Governo dá início à construção do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá

Clécio Luís visitou neste sábado, 8, o local da obra que vai melhorar o tratamento a pacientes com câncer.


O Governo do Estado iniciou a construção do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá. O governador Clécio Luís assinou a ordem de serviço e neste sábado, 8, visitou o local onde será a prédio, que ofertará uma assistência que representa um avanço para o tratamento oncológico.

O centro vai permitir com que o paciente encontre tratamento mais perto da família, sem ter que sair do estado para buscar o serviço.

O investimento é do Ministério da Saúde, que, para executar a construção, destinou cerca de R$ 16,3 milhões, com articulação do senador Davi Alcolumbre. O prédio vai funcionar no bairro Infraero 2, na Zona Norte de Macapá, atrás do Hospital de Amor.

Léa Learte, de 46 anos, foi diagnosticada com câncer de mama e precisou passar por radioterapia, mas, como não tinha o serviço no Amapá, precisou passar por tratamento em outro estado. Presidente da ONG Associação Pacientes Oncológicos Unidos pela Vida e pelo Amor (Pouva), ela descreve o ato como uma esperança para pacientes oncológicos.

“É uma esperança. Ainda tem muito o que mudar nesse processo, mas só de não precisar sair do estado já é um avanço. Ir para um lugar que a gente não conhece é doloroso e debilita. Ter esse atendimento no próprio estado, podendo ter um apoio mais próximo da família, com a radioterapia aqui, isso acolhe mais o paciente”, descreveu.

Ofertar o tratamento de radioterapia pela primeira vez no estado é uma das metas deste novo governo, que tem a saúde como prioridade imediata, absoluta e inegociável. A área da oncologia é uma das áreas que mais demandam o programa Tratamento Fora de Domicílio (TDF).

Clécio Luís conheceu o projeto no dia 16 de março, e destaca que, quando entregue, o prédio será um alento para a população.

“Nossa missão é entregar em 2024, de forma definitiva, o tratamento de radioterapia no Amapá. Eu estou muito honrado de, aos 98 dias de gestão, poder dar início às obras. A radioterapia era algo que estava faltando no Amapá, mas nos prédios que nós já temos precisamos colocar realmente em prática o bom acolhimento, a humanidade e a resolutividade”, citou o governador.

Representantes do grupo empresarial que vai comandar a obra estiveram presentes na visita deste sábado, assim como os secretários de Infraestrutura, Ivy Vasconcelos (em exercício), e a de Saúde, Silvana Vedovelli.

“Esse centro é um ganho grande para o nosso estado e vai se tornar realidade em 12 meses. Quando entregue, a unidade estará apta para atender qualquer paciente, desde a criança ao idoso, podendo fazer tanto a radioterapia quanto a braquiterapia, que é um tratamento mais pontual no corpo do paciente”, comentou a secretária de Saúde.

A obra integra o Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PER/SUS), do Ministério da Saúde, ao qual o Amapá aderiu em 2012. A licitação ocorreu em dezembro de 2022.

“Estamos quase concluindo a requalificação do Hospital de Emergência (HE), tem trabalho no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e no Hospital de Santana, retomamos a obra do Hospital de Oiapoque, e vamos entrar no Hospital Alberto Lima e na Maternidade Mãe Luzia, que possuem grandes problemas. Aos poucos, com passos firmes, vamos transformando a realidade da saúde no Amapá”, ressaltou Clécio Luís.

O Centro de Radioterapia
A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da rede pública não oferece o tratamento. Atualmente, os pacientes que precisam de radiação ionizante precisam aderir ao Programa de Tratamento Fora de Domicílio (PTFD).

O Centro de Radioterapia será ligado ao Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), que mantém a Unacon com atendimentos clínicos, cirurgia e quimioterapia.

A unidade, que ocupará uma área de 1000 m², terá equipamentos de alta tecnologia, produzidos no Vale do Silício, nos Estados Unidos, como o acelerador linear, que abrange o tratamento em áreas diferentes do corpo, e ainda outro voltado para a braquiterapia, com atuação pontual e interna no corpo do paciente.

O valor de R$ 16,3 milhões custeia a obra, os equipamentos, o projeto e a fiscalização, que será feita pelo governo federal durante 3 anos. Conforme o Ministério da Saúde, a previsão é entregar a obra pronta em um ano e meio, para atender os moradores do Amapá e região.o