7 de Junho: Dia Nacional da Liberdade Imprensa e o alerta para o Autoritarismo

 

Neste 7 de junho, Dia Nacional da Liberdade Imprensa, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) se une às entidades de classe da categoria dos jornalistas para denunciar a série de ataques à liberdade de expressão, de imprensa, de opinião e de pensamento que tem ocorrido no Brasil desde o início do governo Jair Bolsonaro.

 

 

O envolvimento do Presidente da República no aumento dessas violências é comprovado nos levantamentos realizados pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). No entendimento da diretoria colegiada do Sinpro-DF, não é dia de celebrações e homenagens quando, em 2020, a violência contra jornalistas cresceu 105,77%, em relação a 2019, com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) liderando os ataques.

A informação está no Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2020, elaborado pela Fenaj, lançado em janeiro de 2021. O estudo comprova que 2020 foi o ano mais violento desde o começo da década de 1990, quando a entidade começou a série histórica. Em 2020, houve 428 casos de ataques, incluindo aí dois assassinatos.

 

Além do aumento de casos de agressões verbais e ataques virtuais, com o crescimento de 280%, em 2020, em comparação com 2019. O aumento também bastante expressivo nas categorias de censuras (750% a mais) e agressões verbais/ataques virtuais (280% a mais). Os jornalistas passaram a ser agredidos por populares e houve aumento nos casos de agressões físicas e de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, o que também é muito preocupante na avaliação da federação. O relatório mostra que as agressões físicas eram a violência mais comum até 2018, depois diminuíram em 2019 e, em 2020, cresceram 113,33%.

 

Os episódios de cerceamento à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais subiram 220%: de cinco, em 2019, aumentaram para 16 casos, em 2020. Um exemplo são os casos do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, condenado à prisão pelo livro-reportagem A Privataria Tucana, e do professor de jornalismo do Rio Grande do Sul, Felipe Boff, agredido, verbalmente, durante discurso em uma colação de grau.

 

Em pleno ano da pandemia, quando todos os países reconhecem oos profissionais e o jornalismo como atividade essencial, o Brasil destoa com ataques sistemáticos à liberdade de imprensa, ao exercício da profissão e com perseguição de jornalistas que denunciam os absurdos. Até a obsoleta Lei de Segurança Nacional, um instrumento autoritário da derrotada ditadura militar, foi usada para enquadrar jornalistas e impedir o livre exercício da profissão.

 

O Sinpro-DF também se solidariza com a Fenaj e alerta para as péssimas condições de trabalho, demissões, péssimos salários, pressões políticas, econômicas e a crescente violência contra profissionais de comunicação como forma de minar a democracia no País.

Fonte: SINPRO-DF

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