Mês de julho terá chuvas acima do esperado no Amapá, aponta Iepa

Média de precipitações terá crescimento de 25% em relação ao mês de junho. Estiagem deve começar em agosto.
Quem estava aguardando a chegada do verão amazônico às terras tucujus  terá que esperar mais um pouco, já que julho ainda é o último mês da época chuvosa e o período de estiagem se iniciará apenas em agosto, indo até o mês de novembro. As informações são do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

As projeções apontam que, em comparação ao mês de junho, com média de 150 mm a 250 mm, julho terá de 200 mm a 300 mm de chuvas concentradas nos municípios de Cutias do Araguari, Itaubal, Ferreira Gomes e Porto Grande. A região metropolitana também será afetada, mas em menor quantidade. O meteorologista do Iepa, Jefferson Vilhena, explica que o cálculo feito leva em consideração mais de um modelo, oscilando para maior probabilidade de chuvas acima da média neste mês.

“Apesar dos modelos estarem indicando grandes concentrações na área central, muito acima do esperado, outros modelos indicam chuvas dentro do esperado. Então, a gente espera que essas precipitações não alcancem tanto as cidades”, detalha Vilhena.

Altas temperaturas

O mês de julho terá temperatura média considerada alta, de 32º C. Algumas pessoas podem associar o período chuvoso a temperaturas mais baixas, mas Jefferson explica que as chuvas dependem das altas temperaturas, pois o ar precisa estar quente para a água evaporar e formar nuvens.

O meteorologista explica que a Zona de Convergência Intertropical é um amontoado de nuvens que circula todo o globo terrestre na região equatorial e influencia diretamente no aumento das chuvas na Amazônia. Com a saída dela a partir de agosto, terá início no Amapá um período de estiagem, quente e seco, que durará até novembro.

Influência do El Niño e La Niña

El Niño e La Niña ambos são fenômenos climáticos que afetam o oceano Pacífico. Enquanto o La Niña é responsável por resfriar as águas e intensifica as chuvas, o El Niño provoca um tempo mais quente e seco.

Ainda segundo o meteorologista, os efeitos do La Niña estão em queda e o El Niño se aproxima, com chuvas em menor quantidade e intensidade, e com a sensação térmica podendo ultrapassar os 40 graus.

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