Zulma: a professora que habita em mim

*Por Marco Antônio Chagas. Professor 

A memória já me traí, mas aquele sorriso nunca vou esquecer. Foram tantos e sempre acompanhado de meu nome no diminuitivo… “Marquinho”.

Era amiga de nossas famílias, minha, da Alcilene e de todos que passaram pelo IETA profundo. Era uma época em que a “educação do cuidado” existia no Amapá. Era uma educação que nos acolhia pelo nome e pelo carinho de uma família de professores que diziam o tempo todo:- Nós acreditamos em vocês!

Professora Zulma acreditava em mim. Eu penso que isso me fortaleceu. São poucas as pessoas que acreditam na gente. São as pessoas amigas da alma, como assim descreve Ivone Gebara... “são pessoa que ficam habitando todo o tempo de tua vida, mesmo quando já não estão por perto”.

Quando soube que ela era casada com o Professor Savino, tinha vontade de perguntar se a boneca Chicona da banda era a minha tia Chiquinha. Era só uma curiosidade afetuosa para me aproximar.

Tinha mais uma coisa a perguntar: – Por que você foi tão carinhosa comigo? Agora sua partida doeu um pouco mais.

Descanse em paz “Zulminha”, a professora que habita em mim.

Nota do Blog – Marquinho disse nesse artigo, o que eu queria ter dito e certamente muitos outros alunos acolhidos por ela. Obrigada Marcos Chagas! Obrigada professora Zulma! 

  • A professora Zulma Carneiro era muito amiga da minha genitora Wanda Lima Costa, assim como, seu esposo José Figueiredo de Souza, pioneiros na arte de ensinar os jovens, através da Educação Física, onde também pontificaram Irineu da Gama Paes, Aurea Correa, Príncipe Malaio, Rosemary, Zé Luiz, Marli Gibson e outros que a memória trai.
    Sabemos também, a dedicação ao portadores de necessidades especiais no Estado e pela abnegação e grande amor que tinha pela Sacha.
    A Senhora não morreu professora, encantou-se e ficará sempre em nossos corações.
    Vá em paz!

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