Governo do Estado passa a oferecer tratamento de hemodiafiltração para pacientes renais crônicos

A hemodiafiltração promove melhor filtragem de toxinas existentes no organismo, o que melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes nefropatas.

A partir da quinta-feira, 25, o Governo do Estado passa a disponibilizar aos pacientes renais crônicos o tratamento de hemodiafiltração, que substitui a função dos rins na filtragem de toxinas existentes no organismo. O Amapá será o primeiro estado do norte a dispor deste tipo de terapia de alto custo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de convênio firmado com a empresa Uninefro.

Os pacientes nefropatas podem ter acesso ao tratamento por meio de encaminhamento das unidades hospitalares de alta complexidade, como o Hospital de Emergência (HE) e Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Hcal).

O diferencial da hemodiafiltração para a hemodiálise – já disponibilizada na rede de saúde do Estado – é a capacidade de eliminar quantidades elevadas de substâncias tóxicas moleculares maiores e também danosas, mas que são pouco filtradas na diálise tradicional. A eficiência da hemodiafiltração está no processo conhecido como “convenção”, que “arrasta” toxinas e o excedente de água para fora do sangue.

Segundo o enfermeiro nefrologista e diretor técnico da Uninefro, João Antônio, a máquina que desempenha o tratamento é de procedência europeia e possui mecanismos que aumentam a segurança dos pacientes. Por ser de alta tecnologia, o aparelho desempenha as funções por meio de inteligência artificial controlada por comandos manuais.

Toda a equipe de assistência à saúde dos pacientes nefropatas passou por treinamento para lidar com a estrutura que possui alarmes que notificam especificidades biológicas e travas de segurança para evitar intercorrências, como entrada de ar, que pode ser prejudicial. É um grande avanço para a área da nefrologia no Estado”, completou.

Benefícios para o paciente

A médica nefrologista Gracilene Lobato afirma que a hemodiafiltração oferece maior qualidade de vida aos pacientes renais crônicos, pois, com a maior remoção de toxinas, as quedas de pressão são menos frequentes, o que interfere menos no cotidiano do paciente. Além disso, esta forma de tratamento acarreta menos complicações cardiovasculares.

“Alguns pacientes nefropatas consideram um dia de hemodiálise como perdido por conta do mal-estar gerado após as sessões. Esta nova modalidade de terapia não apresenta as mesmas consequências aos pacientes, o que permite que eles consigam desempenhar as tarefas da rotina”, disse a médica.

Atualmente, o Governo do Amapá possui duas clínicas de nefrologia: uma no do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), em Macapá, e a Clínica da Vida Lourival Duarte Brandão, que funciona no complexo do Hospital Estadual de Santana.

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