De acordo com o médico Arthur Cunha, é necessário estar atento a qualquer tipo de sintoma, e procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para mais orientações e realização de exame.
“Pacientes que apresentam sintomas leves, também devem procurar atendimento médico para acompanhamento da doença. Aqueles com sinais e sintomas de gravidade, demandam a realização de exames complementares, observação ou até mesmo internação em unidade de saúde para suporte clínico, cujo principal objetivo é a hidratação venosa”, detalha o médico.
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, variando desde casos assintomáticos a quadros graves, incluindo óbitos. Os primeiros sintomas incluem febre alta, fortes dores de cabeça e atrás dos olhos, náusea, vômitos e vermelhidão na pele.
Sem o tratamento adequado, os sintomas podem evoluir para dor abdominal intensa, respiração ofegante, sangramento de mucosas, desidratação e sensação de boca seca, fadiga, vômito de sangue e outros sinais mais intensos.
A automedicação é um risco para pacientes com suspeita de dengue, pois a ingestão medicamentosa inadequada pode agravar o quadro clínico e dificultar a melhora do paciente.
“O paciente pode desconhecer os efeitos principais e os colaterais de um medicamento. No caso da dengue, diversas medicações podem ser prejudiciais, aumentando a probabilidade de sangramento, como é o caso dos anti-inflamatórios, dos anticoagulantes e dos antiagregantes plaquetários, propiciando a disfunção renal ou do sistema cardiovascular”, ressalta Cunha.
Um dos principais métodos de prevenção contra a doença é eliminar focos de água parada, que podem servir como criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti. Entre os principais focos estão: vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, tampas de garrafas, piscinas sem uso e calhas.
Situação de emergência
Após registrar aumento no número de casos de dengue, o Governo do Amapá decretou situação de emergência em 10 municípios do estado e coordena ações integradas em diversas frentes de trabalho.
Foram intensificados os serviços de limpeza nas ruas e residências; palestras educativas nas escolas; capacitação de profissionais de saúde; ampliação de espaço para pacientes com dengue em Oiapoque; abastecimento de medicamentos para tratamento e sintomas da doença e borrifação de inseticida em ruas e residências.
Vacina contra a dengue
O Governo do Amapá recebe nesta quinta-feira, 4, as primeiras 12 mil doses de vacina contra a dengue, enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). A medida faz parte do remanejamento do imunizante de outros estados para acelerar a vacinação.
Na última semana, o governador Clécio Luís e membros da Bancada Federal fizeram a solicitação da inclusão do Amapá no cronograma de redistribuição do MS, após reunião com a ministra Nísia Trindade. O imunizante será distribuído pela SVS.
Neste primeiro momento, o público alvo da campanha contra a dengue são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O esquema de vacinação será de duas doses com intervalo de três meses entre cada.