Tem Zankerada em Salinas

Zankerada: novo ritmo da Amazônia rompe fronteiras

A Zankerada sai dos limites do Amapá e chega ao Pará. O artista Finéias e sua banda são os convidados para a programação de verão da rádio, TV e jornal O Liberal, que realiza shows neste sábado em Salinas, na praia do Maçarico, e no domingo na orla de Belém. O CD foi lançado em junho e já ganhou espaço nas rádios e na cabeça do povão, nos shows, ele agrega um público considerável para um estilo criado recentemente. O ritmo mescla sons bastantes conhecidos, como zouk, guitarrada, carimbo, cassicó e outros tocados nas Guianas, Caribe, Pará e Amapá. “É contagiante, impossível ficar parado quando subimos no palco’, conta Finéias

A Zankerada é um marco na carreira do artista porque mistura elementos que ele já trabalhou e tocou, sua vivência no meio musical, os caminhos percorridos, com um novo momento em sua trajetória, onde o estudo e pesquisa ganham força. “Criar um ritmo novo não é fácil, pois você pode correr o risco de ser repetitivo ou de querer inventar o que já existe”, avalia. Carimbó, zouk, cassicó, guitarradas, e outros sons, serviram de base para o trabalho que apresenta uma nova sonoridade com a identidade amazônica.

Criado em uma família de músicos, Finéias é filho do maestro Tiago, nome do Francisco Fernandes e passou a infância entre instrumentos musicais. Na adolescência, aos 15 anos, decidiu que seguiria a carreira e se aprofundou nos estudos de guitarra que o levou à Guiana Francesa e ao Caribe, onde juntou experienciais essenciais para a criação da Zankerada. De volta ao Brasil, tocou em outros estados, como Pará e Ceará e, em uma sacada inteligente, quebrou barreiras e criou o personagem caricata e irreverente, Jéssika Kandomblé, A Bicha do Brega, que mudou o cenário de música popular no Amapá e Pará.

Versátil, Finéias toca nas noites amapaenses no Quinteto Amazon Music, que é referência quando se fala em música instrumental pelo repertório, que mistura tradicional com a atualidade. “Absorvi o que pude, aprendi muito, estudei e achei que estava na hora de contribuir com a música regional da Amazônia, por isso investi dois anos fazendo laboratório para a concepção da Zankerada. È um momento rico e promissor para toda a região norte”, fala Finéias.

 

Mariléia Maciel

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