A juventude brasileira quer participar, quer ser ouvida, quer construir um novo tempo.

 Por Alex João Costa Gomes – (Bacharel e Licenciado em História-UNIFAP 2001)

 

“A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar nosso futuro.” (Che Guevara).

É com essa citação do idealista e revolucionário Ernesto Guevara de La Serna que iniciamos essa instigação sobre nossa juventude e sua participação política e social no Brasil moderno, assim verificaremos de maneira superficial a forma como se porta nossos jovens frente às aflições de seu tempo. A juventude tem um papel fundamental em nossa sociedade, ela é a ligação entre ciclos de vida, do novo (criança e adolescente) para o velho (adulto), sendo que jamais nossa juventude se furtou a participar das questões políticas e sociais do Brasil, principalmente com o término da sociedade paternalista no contexto histórico brasileiro, que de uma forma ou de outra definia o comportamento juvenil.

No contexto mundial os jovens tem grande relevância no que tange as inquietações da sociedade, isso não é diferente em nosso país. Atualmente o jovem não se prende a Instituições e sim a movimentos práticos de reivindicações, ficou bem claro na pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas em 2005, constatou que 70% dos jovens entrevistados em oito regiões metropolitanas, não se envolvem em partidos políticos, sindicatos ou associações e não participam de ações de mobilização social. Contudo, verificou-se que nossos jovens participam sim quando incitados ou influenciados diretamente de alguma maneira que prejudique a vida dos mesmos nas relações sociais vigentes. Dessa forma, o envolvimento político e social da juventude brasileira se da através do engajamento em causas do que em Instituições. Podemos utilizar como exemplo contemporâneo os “caras pintadas”, pois a juventude sendo incitada e vendo-se atingida por uma ação negativa do ex-Presidente Collor de Melo, foi as ruas pedir oVocê marcou isto com +1 publicamente. Desfazer

impeachment do então Presidente da República.

No mundo moderno, onde as transformações ocorrem a uma velocidade tão rápida, não há como analisar uma sociedade e suas mais variadas relações sociais sem pontuar a participação e o comportamento dos jovens nesses contextos especificos. Ao analisarmos políticas públicas para a juventude brasileira, observamos que essas ações governamentais ganham força na década de 90, mas ganham consistência mesmo nos mandatos dos Presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e principalmente no Governo de Luis Inácio Lula da Silva (PT) através do Pro Jovem, contudo, essas ações positivas não traduz uma resposta eficiente às demandas juvenis.

A família, a escola e o poder público em suas várias esferas, devem possibilitar aos nossos jovens uma integração mais efetiva nas decisões, quer sejam elas mínimas ou macros. O jovem quer participar, quer educação de qualidade, quer renda e ocupação, quer sentir-se participe da construção de uma sociedade melhor, temos percebido isso quando analisamos o uso das novas tecnologias digitais, principalmente nas redes e mídias sociais, onde os jovens tem cada vez mais assumido uma postura ativa, sendo um agente transformador e construtor da realidade, interagindo efetivamente com o mundo, não podemos perder de vista o imaginário juvenil, pois é através desse que iremos conhecer o que pensa e quer o jovem brasileiro para o nosso país. Não podemos permitir que essa argila, que é a nossa juventude, deixe de ser trabalhada no sentido de modificar positivamente o nosso Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *