Startup amapaense de couro de peixe recebe investimento pioneiro em bioeconomia



A Yara Couro da Amazônia foi a nova investida do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e executado pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (IDESAM).

A empresa está situada no Amapá e desenvolveu uma tecnologia que transforma o resíduo da pele do peixe em couro.

Com menos de 1 ano de existência, a empresa já figura como promissora dentro do segmento da bioeconomia e atrai a atenção por onde passa por conta do produto exótico.

A tecnologia se baseia no desenvolvimento do “Green Leather”, um couro produzido de forma sustentável, desde a aquisição das peles do peixe (evitando que virem lixo e sejam descartados incorretamente), até o beneficiamento do produto final que tem em seu processo ingredientes orgânicos da própria floresta.

A empresa tem como principal missão desenvolver a cadeia do pescado de ponta a ponta e tratar a pele do peixe não como resíduo, mas como matéria prima para criar produtos com a identidade da Amazônia nas indústrias de moda e revestimento.

Bruna Freitas, CEO da Yara ressalta sobre os desafios das empresas de bioeconomia: “Empreender com foco em preservar a floresta é a missão da Yara. Para nós esse investimento de R$2 milhões é a oportunidade e também a responsabilidade de mostrar que é esse o tipo de desenvolvimento adequado para a região amazônica, o que para muitos é lixo é um problema quase que insolúvel, para nós é um rio de oportunidades e que nós estamos prontos para mergulhar, fazer acontecer e devolver os benefícios desse desenvolvimento para a comunidade local.”.

O investimento garantido pela empresa foi divulgado durante o Workshop sobre o financiamento de projetos a partir da Lei de Informática, realizado na última semana em Macapá. O IDESAM, instituto que executa o programa PPBio, avalia as empresas em potencial e faz a conexão entre investidores da indústria e as startups, no caso da Yara o aporte foi garantido pela companhia Digiboard, empresa de eletrônica.

Networking e parcerias estratégicas

A startup ressalta a importância da celeridade desse tipo de projeto, e atribui o ritmo da empresa às parcerias estratégicas que têm firmado ao longo da sua jornada. A empresa é ativa dentro da comunidade Tucuju Valley e a partir dela conseguiu diminuir a curva de aprendizagem, trocando experiências com empreendedores e entendendo o fluxo dentro das cadeias de bioeconomia.

Esta assiduidade na comunidade colocou a empresa em contato com a rede de soluções oferecidas pelo SEBRAE, SENAI e o próprio IDESAM, que abriram portas para o aprimoramento do negócio e que resultou no investimento.

Além disso, a Yara conseguiu evoluir os primeiros produtos e MVP em parceria com a fábrica também amapaense Arrazo Couro.

Essas parcerias foram peças essenciais para o sucesso da empresa e viabilizaram que a tecnologia oferecida pela Yara chegasse até o patamar de inovação e desenvolvimento com a identidade da Amazônia.

Próximos passos

Nos próximos seis meses a empresa se dedicará para ampliar a gama de produtos disponíveis e instalará o 1° curtume verde da Amazônia para iniciar o processo de escala.

https://docs.google.com/document/u/0/d/11SY5vpROhX8eCDxqpb2kXSwmlIrL1GeLQvmrASQ4vcw/mobilebasic

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