Um Feliz Ano Novo, Macapá

*Josiel Alcolumbre 

Um feliz ano novo, Macapá.

Estive mais perto da realidade da nossa cidade nesses últimos meses. E isso não é retórica de candidato. Já não o sou. Isso é apenas a confirmação do que venho dizendo e reafirmo aqui: a democracia venceu. Venceu o povo, mas sinto que venci também.

Afinal, cheguei ao segundo turno na minha primeira eleição. Tudo bem, tive grandes apoios políticos com o Presidente do Congresso e lideranças nacionais e locais, tivemos mais tempo de TV que os demais candidatos, mas se você for ver, eu era desconhecido da grande maioria da população.

Nessa campanha, aprendi a importância e o real significado de militância. Conquistamos pouco a pouco apoiadores e seguidores apaixonados pelo projeto. E isso pra mim é a maior de todas as vitórias. Mais de 80 mil votos. Mais de 80 mil macapaenses que confiaram no meu nome, na minha história, nas propostas que eu e Silvana construímos de forma participativa junto aos movimentos sociais.

Unindo talentos e esforços, vivemos reuniões enriquecedoras de planejamento estratégico, costuradas pelas diferenças que se juntam em nome do bem comum e por técnicos responsáveis e preparados para nos fazer colocar os pés no chão, trazendo a possibilidade de construirmos propostas viáveis. O nosso plano de governo era táctil. Real. Contínuo.

Uma cidade é um organismo vivo e diverso, ela é feita da união de diferentes sonhos e expectativas. Cada um de nós que faz e que dá vida a Macapá é um mapa de princípios e valores. Atender ou contemplar senão todas, a maioria das expectativas, é o maior desafio de um bom gestor. O Clécio deu importantes passos.

Eu queria muito ter vencido. Eu queria muito colocar o nosso plano de governo em prática. Acredito que consegui chegar ao fim das eleições não apenas como o candidato do Clécio ou o irmão do Davi. A campanha me apresentou à Macapá. E também me apresentou uma Macapá que eu não conhecia, uma cidade sob seus mais diversos pontos de vista, necessidades e sonhos.

Nessa jornada política chorei, sorri e vivi emoções únicas, tendo sempre ao meu lado uma mulher incrível, a Silvana. E eu vivi pessoalmente essa experiência inédita com os olhos no futuro e com a alma plena pela chance de poder ouvir as pessoas nas redes e nas ruas.

De poder interagir. Falar o que penso e, sobretudo, de dizer-lhes a verdade. Dizer-lhes o que é possível ser feito, porque nenhum prefeito consegue fazer tudo. Nessa campanha, eu aprendi de fato a ouvir o outro. Olhar nos olhos do próximo. Aprendi também a ler a nossa cidade com os meus olhos vestidos de empatia. Aprendi a observar, sobretudo, os hiatos que ainda nos separam.

A pandemia e o apagão nos mostraram o quanto ainda é preciso trabalhar pelo nosso estado e pela nossa capital. O quanto ainda é preciso oferecer o desenvolvimento, os serviços e a inclusão que a maioria dos macapaenses precisa. O Clécio avançou em todas as áreas, mas os nossos problemas estruturais são históricos.

Somos um estado separado do Brasil. E eu estou mais certo do que nunca sobre o quanto é preciso juntar e unir forças ao invés de brigar e se isolar. Era esse projeto, esse jeito novo de fazer política que a minha candidatura representava. Porque foi assim que Macapá deu grandes passos nos últimos anos.

Minha missão, ao ser escolhido pelo Clécio, era dar seguimento a um projeto de gestão exitoso em todas as áreas. Uma gestão organizada e transparente. Uma gestão eficiente na captação de recursos e na aplicação. Uma gestão com apoio político e muito diálogo institucional com o Governo do Estado e com o Governo Federal, independente de partido ou ideologia.

O que se viu nos últimos anos foi Macapá em primeiro lugar. Foi mais cuidado com a população e com o dinheiro público. Não é à toa que o Clécio sai da gestão com mais de 70% de aprovação. O sexto prefeito do país com mais compromissos realizados.

Era esse belo projeto que eu desejava dar continuidade, com a Silvana ao meu lado, a secretária de saúde que dedicou seu tempo e experiência para colocar as UBSs e a saúde básica de Macapá nos trilhos. Mas, como disse no início, venceu a vontade do povo de Macapá. Venceu a democracia.

Volto agora ao jornalismo. Reassumo a direção da Band, vou reiniciar minha faculdade de direito com muito orgulho e seguir aprendendo, como tanto aprendi nessa campanha. Hoje, me coloco à disposição da nossa cidade como um cidadão que evoluiu muito nessa travessia desafiadora para todos nós. Um cidadão mais consciente da cidade que temos e da cidade que queremos ser.

E também me coloco à disposição como um homem público atento ao futuro. Pronto para criticar e cobrar. E pronto para contribuir com o Amapá e com Macapá. Desejo a Macapá um feliz ano novo. Um tempo de novas conquistas e oportunidades. Um tempo de vitórias e superação. E desejo aos macapaenses uma cidade ainda melhor do que a que o Clécio está entregando. Macapá não merece menos que isso.

 

 

Josiel Alcolumbre

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