Governo do Amapá disponibiliza fisioterapia pélvica para mulheres acolhidas na Rede de Atendimento à Mulher

Tratamento atende mulheres em situação de vulnerabilidade com o objetivo de melhorar a saúde física e psicológica de vítimas de violência sexual.

O Governo do Amapá oferta desde terça-feira, 2, o serviço de fisioterapia pélvica em 8 unidades da Rede de Atendimento à Mulher (RAM). O serviço integra o apoio às mulheres que sofrem com disfunções pélvicas, doença ocasionada pela perda da sustentação dos órgãos pélvicos por fraqueza nas estruturas de suporte do corpo.

O quadro de saúde pode ser causado por violência sexual ou trauma, podendo levar à problemas como incontinência urinária, prolapso de órgãos, frouxidão da vagina, secura vaginal e diminuição da sensibilidade sexual. O serviço integra outros cinco ofertados pela RAM, que incluem assistência social, psicológica, assessoria jurídica, fisioterapia e enfermagem.

O assunto pode ser considerado um tabu entre muitas mulheres, mas trata-se de uma questão de saúde íntima da mulher. Com a fisioterapia, é possível contribuir para o alívio da doença e melhora da qualidade de vida da paciente.

A fisioterapeuta especialista da RAM, Damaris Silva, reforça a importância do início do trabalho nos Centros de Atendimento à Mulher do Estado, pois apesar de não causar riscos de vida, as mulheres podem enfrentar problemas psicológicos por conta da vergonha e falta de informação.

“As pessoas que sofrem de incontinência urinária acabam se excluindo de suas vidas sociais, porque têm vergonha de sair e medo de passar por algum episódio vergonhoso, então muitas acabam desenvolvendo crises de ansiedade e depressão porque nem sabem que tem tratamento”, explica a fisioterapeuta.

Fisioterapia pélvica

O tratamento busca auxiliar, com apoio de uma equipe multidisciplinar, no tratamento físico e psicológico de pacientes que sofreram algum tipo de violência, principalmente a violência sexual, restaurando a saúde pélvica.

“A fisioterapia pélvica tem um papel fundamental na reabilitação pélvica de pacientes que passam por esse trauma, pois acabam desenvolvendo uma doença, vaginismo, e nos casos de violência psicológica, acabam tendo dor na região genital, sem uma causa específica, que se chama dispareunia, ambas as doenças impedem as mulheres de terem uma vida sexual ativa e saudável”, complementa Damaris.

Onde encontrar a Rede de Atendimento à Mulher

A Rede de Atendimento à Mulher funciona dentro do prédio administrativo da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, localizado na Rua São José, nº 1570, no Centro, das 8h às 18h. O telefone para contato é (96) 98402-7649.

Outros endereços no estado

Centros de Referência em Atendimento à Mulher (Cram)

  • Unidade Mazagão, na Avenida Intendente Pinto, nº 932, no Centro
  • Unidade Porto Grande, na Avenida Amapá, s/n, bairro Malvinas
  • Unidade Laranjal do Jari, na Avenida Tiradentes, nº 882, no bairro Agreste
  • Unidade Oiapoque, na Rua Joaquim Caetano da Silva, nº 1000 (prédio do Super Fácil)

Centros de Atendimento à Mulher à Família (Camuf)

  • Unidade Macapá, na Rua São José, nº 1590, no Centro
  • Unidade Santana, na Avenida Santana, nº 1815-B, no Centro

Centro de Acolhimento às Mulheres Amapaenses Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexo (Ama LBTI)

  • Unidade Macapá, na Rua Odilardo Silva, nº 854, no bairro Julião Ramos.

 

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