PF reprime o câmbio ilegal no Oiapoque

A Polícia Federal (PF) no Oiapoque cumpriu na manhã desta sexta-feira (16), dois mandados de busca e apreensão em face de suspeito de crime contra o sistema financeiro na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, território francês ultramarino.


A Operação Échanger decorre de investigações que demostraram como é realizada a venda ilegal de moeda estrangeira no município mais setentrional do país, inclusive como forma de instrumentalizar o delito de promoção de migração ilegal.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na cidade de Oiapoque – Amapá, em dois endereços relacionados a um investigado que, além de responder por outros crimes, opera atividade financeira cambial sem autorização do Banco Central do Brasil, supostamente se valendo de pessoa jurídica.


O nome da operação faz alusão a palavra “câmbio”, em Francês, já que as investigações buscam combater a venda ilegal de euros oriundos da Guiana Francesa, região de fronteira com o Oiapoque e que é território ultramarino da França.

PF apura ainda a participação de outros integrantes na prática do crime de câmbio ilegal. Se condenado, o investigado poderá cumprir pena de até 4 anos de reclusão.
Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

Polícia Federal desarticula organização criminosa voltada ao tráfico internacional de armas e migração ilegal no Amapá

 A PF deflagrou nesta quinta-feira (19), nos municípios de Oiapoque/AP,
Calçoene/AP, Mazagão/AP e Macapá/AP, as Operações Tucson e Calibre*. O objetivo é
desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de armas e munições
oriundas da Guiana Francesa para o Amapá, além da promoção de migração ilegal para o Estado.


Cerca de 50 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de
prisão preventiva. As investigações iniciaram-se a partir de uma prisão em flagrante ocorrida em
setembro de 2021 no município do Oiapoque, quando 10 haitianos foram transportados para o
Brasil de forma ilegal.
Foi constatada a existência de um grupo voltado para a prática da migração ilegal, em que o
responsável contatava as pessoas que executavam a travessia dos estrangeiros, além de
fornecer todo o aparato para que permanecessem no país, inclusive a estada temporária e o
câmbio ilegal.

Após os acertos financeiros, um segundo membro organizava a logística para transitar as
pessoas, em sua maioria haitianos, para o território nacional. A PF constatou que alguns dos
indivíduos eram contumazes nessa prática criminosa e, por diversas vezes, utilizavam carros
alugados na tentativa de dificultar a ação policial.

Além disso, os outros membros do grupo atuavam nos portos cooptando pessoas e fazendo a
finalização do transporte em embarcações de Macapá para Belém e outras cidades. Para
aproveitar as viagens, o grupo diversificava a atividade criminosa, com a compra de armas e
munições oriundas da Guiana Francesa.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas e munições,
organização criminosa e promoção de migração ilegal, e se condenados, as penas podem chegar
a 32 anos de reclusão.

*Tucson é uma cidade no Estado do Arizona nos Estados Unidos conhecida por ser rota de
migração ilegal.

*Calibre decorre da constante referência feita pelos criminosos aos calibres das armas e
munições ilegais.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá