O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, ingressou, na última terça-feira (15), com pedido de prisão preventiva de Joaquim Pereira da Silva, pelo crime de homicídio praticado contra a vítima Kleber dos Santos Santana, fato ocorrido em via pública no dia 24 de fevereiro deste ano.
No pedido, os promotores de Justiça Iaci Pelaes e Eli Pinheiro narram que o acusado, conforme consta nos autos do Inquérito Policial nº 1255/2022, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (DECIPE) que, na manhã do dia 24/02/2022, por volta das 8 horas, na Avenida Cora de Carvalho, aos olhares do povo, Joaquim Pereira da Silva, depois de encerrado um desentendimento no trânsito, do interior de seu veículo, sacou sua arma de fogo e efetuou quatro disparos em direção à vítima, acertando-a na região frontal da cabeça.
No momento dos tiros, o filho da vítima, uma criança de quatro anos, encontrava-se no banco de trás do veículo e correu risco real de ser atingida, uma vez que estava situada na linha de tiro do agressor.
“A vontade de matar ficou tão evidente, que, logo após ter atirado, o acusado desceu de seu veículo, posicionou-se por trás da camionete com a arma em punho, apontou para populares e olhou para confirmar se realmente tinha ceifado a vítima. Ao confirmar que a vítima já estava em óbito, o acusado embarcou em sua camionete e fugiu do local, indo apresentar- se no Quartel da Polícia Militar, com o fim de se livrar do flagrante”, detalham os promotores.
Ressalta-se, ainda que, durante toda a ação, o local do crime estava bastante movimentado com carros e populares, mas, mesmo assim, o acusado não retrocedeu da ação criminosa, demostrando com essa conduta, total indiferença para com a vida do semelhante e o convívio urbano em sociedade.
Devidamente demonstradas a autoria e materialidade do crime e diante da ameaça real que o acusado representa para toda a sociedade, notadamente porque mostrou com sua conduta criminosa que não tem o menor domínio de suas emoções negativas, o MP-AP ingressou com o pedido de prisão preventiva.
“Destaca-se que as imagens coligidas nos autos são suficientes para evidenciar que o acusado apresenta comportamento perigoso no trânsito, sendo pessoa indiferente para com o valor da vida humana. Essa espécie de conduta é absolutamente incompatível com a vida urbana e o convívio em sociedade”, frisam os membros do MP-AP.
Os promotores de Justiça sustentam que, se não for adotada a providência que o caso requer, o acusado poderá se sentir estimulado a praticar outras condutas similares para resolver seus conflitos no trânsito, sem se cogitar de que seu comportamento contribui para a barbárie na sociedade, o uso da força bruta na cidade para eliminar o oponente, situação absolutamente intolerável na contemporaneidade.
Serviço:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
1 Comentário para "MP-AP requer prisão preventiva de Policial Militar, por homicídio praticado após briga de trânsito"
Nos clamamos
Por justiça, precisamos tirar este perigo eminente das ruas para que outras pessoas não sejam vítimas