A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta-feira, o coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde.
O coronel negou a existência de um “gabinete paralelo”, que estaria aconselhando o presidente sobre o andamento da pandemia, mas disse que teve contato com as pessoas que fariam parte deste suposto gabinete.
Élcio Franco em depoimento á CPI. Imagem: TV senado
Elcio Franco disse que o ministério negociava a aquisição de vacinas com a Pfizer desde abril de 2020. Ele afirmou que a CPI terá de pedir ao Ministério os documentos que comprovam essa cronologia.
Em depoimento à comissão, o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse que a primeira oferta foi feita em agosto. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que as investigações mostraram que 53 emails da companhia ficaram sem resposta.
Franco disse que, muitas vezes, a empresa mandava um ofício e reiterava três ou quatro vezes no mesmo dia. Elcio disse também que um vírus que invadiu o sistema do Ministério atrapalhou na resposta de apenas uma proposta, entre os dias 5 e 12 de novembro, já que a caixa de entrada dele ficou inoperante.
O ex-secretário também disse que houve um atraso nos estudos de fase 3 da vacina, e que eles garantiam que teriam aprovação do FDA, agência reguladora americana, em outubro, mas isso só aconteceu em dezembro. “Tudo isso levou a atrasos”, declarou.