Personagens do projeto ‘Alôzinho’ do Governo do Amapá ganham nova versão para combater trotes

Além de Pepy, a Turma do Bem conta com o Alôzinho, Bombom, Militinho, Teca e Sílvio


A “Turminha do Bem” do projeto Alôzinho, desenvolvido pelo Governo do Amapá para conscientizar a população sobre os problemas causados pelos trotes, ganhou uma versão mais moderna no estilo mangá, e uma nova integrante: a policial penal “Pepy”. Os pesonagens foram apresentados nesta quarta-feira, 23, pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes).

Agentes da Segurança Pública do estado conheceram a nova identidade visual, que foi aprimorada para atrair crianças e adolescentes para a campanha 2023.

O projeto do Ciodes existe desde 2011 e já levou diversas atividades para escolas da rede de ensino pública e privada do Amapá. As ações de conscientização alertam para os danos causados pelos trotes, especialmente para os números de atendimento à emergências, como o 190.

Cada agente do Alôzinho representa uma instituição das forças de segurança do estado. Além de Pepy (Polícia Penal), a Turma do Bem conta com o Alôzinho (jovem estudante), Bombom (Corpo de Bombeiros), Militinho (Polícia Militar), Teca (Polícia Científica) e Sílvio (Polícia Civil).

O novo visual foi feito pela jovem estudante e desenhista Sophie Marinho, de 18 anos, que é apaixonada pelos personagens que conheceu ainda criança, quando a cartilha do programa foi apresentada pela mãe dela, que é policial militar e atua no Ciodes.

“Quando eu era pequena, minha mãe levou a cartilha pra mim e fiquei apaixonada. Os personagens, a conscientização contra o trote foi algo que fez parte da minha infância e ficou na minha memória, tanto que na época eu passei essa ideia adiante para o meus colegas de escola, e, hoje posso fazer isso de novo através do meu desenho”, celebra a jovem desenhista.

A proposta para atualizar a turminha partiu da própria Sophie, que estudou por seis anos técnicas de arte no Centro de Educação Profissional em Artes Cândido Portinari. Ao apresentar o resultado para a mãe, a tenente Patrícia Marinho não pensou duas vezes em mostrar a ideia para o coorndeador-geral do Ciodes, coronel Manoel Dias, que abraçou a iniciativa.

“Além de aceitarem a nova versão, ainda recebi a missão de criar uma nova personagem. Ainda estou chocada, foi uma grande responsabilidade. Fiz pesquisas para fazer jus à vestimenta padrão dos policiais penais. Pra mim tá sendo uma honra participar desse momento, dessa modernização dos personagens que representa a segurança do Amapá”, frisou Sophie.

O coordenador do Projeto Alôzinho, major Evaldo Lopes, está desde o início da criação do programa. Ele conta que o sentimento ao longo desses 12 anos de atividades é de dever cumprido.

“Eu estou muito feliz em saber que a semente foi plantada, a árvore cresceu e hoje estamos colhendo os frutos através do trabalho da Sophie que foi uma criança alcançada pelo Alôzinho”, disse emocionado o coordenador.

Projeto Alôzinho

O Projeto Alôzinho é uma ferramenta social que combate uma prática que ainda ocorre e prejudica o atendimento à população: o trote telefônico. Uma ação irresponsável que causou a morte da bombeiro militar, soldado Patrícia Gonçalves Façanha, durante o atendimento a um falso chamado de incêndio, em janeiro de 2007.

Por causa da tragédia que sensibilizou todo o Amapá, foi criada a Lei nº 1.551, de 6 de julho de 2011, para trabalhar a conscientização e a sensibilização de crianças, jovens e adultos sobre as causas dos trotes.

O programa promove campanhas educativas, palestras, seminários e outras ferramentas voltadas para estudantes, reforçando a importância dos serviços prestados pelo Ciodes, e os prejuízos ocasionados pelo acionamento indevido do serviço de urgência e emergência.

Trotes

Neste primeiro semestre de 2023 em janeiro foram registradas cerca de 580 ligações com informações falsas para o Ciodes. Já em junho, o centro observou uma queda de 66%, com o registro de 382 ligações desta natureza.

“É importante conscientizar toda a sociedade, principalmente os jovens, os estudantes sobre o quanto é grave o trote telefônico, que além de dificultar o serviço de urgência e emergência, também é crime, podendo ocasionar incidentes irreversíveis e trágicos”, alertou o coordenador do Ciodes, Manoel Dias.