Leia a matéria do governo com a justificativa para estender o estado de emergência e balanço de seis meses da gestão do secretário Pedro Leite.
O Governo do Estado do Amapá anunciou nesta quarta-feira, 22, a prorrogação da situação de emergência na Saúde pública do Amapá, por mais 180 dias, conforme o Decreto nº 3668/2015. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) permanece com o trabalho para mudar o cenário de desassistência à população e vencer o colapso financeiro instalado.
Durante o anúncio, o secretário de Estado da Saúde, Pedro Leite, apresentou o balanço dos seis primeiros meses de trabalho, especialmente no período de 180 dias emergenciais, bem como as conquistas alcançadas e as dificuldades que ainda existem.
Leite explicou que o motivo da prorrogação do período do estado de emergência foi a situação orçamentária e financeira. Segundo ele, o orçamento deixado para este ano é de R$ 622 milhões, sendo que a gestão passada deixou uma dívida de R$ 333 milhões, consolidados nos últimos quatro anos, dos quais 180 milhões somente no ano de 2014.
“A dívida herdada, aliada ao cenário de crise econômica muito grande que atravessa o país, prejudica os avanços. 75% dos recursos da saúde do Estado vêm da União, parte do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e outra da Média e Alta Complexidade do SUS”, disse.
Foto: Márcio Pinheiro/Agência Amapá
Pedro Leite explicou que o orçamento deste ano para a Saúde é de R$ 622 milhões, mas a gestão passada deixou uma dívida de R$ 333 milhõesCom o decreto estendido até dezembro deste ano, a Sesa terá maior flexibilidade de negociação com os fornecedores, poderá prorrogar contratos temporários, agilizar o processo de compra de medicamentos e correlatos e buscar auxílio financeiro junto ao Ministério da Saúde. “Nós temos que dar encaminhamento às obras, a contratação de recursos humanos, compras de novos medicamentos, mobílias e correlatos, mas para isso precisamos de tempo”, explicou Leite.
Segundo ele, além disso, a secretaria está em fase de construção do Plano Estadual de Saúde 2016-2019, que será apresentado em agosto. Nele estão traçadas as diretrizes técnicas a serem desenvolvidas em curto, médio e longo prazo para sanar os principais gargalos da saúde pública nos próximos quatro anos.
180 dias
Segundo o balanço, os seis primeiros meses de trabalho estiveram voltados à organização da gestão com a consolidação do fluxo de atendimento, regulação de leitos e protocolos, para dar condições ao funcionamento do sistema e geração de recursos por meio dos atendimentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estadual.
“Quando assumimos a gestão, os veículos de comunicação já evidenciavam o caos que encontraríamos na Saúde. Recebemos a pasta sem dinheiro, endividada e com a rede completamente devastada”, explicou Pedro Leite, lembrando que encontrou profissionais desestimulados, carência de médicos, desabastecimento de medicamentos e correlatos e equipamentos quebrados.
Na área de Assistência à Saúde, foram abastecidas as farmácias hospitalares com a compra de medicamentos, e, com a reativação do serviço de marcação de consultas, mais de 50 mil pessoas puderam ser atendidas. Serviços de exames como os de endoscopia e ultrassonografia foram reativados, além do Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), com investimento até junho de R$5.549.065,98 em passagens áreas e R$ 1.101.381,41 em auxílio financeiro.
Em seis meses, a Sesa realizou 1,5 mil cirurgias ortopédicas e reativou 43 leitos no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), o que possibilitou ampliar a capacidade de internação de 58 para 101 leitos. “Trabalhamos para fazer funcionar os serviços que estavam parados e organizar a gestão”, completou o secretário.
Com relação às 21 obras deixadas paralisadas pela gestão anterior, por inadimplência, seis foram retomadas: Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul e de Laranjal do Jari; a reforma e ampliação dos Hospitais da Mulher Mãe Luzia (HMML) e de Clínicas Alberto Lima (HCAL); o Hospital da Criança e Adolescente e Pronto Atendimento Infantil (HCA/PAI) e o Hospital de Santana estão em pleno desenvolvimento e devem ser concluídas até dezembro deste ano.
4 Comentários para "Eita. Governo do Estado estende por mais 180 dias situação de estado de emergência na saúde do Amapá"
Nunca visto antes, na historia deste Estado, um ano de estado de emergência.
Eles gostam de fazer história. Nunca antes, na historia deste Estado tantas prisões de autoridades tinham ocorridas.
Ocorrido
Temos que confiar, pois ele vai fazer o dobro do que fez nos primeiros 180.
To sentindo cheiro de corrupção no Ar.