Emoção no lançamento de livro com a história da fuga e exílio de Capi e Janete

O primeiro da série de lançamentos programados do livro “Florestas do meu Exílio” aconteceu em noite de emoção e registro histórico, na última sexta-feira, no SESC Pompéia, em SP.

O autor, senador João Capiberibe, ex-governador do Amapá, ex-prefeito de Macapá, conta no livro a saga que viveu com a esposa Janete, a filha Artionka, então um bebê, no período na ditadura militar no Brasil, quando foi preso e empreendeu fuga pelos países da América do Sul, que também estavam caindo nas mãos de ditadores. No Chile, nasceram os gêmeos Camilo, hoje governador do Amapá e Luciana. Golpe militar também no Chile e o casal com três filhos pequenos conseguiu asilo político no Canadá, onde viveram alguns anos, até se juntarem a um grupo de militantes dispostos a ajudar na construção de Moçambique, que tinha conquistado sua independência. A família ficou nesse país até a anistia, em 1979, quando voltou ao Brasil, mas ainda sofrendo as perseguições dos últimos anos da ditadura no país.

O livro é um relato lindo, bem escrito e emocionante. A história do casal de militantes amazônicos, contada em detalhes, recheada com incríveis histórias de amor, solidariedade e aventura. Estou lendo. E é daqueles livros que a gente não consegue largar.

Quase na hora do lançamento, o autor João Capiberibe escreveu em seu twitter:

@joaocapi “@alcileneblog Estou a caminho do Sesc Pompéia, não dá pra driblar a emoção!”

Meus filhos, Ricardo e Gabriel, foram ao lançamento do livro em São Paulo, vivenciar esse momento e abraçar Capi.

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A escritora Ana Miranda escreveu sobre o livro de Capi

“Florestas do meu exílio. Além de contar criteriosamente a saga vivida pelo casal, com sua filhinha, entre fugas dramáticas, perseguições, torturas de naturezas várias, vidas subterrâneas que fazem lembrar as cenas mais terríveis de Dickens, Conrad, Victor Hugo, até mesmo Graciliano Ramos ou Kafka, o livro tem outra virtude: revela um Brasil e uma América Latina “que poucos conhecem em todo seu encanto e rudeza, entre florestas, cumes andinos, pueblos, vinhedos, com suas canções, insurreições, fomes, tragédias e soluções de vida”, como escrevi nas orelhas do livro. “Vemos vilezas e horrores, mas também o dom humano de amar, apoiar, acreditar, lutar por um ideal; pessoas que nada possuem e são capazes de doar, desafiar gigantes, arriscar suas vidas”.

Outro lado bonito do livro Florestas do meu exílio é a voz do autor. Mesmo numa situação tão extrema, é uma narrativa sensata, íntegra, aguda, capaz de compreender as razões mais profundas dos sistemas e das pessoas, não apenas as almas que auxiliam, como o lado mais vil da fome dos lobos. Uma voz paciente, corajosa, obstinada, moderna, que ainda sonha e acredita.

 

*Ana Miranda é escritora premiada, autora, entre outros, dos romances Boca do Inferno e Dias & Dias, ganhadores do Premio Jabuti de literatura.

  • O mais impressionante é que os capiberibes ficaram no poder mais de dez anos e não virão que só tinha um hospital uma maternidade e um aeroporto de puxadinho e continua a mesma coisa. O seu filho esquece que seu pai já governou todo esse tempo que não foram poucos.Livrai nos Senhor.

  • Sobre investimento nada melhor que buscar uma fonte acima de qualquer suspeita, no caso, o balanço contábil do GEA. De 2003 a 2010 o governo do Waldez investiu 518 milhões, nos dois anos, 2011 e 2012, do governo Camilo, foram investidos 636 milhões de reais. Esse ano os investimentos são maiores ainda, mas é preciso ter um pouco de paciência, obras como Macababa, Norte-Sul ou estádio Zerão, não acontece da noite para o dia.

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