Lei Paulo Gustavo: Amapá terá mais de R$30 milhões para investimentos no setor cultural

Regulamentação da lei garante a destinação de recursos do Fundo Nacional de Cultura para estados, municípios e Distrito Federal.

O Amapá terá mais de R$30 milhões para investimentos na cultura com os recursos garantidos pela Lei Paulo Gustavo (LPG), regulamentada oficialmente pelo Governo Federal na quinta-feira, 11, com grandes impactos para o setor em todo o Brasil. O dispositivo homenageia o ator e humorista Paulo Gustavo, que faleceu em decorrência da Covid-19, em maio de 2021.

A lei foi criada para apoiar fazedores de cultura, diante das dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus. Ela prevê o repasse de R$3,8 bilhões para estados, municípios e Distrito Federal investirem em ações culturais. O Governo do Amapá receberá mais de R$ 22,6 milhões, enquanto R$ 7,5 milhões serão distribuídos aos 16 municípios.

A gestora da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Clícia Vieira Di Miceli, aponta que os recursos representam um novo momento para o setor e que a lei é uma forma de alcançar todos os territórios onde o fazedor de cultura estiver.

“Um dos nossos maiores desafios é fazer com que os benefícios desta lei possam alcançar os agentes culturais, desde as áreas urbanas até as Terras Indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, que deverão participar nesse processo por meio de buscas ativas de informação e inclusão. Teremos, agora, muito trabalho pela frente e contamos com a participação dos gestores públicos dos municípios e da sociedade civil, uma vez que uma das etapas obrigatórias são as oitivas com a população”, explica.

Os recursos são do superávit financeiro do Fundo Nacional da Cultura (FNC). Apesar de ter caráter emergencial, a há dispositivos permanentes, como o impedimento da utilização do superávit financeiro do FNC para redução da dívida pública. A LPG também possui ações afirmativas voltadas às mulheres, indígenas, quilombolas, nômades, entre outros. Uma delas é a previsão de 10% a mais do valor original para projetos que incluam ações de acessibilidade para pessoas com deficiência.

Próximos passos

Com a regulamentação da lei, os gestores têm até o final do ano para definir os projetos que receberão a verba. Nos próximos dias, a Secult abrirá um espaço para ouvir a sociedade, no site secult.portal.ap.gov.br. A ideia é garantir que os editais e chamamentos públicos atendam às necessidades dos produtores culturais locais, de acordo com a realidade da região.

O Amapá também se prepara para garantir ações junto às comunidades cultural e civil, como o fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura, através dos Conselho, Plano e Fundo estaduais.

Ciclo 2023: retirada dos mastros nas matas do Curiaú reúne seis grupos de marabaixo

Programação acontece no sábado, 13. No domingo, 14, as caixas também rufam nos barracões.


É com a cadência das caixas de percussão, o balançar das bandeiras e o som dos ladrões, como são chamadas as cantigas tradicionais, que os seis grupos que realizam o Ciclo do Marabaixo fazem a retirada, neste sábado, 13, dos mastros nas matas da comunidade quilombola do Curiaú.

A abertura oficial da celebração ocorreu com a entrega da Central do Marabaixo pelo Governo do Amapá, em 31 de março. A festa teve exposição de artigos da cultura marabaixeira, como vestimentas, caixas, degustação de gengibirra e cozidão, feira de artesanato, além de várias apresentações dos grupos culturais ao longo da noite.

A retirada dos mastros é feita pelos grupos Berço do Marabaixo, Raimundo Ladislau, Marabaixo do Pavão, Associação Zeca e Bibi Costa (Azebic), União Folclórica da Campina Grande e Santíssima Trindade de Casa Grande.

A atividade é um dos pontos altos das celebrações em homenagem ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, que também reforçam a conscientização ambiental. Para cada árvore retirada, uma muda da mesma espécie é plantada como uma forma de preservar a natureza e reafirmar o respeito às matas.

Esse é o momento na programação em que todos os grupos se reúnem, e para celebrar esse encontro, como manda a tradição, é oferecido um almoço para festeiros e visitantes, além das caixas rufando no chamado “marabaixão”.

“É um momento de integração entre as comunidades realizadoras”, diz a coordenadora da União Folclórica de Campina Grande, Solange Costa.

Ainda no sábado, na comunidade que Solange faz parte, acontece uma roda de marabaixo. Também terá festejo e levantamento do mastro no barracão Tia Gertrudes, do grupo Berço do Marabaixo. As celebrações continuam no domingo, 14, quando é a vez dos barracões Marabaixo do Pavão, Raimundo Ladislau e Azebic.

Patrimônio do Brasil

O Ciclo do Marabaixo, realizado pelas famílias tradicionais do Amapá, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde novembro de 2018.

Essa manifestação típica reúne danças de roda, percussão, cantigas que relatam o cotidiano da população quilombola amapaense, somadas às festas do catolicismo popular, e inicia sempre no Sábado de Aleluia, no mês de maio, e se estende até o domingo seguinte a Corpus Christi.

Academia Amapaense de Letras empossa 19 novos membros nesta quinta-feira (27)

A Academia Amapaense de Letras (AAL) realiza nesta quinta-feira (27), às 19h30, no Centro de Convenções João Batista, uma sessão solene para empossar os acadêmicos eleitos em agosto e setembro de 2022. Com 69 anos de existência, a Academia possui 22 imortais. O atual presidente da entidade é o professor Nilson Montoril de Araújo, e o vice-presidente, o poeta Manuel Bispo Correa.

Confira os novos integrantes:
1-Adaury Farias
2-Ruben Bemerguy
3-Ricardo Pontes
4-Ivan Carlo (Gian Danton)
5-Ângela Nunes
6-Tiago Quingosta
7-Prof Jackson
8-Jadson Porto
9-Wilson Carvalho
10- Jô Araújo
11-Oton Alencar (pastor).
12- Raquel Braga.
13- Padre Paulo
14- Saulo Torquato
15- Edgar Rodrigues
16-Cristóvão Lins
17- Mauro Rabelo
18- João Barbosa
19- José Tostes

Fundação
Fundada em 21 de junho de 1953, data escolhida por conta de ser o mesmo dia do aniversário do escritor Machado de Assis, a Academia Amapaense de Letras surgiu como uma entidade civil, sem fins lucrativos e com o objetivo de promover o desenvolvimento literário, cultural, científico e artístico do Amapá. Seu primeiro presidente foi o professor de português e literatura Benedito Alves Cardoso.

Serviço:
Posse dos novos imortais da Academia Amapaense de Letras.
Data: 27/10/2022 (Quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Centro de Convenções João Batista, Avenida Fab, Nº 86, centro de Macapá.