuro, visto que pretendem seguir em profissões que exigem a técnica ensinada no curso.

“O curso nos ajudará muito, pois pretendemos continuar desenvolvendo nossos serviços na área das artes até mesmo para o nosso sustento, a capacitação nos proporcionará conhecimentos que levaremos para a vida”, afirmaram os alunos.

A Prefeitura de Santana adotou e está executando o projeto, que faz parte da prática de Justiça Restaurativa, elaborado pelos órgãos de defesa e promoção social, Ministério Público do Estado do Amapá (MPE) e Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP).

Assessor de Comunicação/Semop