Bioparque da Amazônia: um refúgio da flora e fauna em Macapá

Em 22 de maio é comemorado o Dia Internacional da Biodiversidade. A data busca destacar a importância da diversidade biológica e também a necessidade da proteção sistemática em todos os ecossistemas do planeta. Macapá possui um dos maiores centros de biodiversidade do país, o Bioparque da Amazônia. O parque tem 107 hectares de área que integra três ecossistemas com variedades de animais e vegetais.

O Bioparque da Amazônia está localizado no distrito de Fazendinha, distante 15 minutos do Aeroporto Internacional de Macapá e do Porto de Santana. Inserido em uma área de intersecção entre os dois maiores recortes florestais da área urbana da capital, tem o vale do Igarapé da Fortaleza, com seus tributários e as florestas de várzea que acompanham as bordas do rio Amazonas, desde o bairro do Araxá até a APA da Fazendinha.

Situado na região mais densamente povoada do estado, o Bioparque da Amazônia, inaugurado em outubro de 2019, depois de permanecer fechado ao público por 20 anos, volta a cumprir um importante papel social e ambiental, sendo um santuário de diversas espécies da fauna silvestre, que encontram condições de alimentação, reprodução e refúgio em uma área dividida entre manchas de cerrado, campos inundáveis e, sobretudo, o último resquício de floresta amazônica de terra firme da capital.

“A Amazônia é o maior centro de biodiversidade do país. No Brasil, existem cerca de 103 mil espécies de animais e 43 mil de vegetais registrados até o momento. O Dia Internacional da Biodiversidade vem justamente trazer essa reflexão sobre a proteção dos ecossistemas, que sofrem grandes ameaças. Dentre elas, o desmatamento em larga escala e caças predatórias”, relata Richard Madureira, diretor-presidente da Fundação Bioparque da Amazônia.

O Bioparque é uma área de preservação ambiental da biodiversidade, possui seis trilhas ecológicas, localizadas em área terrestre e também uma trilha aquática, ou seja, área de ressaca, onde os visitantes podem contemplar e integrar-se à biodiversidade. Existe também o Jardim Sensorial, onde os visitantes com deficiência visual podem sentir as diferentes texturas e cheiros das plantas, com variedades de espécies medicinais. Outra atração é o Memorial das Orquídeas, de Teresa Leite Chaves, que possui 242 espécies de orquídeas e 74 de bromélias.

E falando em biodiversidade, não poderíamos deixar de destacar o Ecótono, que é o encontro de três ecossistemas formados por florestas de terra firme, cerrado e campos inundados. Além de ter como uma das principais atrações o Meliponário, que abriga abelhas sem ferrão, que são as principais polinizadoras da floresta amazônica, onde a produção dos frutos depende desses insetos.

Atualmente, o Bioparque da Amazônia abriga aproximadamente 60 animais, como a onça pintada, jacaré, peixe-boi, macacos, urubu-rei, entre outros. Alguns dos animais existentes são provenientes de resgates e estão recebendo tratamento adequado, para, posteriormente, serem reintegrados em seu habitat natural. Outros fazem parte do plantel desde a sua criação, quando ainda era chamado de Parque Zoobotânico Municipal.

Neste generoso espaço da natureza, é possível também se praticar o ecoturismo com dezenas de atividades que objetivam integrar o homem à natureza, e despertar cada vez mais o sentimento de pertencimento e da necessidade de preservação para a atual e futuras gerações. Projetos e parcerias com diversos órgãos e instituições tornam evidentes os objetivos da gestão em trabalhar a preservação, o lazer, o desenvolvimento sustentável, de forma a tornar o Bioparque da Amazônia no maior centro de pesquisa e difusão do conhecimento do estado do Amapá.

Devido à pandemia ocasionada pela Covid-19, o Bioparque da Amazônia mantém-se fechado para visitação, de acordo com o Decreto nº 1.654/2020, que suspende as visitas monitoradas e a presença do público em geral no parque.

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