Prefeito Clécio Luís coordena videoconferência internacional sobre medidas de enfrentamento da Covid-19 ao redor do mundo  

O prefeito de Macapá e vice-presidente de Transferências Voluntárias da Frente Nacional dos Prefeitos, Clécio Luís e a prefeita da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, coordenaram nesta quarta-feira, 10, a reunião virtual entre chefes do poder Executivo municipal das cidades brasileiras e equatorianas. O encontro teve como objetivo debater temas sobre medidas de distanciamento social adotadas pelos prefeitos ao redor do mundo, além de outras posturas que garantam o sucesso no combate à pandemia do novo Coronavírus.

Segundo o prefeito Clécio Luís, o Brasil encontra dificuldade no enfrentamento da Covid-19 pela falta de coesão do Governo Federal com os Municípios e Estados da nação. “Essa postura adotada pelo Governo Federal tem dificultado toda nossa luta de combate à essa terrível doença. Estamos em uma fase de pico no Brasil. Só na última terça-feira [9], foram registradas mais de 1.200 mortes. Lamentável perdermos tantas vidas. Em Macapá, não estamos medindo esforços para salvar vidas, mas a população também precisa colaborar para que possamos vencer juntos esse vírus”, enfatizou.

Em Mossoró, a prefeitura iniciou o plano de contingência bem antes do agravamento do quadro da pandemia, além dos diversos trabalhos nas áreas de saúde e desenvolvimento social. “Nossa gestão tem adotado uma postura de enfrentamento da Covid-19, com criação de hospital de campanha e ações integradas, tendo em vista que Mossoró é cidade polo, atendendo pacientes de outros municípios da região oeste do Rio Grande do Norte”, confirma a prefeita do município Rosalba Ciarlini.

Os prefeitos também abordaram temas como o colapso do serviço funerário no Equador e as medidas que adotaram para conter a propagação da doença. De acordo com o prefeito de Paute e presidente da Associação dos Municípios Equatorianos, Raúl Delgado, a cidade teve várias perdas de profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à pandemia. “Como prefeito, não podíamos virar as costas para a nossa população. Tivemos muitas perdas, entre elas vidas de médicos, enfermeiros, profissionais da saúde. Com o relaxamento do isolamento no Equador, os casos aumentaram e hoje estamos tendo que tomar medidas mais rígidas”, destacou.

No dia 15 de abril, o Equador se encontrava com o sistema de saúde e os serviços funerários em colapso, sendo o país com maior taxa de letalidade na América do Sul, com 21 mortos por Covid-19 para cada milhão de habitantes. A retomada das atividades econômicas pós-isolamento social e a coesão entre os entes também estiveram em destaque. A cidade de Cuenca se prepara agora para avançar na flexibilização das medidas de isolamento. Segundo o prefeito Pedro Palacios Ullauri, a cidade vive um momento de contenção. “Trabalhamos a questão do isolamento, mas também entendemos a importância da sustentabilidade econômica. Então, é importante que as pessoas saiam de casa para trabalhar”, explicou.

Paute também está na fase de reativação da economia, o que tem exigido um planejamento específico das prefeituras. O prefeito Delgado pontuou ainda que vários casos de corrupção foram denunciados no país. Ele classificou como uma segunda onda da pandemia. A falta de entrosamento na política e, consequentemente, na implementação de ações públicas de combate ao novo Coronavírus foi rechaçada pela prefeita Rosalba Ciarlini. “Se não estivermos unidos, trocando ideias, somando esforços, quem perderá é a população, é a nossa cidade”, disse. O prefeito de Cuenca, Pedro Ullauri, seguiu as afirmações da prefeita brasileira, Carlini, e ressaltou que o momento é de união.

Ao finalizar a videoconferência, o prefeito Clécio Luís falou sobre as dificuldades da Região Amazônica e a necessidade do compartilhamento de informações para conter a pandemia. “O Equador faz parte da Amazônia, uma região que enfrenta enormes desafios. São desafios continentais com relação à pandemia, com grau de dificuldade ainda maior, por ser a terra onde vivem os povos indígenas, comunidades afro, uma diversidade específica dessa região. Acredito que, com essa troca de experiência, iremos aprender muito e tirar grandes lições no agora e pós-pandemia”, concluiu.

Secretaria de Comunicação de Macapá

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