COP26: Pesquisadora da Embrapa Amapá é palestrante de debate sobre desigualdades sociais na Amazônia

A pesquisadora engenheira florestal Ana Euler, da Embrapa Amapá, será palestrante do painel de debates organizados pela Pipe Factory, um centro cultural localizado em Glasgow (Escócia), nesta sexta-feira, 12/11. O evento, em formato de videoconferência, é uma programação paralela à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), que acontece de 1º até o dia 12 de novembro de 2021. As desigualdades sociais na Amazônia é o tema geral do debate. Ana Euler vai falar sobre o desafio dos jovens da região do Marajó para vencerem o isolamento e a ausência de políticas públicas e prosperarem como empreendedores da cadeia produtiva do açaí, um estudo que resultou em Nota Técnica.

O evento contará ainda com as palestrantes indigenista Neidinha Suruí; a cacique dos Akrântikatêjê – Gavião da Montanha, Katia Akratikatejê; e a jornalista Katia Brazil, do site de notícias Amazônia Real. O objetivo deste evento é discutir o complexo panorama político e econômico que acompanha as discussões sobre a preservação da floresta amazônica, a partir do olhar de quem vive nas fronteiras desse espaço.

Ana Euler é doutora em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Nacional de Yokohama (Japão), acumula 20 anos de experiência na Amazônia, com vivências em localidades de populações tradicionais do Acre, Rondônia e Amapá. Pesquisadora da Embrapa Amapá desde 2008, atuou como Coordenadora do Programa WWF Sudoeste da Amazônia (2003-2008), Diretora-Presidente do Instituto Florestal do Amapá (2011-2014), onde implementou políticas públicas relacionadas a concessões florestais, mudanças climáticas, áreas protegidas e assistência técnica.

Suas áreas de pesquisas são manejo florestal comunitário, desenvolvimento rural, cadeias de valor da sociobiodiversidade e serviços ecossistêmicos. Governança, Comunicação, gênero e juventude são temas transversais enfatizados nos projetos que Ana Euler lidera, além de ser membro da Rede Mulher Florestal, da Columbia Women’s Leadership Nerwork no Brasil, do Amazon Forest Forum e do podcast Fala, Amazônia!.

Atualmente, a pesquisadora está dedicada a atividades de intercâmbio na França, país onde estão localizadas as instituições parceiras do plano de trabalho. Ao aprovar o projeto “Indicação Geográfica (IG) e Sistema Agrícola Tradicional (SAT) como instrumentos para a sustentabilidade da produção e valorização dos saberes locais na Amazônia: Estudo de caso do açaí no Território do Bailique (Amapá, Brasil)”, a pesquisadora foi selecionada pelo Programa de Capacitação Pesquisador Visitante da Embrapa.

Durante a COP-26, a Pipe Factory está realizando eventos liderados por ativistas, artistas e outros profissionais de vários lugares do mundo que acreditam que as discussões sobre as mudanças climáticas devem contemplar diversas perspectivas. De acordo com a moderadora do debate, Vanessa Gabriel, a programação paralela está inserida em uma atitude de questionamento. “Você não pode salvar a floresta se não há soluções efetivas para tantas desigualdades que existem na nossa região, da questão dos conflitos de terra até a falta de políticas públicas efetivas que melhorem a educação e a saúde de quem mora na região, principalmente nas comunidades mais isoladas”, explica Vanessa, amapaense residente no Reino Unido, atualmente gerente de projetos da Prefeitura de Londres.

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional

Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

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