Sesa registra 90 novos casos de HIV no primeiro trimestre de 2021

 

Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) alerta para crescente na contaminação entre jovens e adultos.

Durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021, a Secretária de Saúde do Estado contabilizou 90 novos casos de HIV no Amapá. Os dados foram coletados pelo Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), que identificou ainda o perfil dos infectados: jovens e adultos, de 20 a 40 anos.

De acordo com Virgínia Moreira, coordenadora do SAE/CTA, a quantidade de pacientes encaminhados todos os dias é preocupante. “Estamos atendendo, por dia, um número bem expressivo de pessoas que testam positivo. Em dias de pico, atendíamos de 4 a 5 pessoas, mas já chegamos a atender 8 casos positivos por dia”, explicou a coordenadora.

O levantamento indica ainda que os casos são mais comuns entre homens, porém houve crescimento significativo também entre grávidas; só no mês de janeiro 14 gestantes receberam diagnóstico positivo para HIV.

A crescente na contaminação é pode ser atribuída à desatenção da população durante esse período de isolamento.
“Só no primeiro trimestre desse ano tivemos 90 casos, enquanto em 2020 foram 280 casos no ano inteiro. As pessoas precisam entender que mesmo durante a pandemia de covid-19 as epidemias não sumiram e é necessário precaução em todos os sentidos”, completou a coordenadora.
O teste de HIV deve ser feito nos postos de saúde e, se o resultado for positivo, a pessoa é encaminhada ao SAE/CTA. Os testes são refeitos, o paciente entra no serviço de assistência, passa por consultas, faz os exames de Carga Viral e CD4 para saber os aspectos de contaminação e transmissão, e recebe a medicação adequada.

A transmissão do vírus acontece através da troca de fluídos corporais como sêmen, secreções vaginais, leite materno e sangue. Mas ainda é necessário reforçar, a fim de cessar estigmas relacionados a quem convive com HIV, que a contaminação não ocorre por interações cotidianas, como abraços e beijos, por exemplo.
Virgínia Moreira destaca que a única arma contra o HVI é a prevenção e ela engloba outros aspectos além do sexo.

“É necessário se atentar a outras situações do cotidiano. Cada pessoa deve ter seu kit de manicure e de sobrancelhas, caso faça utilização desses serviços. Quem faz tatuagem também precisa sempre estar atento às condições do material do estúdio, pois ele precisa ser de utilização única para cada cliente”, adverte.

Os sintomas, por serem amplos, podem ser difíceis de relacionar ao vírus, e por isso é importante fazer o teste para confirmar ou descartar a infecção, caso haja suspeita. Febre baixa, perda de apetite, perda de peso, dor de cabeça, cansaço excessivo, garganta inflamada, dores nas articulações, diarréia e sudorese noturna estão entre os sintomas mais comuns da infecção por HIV.
Na fase mais avançada, caracterizada como AIDS, se não for tratada, doenças oportunistas podem aparecer. Por conta da imunidade baixa é possível que tuberculose, herpes, candidíase, pneumonia, meningite e até mesmo alguns tipos de câncer se aproveitem da fraqueza do sistema.

Qual a diferença entre HIV e AIDS?

A sigla HIV refere-se ao vírus da imunodeficiência humana. Ao contrário da maioria dos vírus, o corpo humano ainda não adquiriu os recursos necessários para se livrar do HIV e isso significa que após a infecção, você terá que lidar com as consequências para sempre. Se não houver tratamento adequado, a contaminação chegará à Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que é o estágio mais avançado do vírus no organismo.

HIV/AIDS não tem cura, mas é possível tratar, e se o tratamento for seguido à risca o paciente consegue atingir um estado de plena qualidade de vida.

A coordenadora do Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento alerta que a única arma contra o HVI é a prevenção.

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