Trabalhadores da educação em greve no Amapá são recebidos na Assembleia Legislativa

 

A greve dos professores no Amapá, iniciada há doze dias, ainda não tem uma definição para o encerramento e conta com a adesão de mais de 90% das escolas da capital e interior. Na manhã desta quarta-feira (05/6/2019), um grupo de professores e diretores do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação (Sinsepeap), foram recebidos, no plenário da Assembleia Legislativa, por uma comissão formada pelos deputados: Oliveira Santos (PRB), Paulo Lemos (Psol), Dr. Furlan (PTB), Dr. Negrão (PP) – líder do governo na Casa, deputada Telma Gurgel (PRP), Edna Auzier (PSD) e Marilia Góes (PDT). Por mais de uma hora, os parlamentares ouviram as reinvindicações da categoria e prometeram dar uma resposta plausível.

De acordo com a categoria, as perdas salarias desde 2011 estão calculadas em mais de 55%, além de outras pautas específicas. Os trabalhadores querem reajuste salarial de, pelo menos, 4,7%, entre outras reivindicações, como explicou a representante do sindicato, professora Nilza Amaral.

Segundo a educadora, o governo amapaense se recusa a abrir uma mesa de negociação e já declarou que não dará aumento para nenhuma categoria. Um dos pontos que a classe solicitou a intervenção dos parlamentares foi quanto a suspenção da multa estipulada em 300 mil reais, aplicada pela Justiça em caso de descumprimento da ação ajuizada pelo Governo do Estado. Na ação, o Estado justificou que o sindicato não comprovou o preenchimento dos requisitos legais para a realização do movimento.

“Isso dá um montante de quase cinco milhões de reais, vamos dialogar com o presidente da Casa para que juntos possamos fazer um apelo a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para desistir da multa e do corte de pontos dos trabalhadores”, comentou o deputado Paulo Lemos.

O deputado Oliveira Santos sugeriu que a Comissão de Educação da Casa possa trabalhar em conjunto com a categoria junto ao Governo do Estado na busca de soluções para a classe.
A presidente do Sinsepeap, Katia Almeida, disse que muitos educadores estão tendo corte na folha de ponto, mesmo a secretaria comunicando que não existe orientação para corte, mas está ocorrendo com muitos professores. “Diretor que corta ponto está assediando moralmente o funcionário e nós vamos registrar boletim de ocorrência”, falou Katia Almeida.

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dr. Negrão, disse estar atento a todas as reivindicações e colocou-se à disposição da categoria na busca de achar uma solução viável para classe. “A greve é legitima e vamos discutir com a PGE a multa aplicada ao sindicato”, disse o parlamentar.

Na quinta-feira (06) a categoria, que conta com apoio de outros sindicatos, estará sentando a mesa mais uma vez com o governo do Estado, dentro da chamada Agenda do Servidor.

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