Com a maior incidência de casos confirmados do novo coronavírus no país, o Amapá está sem médicos suficientes para dar conta da demanda de atendimentos na rede pública estadual. Para suprir a carência, o governo avalia a contratação de médicos cubanos ou de brasileiros com graduação no exterior, mas que ainda não passaram pelo Revalida – teste que reconhece diplomas de medicina emitidos em outros países.
No último edital lançado no fim de abril, das 115 vagas ofertadas para médicos, apenas 14 foram preenchidas, segundo o Ministério Público (MP) do Amapá, que entrou ontem na Justiça com uma ação que pede para o governo local ser obrigado a contratar médicos, incluindo intercambistas, para tratar de pacientes com covid-19.
Em nota emitida anteontem, o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Amapá se diz “totalmente contra” a possibilidade estudada pelo governo local. “Tínhamos o impedimento [de contratar médicos cubanos] que é uma recomendação do CRM. Fizemos o primeiro edital e foram poucos médicos [inscritos]. Estamos lançando mais um para médicos do Brasil. Agora, estamos tratando com o Ministério Público e a Justiça para que os próximos editais abram para profissionais que atuaram como médicos da família. Isso inclui não apenas cubanos, mas também todos os não brasileiros e brasileiros sem registro no CRM”, declarou o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), em entrevista da edição de anteontem, à…