Amostras de pacientes suspeitos de Coronavírus ainda não foram enviadas a laboratório

Fonte: G1 Amapá

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá informou nesta terça-feira (17) que as amostras de escarro dos seis pacientes suspeitos de estarem com Covid-19, em Macapá, ainda não foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará, responsável pela análise do material, que indicará, ou não, a presença do novo coronavírus nessas pessoas. Não há casos confirmados da doença no estado.

De acordo com o órgão, a responsabilidade do transporte é do Ministério da Saúde (MS), que ainda não enviou à Macapá a aeronave que fará o deslocamento. Segundo a SVS, o pedido foi solicitado na sexta-feira (13), logo que o primeiro caso suspeito foi confirmado.Em

ota, o MS disse que realiza o transporte das amostras de maneira suplementar, mas que não é uma ação de exclusividade da pasta. No texto, também é citado que estados têm contratado transportadoras próprias.

“O Ministério da Saúde realiza de maneira suplementar o transporte de amostras de interesse da vigilância em saúde de modo a garantir a realização dos exames de doenças de notificação compulsória (obrigatória). O transporte de amostras biológicas não é exclusividade da pasta. Os estados têm contratado sua própria transportadora. O Ministério da Saúde autoriza o transporte mediante solicitação e justificativa dos Laboratórios Públicos Centrais [LACENs]. Cabe ressaltar que todas as amostras para diagnóstico de coronavírus estão sendo transportadas como prioridade para os laboratórios de referência”, informou a nota.

O superintendente da Vigilância em Saúde do estado, Dorinaldo Malafaia, informou que o governo estadual já notificou o MS sobre o atraso. Uma das soluções para o problema, segundo Malafaia, seria a realização dos exames na capital. A expectativa da SVS é que isso ocorra em 10 dias.

Para isso, um técnico do Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen) já foi capacitado no Instituto Evandro Chagas e foi solicitado 384 kits de diagnóstico da doença junto ao MS.

“Já capacitamos o nosso técnico, já solicitamos uma empresa para fazer manutenção de um equipamento que nós precisamos para isso e também solicitamos ao MS a liberação e os kits para fazer o diagnóstico. Em pouco tempo teremos essa autonomia para fugir dessa dependência”, afirmou o superintendente.

Uma segunda alternativa pensada pelo órgão é a realização dos exames em um laboratório da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Com o atraso, o prazo para o resultado dos exames, informado pelo laboratório de que seria de 7 dias, será prorrogado, confirmou Malafaia.

“Esse prazo vai ser dilatado porque o MS não veio e não cumpriu a sua parte que era o recolhimento das amostras. Por isso que nós queremos ter autonomia nesse sentido para poder fazer isso em 24h”, afirmou o superintendente.

O diretor executivo de Vigilância Laboratorial do Lacen, Gelmirez de Queiroz, explicou que são quatro laboratórios referenciados pelo MS para realização das análises. O Instituto Evandro Chagas é um deles e atende a demanda das regiões Norte e Nordeste.

Queiroz destacou que o Lacen do Amapá segue o fluxo do MS, que orienta o laboratório estadual receber a coleta dos materiais vindos das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais e comunicar o ministério sobre o recolhimento das amostras para envio até o laboratório de referência.

“A gente obedece o fluxo do MS. Ficou referenciado aos Lacens a coleta do material que vêm das UBSs ou unidades hospitalares. A partir disso, o Lacen comunica o MS que tem como função fazer o recolhimento dessas amostras e enviar até o laboratório de referência da região”, detalhou o diretor executivo.

Ainda segundo Queiroz, as amostras estão sendo condicionadas pelo lacen dentro das normas técnicas e aguardando somente o recolhimento pelo MS.

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