Força-tarefa de Segurança Pública do Amapá faz operação contra grupos criminosos em Macapá

Ação da Força-tarefa é um desdobramento das Operações Alfaiate e Godzilla


A Força-tarefa de Segurança Pública do Amapá deflagrou na manhã desta quinta-feira, 23, a Operação Telum contra grupos criminosos que atuam no estado.

Nos bairros Cidade Nova, Jardim Felicidade e no Conjunto Habitacional Açucena, em Macapá, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. A ação também cumpriu outros dois mandados de prisão preventiva contra detentos do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

A ação é um desdobramento das Operações Alfaiate e Godzilla, deflagradas em dezembro de 2022 e janeiro deste ano, que atuou no combate à comercialização de arma de fogo.

Durante as investigações da Força-tarefa foi identificado que membros de um grupo criminoso, já investigados por furtos de motores de popa, roubos, homicídios, tráfico de drogas, porte ilegal e comercialização de armas de fogo, contavam com ajuda externa de amigos e parentes para a pratica de delitos.

A ajuda externa também fazia o armazenamento e guarda dos materiais ilícitos obtidos durante as ações criminosos, orientados por presos do Iapen, que atuavam no planejamento de furtos e roubos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e por integrar organização criminosa. Em caso de condenação, a pena pode chegar até 20 anos de reclusão, mais pagamento de multa.

Fazem parte da Força-tarefa de Segurança Pública do Amapá (FTSP), a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil, Iapen e Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

A ação desta quinta-feira, contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.

Durante inspeção, MP-AP constata carência de efetivo nas corporações dos Batalhões da Força Tática e Bope, da PM/AP


O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio das 8ª e 3ª Promotorias Criminais e Auditoria Militar do Ministério Público do Amapá (MP-AP), realizou na última terça-feira (3), inspeções nos quartéis da Força Tática (10° BPM) e Batalhão de Operações Especiais (Bope/PM) da Polícia Militar do Amapá (PM/AP), em Macapá. Durante as visitas técnicas, que teve o objetivo de identificar os principais desafios e carências dessas unidades, o membro do MP-AP constatou carência no efetivo nos batalhões do 10° BPM e Bope.

As visitas técnicas fazem parte do cronograma de “Controle Externo da Atividade Policial”, de atribuição do MP-AP, como manda a Constituição Federal e imposto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A atividade foi executada pelo promotor de Justiça Iaci Pelaes, que esteve nos locais acompanhado de sua equipe técnica.Na oportunidade, o promotor de Justiça fez uma série de perguntas contidas no formulário do CNMP ao tenente-coronel Max de Almeida, que comanda o Batalhão da Força Tática e major Dociel Coelho, comandante em exercício do Bope/AP. Os militares apresentaram dados e explicaram sobre a demanda de pessoal para a execução de suas atividades durante as ocorrências policiais.

De acordo com o promotor de Justiça, a atividade faz parte do comprometimento do Ministério Público Estadual em estar presente, fiscalizando e ajudando nas necessidades destes órgãos.

“O aparelhamento das Unidades Militares com equipamentos e efetivos é essencial para que a PM/AP execute suas atribuições para bem servir à sociedade. Por exemplo, por conta de suas ações em assaltos com reféns, que gera situações muito tensas, existe uma deficiência preocupante no Bope, pois a estimativa é de 400 policiais para atuar no Batalhão e o efetivo é de 135 agentes de segurança. Paralelo a isso, existe o crescimento dos índices de violência no Estado. Portanto, a PM/AP precisa ser reforçada”, comentou Iaci Pelaes.

“É dever constitucional do Poder Público Estadual garantir condições adequadas para funcionamento dos Batalhões. O MP-AP tem a responsabilidade de fiscalizar as condições para a execução dos serviços e é isso que estamos fazendo. Pedimos à Secretaria de Estado de Segurança Pública que tome as providências necessárias para sanar essas demandas”, frisou o promotor de Justiça.

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá