Tanques de oxigênio chegam ao Amapá para equipar novos leitos do HU no combate a síndromes respiratórias

Oxigênio é necessário para abastecer 20 leitos clínicos pediátricos e 10 de UTI no Hospital Universitário


O Amapá recebeu nesta terça-feira (23), 32.695 metros cúbicos de oxigênio, o que equivale a 12 mil toneladas do insumo que vão abastecer os 30 novos leitos pediátricos que serão abertos no Hospital Universitário (HU-Unifap) a pedido do Governo do Estado, para atender pacientes com síndromes respiratórias.

O material foi dividido em dois tanques, o maior com capacidade de 27.745 metros cúbicos de oxigênio, e o menor com 4.950 metros cúbicos. O transporte foi feito no navio de apoio oceânico Iguatemi, da Marinha do Brasil, que trouxe o material em 48 horas do Pará para o Amapá. A logística também contou com o apoio da Companhia das Docas de Santana, que forneceu um guindaste para a retirada dos tanques da embarcação.

O oxigênio é necessário para abastecer 20 leitos clínicos pediátricos e 10 de tratamento intensivo (UTI) no HU. O pedido partiu do Governo do Estado ao Ministério da Saúde, que acionou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) para tratar com a fabricante White Martins, o fornecimento do insumo.

“Como se trata de um hospital novo, esta era uma ação já prevista no planejamento de ampliação da unidade, mas que está sendo antecipada para dar apoio à emergência em saúde pública do estado e não tem relação com desabastecimento na rede local”, destacou o ex-ministro da Saúde e atual presidente da Ebserh, Arthur Chioro.

A Ebserh também enviará 15 respiradores, camas hospitalares e já publicou um edital convocando profissionais voluntários para se deslocarem para o Amapá por um período de até 20 dias.

Com todo o processo, incluindo a interligação dos tanques ao sistema do Hospital Universitário, a previsão é que eles estejam prontos para uso em até 48 horas após a chegada ao hospital.

“Com a chegada desses tanques, o HU terá disponível o oxigênio necessário para a abertura dos novos leitos pediátricos. Nós não estamos em desabastecimento de oxigênio, mas esse reforço de leitos é necessário por conta da nossa demanda, que está muito alta. Estamos lotados”, explica a secretária de Saúde do Amapá, Silvana Vedovelli.

O Amapá vive um surto de síndromes respiratórias, com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) sendo o principal causador dos agravos em crianças abaixo de seis anos.

Desde o decreto de emergência em saúde pública, no dia 13 de maio, o Governo do Estado já disponibilizou 249 leitos, entre clínicos e de UTI, para internação de crianças, contudo, as unidades continuam superlotadas com o avanço do surto.

O Ministério da Saúde e a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) prestam apoio ao Estado com material laboratorial, equipes de profissionais e pesquisadores.