Livro “alegrias e tristezas: estudos sobre a autobiografia de d. isabel do brasil” será lançado em Macapá

Uma produção editorial bastante rara de ser encontrada nas livrarias brasileiras. “Alegrias e Tristezas: estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil” é considerado o livro mais longo já escrito sobre a “Princesa Isabel” e um trabalho minucioso conduzido por Maria de Fátima Moraes Argon e Bruno da Silva Antunes de Cerqueira. A publicação já foi lançada em Petrópolis e Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); São Paulo (SP), Belo Horizonte e Juiz de fora (MG), São Luis (MA), além de Lisboa, Portugal.

O próximo lançamento oficial acontecerá na capital do Amapá. Macapá contará com uma apresentação exclusiva na próxima quarta-feira, 27 de novembro, às 19h, na Livraria Acadêmica, dentro do Macapá Shopping. O evento conta com o apoio do Instituto Cultural D. Isabel a Redentora (IIDI), da editora Linotipo Digital e da Livraria Acadêmica.

 

O livro, fruto de mais de vinte anos de pesquisas, contém muito material inédito para os leitores que, nas últimas décadas, foram apresentados a uma princesa ora alienada, ora inapta e, por fim, praticamente ausente do processo que levou ao fim da escravidão no Brasil. Fátima Argon mostra no texto sobre a “escrita de si” no percurso biográfico da “Redentora”, que ela era plenamente ciente de sua missão enquanto herdeira da coroa e futura imperatriz.

 

“Mesmo de modo discretíssimo, a Princesa agiu pelo fim da escravidão mais de uma década antes do 13 de maio de 1888. Evidências disso são as honrarias concedidas aos homens que pudessem fazer algo não somente pelos negros, mas pelos pobres em geral. As moedas de troca eram comendas das ordens imperiais e, algumas vezes, títulos de nobreza, o que ela chamava de ‘tartines’, que significam ’confeites’ ou ‘badulaques’, em cartas à Condessa de Barral”, comenta Fátima.

 

“A historiografia sobre a futura imperatriz foi enviesada por olhares masculinos, depois reproduzido até por historiadoras. Por outro lado, o catolicismo de D. Isabel é esmerilhado, sendo compreendido como parte de sua legitimação social enquanto governante e, também, de uma cosmovisão cristã que impregnava todos os seus atos”, acrescenta Bruno Antunes de Cerqueira.

 

Influência da imperatriz exilada

 

Documentos inéditos mostram que mesmo do exílio D. Isabel influiu na vida social brasileira, de modo restrito. Foi dela a “promessa”, em pleno momento do banimento da Família Imperial, de que no alto do Corcovado seria erguida uma estátua de Jesus. Suas súditas fiéis, no Rio de Janeiro, sobretudo a filha do Almirante Tamandaré, idealizaram o Cristo Redentor, na década de 1900, algo que absolutamente nunca se comentou. O monumento teria uma estátua em tamanho menor da princesa, como “redentora” do Brasil, o que ela mesma não incentivou.

 

O texto de Bruno A. de Cerqueira mostra ainda que, na França, a “imperatriz exilada do Brasil” trabalhou sempre pelas causas sociais e que seu nome era de absoluto prestígio nos movimentos de remissão de pessoas escravizadas na África. Até Marcel Proust a teria conhecido e nela teria se baseado, em parte, para idear a sua “Princesa de Parma”, uma das mais curiosas personagens de “Em busca do tempo perdido”.

 

A formação da princesa também ganha destaque em “Alegrias e Tristezas”, provando que estudou a vida toda, e que seu pai dizia que para ela se educar era que ele tanto se dedicava aos estudos. Um dos muitos fatos curiosos do exílio na França é saber que o mais importante professor de piano de D. Isabel, o maestro afro-cubano José White y Latiffe, que ela nomeara diretor do Conservatório do Rio de Janeiro, a acompanhou no banimento, sendo uma espécie de “mestre de capela” de sua corte, em Paris e no Castelo d´Eu.

 

Os autores

 

Nascido em Niterói (RJ), Bruno A. de Cerqueira graduou-se em História na PUC-RJ e pós-graduou-se em Relações Internacionais no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Graduou-se em Direito no UniCEUB. É especialista em genealogia dinástica, foi diretor de publicações do Colégio Brasileiro de Genealogia. Desde 2012 atua na Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, e, atualmente, auxilia a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas na formação dos novos servidores da entidade. Como advogado atua nas Comissões da Memória e da Verdade e dos Direitos Humanos da OAB/DF. Presta consultorias em diversas principalmente no que se refere à história da Monarquia e da realeza brasileiras, do abolicionismo, do isabelismo e da participação das mulheres na política oitocentista. Em 2001, fundou o Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora.

 

Natural de Paraíba do Sul (RJ), Maria de Fátima Moraes Argon é graduada em História pela Universidade Católica de Petrópolis e Arquivologia pela UniRio, além de contar com uma e pós-graduação em História do Brasil pela Universidade Cândido Mendes. Trabalhou no Museu Imperial / IBRAM, de 1980 a 2018, tendo coordenado projetos como a organização de publicações técnicas, seminários e exposições. É autora de diversos artigos, publicações e CDs sobre os temas a Família Imperial, História de Petrópolis, História da Fotografia e Arquivos.

 

*SERVIÇO:

 

Lançamento de Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil

Data: 27/11/2019

Livraria Acadêmica

Macapá Shopping – 216, 2ºPiso

  1. Leopoldo Machado, 2334, Trem, Macapá/AP

(96) 98118-1835*

 

FICHA TÉCNICA

 

Livro: Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil

Páginas: 888 páginas e mais de 70 ilustrações

Editora: Linotipo Digital, em parceria com o Instituto Cultural D. Isabel a Redentora

Dimensões: 23.50cm x 16.50cm x 5.50cm

Edição: 1

Encadernação: Capa dura, com guardas ilustradas e coloridas

Peso: 1558 gramas

Idioma: Português

ISBN: 978-85-65854-25-2

Ano de publicação: 2019

Preço: R$ 150,00

Vendas: https://www.linodigi.com.br/produto/alegrias-e-tristezas-29  ou (11) 3256-5823

 

Informações à Imprensa:

[email protected]

Marcos Oliveira – (11) 962208491

[email protected]

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