Deputado Camilo Capiberibe protocola pedido de afastamento do governador Waldez Góes

O deputado federal Camilo Capiberibe (PSB/AP) protocolou nesta segunda, 18, na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), no Ministério Público do Estado do Amapá e na Procuradoria Geral da República, em Brasília, um ofício solicitando que se abra processo para afastamento imediato do governador Waldez Góes do cargo, após a condenação proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“O Amapá está abandonado pois, nesses 11 meses de governo, o chefe do Executivo esteve mais preocupado em se defender nos processos do que governar. Agora que está condenado, esse abandono só tende a aumentar”, alerta o autor do pedido de afastamento. “Que o governador Waldez possa, fora do cargo, se dedicar a sua defesa e a tentar provar sua alegada inocência sem comprometer a vida do povo do Amapá, que não tem culpa dos infortúnios pessoais do governador”, completa Camilo.

 

Condenação – Waldez foi condenado pelo STJ nesta quarta, 06, na Ação Penal 814, a pena de 6 anos e 9 meses de prisão no regime semiaberto; pagamento de R$ 6,3 milhões atualizados ao estado do Amapá, além da perda do cargo. A Ação trata da denúncia contra Waldez por ter desviado para outros fins, nos anos de 2009 e 2010, os recursos das parcelas dos empréstimos consignados descontadas do contracheque dos servidores do Amapá e que deveriam ser pagas às instituições financeiras.

Em 2012, servidores do estado do Amapá apresentaram denúncia ao Ministério Público Estadual depois de serem cobrados pelas instituições financeiras por não pagarem as parcelas dos empréstimos consignados. O dinheiro era descontado do contracheque do servidor mas o governo do estado não repassou aos bancos, nos anos de 2009 e 2010. Os servidores ficaram com os nomes negativados, sem acesso ao crédito regular.  “Faz 4 anos que os servidores do estado do Amapá estão nas mãos dos agiotas por que não têm mais o direito ao empréstimo consignados, que é um juro muito mais baixo”. Em 2018, servidores protestaram em frente ao Palácio do Setentrião por que a situação voltou a se repetir.

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