Resumo da CPI – Parte 5. Governo também teria rejeitado as vacinas do Instituto Butantã.

A CPI revelou que, além da rejeição à oferta de vacinas da Pfizer, o governo federal também rejeitou ofertas Instituto Butantã.

O diretor do instituto, o médico e pesquisador Dimas Covas, disse que a instituição fez três ofertas de vacina ao governo federal em 2020, todas rejeitadas.

A primeira foi em julho de 2020, quando foram ofertadas 60 milhões de doses, que poderiam ser entregues ainda no último trimestre de 2020. No mês de outubro, Covas disse que teria ido pessoalmente ao Ministério da Saúde três vezes, a última sendo no dia 20 de outubro, em busca de se preparar uma medida provisória para autorizar o uso das vacinas, também nessa data, o então ministro da saúde, Eduardo Pazzuelo teria anunciado a aquisição de 46 milhões de doses, fato este que o Presidente Jair Bolsonaro teria mandado cancelar, e afirmado o cancelamento. O ministério da Saúde, a partir daí, teria dificultado as negociações e o contrato foi fechado apenas em janeiro de 2021, com um número de doses menor do que a instituição tinha oferecido.

Em janeiro a oferta do instituto foi de 100 milhões de doses, mas já não era possível manter o cronograma de entrega. “Os parceiros internacionais (de fornecimento de insumos) já tinham outros compromissos, e o ambiente internacional era de falta de vacinas”, disse Covas à CPI. Segundo o diretor do Butantan, as dificuldades impostas pelo governo federal nas negociações atrasaram a vacinação de milhões de brasileiros.

“O Brasil poderia ter sido o primeiro país a começar a vacinação”, disse o médico. O diretor afirmou também que a instituição pediu ajuda financeira do governo federal para montagem de uma fábrica de vacinas que poderia ampliar a capacidade de produção, mas o apoio não veio.

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