Após negativa do Ibama, Alcolumbre garante que continuará lutando, em todas as esferas, pela pesquisa exploratória de petróleo no Amapá

Segundo o senador, medida é um importante passo para o desenvolvimento socioeconômico do estado

O coordenador da bancada federal do Amapá no Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (AP), garantiu, nesta quinta-feira (18), que vai continuar lutando, com todas as forças e em todas as esferas, para ter assegurado o direito de o estado iniciar uma pesquisa sobre exploração de petróleo. Hoje, existe a possibilidade de uma nova fronteira exploratória para petróleo e gás no Brasil por meio da região de águas ultraprofundas da Margem Equatorial Brasileira, que vai desde o Amapá, passando pelo Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, até o Rio Grande do Norte.

Entretanto, na última quarta-feira (17), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a Petrobras explorar petróleo na margem equatorial do Amapá. A Petrobras aguardava apenas essa autorização para iniciar perfuração de teste a cerca de 540 quilômetros da costa amapaense.

“A decisão do Ibama em negar a licença para que a Petrobras realize a pesquisa exploratória de petróleo na margem equatorial do Amapá é um desrespeito ao povo amapaense. Vamos lutar unidos, amparados por critérios técnicos, legais, razoáveis e proporcionais, em conjunto com o governo federal, bancadas federal e estadual, governo do estado, entidades e sociedade civil para reverter essa decisão equivocada e injusta. O Amapá lutará e não lutaremos sozinhos”, disse o parlamentar em nota oficial.

Esta semana, o senador participou, em Brasília (DF), de reunião com os ministros de Minas e Energia e do Desenvolvimento Regional, Alexandre Silveira e Waldez Góes, respectivamente, e o governador Clécio Luís, para debater o que chamou de “importante passo para o desenvolvimento socioeconômico do estado, especialmente no que diz respeito à possível exploração de petróleo na região”.

“Como senador da República, continuaremos atuando firmemente, com todas as esferas do poder central, para viabilizar a condição de conhecermos as nossas riquezas, de podermos explorar, dentro de todos os melhores padrões internacionais, do ponto de vista ambiental, essas riquezas e dar para os amapaenses, para o Amapá e para o Brasil a condição de desenvolvermos uma região tão rica, que é a região amazônica”, frisou Alcolumbre.

A Margem Equatorial Brasileira é considerada promissora pela similaridade geológica com as bacias sedimentares das Guianas e do Suriname, onde outras empresas anunciaram recentes descobertas importantes de petróleo e gás, sendo que as reservas na Guiana já estão em produção comercial. De acordo com Alcolumbre, essa é uma perceptiva “inédita e extraordinária” para o estado de utilizar suas riquezas naturais para crescer e, principalmente, ajudar a população, que ainda enfrenta índices altos de pobreza.

*Assessoria de Imprensa*
*Senador Davi Alcolumbre*

Petrobrás apresenta ao Governo cronograma de início das operações no litoral amapaense

Estatal planeja para novembro a perfuração do primeiro poço exploratório, que fica a 40km da fronteira com a Guiana Francesa.

A diretoria da Petrobrás apresentou ao governador, Waldez Góes, o cronograma de início de operações de prospecção do primeiro poço exploratório da região denominada Amapá Águas Profundas, no litoral norte do estado, a 40 km da fronteira com a Guiana Francesa. O encontro aconteceu na terça-feira, 9, no Palácio do Setentrião.

Para Waldez Góes, trata-se de uma oportunidade de fortalecer a economia do estado por meio da cadeia produtiva do petróleo e do gás, uma inovação que irá se refletir em benefícios para os amapaenses.

“O expressivo potencial exploratório e descobertas na região colocam o Amapá na posição de possível província petrolífera, com parcerias para potencializar o desenvolvimento econômico do Estado e gerar oportunidades”, destacou Góes.

Águas Profundas

A região Amapá Águas Profundas integra a Margem Equatorial Brasileira, nova fronteira petrolífera que  engloba desde o litoral do Amapá aos estados do Pará, Maranhão, Piauí e Ceará até chegar ao Rio Grande do Norte.

As bacias sedimentares nesta extensão demonstram grande potencial exploratório, uma vez que possuem semelhanças com descobertas feitas recentemente na África, na Guiana e no Suriname, de acordo com estudos pela Universidade Estadual do Norte Fluminense com dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Dos oito poços que a petrolífera pretende explorar na Margem Equatorial Brasileira de 2022 a 2025,  seis ficam na região Amapá Águas Profundas.

Para perfurar o primeiro deles, a estatal planeja a realização de um simulado no segundo semestre deste ano que vai testar a capacidade logística e de segurança da companhia no litoral amapaense – a estratégia permitirá o  início das perfurações ainda no mês de novembro.

O poço em lâmina d’água (que é a distância entre a superfície ao fundo do mar) possui cerca de 2,5km e fica no bloco FZA-M-59.

A empresa pública foi representada pelo diretor de Relações Institucionais, Rafael Santos, e pelos gerentes executivos de Relação Externa e de Inteligência e Segurança Corporativa, Pedro Bragante e Ricardo Silva, respectivamente.

Adequação da infraestrutura

Na ocasião do encontro, o Governo do Amapá tratou também da adequação da infraestrutura aeroportuária de Oiapoque com a logística para viabilizar a operação, prevendo terminal de passageiros, hangar e pista, iluminação para operação noturna, gerador, capacidade de armazenamento de querosene de aviação, infraestrutura de comunicação, hotelaria e alimentação, assim como adequação do entorno para segurança das operações.

O Plano Estratégico da Petrobras 2022-2026 prevê R$2 bilhões na exploração da Margem Equatorial Brasileira.

https://docs.google.com/document/u/0/d/1FwtFkWCa0VWGrJ20keydMOXrqIaw_5yPL0mlka6t6JA/mobilebasic