Governo do estado informa que está desativando os Centros Covid e que a doença está controlada no AP

 

Numa ação planejada para ocorrer em etapas, o Governo do Amapá iniciou a desativação dos Centros de Atendimento Covid 1, 2 e 3, que são gerenciados pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) – Organização Social de Saúde (OSS) paga para tratar pacientes graves de coronavírus. Com a desmobilização dos três centros, casos de internação serão concentrados no Centro Covid HU, que pode absorver com folga a demanda já estabilizada com sua atual capacidade total de 120 leitos, com 32 Unidades de Terapia Intensiva (UTI).


A decisão levou em consideração critérios técnicos de recuo do vírus no estado nas últimas 6 semanas, a necessidade de retomar procedimentos de saúde que foram reduzidos com a concentração de recursos e ações na pandemia, além dos altos desembolsos financeiros para manter os Centros Covid em funcionamento, levando em consideração que nos últimos 45 dias essas unidades estavam ficando praticamente ociosas.

Com a desativação dos centros, o Amapá aumentará novamente o fluxo dos serviços diminuídos durante a pandemia, como é o caso das cirurgias e exames eletivos que geraram demandas reprimidas no Hospital de Clínicas Alberto Lima, principal unidade de alta complexidade do estado.

Há ainda a necessidade de colocar em funcionamento a maternidade da zona norte, que abriga o Centro Covid 2.
A desativação das unidades também leva em conta a questão orçamentária e financeira da secretaria, que precisa direcionar investimentos para outras áreas regulares de assistência à saúde, além do retorno dos serviços suspensos durante a pandemia, como é o caso das cirurgias e exames eletivos que geraram demandas reprimidas.
O Estado mantinha os três Centros Covid com aproximadamente R$ 9,8 milhões mensais.

Covid HU

Com a desmobilização dos três centros, o atendimento a pacientes acometidos pela doença causada pelo novo coronavírus, em Macapá, será concentrada no Centro Covid HU, instalado em uma das alas do Hospital Universitário.

Nas últimas seis semanas, o Amapá registra queda na taxa global de ocupação dos leitos, que se manteve estabilizada entre 35% e 45%, o que representa uma média de 60 casos, com 18 de UTI. Essa demanda pode ser absorvida com folga pelo Covid HU, cuja a atual capacidade total é de 120 leitos, sendo 32 destes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Covid 1
O fechamento começou a ser feito em 9 de setembro. O espaço passará por adequações e vai receber toda a estrutura da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Uncacon) – com os atendimentos que já realiza de consultas ambulatoriais na área de oncologia, tratamento quimioterápico, pronto atendimento (urgência e emergência) para pacientes oncológicos.

O local onde atualmente está localizada a Unacon – no segundo andar do hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal) – vai concentrar a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hcal que passará a contar com 23 leitos clínicos e cirúrgicos de UTI e 4 de semi-intensivo.

Centro de Doenças Transmissíveis (CDT) que funcionava no Covid 1 antes da pandemia do novo coronavírus vai para o Ambulatório B, dentro do complexo do Hcal.

Já o atendimento do Ambulatório B, que concentra consultas de especialidades será transferido para o Ambulatório da Unifap, com exceção das consultas com oftalmologistas, psiquiatras, pneumologistas e nefrologistas que já acontecem nas respectivas clínicas. A tratativa já estava sendo articulada entre a secretaria e a universidade, no entanto devido a pandemia foi adiada e agora será consolidada. O setor de nutrição da CAF que faz a dispensa do Leite Especial e o laboratório de patologia vai para o Ambulatório D.

Covid 2
Fechamento iniciou nesta quarta-feira, 30. O espaço já passa por adequações que são necessárias para o funcionamento como Maternidade. Segundo a Seinf, até 30 de outubro os serviços devem ser finalizados. Então a Sesa entrega a estrutura – que já conta com boa parte dos equipamentos e mobiliários hospitalares – para a Organização Social de Saúde (OSS) que vai gerenciar para que o local cumpra de fato com a finalidade de ser uma Maternidade de Risco Habitual. Fortalecendo a rede de cuidado materno infantil e desafogando o Hospital da Mulher Mãe Luzia.

As obras da Maternidade Bem Nascer na zona norte de Macapá seguem paralelo aos atendimentos no Centro do Covid 2, instalado provisoriamente em parte da estrutura. Ao final da pandemia a meta do Governo é transformar o espaço na principal maternidade do estado.

A estrutura vai ter capacidade para realizar 620 partos por mês entre normais e cesáreas. Além disso, a maternidade terá espaço para 36 internações de cuidados neonatais, 108 observações, 1,2 atendimentos de urgência e emergência, testes do pezinho, orelhinha e coraçãozinho.

O prédio que já estava 80% concluído passa por adequações para que a obra seja finalizada e entregue. Os serviços se concentram agora na construção de uma cozinha industrial, vestiário de funcionários, rampa de acesso ao Centro de Tratamento Intensivo, CTI e adaptações no Centro de Material Esterilizado.

O prédio conta com elevador. Porém, existia uma exigência do Corpo de Bombeiros para construção da rampa que será uma rota de fuga para retirada dos pacientes do CTI em caso de emergência.

Inicialmente o orçamento dos serviços era de R$7 milhões e 500 mil reais. Com as adaptações houve um acréscimo de R$6milhões e 200 mil reais.

Segundo a Seinf, a previsão de finalizar a obra e entregar para a Sesa, é 30 de outubro. Após a Sesa cumpre com os ritos burocráticos e faz a entrega do prédio para a OSS (PróSaúde) que vai gerenciar a maternidade.
A maternidade zona norte vai impactar diretamente a rede de assistência materno – infantil no estado. Serão mais de 50 leitos e uma maternidade pensada com todas as orientações que o Ministério da Saúde e a Associação Obstétrica Brasileira estabelecem. Vai trazer um novo marco para a saúde do estado.

Com o funcionamento do espaço, a SEINF vai poder avançar com as obras da Maternidade Mãe Luzia, no Centro de Macapá.

 

Covid 3
A estrutura foi adaptada e transformada em Centro de Apoio ao Hospital de Santana – devido ao princípio de incêndio ocorrido no fim de agosto. Absorveu as demandas de internação clínica e cirúrgica e de UTI adulto, internação puérpera e recém nascidos (mãe e RN). Estão disponíveis 44 leitos, 24 clínicos e 20 de UTI a equipe profissional de executa as atividades no local é do próprio Hospital de Santana.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Juan Mendes, a Sesa trabalha em um planejamento para implantar leitos de isolamento nas unidades hospitalares exclusivas para covid-19. E o Centro de Doenças transmissíveis (CDT) será referência para internação de pacientes acometidos com a covid-19 – por já se tratar de uma unidade de isolamento.

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