Variante Delta: planos de contingência e busca ativa serão intensificados para conter novos casos no Amapá

O Governo do Amapá reuniu com Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), neste sábado, 21, para cobrar a intensificação do plano de contingência e comunicação em relação à ancoragem de navios estrangeiros no Amapá com tripulações suspeitas de Covid-19.

Neste sábado, o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA), confirmou que entre os 18 tripulantes do navio Mandarin Dalian, fundeado no Rio Amazonas, em frente a Macapá, atestados com a Covid-19 estão infectados com a variante Delta do coronavírus.

Na reunião virtual, comandada pelo próprio governador do estado, Waldez Góes, ficou definido que técnicos serão enviados pelo MS para reforçar a equipe amapaense no trabalho de busca ativa e readequação do plano. Este trabalho consiste em rastrear todas as pessoas, sobretudo profissionais de saúde, que tiveram contato com os 5 pacientes que estão com a variante Delta.
Também será realizada a revisão do plano de contingência, para que Anvisa, Governo do Estado e Prefeitura de Macapá, readéquem as medidas a serem adotadas nesses casos. O Executivo amapaense quer que a Anvisa seja rigorosa no controle da entrada de navios e tripulantes no Estado e tome medidas para regular, de forma clara, os procedimentos relacionados a esses casos que envolvem pessoas de nacionalidades estrangeiras.

 

O Governo também cobrou que a Anvisa faça a comunicação aos órgãos estaduais e federais sobre esses casos.
Os 5 tripulantes infectados estão dentro do navio e nenhum deles desembarcou em busca de atendimento médico, pois nenhum deles teve agravamento clínico.

O Mandarin Dalian possui bandeira da Libéria e tem 21 tripulantes de nacionalidade chinesa, dos quais 18 foram diagnosticados com a doença após terem tido amostras coletadas pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). As 18 amostras que testaram positivo para a Covid-19 foram enviadas ao IEC, que confirmou 5 delas com a variante Delta. As outras 13 amostras continuam em investigações de sequenciamento genético pelo IEC.

O navio está fundeado em frente à capital amapaense desde o dia 6 agosto e o governo do estado monitora os tripulantes com testagem periódica de exames de PT-PCR enquanto durar a quarentena imposta pela Anvisa à embarcação.

O Amapá possui, no Hospital Universitário, uma ala de isolamento para receber pacientes de embarcações ancoradas no rio Amazonas e de fora do estado com suspeita ou confirmação de novas variantes do coronavírus. Lá, atualmente, estão três pacientes internados.

A unidade tem um protocolo estabelecido para lidar com casos como esse, seguindo um parâmetro nacional, com o objetivo de garantir a segurança sanitária de servidores e pacientes de outras alas do HU.

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